sexta-feira, 31 de julho de 2009

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Uma casa chamada Jazz


Não sei o que começou primeiro: a paixão pelo Jazz é antiga, mas o desenho é um enamoramento. Carlos Miguel Dias é arquitecto. Lida com a exigência da forma no seu contacto com o ser humano. O Jazz afasta-o dessa preocupação profissional. O desenho e a pintura aliam-se a tudo isto como se ligam os amigos de sempre. As ilustrações que agora traz ao nosso convívio, são testemunhas dessa ménage à trois. Há um indisfarçável prazer físico neste contacto. É com o corpo que tudo acontece. É com o corpo que os arautos desta música a transformam em prazer intenso. É com o corpo todo que se desenha, quando se desenha bem. É com o corpo que se convive, quando se é sincero. Esta mostra é uma festa de amigos. Há uns que estão estoicamente pendurados na parede. Já não são deste mundo, nem de nenhum outro. São eternos. Os outros somos nós: os que aqui se reúnem à volta destes sons com cara de gente, desta música que é tão clássica como a outra, mas que é tão livre que deixa a liberdade à nora. O Carlos convocou para a festa os músicos que passam a vida lá em casa. Nós agradecemos a cortesia do convite e respondemos à chamada com a alegria que só a música permite.

UMA CASA CHAMADA JAZZ

Carlos Miguel Dias | Desenhos
Trem Azul - Inaugura amanhã, a partir das 18,30 horas.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Já chegou


Já está à venda nas livrarias este delicioso livro da Carla Maia de Almeida. As excelentes ilustrações são de Alex Gozblau.
Uma boa história para a disponibilidade veraneante.

terça-feira, 28 de julho de 2009

?


O governo de Santana foi, a par do executivo de Barroso, o mais despesista? Mas então não durou só quatro meses? Mesmo descontando as devidas proporções, não é despesa a mais?

Merce Cunningham


Tinha eu acabado de falar em vida e morte...
Soubemos agora da morte de um homem que sempre andou carregado de vida.

Vida e morte


Este livro é sobre o fim. É triste, portanto. Mas é uma tristeza que nos ajuda a perceber esse último percurso. Um moribundo insiste em viver. Para isso projecta situações recorrendo à memória das coisas boas que lhe aconteceram. Quem vive muito tem sempre muito para contar. Este homem velho e acabado vai entretendo o fim com histórias do "seu tempo" que assim alimentam um futuro improvável. Chico Buarque, que há muito nos surpreende com textos e músicas de grande habilidade literária e melódica, torna-se, de livro para livro, um escritor de respeito. É o que eu acho. E como eu há já muita gente. Este livro é extraordinário.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Proibir, proibir sempre


Evo Morales quer correr com a Igreja Católica da Bolívia. Quem não concorda com o catecismo destes pregadores populistas, tem que ir pregar para outra freguesia. O homem até já fez greve de fome para manter o lugar de santo padroeiro. É um mártir a quem nada se nega. A proibição é doutrina. Este território tem o privilégio de ser iluminado pela única razão que encaminha a humanidade para a vitória. Aquilo a que chamam Revolução é a sua religião. Há religiões ferozes.

Joana vai com as outras

Acredito que Joana Amaral Dias tivesse gostado de ser convidada por Sócrates. Acredito que Louçã tenha acreditado no que Joana lhe disse. Não acredito que Sócrates fosse ingénuo ao ponto de convidar Joana sabendo que, apesar de posta de lado no partido a que ainda pertence, ainda por lá anda de facto. Não acredito, portanto, que Joana tivesse sido convidada. E não percebo a indignação de Louçã com este imbróglio. Se até já se tinha visto livre de Joana...

domingo, 26 de julho de 2009

Miguel Vale de Almeida


Miguel Vale de Almeida vai ser deputado pelo Partido Socialista. Correm rios de tinta sobre esta decisão de Sócrates. A questão que é preferencialmente colocada é a de o candidato ao Parlamento ser homossexual assumido. Atitude louvável, mas para que já não há pachorra: o que deveria ser normalíssimo é colocado em parangonas como caso extraordinário. Como se qualquer cidadão que queira ocupar um lugar público tenha que primeiro dar conta do que faz na cama ou no assento traseiro do automóvel.
Miguel Vale de Almeida é muito mais do que isso. É antropólogo e professor respeitado. Mas é acima de tudo um dos mais brilhantes intelectuais cá da terra. Habituei-me a admirá-lo a partir das crónicas que foi publicando na imprensa desde há muito. E também pela maneira séria com que publicamente defende os seus pontos de vista. Sempre com sobriedade, sem alaridos inúteis.
É gente desta que faz falta na Assembleia da República. E não fadistas marialvas e outros sem-abrigo da política.

sábado, 25 de julho de 2009

O Sereno Santana


Estava aqui em felgas para comentar a entrevista de Pedro Santana Lopes ao i. Desisti. Aquela serenidade denuncia a inexistência política. Nada a acrescentar. Minto, Logo na primeira página do jornal há um interessante desabafo (se calhar era o único aproveitável para a chamada de capa): "De mim nunca disseram que me licenciei a um domingo".
Se vamos por aí... Não será melhor não lhe recordarmos o que disseram e dizem dele?

