TOLERÂNCIAS | O discurso obtuso do bastonário dos advogados aguçou-nos a vontade de discutirmos outras intolerâncias. As palavras acaloradas que alardeou contra o que acha incorrecto e contra-natura são deveras preocupantes. Como pode o representante máximo de uma ordem profissional que supostamente tem que lidar com a tolerância ser tão intolerante. Será que ainda o vamos ouvir defender a pena de morte para determinados casos extremos, como defendeu em tempos o poeta que actualmente dirige o CCB? Vamos falar sobre todas estas violências, esta sexta-feira, na Casa da Cultura, em Setúbal. O convite está aí escarrapachado. Apareçam.
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sexta-feira, 31 de maio de 2013
terça-feira, 28 de maio de 2013
FINANÇAS ÀS DIREITAS | Salazar sempre teve o decoro de não transformar este dia em feriado nacional. Mas não é que agora andam por aí uns palonços que reclamam comemoração da data? É o que se chama "ir para além" de tudo e mais alguma coisa. Onde é que a gente já ouviu isto?
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segunda-feira, 27 de maio de 2013
O POVO NÃO É SERENO | É já na próxima sexta-feira que Pedro Almeida Vieira vai estar na Casa da Cultura, em Setúbal, para falar do assunto que aborda no seu mais recente livro: se o povo é sereno, vou ali e já venho. Alice Brito vai opinar sobre a pena de morte. António Ganhão também vai dizer o que lhe vai na alma e vai moderar o debate. Aguardamos a presença em massa dos respeitáveis leitores.
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domingo, 26 de maio de 2013
sexta-feira, 24 de maio de 2013
MARKETING PARA TÓTÓS | Eu até estava mortinho
por chamar palhaços a uns tipos que eu cá sei. Mas como não escrevi
nenhum livro, não gravei um disco, nem produzi nenhum doce, nem nenhum
vinho generoso, nem sequer umas cavacas das Caldas, é claro
que os ofendidos não iriam incomodar o Ministério Público com o meu
protesto. É que não me lembro de nada que tenha feito que precise de uma
campanha promocional. Nadinha mesmo.
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quinta-feira, 23 de maio de 2013
É mau, quando partem os bons.
Muito obrigado, senhor Moustaki.
quarta-feira, 22 de maio de 2013
PROFISSÃO: PROFESSORA | Estamos sempre a aprender, diz-se. É verdade. Mas existem profissionais que gerem a nossa curiosidade com competência e dedicação. O professor Agostinho da Silva citava uma amiga analfabeta: "a escola devia estar sempre aberta, para eu ir lá perguntar o que não sei". Há professores que são como uma escola aberta. Guardo na memória um raminho deles. Isabel Monteiro ocupa lugar especial na minha memória. Foi com grande prazer que frequentei as suas aulas. Era professora de inglês. Praticava um ensino que nos colocava no centro do mundo. Saíamos da lusa tacanhez de então. Também colaborou em edições pedagógicas. Uma professora com letra grande. Em Abril de 1974 convivíamos no Liceu de Setúbal. Lembro-me de uma reunião de alunos, no ginásio. Haviam dúvidas sobre o comportamento do reitor no tempo da repressão: suspeitas de ser informador da PIDE. Isabel sobe ao estrado e opina: não podemos ser injustos. Acima de tudo é preciso apurar a verdade. O reitor deve ficar se for provado que não pertenceu à polícia política. Mas se for provado o contrário, se se provar que pertenceu, é bom que saia e depressa. Vibrante aplauso na sala. Isabel era assim. Esclarecida e destemida. Justa e culta. Muito recentemente encontrava-a num café perto da estação ferroviária. Antes de eu embarcar para Lisboa falávamos do estado a que isto chegou. Lembro-me de um dia em que estava muito chocada por Salazar ter ganho um concurso televisivo. O mais importante português, o português do século XX, ou coisa do género. Confortei-a com um "isso foi um concurso imbecil da treta. Não tem qualquer importância". Concordou. Mais tarde combinámos uma visita ao meu ateliê, em Lisboa. Dei-lhe um cartão para fixar contactos.
Vim a saber pouco depois que estava doente. Era coisa má, mas sempre pensei que sem motivos para grandes preocupações. Um dia destes, em conversa com um dos filhos, o João, perguntei-lhe pela saúde da mãe. Foi a surpresa e o choque. Como é que eu não soube de nada? Como é que uma pessoa tão importante para tanta gente parte assim? É injusto. Queria tanto que ela fosse ao meu ateliê. Não tive oportunidade de me despedir. Faço-o agora. Gosto muito de si, senhora professora. Muito obrigado por tudo. Muito obrigado mesmo.
