domingo, 30 de abril de 2023

Luís Carmelo

Mais um amigo que parte. O Luís Carmelo. Escritor e empenhado divulgador de literatura. Comemorou o ano passado, em maio, 40 anos de publicação da sua obra. Um bom escritor. Um bom homem.

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ENTRE BASALTO E FLORES | Conhecemos a autora, sempre associada à Educação (com letra grande) e a atitudes cívicas de relevo. Esta faceta de fotógrafa estava escondida nas reentrâncias dos basaltos açorianos. Com esta exposição, que agora abre na Casa Da Cultura | Setúbal, vamos conhecer outra Ana Maria Bettencourt. Esta exposição traz novidade, rigor e talento. Atributos associados às outras actividades da autora, que agora nos surpreende com este trabalho assombroso. Abre no próximo sábado, e vai estar disponível aos olhares durante todo o mês de maio. Imperdível.

sábado, 29 de abril de 2023

Dia Mundial da Dança

JORGE SALAVISA | Morreu em 28 de setembro de 2020. Foi um grande senhor da Dança em Portugal. Honrou a disciplina. Recordo-o neste dia em que se comemora a actividade a que deu tanto da sua existência. Foi bom viver no seu tempo. 


sexta-feira, 28 de abril de 2023

Receituário


Lucas Almeida surpreende sempre. Finalmente dá-nos mais uma oportunidade de convivermos com o seu trabalho. Mais vale tarde do que nunca. Abre este sábado. Altamente recomendável.

MAIS VALE TARDE DO QUE NUNCA
Pintura e desenho
Lucas Almeida
Casa da Avenida, Setúbal

Olhar e ver


Duas excelentes exposições estão a povoar as galerias da Casa Da Cultura | Setúbal. Corpo Lúteo, de Ana Telhado e O Caderno Austríaco de Jorge Lima Alves. Estes trabalhos podem ser visitados e observados até ao próximo dia 4 de maio. Quem estiver em Setúbal neste fim-de-semana prolongado não as pode perder. A sério! Divirtam-se.

Receituário


Susana Baca vai estar em Portugal na próxima semana. Dia 4 em Lisboa. Estar na presença desta compositora e cantora peruana é uma oportunidade única e um privilégio. Dizem-me que ainda há entradas, mas despachem-se, não venham depois dizer que não foram avisados.

quarta-feira, 26 de abril de 2023

CHICO

Chico Buarque recebeu finalmente o Prémio Camões. Faltava a assinatura do então presidente do Brasil para que a coisa se concretizasse. Bolsonaro, com o atrevimento que a ignorância lhe cola na cara, não quis assinar. Chico agradeceu a higiene que essa atitude concedeu ao diploma. Agradeceu ao pai o interesse que lhe despertou pela cultura. Agradeceu-nos. Lamentou a estupidez fascista. Sim, é de fascismo que falamos quando falamos de Bolsonaro, Ventura, Salvini e outros trastes que pululam por este mundo infecto. Senhores comentadores e historiadores de pacote: não é preciso estar nos programas eleitorais destes idiotas a palavra fascismo. A ideologia está lá. Vai a votos, como foram todos os velhos fascistas que depois proibiram e dizimaram. São fascistas e querem proibir e tolher atitudes. Logo, nós preferimos chamar-lhes assim, para facilitar e porque é verdade.
Os fascistas são gente má, sem cultura, com um único meio de expressão: o ódio. Chico Buarque é um exemplo de grande cultura e talento. É boa gente.

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Ivo expôs pela primeira vez em Setúbal em julho de 2017, na galeria da Casa da Cultura, Setúbal. Mostra soberba que surpreendeu e criou em muita gente uma constante curiosidade pela sua obra. Uma exposição do Ivo é um acontecimento imperdível. Como Uma Pesada Nuvem abre amanhã na Sá da Costa. Até lá.


