sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Design de comunicação

Da série Grandes Capas. Trabalho de Barry Blitt para The New Yorker. Março 2022.

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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

A intimidade do contraste

O CÉU DESABADO | Ana Nogueira vai expôr esta ideia na Biblioteca Camões. São desenhos esdrúxulos. A exposição abre dia 6 às seis e meia da tarde. Esta é uma ideia proposta por nós — DDLX — à biblioteca do Largo do Calhariz. Alinhei estas palavras para a folha de sala:

Como ter acesso à intimidade do contraste? É preciso, em cada objeto, reavivar algumas primitivas ambivalências, aumentar mais a monstruosidade das surpresas, é preciso aproximar, até que elas se toquem, a mentira e a verdade.  
Gaston Bachelard
A proximidade da verdade indicia o contraste. É preciso perceber a mentira, as razões que levam ao dislate, para percebermos as razões do que queremos atingir. É preciso ter acesso à intimidade do contraste, como defende Bachelard. É preciso reavivar memórias, procurar o que se conheceu, para que a verdade nos surpreenda e fique esclarecida a agrssão da mentira. A surpresa nem sempre corresponde ao que definimos como prazer ou sorte, mas é nessa ambivalência que insistimos em exercer a resistência que nos anima contra a mentira que brota e agride.
Os desenhos de Ana Nogueira são como raspamentos que encetam uma procura. Uma vontade de descobrir a verdade que se esconde, ou foge, ou que se limita a estar ali discretamente. Discreta é a verdade. Ousada é a mentira. Ousemos contrariá-la. A verdade vem sempre à tona? Fazemos por isso. Insistimos em trabalhar nesse patamar escorregadio. É nesse terreno que se situa o trabalho de Ana Nogueira. Os desenhos da Ana estão aí a denunciar o céu que esconde a tempestade. É bom olhar para eles. Percebemos melhor onde a verdade pode ser encontrada. É o que eu acho. Bom olhar.

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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Design de comunicação

Da série Grandes Capas. Cartoon de André Carrilho para a The New Statesman.


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Receituário

Este livro tem textos do João Paulo Cotrim e imagens do João Francisco Vilhena. Agora o João Francisco vai mostrar as imagens fora do livro, em formatos generosos, tal como aconteceu quando participou na Festa da Ilustração - Setúbal, em 2023, com exposição na galeria do Museu de Setúbal - Convento de Jesus. Mas esta exposição na Sociedade Nacional de Belas Artes tem design expositivo diferente e uns acrescentos visuais, logo é outra exposição. A receita está passada: abre amanhã, quinta-feira, às seis e meia da tarde. Imperdível.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Luiz Pacheco 100

Estamos a atravessar um tempo — entre 2020 e 2025 — em que figuras marcantes da nossa Cultura e política completam 100 anos desde o seu nascimento. José Saramago, José Dias Coelho, Mário Soares, Carlos Paredes, Luiz Pacheco. De todos os aqui mencionados, só José Dias Coelho não teve as merecidas menções. Motivo: foi assassinado pela polícia política do fascismo muito novo e há muito tempo. Mas José Afonso não deixou passar em claro este crime. Concebeu uma canção — A MORTE SAIU Á RUA — que denuncia o crime e imortaliza o artista José Dias Coelho.

Este ano temos Luiz Pacheco a inscrever-se no rol dos centenários. Haverá comemoração nacional. A Casa Da Cultura | Setúbal vai associar-se à coisa com participações várias e com programação própria. Recordaremos textos e comportamentos. COMUNIDADE, que Óscar Lopes considerou um dos melhores textos de sempre da literatura Portuguesa, vai ser recordado com uma exposição de Teresa Dias Coelho. Os desenhos que a Teresa fez para a edição da Contexto (1980 serão importante documento artístico afixado nas paredes da galeria da Casa. A história da COMUNIDADE passou-se em Setúbal, num edifício muito próximo da Casa da Cultura. Tudo faz sentido, até esta proximidade.
Fui amigo de Luiz Pacheco em intensa convivência em Setúbal e Lisboa. Tenho histórias para contar. Serão divulgados textos que são preciosas pérolas da literatura. A intemporalidade também marcou a obra de Luiz Pacheco. O programa das comemorações será publicado por estes dias. Para já aqui vai a imagem divulgadora. Até já.


sábado, 22 de fevereiro de 2025

A morte saiu à rua

José Afonso deixou-nos há trinta e oito anos. Morreu no dia 23 de fevereiro de 1987, no hospital de São Bernardo, em Setúbal. Os amigos sentiram o vazio. Ainda sentem. A presença física era importante. Foi atento e interventivo, sempre animado por um sentido de humor denunciador de situações  ridículas e esclarecedor de  trapaças. Saudade dessa presença atenta.