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Vim a saber pouco depois que estava doente. Era coisa má, mas sempre pensei que sem motivos para grandes preocupações. Um dia destes, em conversa com um dos filhos, o João, perguntei-lhe pela saúde da mãe. Foi a surpresa e o choque. Como é que eu não soube de nada? Como é que uma pessoa tão importante para tanta gente parte assim? É injusto. Queria tanto que ela fosse ao meu ateliê. Não tive oportunidade de me despedir. Faço-o agora. Gosto muito de si, senhora professora. Muito obrigado por tudo. Muito obrigado mesmo.
terça-feira, 21 de maio de 2013
TODOS IGUAIS | Carlos Abreu Amorim chamar magrebinos aos benfiquistas é um problema dele. Revela puríssima ignorância. É fácil perceber que um clube como o Benfica, com adeptos em todo o mundo, contará nas suas fileiras com um ou outro simpatizante no Magrebe. Mas decerto não tem inscrita uma maioria daquela região africana. Agora a sério. O problema é outro. Amorim entende que os magrebinos são gente inferior, pretendendo com esta atoarda insultar os adeptos do clube lisboeta. Carlos Abreu Amorim, sendo um político com ambições de liderança, deputado da nação e candidato a uma autarquia pelo partido dito social-democrata, não pode ser descuidado. Amorim é, portanto, um inclassificável racista. Esta gente não presta para nada. Mesmo.
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domingo, 19 de maio de 2013
CHAMAVA-SE CATARINA | Naquele tempo morria-se por pedir trabalho. E era um qualquer cabo de esquadra que assim decidia. Catarina Eufémia foi assassinada por um guarda que entendeu que ela não deveria continuar a viver. Era uma miúda. Tabalhava desde que as forças o permitiram. Não se deve morrer tão jovem, só porque um filho da puta qualquer assim o entende. José Afonso emocionou-se com este caso. E fez uma das mais emocionantes canções da música portuguesa. Que nunca mais se morra desta maneira.
Isto aconteceu em 19 de Maio de 1954. Portugal era assim. Pedro Almeida Vieira, no seu mais recente livro, Crime e Castigo - o povo não é sereno, comprova que a violência sempre existiu nas mentes destes decisores de ocasião. É um tempo anterior a este, o que ele retrata, mas a mentalidade perdurou e vingou na ditadura. Matava-se por dá cá aquela palha, como então se dizia.
CRIME E CASTIGO | No próximo dia 31 do
presente mês, iremos demonstrar com toda a seriedade e sem ferir ninguém
que os alardeados brandos costumes atribuídos ao povo português são uma
treta. Pedro Almeida Vieira estará em Setúbal, no casarão
da cultura, para apresentar o seu mais recente livro - Crime e Castigo,
O Povo não é Sereno. Vai ser ajudado no debate sobre a pena de morte
por Alice Brito, jurista e escritora, autora do excelente Mulheres da
Fonte Nova. Para moderar o debate convidámos António Ganhão, crítico do
site Pnet Literatura.
Encetamos assim colaboração com este prestigiado e interventivo meio de
comunicação online. Agora só falta a vossa presença. É dia 31. Não se
esqueçam.
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sábado, 18 de maio de 2013
POESIA PORTUGUESA HOJE | A poesia de Helder Moura Pereira
foi dissecada por um rigoroso cirurgião. O professor Fernando J. B.
Martinho deu-nos a honra da sua presença na Casa da Cultura, em Setúbal.
Foi brilhante a análise que fez do mais recente
livro do poeta. Assistimos a uma verdadeira aula de Poesia
Contemporânea Portuguesa. E ouvimos Helder Moura Pereira com o imenso
gosto dos reencontros. Mais uma luminossa sessão Muito Cá da Casa.
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sexta-feira, 17 de maio de 2013
DA DESORDEM AO PROGRESSO | Hoje foi aprovado algum humanismo no Parlamento. Claro que, para além de alguns deputados, pelos vistos verdadeiramente social-democratas, inscritos no chamado Partido Social Democrata, toda a direita troglodita votou contra este avanço. Por vontade desta gente, as mulheres ainda ficariam em casa em dia de eleições. E os homossexuais deveriam ser tratados como perigosos doentes contagiosos. Ainda vão havendo boas notícias. Apesar de tudo.
