domingo, 30 de setembro de 2007
À nossa!
João Paulo Martins todos os anos prova as melhores "pingas" que por aí escorrem. Escolhe o melhor. Nunca se engana. Claro que não há dois vinhos iguais. Há vinhos e há vinhões. A prova final é feita por nós. E nós somos todos diferentes uns dos outros, já se sabe. É como o vinho.
sábado, 29 de setembro de 2007
Estratégias de comunicação
A primeira série da telenovela "Mandas tu ou mando eu", produzida pelo PSD, chegou ao fim. Santana Lopes é capaz de ter dado uma ajuda ao desfecho, com aquele episódio na SIC-N. Provavelmente foi o anúncio de um regresso à ribalta. Agora tudo corre de feição aos adeptos do folclore populista. Esperemos que não monte arraiais no país. Já basta o que basta.
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Hoje não vou sair
Parece que Santana despertou consensos. Anda por aí grande entusiasmo com a "coragem" que demonstrou na SIC-N. Provavelmente sou dos poucos que não vão estar nessa festa. Não tenho nada a ver com o que faz José Mourinho. Nem aprecio o estilo. Se outro galo tivesse cantado, até estaria agora a não perceber a razão de se ter interrompido uma entrevista a um saliente opinador de uma importante questão em análise. Mas o galo foi Santana. O homem que faz do "bluff" o seu oxigénio. Lembram-se dos famosos congressos do PPD-PSD? Já toda a gente se esqueceu da política-pimba protagonizada pelo novo herói nacional?
Brindem, elevem as taças, façam-lhe a festa.
Eu não me levanto.
Brindem, elevem as taças, façam-lhe a festa.
Eu não me levanto.
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Goooooolo... de Mourinho
Uma entrevista de Ana Lourenço a Pedro Santana Lopes, ontem, na SIC-N, deu para o torto, depois de uma interrupção para que fosse transmitida em directo a chegada de José Mourinho ao nosso amado Portugal. Santana não gostou da graça e deixou o paleio a meio. "O país está doido", rematou. Eu até estava tentado em concordar com a atitude do nosso Pedro. Mas, de repente, a lucidez deu-me um abanão. Então o comentador de remates, livres e cantos arma-se agora em donzela ofendida por ser interrompido por uma grandiosa jornada futebolística? Mau perder, homem. E olhe que nesta sua antiga e agora repudiada actividade, Mourinho vence. Ontem foi ele que marcou. Dizem que é mesmo assim: a bola é redonda. Mas se calhar é isto tudo que está a ficar excessivamente redondo. E, quando menos se espera, a bola cai-nos em cima.
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Ilegítimas defesas
Há democracia no PSD. Já ninguém duvida. Estes debates públicos, quando é de disputa de liderança que se trata, são perfeitamente legítimos. Excluindo o PCP, que tem paredes de vidro tão espessas que não se vislumbra nada lá para dentro, os outros partidos estão sujeitos a estas maldades. Mas atenção: quando as maldades atingem a falta de dignidade, não é a democracia que se expressa. A falta de respeito pelas regras põe em causa funcionamentos.
Não é com atitudes evidentemente excessivas que se põe um país a funcionar.
Não é por estas bandas que se encontra alternativa governativa.
A leviandade não deverá exercer soberania.
Apesar de a gente saber que é o que às vezes acontece.
Não é com atitudes evidentemente excessivas que se põe um país a funcionar.
Não é por estas bandas que se encontra alternativa governativa.
A leviandade não deverá exercer soberania.
Apesar de a gente saber que é o que às vezes acontece.
É a sexualidade, estúpido!
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Vale tudo
Para que tudo corra de feição, até houve quem pagasse cotas por atacado. O que é preciso é votar. Mudar aquilo. Nem que para isso se adoptem práticas pouco recomendáveis. Rui Gomes da Silva - lembram-se? - apareceu nas televisões com uma estranha denominação para os recentes desenvolvimentos: trapalhadas, diz ele. Onde é que o homem foi buscar tão absurda expressão?