Mas a intemporalidade da sua obra e o seu exemplo como cidadão atento à realidade são tão importantes que até parece que ele ainda anda aí. A reedição dos seus trabalhos gravados e a publicação da obra poética são exemplos marcantes que confirmam o seu valor universal. José Afonso é uma grande figura do mundo artístico e intelectual do nosso tempo. É por tudo isto que temos a viva percepção — a volta que ele daria a esta palavra tão usada pelos novos vampiros — de que está connosco. E está, apesar de ter morrido num dia assim do ano de 1987. Há pessoas que nunca serão esquecidas. São as que viveram em voz alta e nos fizeram pensar.


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Circo Trump

Se tivesse sido publicada no ano passado, esta imagem seria de crítica política, onde o ridículo é evidenciado. Nada disso: esta pintura imperial foi divulgada pelo circo que se instalou na casa assombrada de Washigton. Os novos fascistas utilizam o ridículo como arma política. É aliás essa a única estratégia que aplicam em tudo o que fazem. O ridículo normalizou-se.

Trump é ridículo em todos os aspectos: está logo nas trombas a "exigência" nos implantes e colorações capilares, mas também nos fatos e gravatas indescritíveis, e na própria linguagem corporal. A vaidade, aliada à ignorância, dá naquilo. Trump considera-se o único homem inteligente no mundo. Talvez ceda em atribuir um honroso segundo lugar ao seu cão-de-fila Musk. Mas ao assumir esta imagem ridícula de imperador todo poderoso devia despertar um alerta nos americanos que o elegeram, se é que ainda têm alguma coisa debaixo daquele boné rículo que envergam com tanto orgulho. E os americanos que votaram contra ele estão parados? O que está a acontecer é excessivamente mau. Professores e cientistas estão impedidos de revelar preocupações ambientais, e científicas, já agora. A Educação já não o é. Tudo o que é apoio social está a ser anulado. Tudo o que é público é lixo para esta gente sem higiene mental. É o regresso a tempos tenebrosos de exaltação da ignorância mais reles. Quem não vê isto está com certeza a tentar distrair-se com outros fenómenos. Assobiar para o lado será o melhor? Ou, observando os palhaços em cena, vamos rir que é o melhor remédio?
Não, estes palhaços não têm graça nenhuma. Lembremo-nos: um palhaço não é rei só por entrar num palácio. O palácio é que se transforma em circo. O circo Trump é exageradamente ridículo, mas é muito mais perigoso do que os outros que apenas mostram habilidades e palhaçadas.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Artistas Unidos no Karnart

O PRINCÍPIO DO FIM | O tema anunciado e as fotografias de Jorge Gonçalves trouxeram-me de imediato à memória a imagem de Nastassja Kinski em "Paris Texas", de Wim Wenders. A minha memória foi confirmada em cena. O texto de Durringer aborda a cena de Wenders. Uma mulher que se entrega toda a vida à actividade de espevitar a sexualidade de homens solitários, ou que procuram na observação de uma mulher que se despe à sua frente satisfação sexual, puxa pela sua memória ali à nossa frente, no seu local de trabalho. Rita Lopes Alves recria um ambiente de peep show. Nós, o público, somos os curiosos voyeurs. Andreia Bento representa o papel de uma mulher amargurada pela maneira como foi descartada. Os homens preferem mulheres mais novas. Ela acabou de fazer 50 anos. Já não serve. Recorda as ofensas e os prazeres por que passou. Educou um filho, fez amigas, passou as passinhas mas aguentou-se. Não se sente velha. A sua vontade de fruição cultural e entretenimento foi o cinema. As memórias cinematográficas povoam-lhe o álbum de imagens da memória. Amargura, ressentimento, revolta. As pessoas não são lixo.