HELDER
MOURA PEREIRA NA CASA DA CULTURA
É logo à noite, na Casa da Cultura. O professor e crítico Fernando J. B. Martinho vai apresentar o mais recente livro do poeta. Helder Moura Pereira falará deste livro e de outras coisas. Apareçam.
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É logo à noite, na Casa da Cultura. O professor e crítico Fernando J. B. Martinho vai apresentar o mais recente livro do poeta. Helder Moura Pereira falará deste livro e de outras coisas. Apareçam.
ARMAI-VOS E IDE | Os estimáveis políticos
europeus andam todos a folhear o mesmo catecismo. Como não têm
soluções, apontam para a fronteira. É assim uma espécie de "quem está
mal muda-se", mas dito com bons modos. Cá na terra fica quem manda, quem
não tem dedos que vá tocar viola para outra freguesia. E não se pode
exterminá-los?
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quinta-feira, 16 de maio de 2013
PORTUGAL DOS PEQUENITOS | Cavaco não tem confiança nas cidades. Nas urbes habita o pessimismo. Mas há lugares onde as mensagens optimistas nos inundam de esperança. O interior profundo recupera em nós o orgulho produtivo e a vontade de acreditar. É a fé na virgem, com toda a certeza. E confirma-se: depois daquele dia de maio, que comemora a aparição que tanto agradou a uns ingénuos pastorinhos, tudo se alterou: a troika aprovou - com a ajuda divina, é certo -, mas avaliou e andou. Isso é que interessa. O futebol entusiasmou - nem tudo são rosas, mas faz-se o que se pode. E o fado encantou e vingou. Esse entranhado género musical regressou em triunfo e é frequentado de novo pelos mais influentes cérebros da nação. E depois vem aí o verão e o regresso do exuberante e colorido espectáculo taurino. E há concursos fantásticos, onde o curioso público pode ver os seus ídolos em cuecas. É a saudável convivência nacional que tanto agrada às lideranças. O que é nacional é bom. Pobretes mas alegretes, pois.
Claro que há vida para além desta alegria. O verão traz ambientes musicais universais. Leva-nos às excelentes praias lusas. Traz-nos a vontade de conhecer outras paragens. Fornece-nos ócio. Sugere-nos leituras que nos despertam. Mas aguentar esta merda até lá... é fodido. Pobre país este, que prefere a apologia da trampa à curiosidade exigente.
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Claro que há vida para além desta alegria. O verão traz ambientes musicais universais. Leva-nos às excelentes praias lusas. Traz-nos a vontade de conhecer outras paragens. Fornece-nos ócio. Sugere-nos leituras que nos despertam. Mas aguentar esta merda até lá... é fodido. Pobre país este, que prefere a apologia da trampa à curiosidade exigente.
quarta-feira, 15 de maio de 2013
ÀS QUARTAS NA AJA | Mais uma noite de encontros, na sala da Associação José Afonso, na Casa da Cultura, em Setúbal. É a minha agradável tarefa semanal na AJA. Hoje falaremos de aparições várias. Estamos em tempo de forte crença. Cremos na vontade das gentes. E procuramos a felicidade dos seres.
Até já. Lá, ou aqui.
AVALIAÇÃO DIVINA | Penso que foi uma inspiração da Nossa Senhora de Fátima. É o que a minha mulher diz.
É que diz o o senhor Presidente da República Portuguesa. Eu nem sei o que dizer. Mas confesso que não me falta vontade de dizer muita coisa. Que deus o proteja, senhor Presidente. Oremos.
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terça-feira, 14 de maio de 2013
NÃO ME DIGA! | Luís Marques Não Me Diga Mendes, é o adivinho da moda. Agora garante que Gaspar das Finanças vai para Comissário Europeu. O pequeno feiticeiro avança com as mais previsíveis adivinhações como se fossem uma grande coisa. Mas alguém tem dúvidas que este louco vai ser promovido por mor das loucuras que aplica? Haverá quem duvide do instinto de protecção desta gentalha? E o que é que nós ganhamos com isso? Ó doutor Não Me Diga, bem pode limpar as mãos à parede com as previsões da treta.
Que gente tão básica. E lamentável.
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Que gente tão básica. E lamentável.
