domingo, 31 de dezembro de 2023

Fim


E pronto, o ano chegou ao fim. O horizonte está carregado de nuvens. As nuvens passam. O sol voltará. As nuvens escondidas nas cabeças dos donos do mundo é que dão cabo disto tudo. Amanhã é outro ano. Nada muda. Os manda-chuva poderão anunciar outro tempo. Mas os manda-guerras não ligam a calendários ou leis. É a lei da destruição que os move. O comércio das armas e a imposição de religiões e ideias de merda têm que se manter custe o que custar. Custam vidas.



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sábado, 30 de dezembro de 2023

Presépio

Os deuses devem estar distraídos.

Presépio de Bordallo II, na Alameda, Lisboa. Portugal. Mundo.

Guardador de memórias

É um dos artistas que sigo atentamente, tentando não perder pitada do seu trabalho. Esta exposição no Palácio Anjos terminou ontem. E foi só ontem que consegui lá ir. Envergonho-me e lamento. Gostaria de ter ido lá mais vezes. Gostaria de passear mais tempo por aqueles objectos impregnados de tempo. O rigor expositivo revela a preocupação de não se perderem as memórias da passagem destes objectos pelas nossas vidas. Carlos Nogueira é um guardador de memórias. Pedaços do nosso dia-a-dia convivem e articulam-se com a natureza e o espaço construído. A noção do lugar da arquitectura é celebrada com autenticidade. Existe aqui um respeito pelo passado sem objectivo serôdio. 

A mostra deste trabalho de Carlos Nogueira foi talvez a mais importante exposição do ano. Na minha opinião, é claro. Que vale o que vale. Ou seja muito, para mim. Muito obrigado, Carlos Nogueira.




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sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Oximoro


Não é o calendário que muda a nossa vida, como esclarece Fernando Pessoa. É o sonho que a comanda, como sugeriu António Gedeão. Dia 1 de janeiro é apenas o primeiro dia de 2024. O primeiro dia do resto da nossa vida é todos os dias, diz Sérgio Godinho.

Os poetas percebem tão bem as nossas vontades.
Bons dias para o resto da nossa vida, desejo eu, que não sou poeta, mas aprecio a alegria e o bem estar de toda a gente.
Abro uma excepção a este desejo: os fascistas e outros arrivistas que se lixem.
Até para o ano que vem. Até já.
Imagem: Poema de Fernando Pessoa sobre pormenor de imagem de Teófilo - O Truque do Mel

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Odete Santos

Odete Santos já era antifascista nos tempos de estudante  Fui aluno do pai, o professor Santos, que falava da sua actividade de advogada com orgulho: "hoje foi defender um homem que não tinha como pagar a sua defesa em tribunal", disse-nos um dia numa aula. Mais tarde conheci a sua notável actividade política cidadã. Também a conheci pessoalmente. Tenho conversas guardadas na memória. Por duas vezes defendeu-me de ataques imbecis, em debates públicos. Não esqueço esses momentos. Feminista, integrou-se nas causas de defesa de direitos em geral e de direito ao corpo. As mulheres e homens deste país devem-lhe muito, mesmo que ainda haja muita gente que disso não se aperceba. 

Receituário

Vem aí um novo Wenders. E que bem acompanhado que ele vem. Traz consigo Kiefer. Terminar o ano com o melhor — DIAS PERFEITOS — e começar o próximo com estas soberbas imagens permite-nos ter esperança no futuro. A Arte dá-nos esperança. 

Os políticos de extrema-direita são gente que quer ver a Arte pelas costas. Estão muito próximos da delinquência. Falham sempre. Mas os políticos de esquerda também têm as suas falhas. A Cultura é fundamental. Quem rejeita a História, a Literatura, a Filosofia, a Estética e o Conhecimento Crítico, não percebe nada. Foi José Afonso que disse: "Há quem viva sem dar por nada. Há quem morra sem tal saber". Abel Salazar, professor de medicina e artista, dizia: "Quem só percebe de medicina, nem de medicina percebe". Usufruirmos do melhor da cultura também é estarmos atentos à política. Um povo sem cultura é um povo miserável, que se arrisca a ser governado pelos piores. A extrema-direita está atenta à ignorância dos que pode manipular. 

Os artistas são quem melhor interpreta o tempo que vivemos. Está tudo na literatura, na filosofia, na história, nas actividades artísticas. Na Arte. Não é na repugnante ornamentação decorativa que se quer fazer passar por arte, é na ARTE, assim com maiúsculas, e com substância no terreno. 