A peça está em cena até meados de março, entre terça e sábado. O texto é notável, o ambiente cenográfico também, e a representação de Andreia Bento é de uma ternura contangiante. Muito bom. Recomendo.
𝗔 𝗟𝗢𝗩𝗘 𝗦𝗨𝗣𝗥𝗘𝗠𝗘 𝗱𝗲 𝗫𝗮𝘃𝗶𝗲𝗿 𝗗𝘂𝗿𝗿𝗶𝗻𝗴𝗲𝗿
Artistas Unidos
𝗧𝗿𝗮𝗱𝘂𝗰̧𝗮̃𝗼 Joana Frazão
𝗖𝗼𝗺 Andreia Bento
𝗖𝗲𝗻𝗼𝗴𝗿𝗮𝗳𝗶𝗮 𝗲 𝗙𝗶𝗴𝘂𝗿𝗶𝗻𝗼𝘀 Rita Lopes Alves
𝗔𝘀𝘀𝗶𝘀𝘁𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗱𝗲 𝗰𝗲𝗻𝗼𝗴𝗿𝗮𝗳𝗶𝗮 Francisco Silva
𝗟𝘂𝘇 Pedro Domingos
𝗦𝗼𝗺 André Pires
𝗔𝗽𝗼𝗶𝗼 𝗮𝗼 𝗺𝗼𝘃𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 M. Matias / Belle Dommage
𝗖𝗼𝗼𝗿𝗱𝗲𝗻𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝘁𝗲́𝗰𝗻𝗶𝗰𝗮 Diana dos Santos
𝗔𝘀𝘀𝗶𝘀𝘁𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗱𝗲 𝗲𝗻𝗰𝗲𝗻𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 Diana César e Joana Pajuelo
𝗘𝗻𝗰𝗲𝗻𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 Andreia Bento e Nuno Gonçalo Rodrigues
𝗙𝗼𝘁𝗼𝗴𝗿𝗮𝗳𝗶𝗮𝘀 ©Jorge Gonçalves
𝗔𝗰𝗼𝗹𝗵𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 Karnart C. P. O. A. A. (www.karnart.org)
𝗚𝗖𝗞 - 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗻𝗲𝘁𝗲 𝗖𝘂𝗿𝗶𝗼𝘀𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲𝘀 𝗞𝗮𝗿𝗻𝗮𝗿𝘁 𝗱𝗲 𝟲 𝗙𝗲𝘃𝗲𝗿𝗲𝗶𝗿𝗼 𝗮 𝟭𝟱 𝗱𝗲 𝗠𝗮𝗿𝗰̧𝗼
Terça-feira a sexta-feira às 20h00 | Sábado às 16h00 e às 20h00
𝗥𝗘𝗦𝗘𝗥𝗩𝗔𝗦 | 961960281 ou bilheteira@artistasunidos.pt
𝗕𝗜𝗟𝗛𝗘𝗧𝗘𝗦 | https://bit.ly/AU-a-love-supreme
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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Design de comunicação


Da série Grandes Capas. The Nation.

OS DIAS DO MAL | Finalmente a Europa percebe que os delinquentes que ocuparam a casa assombrada em Washigton são amigos de Putin e inimigos da democracia. Trump, Vance e Musk são defensores de nazis confessos. Vance teve o descaramento de os ir apoiar na Alemanha. Vance parecia estar na sombra, mas agora veio mostrar as garras sem qualquer inibição. Jaime Nogueira Pinto, o fascista portugês de serviço, disse no programa de Ricardo Araújo Pereira que Vance o entusiasmava. Trump nem por isso. Um fascista com olho clínico, este fascista português.
Em outros tempos isto chamava-se ingerência na política interna de um país soberano. Falamos da Alemanha, o país mais poderoso da Europa. Os ocupantes da casa assombrada de Washigton rasgam todos os acordos e tratados. Não respeitam nada nem ninguém. Só a vida de alguns americanos lhes interessa. A maior nação do mundo tem no poder delinquentes muito perigosos. Acordam triunfantes. Vivem para este novo grupo empresarial — EUA — que os eleitores lhes puseram nas mãos. Trump decreta todos os dias em papéis assinados com canetas pretas próprias, alinhadas em estojo preto — à primeira vista parecem clássicas Montblanc, mas não, são marcadores rascas como o autor das assinaturas —, que depois lança para os seus seguidores como se estes fossem cães tentando a alegria de um osso. Todo um espectáculo ridículo que define o carácter de um homem ridículo. Ridículo mas poderoso. E mau. Estamos a assistir de novo à banalidade do mal, como definiu Anna Arendt.