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
Festival de folclore
No sábado passado, Dia Europeu sem Carros (acho que é assim que se chama aquela treta), tive que dar um salto ao meu habitual lugar de permanência profissional, situado no Chiado, onde uns materiais mais ou menos volumosos me aguardavam para ser transportados no meu carro. Acontece que decorria o já referido do tal dia sem carros. Não percebi que ía entrar em zona de comemorações. Engano total. Trânsito cortado na área, filas infindáveis e ruidosas, e a paciência a atingir o limite. Conclusão: fugi dali, esperei nas calmas, com um consequente jantar, calmo e agradável, e lá fui buscar os embrulhos depois da hora de encerramento da coisa. Até não foi mau de todo. Mas pergunto: para que serve esta trapalhada? Não haverá uma maneira menos demagógica e mais eficaz de ordenar o trânsito na cidade? Há com certeza. Pelo folclore não vamos lá.
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
Gente do pior - 2
O homem que fez um desastrado sequestro a um banco, em Setúbal, começou a ser julgado. O homem está preso preventivamente há 11 meses e é acompanhado por pessoal das psicologias. O homem resvalou para o abismo. Estava desesperado. Um empréstimo solicitado nunca mais vinha. Estou longe de aplaudir o tresloucado acto. Mas vale a pena perceber a diferença de atitudes das "vítimas" intervenientes. Os banqueiros pedem uma soma irrisória para colmatar prejuízos. Mas há um paspalho, um mariola que estava no banco quando a coisa se deu, que exige uma indemnização de 35 ooo euros. Os abutres descem quando cheira a cadáver. Há gentalha que não se incomoda em espezinhar quem está na mó de baixo. Há gente para tudo.
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Gente do pior
Os defensores do nazi Mário Machado, preso e bem preso por maldades várias, queriam aproveitar o novo Código para libertar da prisão preventiva o delinquente que elegeram como seu herói. A coisa deu para o torto. O ariano mais escurinho da "história" do nazismo vai continuar com os costados na pildra. A justiça nem sempre é lerda.
Velha Justiça, código novo
Já não há pachorra para a discussão em volta do novo Código Processo Penal. Toda a gente achava que o tempo de prisão preventiva era um exagero. Agora o problema é outro: se um crime não é provado não há chilindró, enquanto não for provada culpa. Alguém estar preso durante um ror de tempo, sem se saber se é culpado ou não, parece pouco rigoroso. Veja-se o caso de Carlos Cruz. Para que foi aquilo? Não é difícil perceber que o que está em causa não são as novas normas, mas sim a excessiva demora na resolução dos processos. Se as coisas corressem sobre rodas, a Justiça andava de carrinho. Assim, mais parece puxada por asnos. E as reacções a esta nova lei fazem lembrar a história do velho, o rapaz e o burro.
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Quando os lobos uivam
Aquilino vai ser emparedado no Panteão. Agora andam para aí a arrasar o homem por não ir em lérias de condes e duques. Eu, pobre plebeu, estou como ele: não me apetece andar de chapéu na mão fazendo vénias a fidalgos caducos e seus servidores.
O fim da monarquia foi violento? É verdade.
E a vetusta violência da monarquia sobre os seus súbitos?
Tudo aconteceu há muito tempo. E o tempo, esse grande escultor, vai moldando as mentalidades.
O que ontem era verdade, hoje, provavelmente, também é. Mas um bocadinho menos.
Abel Manta Imagem
O fim da monarquia foi violento? É verdade.
E a vetusta violência da monarquia sobre os seus súbitos?
Tudo aconteceu há muito tempo. E o tempo, esse grande escultor, vai moldando as mentalidades.
O que ontem era verdade, hoje, provavelmente, também é. Mas um bocadinho menos.
Abel Manta Imagem
Portugal e o futuro
O País Escolar já está a laborar em pleno. Os putos já estão todos encafuados nas salas de aula. Agora é ir resolvendo umas equações, dividindo umas orações e empinando uns resumos. Não há computador que valha ao fraco saber da Educação Nacional. Tudo é vago e inconsistente. Estudai petizes, estudai: o desemprego espera-vos pacientemente.