Este filme em que Wim Wenders mostra Anselm Kiefer estreia no país Portugal logo no início de 2024. Excelente maneira de começarmos o ano.


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terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Receituário

DIAS PERFEITOS, um filme quase perfeito. Digo "quase" só porque a perfeição não existe. E ainda bem.

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segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

A saudade não se esvai

Foi nesta altura do ano que os meus amigos João Paulo Cotrim e António Mega Ferreira deixaram de estar connosco. Respectivamente em 2021 e em 2022. A saudade não se esvai. Nem vou falar disso agora. O poema de Herberto Helder diz tudo. 

Amo devagar os amigos que são tristes com cinco dedos de cada lado.
Os amigos que enlouquecem e estão sentados, fechando os olhos,
com os livros atrás a arder para toda a eternidade.
Não os chamo, e eles voltam-se profundamente
dentro do fogo.
— Temos um talento doloroso e obscuro.
Construímos um lugar de silêncio.
De paixão.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Aliança democrática mas pouco

Pouco aliança porque alguns aliados ficam fora da trouxa. Pouco democrática porque vai ter gente que não acha piada nenhuma à democracia. O PPD/PSD resolveu dar uma mãozinha ao CDS/PP. Moedas da Câmara atirou a ideia para ar e Montenegro apanhou-a. A chamada comunicação social entrou em delírio. Até já inventaram sondagens que dão maioria quase absoluta ao arranjinho. O palonço do Chega finge estar revoltado com esta proposta passadista, mas deve estar a rejubilar por dentro. Claro que vai ser chamado se aquilo resultar um bocadinho. Passos Coelho já deu o mote. Estas alianças das direitas são sempre um cesto de víboras. Carlos Moedas é o homem da flauta, pelos vistos. Em Março veremos o serpentear da bicheza.

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Design de comunicação

Da série Grandes Capas. "The Barcelonian". Arte: ,. 

A nova ordem da ocupação urbana.

 
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quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Da semântica fascista


Rob Riemen falou em livro do Eterno Retorno do Fascismo. Esse retorno passou de ameaça a perigo real. Sim, é de fascistas que falamos quando falamos desta gente básica sem principios e sem vontade de os ter.

Mas existe uma nova semântica: falam de liberdade, quando sabem que a intenção é retirar liberdade a quem necessita dela para viver. Falam em democracia quando o que querem é miná-la. Sempre foi assim: prometem o céu a quem pretendem retirar o chão debaixo dos pés. Acusam de conservadorismo quem se posiciona pela vida das pessoas contra a selvajaria capitalista. Falam em defesa do Serviço Nacional de Saúde quando votaram contra a sua aplicação e pedem a sua extinção preferindo o roubo encartado dos seguros. Privatizar até mais não e alimentar a ideia do capitalismo popular. Todos podemos ser líderes. Todos podemos atropelar o outro para salvar a nossa pele. É a ideologia do "salve-se quem puder" que se inscreve nos manuais desta gente. Pedro Passos Coelho não escondeu que uma aliança com a extrema-direita é solução. Cavaco, apesar da visível decadência do discurso, também não esconde que é preciso anular todos os apoios populares. Apoiar as populações não dá lucro. Facto. Então para quê apoiá-las? A semântica justicialista "vai de encontro", como diz Ventura, aos tristes anseios de quem acha que "se fossem eles a mandar..."
Concluindo: os prováveis excluídos vão votar nessa extrema-direita agressiva e malcriada — Chega, IL —, tal como já aconteceu nos EUA, na Itália, na Hungria, no Brasil e mais recentemente na Argentina. É assim que se vai dando o eterno retorno do fascismo. Dos fascistas. Sem que quem neles vota dê por isso.

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

O criador e a criatura

Cavaco está velho. Visivelmente cansado. O Fel já não lhe salta da garganta com a vivacidade de outrora. Passos candidata-se ao lugar do velho Cavaco. Ameaça ser o novo grilo falante de extrema-direita.