O eterno retorno

O primeiro não foi eleito. Salazar impôs que fosse instalado no palácio cor-de-rosa. O segundo quer entrar no palácio, mas parece não conhecer as regras. Quer ter uma vida cor-de-rosa por lá. 

O antigo almirante viveu atordoado por inaugurações. Inaugurava tudo, até escadas rolantes e feiras dos arabaldes. Abria telejornais e ilustrava as primeiras páginas dos jornais impressos.

O actual candidato a candidato prefere a guerra às vidas humanas. Promove o ego com alarde, nem que tenha que humilhar subalternos. Prefere o narcisismo militarista à política. 

Livrámo-nos do velho marinheiro. Livremo-nos dos novos marujos graduados que desprezam a política. 

O autoritarismo sobranceiro não é solução. Será sempre desilusão, ou, na pior das hipóteses agressão.

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domingo, 16 de fevereiro de 2025

Meus amigos

Porque hoje é domingo, e deu-me para isto, dirigo-me em particular aos meus amigos que contestam o que eu aqui digo, não por serem contra, mas sim por acharem que "não é assim que vamos lá". Isto é: o que se diz nas redes sociais são "sentenças" de sofá, são palavras lançadas ao vento, são inutilidades sem consequência, e isso incomoda tremendamente os meus amigos que acham que devemos estar no sofá, mas calados que nem ratos, e deixar as redes sociais para a
extrema-direita "educar" os imbecis. Ou se calhar há outra verdade no decreto de inutilidade que me passam: esses meus amigos estão a organizar-se e a participar activamente em estruturas que vão dar uma volta a isto tudo e não dizem nada a ninguém. Provavelmente esses nossos amigos é que sabem, mas não nos passam cartão, porque é assim que deve ser. Eu e os outros que fazemos destas geringonças exercício de expressão cidadã não passamos de uns palonços que pensam estar a fazer uma grande coisa. Somos uns palermas inúteis.

Pessoalmente, tenho uma informação para vos dar, meus amigos: enquanto não nos disserem como se faz de outra maneira mais eficaz, eu e os outros que aqui insistimos em ter opinião vamos continuar a insistir assim desta maneira, que é vendo, lendo, ouvindo e escrevendo. Mas tenho outro ponto para esclarecer o vosso incómodo: não é só de lançar loas nos meus lugares de opinião que vivo como cidadão. Participo em múltiplas iniciativas de combate à extrema-direita fascista e de defesa da cidadania e dos direitos dos mais vulneráveis. Existo, logo penso, e leio, e vejo cinema, teatro, desloco-me para ver e sentir expressões visuais de disciplinas várias. Profissionalmente desenvolvo trabalhos de promoção de ideias solidárias e promovo iniciativas que acima de tudo alertam para que seja visto e ouvido o que eu acho que deve ser visto e ouvido. Tento não falhar uma manifestação de rua que alerte para os problemas das pessoas. Edito e publico materiais de esclarecimento e apelo, e respondo a todos os encontros e iniciativas para que sou chamado. "Desenho" exposições de artistas que alertam e estimulam a opinião contra o medo e a estupidez. Como profissional das coisas visuais exponho ideias que projeto e desenvolvo para estimular a opinião e o debate de ideias que combatam a ignorância. Muitas vezes prejudico o trabalho que me poderia ser mais rentável financeiramente. Isto é absolutamente verdade. Não faço manteiga rançosa, nem acho que o que faço seja a solução de todos os males, mas como cidadão faço o que acho que tenho que fazer. Só isso.
O BlogOperatório existe há vinte e um anos. Quando surgiram os blogues e passaram a ser uma possibilidade de se discutir e esclarecer vontades, criei logo este meu cantinho de bem-estar opinativo. Sinto-me bem aqui. Faço o que faço porque me dá gozo. Porque, apontem aí no vosso moleskine: lutar contra a estupidez da extrema-direita, e promover o que nos dá felicidade e estimula a curiosidade intelectual dá-nos muita alegria. A procura da felicidade também se faz assim: lutando contra a estupidez e a apologia de moralismos serôdios e tristes, e arrasando aqueles imbecis que estão convencidos de que a alegria e a felicidade existem no lucro financeiro apenas.
Meus amigos, estamos juntos, enquanto quiserem. Não pretendo dar sentenças e isso percebe-se, acho eu. Não sou detentor da razão, como é óbvio e nunca pretendi sê-lo. Sei que quem combato não tem as minhas razões. A Razão não existe. Todos temos as nossas razões e existimos com elas. Somos assim na vida. Vivo assim aqui. Cheio de dúvidas. Vazio de certezas. E, confesso, não confio em quem tem as certezas no bolso e acha que sabe como é que "isto vai lá". Seja bem-vindo quem vier por bem. Quem não vier com essas tamanquinhas calçadas tem bom remédio. Não venha.
Fiquemos com José Afonso. A mim acontece-me com (cada vez mais) frequência.
Insisto não ser tristeza
Soluçar sobre uma mesa
E mais não ser deste mundo
Meter navios no fundo
Num caminho de esqueletos
Sempre se plantam gravetos
E se a velhice for tua
Senta-a no meio da rua.
José Afonso Antologia poética, Relógio D’Água

