Rita Carmo fotografa os músicos nos palcos. Estas fotografias têm música. É um prazer ter Rita Carmo na Casa Da Cultura | Setúbal.
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022
As imagens da música
Rita Carmo fotografa os músicos nos palcos. Estas fotografias têm música. É um prazer ter Rita Carmo na Casa Da Cultura | Setúbal.
Fernando Rocha Andrade
Não conheci Fernando Rocha Andrade. Habituei-me a gostar de o ver intervir. Percebi assim que o conhecia bem. E gostava muito dele. Dizem os amigos que era brilhante e alinhava sempre à esquerda. Notava-se. Parte muito cedo. Faz falta gente assim. Gente que é gente. Gente grande.
sábado, 26 de fevereiro de 2022
Tão cá de casa
O prometido foi devido. Falámos muito de amizade, livros, ideias para livros, a estética dos livros, a vida das mulheres escritoras. João Paulo Cotrim, o editor e amigo, esteve sempre presente. Não chegámos a conclusões. Prometemos continuar a procurá-las. Vivemos desta utopia. Somos assim: curiosos, apaixonados, angariadores de amizades. Foi mesmo muito bom estarmos ali. Muito obrigado Inês e Ana. Vocês foram uma grande companhia nesta noite tão saborosa.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022
Político de alterne
O ministro dos actos estrangeiros de Putin chamou histéricos aos políticos do ocidente que só falavam na alegada guerra que a Rússia estava a preparar contra a Ucrânia. Afinal a histeria transformou-se em realidade.
Putin, político de alterne que se agarrou ao poder e de lá não quer sair, quer afinal dominar mais. Ter mais poder. Um nacionalista de extrema-direita que se porta como qualquer político de extrema-direita sem respeito pela vida humana. Ninguém nesta guerra é flor que se cheire, é certo. As guerras são sinal da intolerância que só prejudicam os de baixo. Todos nós, os que eles consideram abaixo do seu poder criminoso. Estas guerras só provam que o chamado ser humano não evoluiu assim tanto como se apregoa. Cientistas e artistas tentam que o mundo avance. Estes poderosos trogloditas só pensam em ter poder. Em dominar. Entretanto morre gente. Gente jovem que queria ter um futuro. Não estamos longe. Estamos perto. Somos gente como essa gente que morre agora vítima da ganância populista de extrema-direita. Destes ajustadores sem freio. Os energúmenos que dominam as políticas destes países não querem saber de gente para nada. São nacionalistas que não se importam que a sua gente morra para que eles se mantenham nos poleiros imundos onde poisam. Pensam em si próprios e nos seus pares. Parecem loucos sem tino. Desprezíveis, todos.
O ministro dos actos estrangeiros de Putin chamou histéricos aos políticos do ocidente que só falavam na alegada guerra que a Rússia estava a preparar contra a Ucrânia. Afinal a histeria transformou-se em realidade.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022
José Afonso
A MORTE SAIU À RUA | Morreu num dia assim de 1987. Assinala-se o fim de uma presença física de alguém que não morreu.
É no fim de uma vida que se percebe a grandeza da sua existência. A morte física é inevitável. A existência cultural e o exemplo, não. Recordamos, neste dia de céu cinzento, o dia da morte de alguém que não teve problemas em mudar sons e em usar as palavras: as palavras que convocam a beleza, mas também as razões cruéis e devastadoras. Usou a palavra MORTE num tempo em que era pouco apreciável fazê-lo. Fez outras músicas. Mudou a maneira de as fazer e até de nós as ouvirmos. Mudou vidas. Mudou muito. Para sempre gratos a José Afonso.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022
O sistema puro e duro
O pantomineiro que lidera o grupo com nome de insecticida que chegou a terceira força política graças aos votos de uma chusma de fascistas anti-sistema, vai propôr o único intelectual que vegeta lá pelo atasqueiro para vice-presidente da casa que gere o sistema, caso o fascista/racista que está em aprovação seja chumbado pelos deputados democratas que lá existem em maioria.