Agora entrou em cena com as habituais inanidades, mas com uma calculada distância. O chunga do Chega chegou-se logo à frente — está sempre lá, parece o emplastro — em defesa do seu criador. A direita já não existe em Portugal. Passos tratou de eliminar a decência social-democrata que ainda existia no PPD/PSD. Existe uma extrema-direita feroz e agressiva. Chega, IL, e, cada vez mais, o PPD/PSD extremam o discurso e a ameaça. Trump, Bolsonaro, Meloni e Millei convenceram esta gente de que é possível chegar lá, ao pote, como dizia o alarve Passos. Existe a possibilidade de o perú votar no natal. Hitler e Mussolini também venceram eleições. Pinochet entrou à força. Em Portugal a coisa está mais complicada. É por isso que se distribuem em mentiras alucinadas e promessas sem trambelho. Cada vez mais agressivos. Cada vez mais sem vergonha.
Oxalá se lixem.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Pelas paredes


Marina Abramović está representada na Lisson Gallery, em exposição até ao fim do ano. Quem estiver por ali não perde nada em passar por lá. Marina é senhora de um trabalho notável. Arriscou, ultrapassou limites, é corajosa e frontal. Aposta no risco. A comodidade não a satisfaz. Uma mulher notável. Em livro auto-biográfico, com título sugestivo — Pelas Paredes —, fala da sua vida, aventuras e desventuras da existência dos humanos. Fala do apoio que lhe deu o seu amigo Julião Sarmento, artista nascido em Portugal que também correu mundo. Falamos de gente que nos ajuda a crescer intelectualmente.

Dizem-me que no teatro municipal S. Luiz está em cena uma peça de teatro de revista à portuguesa que goza com Marina Abramović e com outros nomes da performance e dança mais do que respeitáveis. Dizem-me isto e eu coro de vergonha. Esta gente de extrema-direita que até já anda a lançar esterco pela cultura é repugnante. Razão tem Laurie Anderson quando alerta para o crescimento do fascismo como a grande ameaça que temos pela frente. Eles andam mesmo por aí. Estão em todo o lado. São repugnantes mas são aplaudidos. Ora, são gente estúpida, não liguem, dirão alguns. São estúpidos, sim, mas acrescento uma informação importante: já são muitos e perderam o medo de ter vergonha. Não querem saber das figuras tristes que fazem. São tristes, são estúpidos, mas a estupidez tem público. Muito.

Marina Abramović na Lisson Gallery: https://www.lissongallery.com/artists/marina-abramovic


domingo, 17 de dezembro de 2023

Pequenos em grande

Os formatos destes trabalhos são a dar para o pequeno, mas podem transmitir grandes atitudes e vontades de olhar para o mundo e para as coisas de outra maneira. Está lá o mundo inteiro, em pequeno formato, na Galeria Monumental. Hoje é o último dia. É aproveitar.

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sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Os desenhos e os livros. Os livros e os desenhos


Neste sábado vamos ter motivos vários para andar por Lisboa. Esqueçam as compras do Natal Tradicional. Estas sugestões são de outras compras. A Casa do Comum do Bairro Alto vai receber, entre outras actividades, os editores de ilustração própria. Chamaram-lhe Parangona (excelente). Vou lá perceber o que se faz em impressões mais ousadas, digamos assim. Depois rumarei a Campo de Ourique, à No frame/Culsete para assistir ao lançamento de Vasilhame, de Raúl Reis. Se ainda tiver tempo passarei pela Snob, onde os livros conversam connosco e insistem em acompanhar-nos até casa. O mesmo acontece na Tinta nos Nervos, onde as ilustrações se misturam nos livros. Enfim, vivamos um Natal diferente. Os livros e os desenhos acompanham-nos todo o ano, e fazem-nos boa companhia. Bom fim-de-semana. Até já.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Perguntar não ofende


O que leva a RTP, canal de televisão nacional e público, a ter um tatibitate, completamente ignorante e mal preparado, mas agressivo, a fazer perguntas a alguém bem preparado e a saber dar respostas, mesmo às inanidades? Um jornalista pode ter opções ideológicas, mas revelando-as com tanto afinco, e não sabendo aplicá-las, leva-o a fazer estas figuras. Claro que é ridículo — e é ele que faz a figura triste — mas aquilo é entediante. E revoltante. Não há pachorra para aturar um imbecil em delírio.

Receituário


"O projecto VASILHAME® é uma compilação de objectos de design gráfico e industrial que se transformaram numa paixão e que deram lugar a esta homenagem. Na sua essência – como tantas vezes acontece nas paixões – esconde um vício: o do coleccionismo.

Talvez por isso este tributo seja também um repositório da história e das estórias que fui descobrindo pelo país a partir da região oeste de Portugal e de um encontro casual com uma caixa de garrafas de refrigerantes.
Hoje, 10 anos, 500 e muitas garrafas e mais de 200 marcas depois, apresento um retrato saudoso mas não saudosista de um Portugal há muito desaparecido, mas que se mantém vivo neste livro cheio de garrafas vazias." -
Raul Reis

Que farei quando tudo submerge

COP 28 | A cimeira que era esperança tornou-se desilusão. Desiludimo-nos quando a ilusão nos acena. Sentimos a derrota. A dita cimeira deu em qualquer coisa, mas tão pouco que quase não se vai dar por isso. 