terça-feira, 25 de abril de 2023

Ressaca

Participei hoje numa das maiores manifestações de sempre na Avenida da Liberdade. As manifestações democráticas são emocionantes. As manifestações da extrema-direita são repugnantes. Pela primeira vez em democracia isso aconteceu. Os fascistas que agora conspurcam o parlamento portaram-se como vulgares delinquentes. Mas a derrota do Venturinha do Chega é evidente. As promessas de contestação foram soberbas. A montanha pariu um rato. Um rato raquítico. Poucas centenas de vermes manifestaram-se frente à AR.
Repito: participei hoje numa das maiores manifestações de sempre na Avenida da Liberdade. Revi amigos. Abracei muitos. Juntei-me a quem reclama justiça para o que acha que não está bem. Estive com quem quer a paz. Com quem despreza Bolsonaro, Salvini, Le Pen, Erdogan, Lukashenko, Putin, Ventura, e outros filhos da puta que nos tolhem o futuro.
Estive bem.
Conclusão óbvia: Ventura foi o grande derrotado do dia. É assim que deve ser: o fascista é derrotado no dia em que se assinala a derrota do fascismo.
Augusto Santos Silva foi o grande protagonista da luta contra os energúmenos parlamentares. Esteve bem.
Todos temos a obrigação de combater quem nos combate.
Seremos muitos, seremos alguém, como disse José Afonso.

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25 de Abril, sempre!


A PRESENÇA DAS FORMIGAS

José Afonso

A presença das formigas
Nesta oficina caseira
A regra de três composta
Às tantas da madrugada
Maria que eu tanto prezo
E por modéstia me ama
A longa noite de insónia
Às voltas na mesma cama
Liberdade
Liberdade
Quem disse que era mentira
Quero-te mais do que à morte
Quero-te mais do que à vida

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Não passarão. Não podem passar


Novos e velhos fascistas ficaram muito incomodados com a atitude desta grande senhora. O inenarrável juiz Carlos Alexandre aceitou a sugestão de um fascista confesso e condenado de levar Mamadou a julgamento. Os fascistas saíram dos buracos onde vegetam desde que a invenção Ventura de Passos Coelho foi para o parlamento. Este ano até assinalam o 25 de Abril com uma manifestação contra o 25 de Abril. Atitudes como esta de Francisca Van Dunem são necessárias. Estamos todos com Mamadou Ba. Contra os fascistas.  

domingo, 23 de abril de 2023

Da humilhação que quase não se sente

Foi um fim de tarde e pêras. Excelente interpretação por Alice Brito do livro "Humilhação e Glória", de Helena Vasconcelos. A iniciativa Muito Cá de Casa faz por levar à Casa Da Cultura | Setúbal, os intelectualmente mais saudáveis autores desta língua que por cá falamos. A autora pertence a um grupo de intelectuais que me ajudou a perceber o nosso tempo. Muitos dos livros que analisa no Ípsilon, do Público, são meus companheiros para a vida. Helena Vasconcelos escreve como ninguém sobre Arte e Literatura. Uma grande escritora com muita letra para nos oferecer.
Ontem coloquei aqui um texto saído deste seu livro com a intenção de promoção da iniciativa. A frase transmitia um reparo ao que já passa despercebido: a humilhação da cerimónia do casamento que se pratica nas casas de culto religioso. Não foi retirado de contexto, mas o livro descreve muitos outros contextos que muitos não se dão ao luxo de aprofundar. Muitas práticas diárias da nossa sociedade são sexistas e até criminosas face aos géneros que ainda se consideram diferentes. As mulheres desde sempre. Mas também muita gente que não pertence ao rol descrito nos manuais institucionais é tratada de maneira diferente. Porque, lá está, os manuais assim consideram. A definição mais estúpida e retrógrada é a da tradição. O que é tradicional é bom. Alice Brito elaborou e leu um texto que choca pela lucidez. Helena Vasconcelos comentou e acrescentou o seu conhecimento. Concluímos: estamos a regredir. Alguns dos comentários ao texto de ontem revelam um desprendimento ao avanço necessário: deixem lá isso. Tudo é relativo e permissivo. Viva o imobilismo. Convenhamos que aqui na página foram uma minoria muito, muito reduzida, mas na sociedade, nas escolas e nas empresas o machismo é prática corrente e aplaudida. Os disfarces para essas más práticas são a tradição e o imobilismo. Já não vale a pena pensarmos nisso. Estamos todos tão bem uns com os outros.
Confesso que esta sessão Muito Cá de Casa foi das que me deu mais entusiasmo e vontade de promover. É sempre um prazer e uma sorte conversar com Helena Vasconcelos. Não me desiludi. Saí dali melhor. Com mais vontade de mandar às urtigas a tradição e o imobilismo, essas eminências serôdias e reaccionárias que ainda minam as meninges de muita gente.
A tradição e o imobilismo que se fodam.
Nota final: o livro "Humilhação e Glória" está disponível para venda na Culsete e na Casa Da Cultura | Setúbal, pelo extraordinário preço de 5 euros. Quem avisa amigo é.