Gente singular
Este homem vai trabalhar com este casal. Exercia o mesmo tipo de actividade no governo de Gordon Brown. Mas, em demonstração de grande amizade pelos pais de Maddie, resolveu abandonar um lugar de relevo, para os proteger dos males do Mundo e da Justiça.
A comunicação social deixou de andar com os McCann nas palminhas. Era necessário arranjar um "técnico" para reagir a insultos e ameaças. E a escolha recaiu em quem desempenhava papel semelhante em Downing Street. É estranho. Muito estranho mesmo.
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Estado de desgraça
Sarkosi começou por pacificar. Convocou adversários e com eles polvilhou de diversidade o poder. De vez em quando regressa às informalidades sociais. Pratica o ócio e exibe um descontraído exercício das funções governativas. Recentemente tratou de chamar os melhores arquitectos para que lhe forneçam obra visível. O fantasma de Mitterand perturba-o. Mas vai gozando de um certo estado de graça.
Aqui há dias resolveu moer o juízo ao responsável pelo Banco Central Europeu. Trichet, que não nasceu ontem, respondeu-lhe à letra, revelando as outrora concordâncias do presidente francês com as políticas financeiras agora pouco apreciadas. Para apurar os filhos dos imigrantes arranjou uma solução que deve ter provocado grande entusiasmo em Le Pen: um teste de ADN e logo se vê se entras na roda.
Só faltava agora vir o ministro das causas exteriores desenvolver uma teoria sobre um presumível ataque ao Irão, O mundo torna-se assim um sítio ainda mais perigoso. Eles não estão doidos, nem se fazem. Muito pelo contrário: Sabem do que falam e de cátedra. Tal como na história do escorpião, esta é a sua natureza.
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Mal por mal...
Menezes dá nome a um blogue plagiador que afinal não é dele. Aí é dada notícia de encontros do referido titular com artistas e intelectuais em animados jantares. Muito ao estilo de candidato da "grande política" em lançamento para altos voos. Agora entrou numa guerra com o seu rival caseiro. Sinceramente ainda não deu muito bem para perceber o que está a acontecer, mas parece que o homem está mais interessado em debater o debate. Ora de trapalhadas já está o PSD cheio. Para pior já basta assim. Marques Mendes, embora não pareça, tem muito maior estatura. Estatura política, está bom de ver.
domingo, 16 de setembro de 2007
Simplesmente Maria
Maria Callas deixou de existir há precisamente 30 anos.
Diz quem a viu em palco que era quem melhor associava a voz à representação.
A representar nunca a vi. Mas o vozeirão podemos comprovar nas gravações disponíveis.
Até arrepia.
É por esta e por outras que a morte é um escândalo.
sábado, 15 de setembro de 2007
Ajustes
Nos próximos dias vão-se dar algumas alterações aqui no Blog.
O e-mail foi alterado. Basta clicar em "consult@s", ali ao lado.
Continuamos contactáveis, portanto.
Bom fim-de-semana.
JTD
O e-mail foi alterado. Basta clicar em "consult@s", ali ao lado.
Continuamos contactáveis, portanto.
Bom fim-de-semana.
JTD
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Sentir, sinta quem lê
Ora vamos lá tentar responder ao apelo da Sofia. A ideia é tornar relevantes os livros que não tiveram qualquer relevo nas nossas vidas. Já dei voltas e mais voltas e não encontro maneira de encontrar respostas definitivas. A verdade é que não leio para ser incomodado. Sempre que a leitura não me agrada, prescindo da sua companhia logo nos parágrafos iniciais. Do que leio com prazer, também nem tudo permanece eternamente com a responsabilidade de me ter mudado a vida. Camões asseverou: "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades". Os livros que me "destaparam" aos vinte e tal anos, nem sempre se confirmaram como grandes obras aos quarenta. Autores que me mudaram o olhar, forneceram-me, em outras ocasiões, momentos de grande bocejo. Borges, Camus, Fernando Pessoa, Durrell e Dostoievski mudaram muita coisa em mim. Espevitaram vontades e curiosidades. Aos outros todos não exijo que se esforcem muito com grandes mudanças. Eu trato disso. Eles vão contribuindo, é certo. Estão ali todos. De vez em quando vou até lá perguntar-lhes qualquer coisa. São meus companheiros. Não os denuncio.