sábado, 15 de fevereiro de 2025

Nogueira 


O Combate


Estes encontros são muito importantes. É importante estarmos juntos para discutirmos o que nos agride. E é muito importante termos opinião, atitude e maneiras de revelarmos essas opiniões com atitude. Fernando Rosas deu uma lição de História projectando futuro. Brilhante, como sempre. Mas a sessão foi muito participada, o que nos deu a esperança de percebermos que "há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não" a esta realidade que nos cerca e agride. Pessoalmente fiquei contente por perceber que o meu amigo Fernando Rosas entende que a participação militante nas redes sociais são uma das possibilidades de participação útil. E as conversas do tipo da que tivemos ontem também são fundamentais. Os novos fascistas têm que ser combatidos. Estas maneiras de o fazermos não são exclusivo deles, nós também temos língua para discutir/debater e mãos para combater nos teclados. "Passemos das palavras aos actos?". O absurdo da expressão é esmagado pela realidade da contemporaneidade. As palavras são actos. Que se lixem os ditos populares que dizem o contrário. Quando os fachos nos quiserem dar porrada, então lá teremos de pagar em cadeiras e paus para lhes dar nos cornos.

DIREITAS VELHAS, DIREITAS NOVAS
de Fernando Rosas
Apresentação e debate
MUITO CÁ DE CASA
Os registos fotográficos foram disparados pelo Fernando Pinho e pela Ana Nogueira

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Com Ana Sofia Antunes

O que aconteceu ontem no parlamento envergonha toda a gente que partilha ideais democráticos. O que aconteceu ontem no parlamento foi a demonstração mais rasca dos "valores" dos deputados e deputadas do partido fascista que vegeta na bancada do lado mais à direita. O que aconteceu ontem no parlamento é repugnante. O regresso da barbárie é inscrição no manual de normas do partido de André Ventura e Rita Matias. A deputada Rita Matias proferiu ontem um discurso indigno e insolente em defesa da deputada da sua bancada que insultou a deputada Ana Sofia Antunes. Esta gente não presta para nada. E quem vota nesta gente é como esta gente. Ou são precisas mais "performances" desta gente rasca para que percebam finalmente quem são os energúmenos em quem votam?

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Design de comunicação

Da série Grandes Imagens Corporativas. A proposta é do
André Carrilho.

Musk aposta com entusiasmo na destruição de vidas, chamando vermes a quem elimina. O seu chefe, o energúmeno que é presidente, classifica toda a gente que é despedida como corruptos. Estão bem um para o outro. Parece que o eleitorado que os meteu nestes trabalhos já começa a achar a coisa excessiva, mas agora bem podem limpar as mãos à parede, os imbecis. Este é o dia-a-dia desta gente sem classificação. Chamemos-lhes: criminosos encartados. A morte fica-lhes tão bem.