quinta-feira, 29 de julho de 2021

Pedro Tamen


Ironia fina, humor, amor, sedução, escrita rigorosa e atenta. Poeta maior das pequenas coisas da vida, que são as que importam. Grande poeta. Devemos-lhe também trabalho notável como tradutor e como administrador da Fundação Calouste Gulbenkian. Muito obrigado, senhor Pedro Tamen.

quarta-feira, 28 de julho de 2021

José Aurélio

 RECEITUÁRIO | José Aurélio: o escultor que gostava de fazer jóias.


domingo, 25 de julho de 2021

Otelo


Um grupo de militares acelerou a derrocada do fascismo. Ficámos ao lado desses soldados da democracia. Depois andámos com a democracia ao colo. Dia e noite. 

Era preciso ganhar tempo. O tempo perdido atrasou a nossa percepção do mundo e das coisas mais bonitas da vida. Salazar foi um empecilho indescritível. Um grunho/doutor que deliberadamente optava pelo analfabetismo e ocultação intelectual. "Ensiná-los a ler, para quê?". Uma noite sem fim à vista, que afinal teve um fim. Nem sempre concordei com Otelo. A democracia deu-nos a possibilidade de discordarmos de tudo. A obediência cega não estava inscrita na nossa caderneta acabadinha de encetar. A nossa opinião passou a contar. A minha memória de Otelo vem desse tempo em que era proibido proibir. Agora, na hora em que nos deixa, só temos que lhe agradecer. Devemos a estes homens muito do que hoje somos. Seres adultos que procuram o conhecimento e o prazer, Sem complexos. Sem peias. Sem empecilhos. Muito obrigado, senhor Otelo Saraiva de Carvalho.

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sábado, 24 de julho de 2021

Maria Lúcia Lepecki


Passam hoje dez anos sobre a morte de Maria Lúcia Lepecki. Brasileira naturalizada portuguesa por cultura e amor. Eu gostava mesmo muito dela, apesar de nunca nos termos cruzado.

Admirava-lhe a coragem e a cultura. As suas crónicas eram um regalo para a mente e o gozo. Lembro-me de uma entrevista em que falou abertamente de tudo o que a irritava. E percebi que muitas das irritações eram minhas também. Por exemplo: detestava Vinícios de Morais. Pela manteiguice, pelo sexismo, pelo bonitinho simplista e piroso. Não percebia (eu também não) como era possível uma mulher gostar daqueles textos. Eu gosto de gente assim. Gente que não tem medo de usar as palavras para desgostar de outras palavras. Sim, porque as palavras são actos, e muitas vezes destroem o amor que pretensiosamente pretendem alardear. De amor percebia ela. Assinalo este dia porque gostava muito de Maria Lúcia Lepecki (mas isso já tinha dito) e porque acho que os grandes seres humanos devem ser recordados. facebook

sexta-feira, 23 de julho de 2021

João Francisco Vilhena


O amor Mata ?

Casa dos Crivos | Braga
Até 31 de Agosto

Boas escolhas


Amália fez boas escolhas. André Gago também.

terça-feira, 20 de julho de 2021

Paspalhos negacionistas


Estes paspalhos e estas paspalhas (para sermos politicamente correctos) pretendem confundir tudo.

Chamar ditadura a autoridade sanitária é uma maneira populista e ridícula de serem ridículos como Bolsonaro ou Trump de má memória. A pandemia está longe de ser controlada, mas estes negacionistas iletrados acham que tudo deve voltar a ser como era. Sem protecção. Sem trambelho. Não se pode exterminá-los? Metaforicamente, é claro. Exterminada mesmo tem de ser a pandemia.

(Não se percebe muito bem se o agá pespegado nas camisolas pretende dizer que não há ditadura, ou se é erro. Claro que será erro. O que pretendem é inequívoco. Enfim, paspalhos analfabetos).

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quarta-feira, 14 de julho de 2021

Granito no Café



Na próxima sexta-feira vamos conversar com Maurício Abreu no Café da Casa da Avenida, a propósito da sua exposição Granito, em exibição entre nós. Convidados.

terça-feira, 13 de julho de 2021

Granito


O Café da Casa da Avenida tem nova exposição. Convidei Maurício Abreu para mostrar uma pequena parte dos registos fotográficos que foi fazendo ao longo do tempo pelo interior deste país escavado na pedra.

Miguel Torga define-o em texto divulgado na folha de sala disponível aos visitantes. O espaço ficou esclarecedor e aconchegante. Tudo sabe melhor quando estamos bem acompanhados. Estas fotografias de Maurício Abreu conversam com a gente. É a nossa gente.


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Diz-lhe que estás ocupado


É um título de um livro que é um verso de um poema de Alexandre O'Neill e que tem dentro uma conversa com Alexandre O'Neill. Vale sempre a pena ouvir Alexandre O'Neill.

 Fonte TSF

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segunda-feira, 12 de julho de 2021

O Vasco

Morreu o Vasco. Quem viveu as conturbações e intervenções do processo iniciado em 25 de Abril de 1974 lembra-se do seu humor interventivo desenhado. Deveria haver uma exposição que mostrasse o seu trabalho às pessoas de agora. Iriam gostar, com certeza. Vamos tratar disso? Obrigado, Vasco.

José Afonso, desenhado por Vasco.

sexta-feira, 9 de julho de 2021

 


quinta-feira, 8 de julho de 2021

Tão frescos e saudáveis

As chamadas figuras públicas em exarcebada e pouco coerente campanha a favor do mais elaborado e coerente capitalismo selvagem disfarçado. As figuras públicas que estas figuras fazem. Ou o fim dos limites da vontade de ganhar dinheiro. É uma ternura ver estes protegidos pelas instituições em defesa da inexistência de protecção para os outros. Ou por outras palavras: do salve-se quem puder.

Fonte Sapo


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quarta-feira, 7 de julho de 2021

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terça-feira, 6 de julho de 2021

O Festival


Há festivais e festivais. Uns frequentáveis, outros pouco recomendáveis. E depois existem festivais que fazem jus ao nome. O Festival d'Avignon é o festival que é um festival.

É ali que se experimenta e exibe o que de melhor é produzido. Sabemos da existência de novos fôlegos quando são fornecidos ao mundo a partir daqueles estrados. Agora, Tiago Rodrigues foi chamado para mostrar o que vai ser o festival no futuro. É um prazer percebermos e frequentarmos o seu trabalho. Será bom acompanharmos o que vai fazer a partir de Avignon.

Parabéns
, Tiago Rodrigues. O Teatro já ganhou.
Fonte Sapo

segunda-feira, 5 de julho de 2021


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domingo, 4 de julho de 2021

Mas que diremos?

Bom domingo.


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sexta-feira, 2 de julho de 2021

Finissage

HOJE, À TARDE | Quem quiser conversar com a Fernanda Carvalho apareça hoje entre as 19 e as 20 horas no Café da Casa da Avenida. Até já.

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