sábado, 22 de abril de 2023

Muito cá de casa

As mulheres idealmente mantidas num estado imaturo e infantil saíam de casa para se casarem, passando das mãos do pai para as do marido, exatamente como um objecto. Ainda hoje se mantém a tradição de as noivas serem levadas ao altar pela mão dos pais ou seus representantes e entregues aos futuros maridos. Poucas mulheres se apercebem de quão humilhante e retrógrado é este gesto.

Helena Vasconcelos em Humilhação e Glória, Quetzal.

Helena Vasconcelos vai conversar hoje com Alice Brito, comigo e com quem quiser participar sobre este livro incrível que aborda o apagamento das mulheres praticado ao longo da nossa existência como seres humanos. Falaremos do apagamento, das humilhações várias, do assédio permanente de que são vítimas e das consequências para todos nós. É na Casa da Cultura, Setúbal, hoje às seis e meia da tarde. 

MUITO CÁ DE CASA com Helena Vasconcelos

Apresentação do livro Humilhação e Glória por Alice Brito

22 de Abril, 18:30 horas

Casa da Cultura, Setúbal












sexta-feira, 21 de abril de 2023

Receituário

Vou até ali ouvir o Sérgio. Já volto.



quarta-feira, 19 de abril de 2023

Do mofo

Provavelmente perguntou ao confessor e a resposta veio célere: só deus pode tirar-nos a vida. Nós não temos direito ao nosso corpo e ao nosso conforto físico. Veta a lei, irmão Marcelo. E o beato Marcelo vetou, em absoluto desrespeito pela decisão da casa da democracia. O líder manhoso que manda no PSD insiste no referendo, como se os direitos das pessoas dissessem respeito a todos, mesmo aos que são contra os direitos dos outros. E o merdas que está sempre a comentar tudo como se fosse o político preferido das televisões veio logo vomitar ódio e estupidez. Falo do chunga do chega, que também veio dizer que Marcelo não é impedimento para a formação de um governo do PSD associado à agremiação fascista que lidera o merdas. Marcelo não acerta uma. Nunca acerta. Só mesmo quando o que defende coincide com o seu conforto. Manteigueiro.

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Apresentação de um trabalho que vai marcar um tempo. Música e literatura em alegre e profundo convívio. Até já.

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domingo, 16 de abril de 2023

Muito cá de casa


ASSÉDIO E HUMILHAÇÃO | O assédio sexual é sempre uma tentativa de humilhação. Quem assedia humilha para ter sexo. Com palavras simples isto é mesmo assim, mas para conversarmos com mais profundidade sobre este assunto tão na ordem do dia convidámos Helena Vasconcelos. Vamos falar sobre o seu ensaio "Humilhação e Glória". Lá encontramos opiniões lúcidas e esclarecedoras sobre a humilhação a que as mulheres têm estado sujeitas ao longo da história da humanidade. Alice Brito leu o livro e vai dar também a sua opinião. Vamos todos conversar. É no próximo sábado, ao fim da tarde, na Casa Da Cultura | Setúbal. Estão convidadas. E convidados, é claro.

sexta-feira, 14 de abril de 2023

De que falamos quando falamos de assédio sexual?

Um líder espiritual tatibitate quer que um puto lhe chupe a língua. Nojo. Discípulas universitárias dizem que professor usou a sua influência para tentar saltar-lhes para cima. Nojo. 

Depois dos casos dos padres sem escrúpulos, surgem casos e casinhos em catadupa. Os casos vão suceder-se. O sexo circula em delinquente reboliço. Tornar a vontade sexual em delinquência é nojento. É esta a verdadeira pornografia.