O mundo está dominado por gente que só quer negociar para o seu próprio avanço nos negócios. As pessoas são peões nos negócios fossilizados que fazem crescer financeiramente decisores tão raquíticos que só o lucro os desenvolve. Guterres tenta fazer da ONU um organismo de pressão, mas os actuais líderes mundiais não o escutam. A tendência é para piorar. A extrema-direita cresce. Os EUA correm o risco de ter um troglodita de novo como presidente. Os eleitores querem os lobos a guardar o galinheiro. O que fazer quando tudo o que nos rodeia submerge?  

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terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Receituário


LANÇAMENTO DO LIVRO “LONELINESS”

O tema central da obra é um ensaio fotográfico sobre como a cidade funciona enquanto fator de agravamento da solidão.
Autoria gráfica de Henrique Cayatte, 96 páginas, formato A4.
Apresentação de Rui Prata.
14 de Dezembro (quinta-feira)
19 horas
Galeria Narrativa
Rua Dr. Gama Barros 60, Lisboa

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Design de comunicação

Da série grandes capas.

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domingo, 10 de dezembro de 2023

Receituário


Imperdível. Einaudi ao vivo em concerto, em Berlim. É amanhã, domingo, à noite, na RTP2.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

A mentira é uma arma

O novo aeroporto de Lisboa parece vir a ser um dos motivos de conversa da próxima disputa eleitoral. A decisão surpreendente deveria ser: não haverá novo aeroporto. Requalifique-se  o que já existe e, se nem toda a gente que quer cá vir não o conseguir, ponha-se na bicha e aguarde. Prefiro sempre o comboio. Opinião pessoal, de quem usa o avião quando não há outra hipótese de transporte.   

Mas parece que a malta quer é andar de cu tremido pelos ares. Todos os políticos prometem mais voos e mais gente a cirandar pela capital do país da moda até ver. E todos prometem celeridade. O chunga do Chega já veio dizer que se fosse primeiro-ministro construía o aeroporto em quatro anos. Que prazo exagerado. Não acrescentou se seria ele a construir ou se pediria ajuda a imigrantes vindos de sítios que ele não aprecia por aí além. Eu acho que ele deveria ter dito que fazia aquilo em dois anos. Os idiotas que votam nele engoliam na boa a bojarda. E como o que diz é desdito pela realidade no dia seguinte, ficava apenas a gritaria e a mentira da bojarda. Provavelmente não se lembrou do seu colega Trump, que um dia disse que se fosse presidente acabava com a guerra na Ucrânia no dia seguinte. Esta gente mede o tempo de acordo com os seus devaneios. imbecis Dizem o que for preciso. Fazem o que for preciso para encantar os incautos. São imbecis a vender vento a outros imbecis. Sempre em alarve gritaria. São a imbecilidade do futuro. Recuperam mentiras acrescentando "factos" que nunca existiram. Quem mente mais alto vence. A gritaria é o futuro dos idiotas da política.

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quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

O TRUQUE DO MEL. Pormenor de trabalho de José Teófilo Duarte.
 

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

O Presidente e o doutor Valente Cunha

Confesso que me incomoda comentar este caso. Trata-se do salvamento de pessoas. Mas a inclusão da chamada cunha em casos destes é obviamente de lamentar. O Presidente de todos os portugueses resolveu assistir ao pedido do doutor filho. Tratou de ser Presidente influente. Ao fazer transitar a mensagem do filho doutor sabia o que estava a fazer: exercer influência sobre os outros doutores, daqueles mesmo médicos.