MUITO CÁ DE CASA | O lançamento universal deste "Crime e Castigo" é hoje. Mas dia 31, às 22 horas,Pedro Almeida Vieira vai estar na Casa da Cultura, em Setúbal, para falar deste seu livro e dos brandos costumes em Portugal. Falaremos também da Pena de Morte e da sua abolição, com o autor e com Alice Brito, que aqui assumirá a actividade de jurista. Um debate a não perder. Digo eu.
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segunda-feira, 13 de maio de 2013
TONTICES, MAUS HUMORES E TABLÓIDES | A governação e a sua interpretação estão a atingir o desconcertante. Paulo Portas inventou a fórmula Governo Aberto, preferindo apresentar estados de alma nas televisões em vez de discutir os constrangimentos com os seus colegas de Governo. A intriga e a propagação da ideia da inevitabilidade da austeridade, abundam e fedem. Governantes e ex-governantes desdobram-se em comentários de cartomante. Comentadores são tratados como estrelas do raciocínio. Em tudo isto as pessoas são esquecidas. Camilo Lourenço, na sua vontade de extermínio de gastos, propõe a anulação real de profissões, logo de vidas profissionais. O historiador Rui Ramos, no último Expresso, perde-se em conversa tonta, numa tentativa de anular aquilo a que chama "conversa de tontos". É a grande prestação para o debate do esforçado historiador neoliberal. Carlos Abreu Amorim diz o que diz. Para quê?! Marques Mendes e Marcelo fazem malabarismo. O que ganhamos com isso? Cavaco existe para o que pessoalmente lhe interessa - ele próprio e os seus, o que torna a contradição exercício retórico ali para os lados de Belém. A Comissão europeia, representada por uma estrela exportada por nós, parece não existir. E depois há o humor. O que esta malta se diverte. Relativiza-se tudo. As piadas anti-política chovem. A ligeireza deixou de ser apenas alardeada por comunicadores e cantores de programas da manhã televisiva. Fala-se da crise como se de uma telenovela se tratasse. É o profissionalismo da falta de vergonha. Não se prevêem finais felizes. Por este andar acabaremos por assistir à projecção de um medíocre filme de terror. Estamos em guerra. Precisamos de alguma seriedade. Precisamos de competência. Precisamos de política a sério.
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domingo, 12 de maio de 2013
MUITO CÁ DE CASA | A próxima sessão contará com a presença de Helder Moura Pereira, no próximo dia 17, às 22 horas. O professor Fernando. J. B. Martinho fará a apresentação do novo livro do poeta.
O próprio recitará poemas deste seu excelente livro. Pela Parte que me Toca é o título do livro que marca a actualidade poética em Portugal. Está a sair grande poesia nesta terra. Estaremos atentos. Apareçam.
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O próprio recitará poemas deste seu excelente livro. Pela Parte que me Toca é o título do livro que marca a actualidade poética em Portugal. Está a sair grande poesia nesta terra. Estaremos atentos. Apareçam.
sábado, 11 de maio de 2013
MUITO CÁ DE CASA | Comunicar ao vivo com o escritor Luís Cardoso foi um prazer. Ouvir as opiniões de Luísa Tiago de Oliveira sobre Luís Cardoso foi esclarecedor. Ouvir Ana Luísa Rodrigues dizer textos de Luís Cardoso foi muito bom. Falou-se de livros, de Timor, da resistência, da independência, das relações entre utilizadores da Língua portuguesa. A conversa foi bem humorada. A assistência participou vivamente. Foi bom passar um serão desta maneira. Muito obrigado ao escritor, à apresentadora do livro, à leitora dos textos e ao editor da Sextante, João Rodrigues, que nos deu o gosto da sua companhia.
Até à próxima.
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Até à próxima.
sexta-feira, 10 de maio de 2013
ESTA SEXTA É DIA DE PIGAFETTA | Luís Cardoso vai estar no casarão da cultura de Setúbal. Com ele vem Luísa Tiago de Oliveira, para apresentar o livro. Ana Luísa Rodrigues, para dizer alguns textos. E o grupo musical Quadrante vai animar a malta. Apareçam. Olhem que quem não aparece... esquece.