Tornar os crimes sexuais dos curas pedófilos um ataque à religião é maldoso e injusto.
Tornar o assédio sexual praticado por agressores de esquerda um ataque à esquerda, só porque o possível agressor é de esquerda, é intencionalmente maldoso e uma grande filha-da-putice.
De que falamos quando falamos de assédio sexual? Falamos de gente mal formada, sem respeito pelos outros (ou pelas outras) e que lida com a pila (ou a língua) como se não houvesse amanhã. Vão-se foder. Longe.

quinta-feira, 13 de abril de 2023

Mary Quant


Partilho um texto de
Helena Vasconcelos, publicado no seu mural. Diz o que pensa de Mary Quant. E diz muito bem:

"MARY QUANT morreu. Tinha 93 anos. Inspirou-me, deu-me liberdade e alegria. Sempre gostei de Moda e, com ela, foi uma revolução. Abriu a sua Bazaar Boutique em King's Road, Londres, em 1953, tinha então 21 anos. Nada faria prever que fosse o início de uma das maiores transformações na História da Moda. Nunca fui rica, mas lembro-me de poder comprar as famosas mini-saias, que imediatamente adoptei. Como era bom mostrar as pernas e comprar tudo Mary Quant, desde os produtos de maquilhagem a lençóis. Nada a detinha. Foi uma pioneira, a sumidade dos loucos anos 60 na "swinging London" e contribuiu para a libertação do corpo feminino".

Com Cotrim

Estamos todos aqui. Este livro é um dicionário e uma bíblia. Sem antigo nem novo testamento. O testamento é o do JOÃO PAULO COTRIM, para todos nós. A linguagem é a nossa, mas sem religião. Com muitos desenhos e quase todos os escritos do João Paulo sobre imagem e especificamente sobre ilustração. Está a venda, o livro. Nós, não.


A opinião impressa neste recorte pertence a João Ramalho Santos e foi publicada no JL. Diz muito.

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COM LEGENDAS | Sou suspeito. Gosto muito do trabalho do Carlos Barão. Já fiz a curadoria de duas exposições suas, na Casa da Avenida e na Casa Da Cultura | Setúbal, e sou amigo dele. Suspeito, confirma-se. Mas acontece que ele nos surpreende sempre em cada exposição que faz o favor de nos trazer ao nosso olhar. Desprevenidos, ficamos sempre com aquela sensação de surpresa que só a Arte nos fornece.

Esta exposição do Carlos abre no próximo sábado à tarde e fica por lá uns dias mais. É importante visitá-la. Digo eu, que sou suspeito.



quarta-feira, 12 de abril de 2023

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A exposição abre hoje. O trabalho de Pedro Besugo interpreta geografias que estão próximas do nosso imaginário. Mas quem não interpreta essas geografias pode reinventar as suas próprias olhando para aquelas do Pedro Besugo. Uma coisa é certa: é sempre um prazer circular pelos espaços onde o Pedro coloca os seus percursos. Abre hoje, na Cisterna, que fica ali mesmo ao pé do São Luiz, na rua António Maria Cardoso. Abraço, Pedro.

Pedro Besugo | Reverso

13 abril a 30 junho 2023
Galeria Cisterna

domingo, 9 de abril de 2023

A grande arte

Mais um grande artista visual que nos deixa. Esforcei-me por ter trabalhos dele em casa. Os seus desenhos colocam-me inquietações e muitas interrogações. Nunca respostas. Mas também não é isso que procuro nos trabalhos de Manuel Baptista. Nem deveria ser isso o que o movia. Grande artista, repito. Que dias negros.

sábado, 8 de abril de 2023

Um grande senhor


Não faltei a uma exposição na sua galeria. Rigor, honestidade intelectual, conhecimento profundo do que fazia. Um homem extraordinário. A Arte em Portugal deve-lhe muito.
O José Domingos Rego trabalhou com ele e traduz aqui tudo o que se sentia quando com ele privávamos:

UMA IMENSA TRISTEZA PELA PERDA DE UM AMIGO
Deixo-vos o texto que escrevi para a homenagem a João Esteves de Oliveira, no âmbito da exposição
MODERNO E CONTEMPORÂNEO
A Colecção de João Esteves de Oliveira,
Galeria João Esteves de Oliveira, Lisboa, 2019.
O João inscreve-se numa genealogia de galeristas rara, que tem uma origem mítica, remota, nos mecenas renascentistas, que se expande nos marchands d'art românticos, e que se manifesta no filantropismo e altruísmo de alguns colecionadores atuais (que o João também é). A palavra que melhor define a relação que estes galeristas estabelecem com os artistas é: amizade; no que esta implica de lealdade, honestidade, confiança, cumplicidade, proximidade, lisura de comportamentos, busca recíproca da excelência, sem esperar nada em troca. A par destas características, o que define estes seres invulgares é a paixão sem limites pelo que fazem, o gosto por concretizarem projetos, um olhar seletivo e assertivo sobre as obras, a capacidade de intuírem como resulta uma exposição.
Nos dez anos que trabalhámos juntos, a palavra amizade foi ganhando expressão pelo respeito mútuo, pelo profissionalismo de parte a parte, pelas críticas construtivas e pertinentes, que soubemos sempre integrar no processo normal de trabalho, pela capacidade de nos surpreendermos um ao outro, de partilharmos opiniões sobre a vida, as exposições, os gostos musicais, os catálogos, os livros e as viagens.
Um encontro no atelier, ver os trabalhos e, num último olhar, o João a resgatar um esboço suspenso na parede – acha que podemos juntar ao conjunto? É isso, quase nada, que é tudo: a capacidade de ver para além da matéria suspensa na parede.
Domingos Rego
Azeitão, 17 de março de 2019

quinta-feira, 6 de abril de 2023

Literatura de viagem


EM MONTPELLIER - PARTE 1 | Casa Amadis, associação francesa que comunica com o mundo (mais frequentemente em português), comemorou vinte anos de existência. O seu presidente e meu amigo Tito Mota associou às comemorações um trabalho meu que pretende andar pelo mundo. Esse trabalho transportou para seis telas de esdrúxulas dimensões palavras de José Afonso em articulação com outras, verberadas por mim ou de toada popular. As palavras são o mote deste meu trabalho em entusiasmado desenvolvimento.

A "propaganda" funcionou em pleno: entrevista em rádio, menção promocional na imprensa escrita e online. 

A abertura da exposição/instalação deixou-me sem palavras. O presidente da Câmara, Michael Delafosse, esteve presente e lembrou aos presentes a sua passagem por Setúbal e Lisboa, então como vereador, onde apresentou o projecto agora em desenvolvimento na cidade que dirige com inteligência e brilho. Mas sobre Delafosse, a sua passagem por Portugal, e sobre o que representa para a política francesa actual falarei no post seguinte.

O cônsul-geral de Portugal em Marselha, Álvaro Ribeiro Esteves, também quis estar por lá. Foi o primeiro a chegar. Tive portanto a oportunidade de lhe explicar todo o projecto. Percebi que é um atento conhecedor da obra de José Afonso e interpretou sem hesitações as palavras inscritas nos trabalhos expostos. No fim propôs-me outras viagens. Desafio que me entusiasmou.

Claro que os agradecimentos estendem-se, com toda a justiça, aos "culpados" disto tudo: Tito Mota (Casa Amadis), com quem pretendo estreitar laços de colaboração e entendimento. Ana Nogueira, com quem tanto conversei sobre tudo isto, e que pôs em conversa escrita tudo o que pensa disto tudo. Trabalho intenso e que não fica por aqui. Mas também a todos os que quiseram por ali passar, em ambiente de grande simpatia e partilha de conhecimento. Fiquei contente. E agradecido. Até já.





domingo, 2 de abril de 2023

Sakamoto

Fiquei impressionado quando ouvi pela primeira vez Merry Christmas Mr. Lawrence. Não parei de persegui-lo. Um grande artista que nos deixa. Ficam os grandes sons que produziu. Foi bom viver no seu tempo. Muito obrigado, senhor Sakamoto. Muito obrigado mesmo.

sábado, 1 de abril de 2023

Uma mulher do seu tempo


Morreu na passada quinta-feira Maria Antónia Fiadeiro. Mulher que percebeu bem o seu tempo. Soube ocupar-se de causas maiores. Feminista, grande defensora dos direitos específicos das mulheres, uniu-se a outras figuras femininas nas lutas emancipadoras. Uma grande mulher.