E pronto. Peço desculpa pela decepção. Mas como respeito o jogo e quem pense o contrário de mim, aqui vai a lista de pessoal para a berlinda literata. Alinhem, se estiverem para aí virados..
Sandra
Eufrázio
José Simões
João Ribeiro
Fátima
E pronto. Peço desculpa pela decepção. Mas como respeito o jogo e quem pense o contrário de mim, aqui vai a lista de pessoal para a berlinda literata. Alinhem, se estiverem para aí virados..
Sandra
Eufrázio
José Simões
João Ribeiro
Fátima
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Tibetanos
A China não gosta do Dalai Lama. E, como não gosta de grandes liberdades, também não gosta de quem aprecia o líder espiritual tibetano. A China acordou e deixou os restantes continentes de cócoras. Não é liberdade, socialismo ou direitos humanos que dali emana. É economia pura. Se os chineses dizem que quem não é por eles é contra eles, o mundo borra-se pela Economia abaixo.
Da religião dos Budas sei muito pouco, mas sei que os camaradas do Dalai Lama, em Lisboa, gerem um restaurante, aberto a todos, que fornece muito saborosa comida tibetana. De vez em quando vou até lá dar graças ao apetite. Nunca saí de lá insatisfeito.
Bem vindo Dalai Lama.
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Uma terra sem amos
António Costa nem sempre acerta nas companhias que escolhe. Maria José Nogueira Pinto, a escolha do presidente da edilidade para o ajudar no imbróglio da Baixa-Chiado, quer correr com os chineses da dita. Ou seja, a senhora não gosta de toda a gente, e, se lhe derem o privilégio, corre com quem não lhe agrada dali para fora. Claro que falamos de gente, e como tal há que ter preocupações humanitárias, logo, nada melhor que colocá-los bem longe e todos juntos. Assim já não maçavam e eram felizes. Não sou grande frequentador destas lojas orientais, mas confesso que passo por lá para me abastecer de materiais de uso mais básico aqui para o ateliê. A loja chinesa que me abastecia parece que não dava para o petróleo e fechou. Passei a ir a uma portuguesíssima que abre as portas ali para o Camões. É assim que se fazem as cidades e o seu comércio. Com as pessoas a escolher o que querem fazer. Devem haver regras, é certo, mas não as que pretende Zezinha. A senhora quer guetos. O que ela quer não se chamará xenofobia?!
Veja lá isso, dr. Costa.
Veja lá isso, dr. Costa.
terça-feira, 11 de setembro de 2007
Massive Attack
Já lá vão seis anos. O mundo percebeu que as divergências religiosas podem ser bem destruidoras.Também já percebemos as consequências económicas destes vandalismos. E como gostaríamos de ter percebido outra coisa: as religiões garante de paz e de respeito entre as pessoas.
Testemunhei o ataque às Twin Towers. Estava lá, não havia nada a fazer. Esperei até à reabertura dos aeroportos. Voltei cinco dias depois.
Preferia não ter presenciado este acontecimento histórico.
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Deambulatório
Há novas chegadas à blogosfera. O meu amigo Manel Bola trocou os palcos por um lugarzinho à frente do computador. Já aí anda. O Luís Novaes Tito montou uma barbearia ali ao lado. O Eufrázio, a Sandra e o João Ribeiro já têm um tempinho disto e lá se vão safando. O Francisco anda a explicar as origens há já dois anos. Cá estamos: todos diferentes e desiguais. E assim vamos continuar, claro está.
domingo, 9 de setembro de 2007
Crimes e criminosos
Bin Laden voltou a dizer das suas. Esperemos que não as faça. O homem voltou a atacar com umas ameaçadoras vulgaridades. Enquanto Bush se prepara para fazer as malas, o líder da al-Qaeda não só mantém a liderança como, pelo que se vê, está para lavar e durar. Até parece que o crime compensa. E o criminoso é compensado ao acaso, pelos vistos.