Gabriel Mithá Ribeiro é um asco, é certo. Mas é o único que tem miolos por ali. Conclusão: o partido com nome de insecticida é contra o sistema. Quer mesmo que o sistema trema. Mas quer assumir os mais destacados lugares que o sistema fornece. Será para introduzir pauzinhos na engrenagem democrática? Minar por dentro? O que quer esta gentalha já nós sabemos. Vêm aí quatro anos de trapalhadas e atropelos perpetrados por estes manhosos anti-sistema. Só existe um sistema que os ilumina. É o sistema que permite a prepotência política, a anulação dos apoios sociais e o extermínio da cultura. Vamos ter muito trabalho a combater esta gente manhosa sem escrúpulos. Mas é o que tem de ser feito.
domingo, 20 de fevereiro de 2022
Abysmo sem fim à vista
sábado, 19 de fevereiro de 2022
Olhar e ver
Exposição disponível na Casa da Cultura, Setúbal. A ver.
Mesmo ao lado está outra mostra de substantivo interesse: Dar de beber aos olhos, com João Paulo Cotrim. Falaremos de novo desta exposição daqui a um bocadinho.
Vão aparecendo, sim?
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022
Opus quê?
Depois do telejornal, no canal estatal, passa uma extensa reportagem sobre os benefícios e bondades de pertencer ao sinistro grupo católico Opus Dei. Inacreditável a promoção da normalidade desta anormalidade. Incrível, a apologia da ignorância e da provação. Todos tão fofinhos. Tão fiéis ao sinistro Josemaria Escrivá de Balanguer. Tão normais, os anormais. Optam por ser infelizes? Que o sejam, mas longe. O que temos nós a ver com a vida de ex-deputados, ex-banqueiros e deputados do Chega que optam pela estupidez contra a realidade? A religião é mesmo o ódio do povo.
Lisboa e outro par de botas
O presidentinho da câmara avistou-se com dois presidentes de Estados e inaugurou um banco de jardim que simboliza a amizade que nutrem uns pelos outros. Ficaram todos muito contentinhos com a simbologia daquele singular monumento aos convívios maiores, como testemunha a fotografia de fim de percurso. Assim de repente até é bonito. Mas olhando melhor para tudo isto e pensando bem duas ou mesmo três vezes, Que concluir? Retrato da parola satisfação.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022
Ordenar a desordem
Maria João Frade esclarece os enleios desta exposição em palavras escritas para a folha de sala. Texto assertivo em que confessa que "andou aos papéis" para fazer esta exposição de Romualdo agora mostrável na Casa da Avenida. Há muito que falava à Maria João na mostra que Romualdo fez lá na Casa num ano qualquer das nossas vidas que se perdeu na minha memória do tempo. Impressionaram-me aquelas texturas, e recordava-as nas conversas convocando a memória para esses testemunhos visuais tão impressivos. Mas, agora, como documento, no segundo andar da galeria, uma projecção vídeo refresca-nos a memória. Deslumbra-nos.
Impressionou-me no autor aquela observação dos papéis velhos como vontade de envolvimento artístico. O rigor e o extremo equilíbrio que executam aqueles desequilíbrios que transformam o lixo em luxo aguçaram-me os sentidos e a curiosidade em ver outras coisas. O resultado da investigação de Romualdo revela-nos sofisticação cultural e uma consequente curiosidade intelectual permanente.
A exposição que agora nos é mostrada é uma confirmação de talentos, mas também uma surpresa. Surpreende aquela necessidade de afastamento da realidade social da Arte. Mas afastamento não é indiferença. A necessidade de observar o mundo tal como ele é anuncia a permanente insatisfação do artista, mas a representação transforma realidades e inverte destinos. Tudo se transforma. Ou deve. A ironia pode ser um bom contributo para essa transformação. A técnica dá uma preciosa ajuda. Romualdo conhece bem as leis da física. E sabe o papel que a Arte tem na contagem do tempo dos materiais. O que aqui nos mostra é o resultado dessa criteriosa e densa investigação. Parte do caos para organizar a desordem. E a desordem existe ali empacotada em armários imaginados pelo artista e sugeridos à nossa interpretação.
É muito bom rever trabalhos deste artista tão singular. Eu, assumo, senti-me em festa. Esta exposição é uma festa para os sentidos.
AQUI HÁ GATO. ROMUALDO. Casa da Avenida, Setúbal.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2022
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022
Apelo
Maria Carrilho
Mulher extraordinária. Grande deputada. Política respeitada e de intervenção singular. Feminista. Culta. Justa. Muito obrigado, Maria Carrilho.
domingo, 6 de fevereiro de 2022
João Paulo Cotrim, sempre
Galeria e rua ficaram a abarrotar. Foram muitos os amigos e admiradores que quiseram estar uns com os outros com o João Paulo Cotrim. Faltou ele. Mas até parecia que estava lá. Foi com muita emoção que ali estivemos. Mas estivemos bem.