Salvar vidas não é o mesmo que matar pulgas. É uma boa acção. Mas estes salvamentos por cunha são de lamentar. É coisa de escuteirinho papa-missas, como aqueles que satisfazem as vontades da doutora Jonet. Mas adiante.
Incomoda-me mais outra situação. Mas porque raio é um medicamento que salva pessoas tão caro? Sei que aquilo foi apresentado depois de muita investigação, depois de muito trabalho científico e que os cientistas têm de ser pagos. Bem, é claro, porque o merecem. Também sei que os fabricantes dos medicamentos têm que ter lucros. Muitos lucros, já percebemos, mas a comercialização tem de ser assim tão cara? Falamos do medicamento mais caro do mundo. Aquilo é alta-costura? É fórmula 1? É alta-competição? Um medicamente que é necessário para salvar vidas, é criado para salvar que vidas? Só os milionários têm a salvação à mão?
Os Estados e a União Europeia, que entornam tanta liquidez financeira em projectos de importância mais do que duvidosa não deveriam olhar para estes casos com olhos de ver ao perto?
Para estes casos e para todos os outros que precisam de apoio público, como os aparentemente apoiados pela doutora Jonet e pelos doutores escuteirinhos. Outra coisa é o Presidente Marcelo, ainda ungido pelos princípios herdados do Estado Novo, fazer o que achou que poderia fazer porque é Presidente, esquecendo-se de que é Presidente de uma República e não rei. Os favorecimentos por cunha não devem ser mato para as chamas do vocabulário dos energúmenos da extrema-direita, que são os primeiros a aplicar favorecimentos quando são poder.
É exactamente isto que está em causa: a extrema-direita portuguesa — IL e Chega — anda num fervor justiceiro a criticar o Serviço Nacional de Saúde. Serviço que não existiria se fossem eles a mandar. E, depois de uma pandemia tão agressiva, não existiria Serviço Nacional de Saúde nem nós. Alguém tem dúvidas.

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Não há horas vagas. Todas as horas serão preenchidas.

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terça-feira, 5 de dezembro de 2023

E que tal vivermos?

Passamos a vida em demandas. Temos que ser melhor do que o outro. Temos que ultrapassar os nossos limites. Permanecemos na arena da competição. Nós fazemos melhor. Jogamos sempre bem. Somos os melhores. Vamos sempre mais além.

Ora, a competição estimula a guerra. A auto-ajuda estimula o vazio. Torna a ignorância em vitória. O coaching estimula o egoísmo. Cria líderes de coisa nenhuma.
Montesori tem razão: com estes paradigmas nunca teremos paz. A guerra nasce da competição. A estupidez fica-se no coaching e a auto-ajuda é arma.
Não poderemos apenas fazer por ser felizes? Solidários?
Não poderemos mandar os novos guerreiros do nada para o coaching que os carregue?

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segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

Da abjecção


Esta figura abjecta que responde por Aníbal Cavaco Silva, adora dar ao badalo para arrasar a esquerda e as suas políticas. Esta figura abjecta está a envelhecer submerso no veneno que enala. As inanidades que debita podiam dar para umas gargalhadas se não fossem perigosas por alimentarem a chusma de idiotas que que ver sangue. 

Ver um idoso ressabiado por já não ter os seus no poder é repugnante. Esta criatura é repugnante. Mariana Mortágua tem razão: só o que perdemos com os escândalos de corrupção financeira de PPD/PSD, dava para pendurar notas de quinhentos euros numa corda daqui até à China com ida e volta. O repugnante chunga do Chega também veio logo para a ribalta, mas em elogio da cavacal figura. Elogios e apelos para que o PPD/PSD abra os olhos e seja como a abjecta figura. Este nojo de criatura não sai dos registos televisivos. Parece que pretendem transformar aqueles disparates em verdades absolutas. A besta hoje até disse que estas declarações de Cavaco "vão de encontro" ao que ele defende, pois então. "Vão de encontro", pois então. Que grande besta quadrada.

Já agora: é inacreditável vermos a desfaçatez desta gente toda, que é contra o Serviço Nacional de Saúde, em incursões pelos hospitais, agora a defender com unhas e dentes o dito serviço. Votaram contra o Serviço Nacional de Saúde, se fossem eles a governar no tempo da pandemia provavelmente muitos de nós já não estaríamos aqui. A extrema-direita — IL e Chega — brada aos céus contra a chamada "geringonça" como se o diabo tivesse aterrado nos hospitais e centros de saúde. A desvergonha é repugnante. Cansa ouvi-los. Temos que combater esta gente abjecta. Sempre.

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domingo, 3 de dezembro de 2023

O cinismo como ideologia

O sultão que preside à COP 28, cimeira que pretende proteger o clima, diz que ciência não prova que o seu petróleo — ele é também presidente da petrolífera mais lucratriva — é nocivo para o clima. Sim, é verdade, ele disse isto na qualidade de presidente da COP 28. Alguém anda a fazer merda da grossa e a gozar com esta merda toda

Memória curta


VAMOS TODOS MORRER | Então, porquê chorar a morte de alguém que provocou a morte prematura de tanta gente? Kissinger morreu com 100 anos. Tanto ano a espalhar o mal pelo mundo.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

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