sábado, 8 de setembro de 2007
Um povo que sofre
A situação complicou-se. Os pais da menina desaparecida a 3 de Maio, no Algarve, foram constituídos arguidos no processo. A populaça já iniciou o ciclo de vaias. O bom povo gosta de dar "vivas" e "morras". Aquele povo sofredor quer sangue. Estão achados os culpados e já foram condenados por estes implacáveis juízes. A partir de agora está montado um circo à porta da polícia Judiciária de Portimão. E as vedetas são eles: já dão entrevistas em directo e tudo. As telenovelas não satisfazem a mórbida curiosidade desta gente. A realidade é ainda mais perfeita.
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
O caso da criancinha desaparecida
Volta e meia ressurge o caso Maddie. Quando as coisas parecem estar a entrar em lume brando, uma nova chama incendeia as notícias. E no ar surge o negro fumo da desconfiança. A história já apresenta enleios de conto policial. Todos são suspeitos e todos lamentam o sucedido.
No lugar onde o desaparecimento se deu, a populaça exibe a sua curiosidade mórbida. O piedoso povo não sai do local na esperança de fixar o semblante dos interrogados, ou de fazer a "chapa" mais aproximada. Tudo se transforma em acontecimento social. Lamentável.
No lugar onde o desaparecimento se deu, a populaça exibe a sua curiosidade mórbida. O piedoso povo não sai do local na esperança de fixar o semblante dos interrogados, ou de fazer a "chapa" mais aproximada. Tudo se transforma em acontecimento social. Lamentável.
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
Una Furtiva Lacrima
Tu Senhor, por que me abandonaste?
Anda grande burburinho em volta da beatificação de Madre Teresa de Calcutá. Parece que a senhora tinha saudáveis dúvidas. No jornal da RTP 2 assisto à transmissão de uma missa em que o Cardeal Patriarca disfere justificações atabalhoadas sobre o assunto — discurso para crédulas velhinhas. Em directo, o padre João Seabra avança com mais incongruências para o debate: não se põe em causa a Fé em Deus, só que, às vezes, não estamos assim tão bem dispostos como isso para pensar no amor ao Senhor. Pensarão que está tudo parvo? Ainda não perceberam que o Mistério da Fé é cada vez menos misterioso? Entendam-se. É difícil? Aguentem-se!
Politica precisa-se
O pobre de espírito que manda nos destinos dos EUA e, pelos vistos, no mundo, já se convenceu da porcaria que fez no Iraque. Agora quer retirar os seus meninos lá do buraco em que os meteu, antes que seja tarde. Claro que já é tarde. E agora até é indecoroso este abandono. Já Blair fez o mesmo antes de bazar. Os ratos são sempre os primeiros...
Desonestidade política de sobra. Política coerente precisa-se.
Desonestidade política de sobra. Política coerente precisa-se.
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
Junta a tua à nossa voz
A Festa do Avante volta a ter entre os seus convidados gente ligada às tristemente famosas FARC. O PCP nutre um especial orgulho neste estimulante convívio. O partido de Jerónimo defende a gloriosa acção desta força armada em prol do povo colombiano. Há, portanto, um festivo apoio aos crimes da tenebrosa organização colombiana.
Ontem, no Público, em carta ao director, o leitor António Monteiro Pais, redige uma carta aberta a Sérgio Godinho, Vitorino e Janita apelando a que tomem posição no decorrer da festa, já que vão ter o desprazer de por lá actuar. Apela Monteiro Pais a que os cantores gritem bem alto: "Liberdade para Ingrid Betancourt". Se calhar é pedir muito. Afinal é de um contrato de prestação de serviços que se trata. Mas seria uma acto de coragem cívica que lhes ficaria muito bem. Resta-nos a nós, aqui na blogolândia, dar o berro de revolta. Felizmente, o PCP nada pode fazer para calar estas vozes.
terça-feira, 4 de setembro de 2007
Uma Aventura no Iraque
Bush saiu da Casa Branca e deu um pulo ao Iraque. Diz que foi uma visita surpresa. Como se sair da Casa Branca fosse surpresa para alguém — Bush habilita-se a ficar lá sozinho. E nas viagens sem aviso do presidente americano ao Iraque também não se vislumbra novidade — não é a primeira vez que o faz. Acenos de Washington já não nos espantam. Resta-nos a esperança de ver aquela gente dali para fora.