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quinta-feira, 9 de maio de 2013
O VERDADEIRA ARTISTA | O governo propõe redução sem compensação. Ou por outra: defende o despedimento disfarçado. O artista do retrato dá a cara por esta performance. Há gente para tudo. Então é assim: os funcionários vão para a mobilidade durante um determinado tempo, e depois desse tempo cumprido ficam por lá, mas não recebem a ponta de um corno. Interrogado sobre a injustiça da medida, Hélder Rosalino responde qualquer coisa como: mas se eles não estão a trabalhar... vão receber porquê? O Zézinho da SIC-N que controla a opinião económica do canal tenta dar-lhe uma ajuda. O homenzinho vive de um discurso auto-elogioso bacoco e alarve. É inacreditável sermos governados por gente desta. Inacreditável.
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terça-feira, 7 de maio de 2013
O autor, em conversa com a actriz Sandra Celas e com o artista visual Eurico Coelho.
VAMOS LÁ VER A CRISE | António Jorge Gonçalves está em Setúbal. Quer-se dizer: esteve em Setúbal no dia da abertura da sua exposição na Casa da Cultura, e deixou lá ficar os seus desenhos. Vão poder ser vistos até ao próximo dia 6 de junho. Estes trabalhos foram publicados no suplemento humorístico do Público. O referido suplemento - Inimigo Público -, dirigido por Luis Pedro Nunes, aloja semanalmente estes irreverentes rabiscos de António Jorge Gonçalves. A crise é aqui abordada com um sorriso. E cada um exprime o sorriso que quiser: Há sorrisos de condescendência, mas o encolher de ombros não limita a revolta. A crise não nos afronta a todos, mas todos temos o direito de nos exprimirmos sobre este desalinho. Contra a visão única. Bem dita crise? Claro. Existe alguma razão que nos impeça de abordar o atropelo com ironia? Estes desenhos foram feitos para serem vistos. E merecem esse favor. Apareçam.
BEM DITA CRISE!
António Jorge Gonçalves
Casa da Cultura | Setúbal
Até dia 6 de junho
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VAMOS LÁ VER A CRISE | António Jorge Gonçalves está em Setúbal. Quer-se dizer: esteve em Setúbal no dia da abertura da sua exposição na Casa da Cultura, e deixou lá ficar os seus desenhos. Vão poder ser vistos até ao próximo dia 6 de junho. Estes trabalhos foram publicados no suplemento humorístico do Público. O referido suplemento - Inimigo Público -, dirigido por Luis Pedro Nunes, aloja semanalmente estes irreverentes rabiscos de António Jorge Gonçalves. A crise é aqui abordada com um sorriso. E cada um exprime o sorriso que quiser: Há sorrisos de condescendência, mas o encolher de ombros não limita a revolta. A crise não nos afronta a todos, mas todos temos o direito de nos exprimirmos sobre este desalinho. Contra a visão única. Bem dita crise? Claro. Existe alguma razão que nos impeça de abordar o atropelo com ironia? Estes desenhos foram feitos para serem vistos. E merecem esse favor. Apareçam.
BEM DITA CRISE!
António Jorge Gonçalves
Casa da Cultura | Setúbal
Até dia 6 de junho
segunda-feira, 6 de maio de 2013
MUITO CÁ DE CASA | Foi rosto da resistência timorense cá por estas bandas. Depois deu em escrever e tornou-se autor de referência. António Lobo Antunes, para dar só um exemplo, não dispensa os seus livros. Acontece que para além de escritor, Luís Cardoso é também um homem munido de excepcionais qualidades humanas, o que leva a que muitos amigos, de outras áreas autorais, façam questão de participar nos lançamentos dos seus livros. Para além da doutora Luísa Tiago de Oliveira, que fará a apresentação da obra, participam ainda a jornalista Ana Luísa Rodrigues e o grupo musical Quadrante. Os lançamentos dos livros de Luís Cardoso são famosos pela grande carga afectiva e pela grande qualidade estética que apresentam. A iniciativa insere-se na colaboração da DDLX com a Casa da Cultura, em Setúbal. É na próxima sexta-feira. A não perder, portanto.