Uma Família Inglesa
Diana foi uma invenção de Blair. A "princesa do povo" é um produto fabricado. Uma marca que deu um certo jeito em tempo de superficialidade, como muito bem explicou Vasco Pulido Valente. Uma ameaça de atropelo que se transformou em recuperada glória para a monarquia em crise. Uma marca de sucesso que produz uma interminável telenovela. Ok, nada contra. Só não percebo a insistência das televisões portuguesas na sua transmissão. O que é que a gente tem a ver com a vida dos outros?
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
Memórias da silly season
Lili Caneças, indagada em programa do RCP sobre preferências de destinos de férias, confessa que um longínquo lugar no mediterrâneo, onde gosta de se espreguiçar, tem um inconveniente: "Quando faz vento é muito ventoso". Eis mais um pensamento precioso para juntar à sua já vasta obra no domínio do Ensaio. Quem não se lembra do brilho da pérola: "Estar vivo é o contrário de estar morto"? Para rematar a entrevista transmitida na telefonia, sugere que os políticos vão de férias sem regresso, e que a governação seja entregue a Joe Berardo. Não me pereceu que estivesse a gozar. Aliás, este prodigioso pensamento faz jus ao rol já produzido. Não há por aí um editor que tome nota disto? Aprendam, olhem que a senhora não é eterna.
domingo, 2 de setembro de 2007
A responsabilidade é cega, surda e muda
Um partido político aceita umas massas para melhor se exprimir na campanha eleitoral.
Uma empresa de "campanhas eleitorais" chega-se à frente para fazer o "trabalhinho".
A bagalhoça foi entregue por uma empresa gerida por jovens promissores que vêem na acção uma achega para o seu augurado sucesso. O mais alto graduado do partido diz que não são contas do seu rosário porque na altura não era ele o mais graduado.
E depois há um responsável da tal campanha que se assume como tal, mas que sobre este caso concreto está inocente, culpabilizando um seu companheiro gravemente doente. Entretanto há um outro responsável, a quem foram acrescentadas maiores responsabilidades, que diz que tudo lhe passou ao lado e que da tramóia nada sabia.
Por fim há quem não se convença da generosidade de tais actos, nem da bondade dos seus actores.
Há aqui desonestidade evidente e problemas de carácter.
A responsabilidade não pode ser cega. Nem todos somos surdos-mudos.
Uma empresa de "campanhas eleitorais" chega-se à frente para fazer o "trabalhinho".
A bagalhoça foi entregue por uma empresa gerida por jovens promissores que vêem na acção uma achega para o seu augurado sucesso. O mais alto graduado do partido diz que não são contas do seu rosário porque na altura não era ele o mais graduado.
E depois há um responsável da tal campanha que se assume como tal, mas que sobre este caso concreto está inocente, culpabilizando um seu companheiro gravemente doente. Entretanto há um outro responsável, a quem foram acrescentadas maiores responsabilidades, que diz que tudo lhe passou ao lado e que da tramóia nada sabia.
Por fim há quem não se convença da generosidade de tais actos, nem da bondade dos seus actores.
Há aqui desonestidade evidente e problemas de carácter.
A responsabilidade não pode ser cega. Nem todos somos surdos-mudos.
Um espanhol cansado
Francisco Umbral passou a vida a escrever e a dar opiniões sobre tudo e todos. Fez ficção, ensaio, biografia, crónica. Viveu com o verbo sempre por perto. Passou para o prelo textos notáveis. Carlos Vaz Marques traduziu para português "Mortal e Rosa", um belíssimo e triste documento sobre a tragédia da perda do seu filho, e fez-lhe uma preciosa entrevista para o "Pessoal e transmissível" da TSF.
Umbral é uma das mortes deste verão. Morreu quando os castelhanos estavam chocados com a morte de um futebolista. Parece que ninguém deu pela morte do escritor. Afinal, o infeliz jogador da bola morreu jovem e em combate. Quem quer saber de um chato que passou a vida à volta de uma máquina de escrever?
Umbral é uma das mortes deste verão. Morreu quando os castelhanos estavam chocados com a morte de um futebolista. Parece que ninguém deu pela morte do escritor. Afinal, o infeliz jogador da bola morreu jovem e em combate. Quem quer saber de um chato que passou a vida à volta de uma máquina de escrever?
Delinquentes naturais
A trupe de danados para a brincadeira que resolveu dar cabo do milheiral do homem de Silves, está a causar celeuma no arranque do campeonato político. O porta-voz, ou lá o que é, não diz coisa com coisa, e tenta nesse atabalhoado arvorar-se em grande justiceiro: o paladino das grandes causas ecológicas. Não respeitam a propriedade de cada um? Defendem violentamente o nosso bem-estar? Por mim dispenso o incómodo. Esta gente merece tanta conversa porquê?
sábado, 1 de setembro de 2007
Setembro
A Sofia ornamentou o seu blog com este bonito poema. Ela chamou-lhe "Agosto". Eu, como acho que este é um texto que anuncia a transição, tomei a liberdade de lhe chamar "Setembro". Espero que a Sofia não se zangue comigo.
Longo Agosto
de ventos mudos
quente pleno
maduro.
Venham as chuvas
de Setembro.
Sofia Loureiro dos Santos Texto
David Hockney e as suas grandes árvores Imagem
Eduardo Prado Coelho foi uma das perdas deste verão. Partiu cedo. Foi traído pelo corpo. Adorava viver e isso percebia-se à légua. Ía a todas. Escreveu sobre tudo o que lhe apeteceu. Sempre crítico, às vezes cruel mesmo, nunca perdeu a curiosidade pelo novo. Quando algo de recentemente produzido o surpreendia, a alegria inundava-lhe a existência. Não descansava enquanto a surpresa não passava a assunto partilhável. Divulgava militantemente essas surpresas. Encontrei-me com ele muitas vezes. Em lançamentos de livros, inaugurações de exposições, debates, festas no Lux. Recordo um inesquecível almoço no Primeiro de Maio, ainda no tempo em que o meu amigo Santos era o homem do leme desta famosa casa de pasto lisboeta. Comemos filetes de peixe-galo com açorda. Ele gostou muito. Nós, os que participámos no repasto, gostámos sobretudo da sua companhia. Vai não vai uma gargalhadinha maliciosa alegrava-lhe a face. Divertia-se com a vida. E teve uma vida divertida.
Recordo-o folheando páginas de "Tudo o Que Não Escrevi".
Nem parece ter morrido.
Recordo-o folheando páginas de "Tudo o Que Não Escrevi".
Nem parece ter morrido.
A morte saiu à rua
Este verão a morte deu basto uso à sua segadeira. Nem Igmar Bergman escapou à ceifa. Antonioni parece ter combinado com o colega sueco esta retirada. Os dois mestres do cinema encenaram o seu fim numa muito bem produzida cena final. Tanto um como outro iluminaram os meus dias na juventude. Na minha geração éramos todos cinéfilos. Conheci Bergman através de Mónica, a do desejo, e nunca mais parei de com ele conviver. Antonioni convenceu-me com Blow Up, e, mais tarde, surpreendeu-me com Identificação de Uma Mulher. A relação continua. É frequente ir ali à estante convocá-los para exibições privadas. E eles, apesar de estarem muito bem instalados, convivendo com colegas do seu tempo e com outros mais recentes, nunca deixam de colaborar com esta minha curiosidade. Até parece que fizeram aquelas fitas para os da minha laia. Se calhar foi.
Olá cá estou eu
O prometido cumpre-se. Regresso hoje ao convívio na blogosfera. A silly season já lá vai. Claro que a vida activa não parou. Mas torna-se insuportavelmente lenta no período da ida a banhos. E há banhos e banhadas. Mas este ano houve mortes. Excessivas mortes. A morte é sempre excessiva. Um escândalo, como disse em tempos Eduardo Prado Coelho. As cirurgias voltaram.
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