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PAISAGEM DESABITADA | Morreu Michael Biberstein. Era um dos meus pintores. Um grande artista que nos deixa. Tudo fica mais feio quando desaparece alguém assim. O mundo precisa de quem o represente com aquela autenticidade. O pintor morreu. É certo que a obra vai continuar a animar as nossas vidas, mas é triste saber que já não contamos com ele. Muito obrigado, caríssimo Michael.
domingo, 5 de maio de 2013
sábado, 4 de maio de 2013
MUITO CÁ DE CASA | Fernando Rosas deu lição. Brilhante. António Ganhão apareceu e disse o que achou. É esse texto que se segue:
O professor Fernando Rosas apresentou o seu último livro “Salazar e o Poder – A arte de saber durar.” O historiador Albérico Afonso moderou o debate que se seguiu tendo destacado o fato desta obra destruir alguns dos mitos sobre o Estado Novo, como a “facilidade” com que a ditadura, em 28 de Maio, assumiu o poder. Referiu ainda que estas obras, não apologistas do regime, são fundamentais no esclarecimento de um período histórico que nos marcou durante mais de meio século.
Segundo o autor, o livro divide-se em três partes: o que pensava Salazar sobre a política (caindo o mito que Salazar vivia acima das questões políticas), como chegou ao poder e finalmente como conseguiu manter-se no poder durante tantos anos.
O paralelismo com a situação actual era inevitável. Fernando Rosas citou o “Eu não fui eleito para coisíssima nenhuma” de Vítor Gaspar para ilustrar o primeiro degrau de entendimento da política por parte do Estado Novo. Para Salazar o primeiro nível político era o da governança que era técnico e devia ser confiado aos técnicos, dispensando-se a participação dos cidadãos (que não tinham de ser ouvidos) ou dos seus representantes (o parlamento não se devia preocupar com este tipo de assuntos).
Também Vítor Gaspar se considera um “técnico em exercício” fazendo o que é preciso para o bem da nação, mesmo que esta nação não o entenda e, até mesmo, rejeite em uníssono essas políticas - esquecendo-se que, em democracia, o governo é uma emanação da vontade popular expressa nas urnas.
Foi uma lição de história, estruturada, bem fundamentada e com sentido de humor que assistimos ontem na Casa da Cultura de Setúbal. O debate que se seguiu foi vivo e mais alguns aspectos históricos do Estado Novo foram esclarecidos. E, a bem da Nação, mais não digo.
António Ganhão
O professor Fernando Rosas apresentou o seu último livro “Salazar e o Poder – A arte de saber durar.” O historiador Albérico Afonso moderou o debate que se seguiu tendo destacado o fato desta obra destruir alguns dos mitos sobre o Estado Novo, como a “facilidade” com que a ditadura, em 28 de Maio, assumiu o poder. Referiu ainda que estas obras, não apologistas do regime, são fundamentais no esclarecimento de um período histórico que nos marcou durante mais de meio século.
Segundo o autor, o livro divide-se em três partes: o que pensava Salazar sobre a política (caindo o mito que Salazar vivia acima das questões políticas), como chegou ao poder e finalmente como conseguiu manter-se no poder durante tantos anos.
O paralelismo com a situação actual era inevitável. Fernando Rosas citou o “Eu não fui eleito para coisíssima nenhuma” de Vítor Gaspar para ilustrar o primeiro degrau de entendimento da política por parte do Estado Novo. Para Salazar o primeiro nível político era o da governança que era técnico e devia ser confiado aos técnicos, dispensando-se a participação dos cidadãos (que não tinham de ser ouvidos) ou dos seus representantes (o parlamento não se devia preocupar com este tipo de assuntos).
Também Vítor Gaspar se considera um “técnico em exercício” fazendo o que é preciso para o bem da nação, mesmo que esta nação não o entenda e, até mesmo, rejeite em uníssono essas políticas - esquecendo-se que, em democracia, o governo é uma emanação da vontade popular expressa nas urnas.
Foi uma lição de história, estruturada, bem fundamentada e com sentido de humor que assistimos ontem na Casa da Cultura de Setúbal. O debate que se seguiu foi vivo e mais alguns aspectos históricos do Estado Novo foram esclarecidos. E, a bem da Nação, mais não digo.
António Ganhão
AGENDA | É hoje que António Jorge Gonçalves vai estar na Casa da Cultura com a "sua" Bem dita crise! É às dez da noite, não se esqueçam. Até logo.
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sexta-feira, 3 de maio de 2013
MÚSICA MUITO CÁ DE CASA | As conversas Muito Cá de Casa abrem sempre com uma música escolhida pelo convidado. Fernando Rosas escolheu três preferências musicais. Puccini, Brel e Zeca. As faixas a passar são surpresa. Mas ficam já informados da companhia que nos espera. Também se juntará ao debate o historiador Albérico Afonso Costa. É já hoje à noite. Apareçam.
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quarta-feira, 1 de maio de 2013
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