Bons dias

O debate Esquerda/Direita está a aquecer. Nos blogues já se ouvem os tambores. Tenho amigos no Simplex, o blogue que acha que deve ser o PS a governar depois das eleições, mas também os tenho no Jamais, que acha que deve ser Manuela Ferreira Leite. Preferia que a doutora Manuela nunca formasse governo. Logo estou com os primeiros. Quanto a governos e governações não há volta a dar. É assim, ponto. A inclusão de Miguel Vale de Almeida mas listas do PS é qualquer coisa. Um trunfo dos grandes. Esperemos que as escolhas de Manuela Ferreira Leite não estejam ao nível das anteriores feitas por Santana Lopes, constituídas por fadistas marialvas, oportunistas e outros cromos de luxo mais inclassificáveis ainda e que deram em ir para ali meter dó. Santana até propôs socialites para a palhaçada em que tentou transformar a Assembleia da República. Por sorte recusaram. Mas é claro que também houve boa gente eleita nas listas que o homem elaborou. Provavelmente por acaso.
Ainda Manuel Alegre diz que ser deputado é a melhor missão do mundo.
Eu diria que tem dias...

sexta-feira, 24 de julho de 2009

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Pintas


Fui buscar esta imagem ao Alfaiate Lisboeta. Sempre nutri simpatia por este senhor. Michel é um homem das artes performativas que faz o que sabe fazer e a mais não é obrigado. Acompanho a sua actividade discreta (Não sei se por opção ou porque sim), há um ror de anos. De vez em quando tropeçamos por aí. Cumprimentamo-nos. Eu sei quem ele é. A ele acho que não lhe passa pela cabeça a razão do cumprimento. É só porque é simpático e porque andamos por aí. Na vida. E a gente cruza-se por aí graças a ela, a vida. Esta imagem publicada no Alfaiate faz justiça ao homem e ao artista: reparem que até o cão tem pinta.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Elegia para uma história de amor


Não sei se Philip Roth ficou virado do avesso quando viu este filme. Mas é possivel. Não estão em causa os desempenhos. Quando estão inscritos no elenco actores como Ben Kingley, Penélope Cruz e Dennis Hopper, espera-se o melhor. A esse nível não se dá nenhum desgosto. O pior é a interpretação da história. Um livro admirável resulta em filme razoável. É normal, dirão. Não é. Com actores deste gabarito espera-se o melhor. É triste que o melhor não aconteça.
Talvez esteja a exagerar. Tenho pelo livro o afecto que se tem pelas grandes obras. Não será o melhor de Roth, mas caiu-me no goto. O filme não. A história contada por Roth consegue ser mais sensual do que a projecção que agora vi. Não bastam as mamas de Penélope para que a sensualidade aconteça. Apesar de ajudarem muito. Falta ali o fascínio da literatura. A lição que as grandes histórias nos transmitem. Mas, pronto, é de ver. Sempre é uma história de Philip Roth. E de Kingsley. E de Penélope Cruz. E de Dennis Hopper. E de Patricia Clarkson. Uma grande história é sempre uma grande história. Mesmo que um filme a não conte assim tão bem.
Elegia baseia-se no livro O Animal Moribundo, de Philip Roth.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Formação profissional

Madoff ocupa o tempo que passa na prisão a fazer placas de identificação. O que se teria evitado se o homem tivesse exercido a actividade de especialista em sinalética, em vez do perito em tropelias financeiras em que de facto se tornou. Finalmente encontrou uma actividade verdadeiramente útil e honesta. Que bom para o mundo.

Programa eleitoral, sabem o que é?


Um grupo de católicos quer saber o que os partidos defendem em relação a alguns pontos de vista caros ao agrupamento. Os católicos sempre se sentiram privilegiados nestes esclarecimentos. Habituaram-se a mesuras do Estado desde o tempo em que o senhor de Santa Comba e o seu amigo cardeal dominavam o estado da Nação. Acham que estão acima de tudo e de todos e que podem exigir e pedir o que lhes aprouver. A gente percebe a exigência: querem ideias para a campanha eleitoral que se avizinha, não é verdade?
É claro que para isso não chega lerem os programas eleitorais.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Pré-campanha


Há um sítio onde tudo se passa. Passem por lá.

domingo, 19 de julho de 2009

Cabemos cá todos?

Uma criatura qualquer que é responsável por um organismo qualquer que define quem deve e quem e não deve dar sangue, resolveu comunicar que os homossexuais não o devem fazer. Parece que são grupo de risco. Os heterossexuais que só pensam em "papar" tudo o que mexe não são comtemplados pela proibição. E as mulheres homossexuais também não. Só os homens. A criatura ainda deve ser do tempo do "não queremos cá mariquices". Só que responde por um organismo que decide sobre coisas que excedem a sua compreensão. Ontem à noite ouvi uma senhora que se responsabiliza por este assunto na União Europeia, dizer que não é bem assim. De facto todo o cuidado é pouco quando se fala de fornecimentos deste tipo. Mas eu julgava que esses cuidados já existiam. Não com decretos de exclusão, mas sim com preocupações de rigor na colheita.

Cabemos cá todos


Vamos lá a ver: O facto de o dr. Jardim defender o restabelecimento de uma ditadura (nunca se incomodou com a do anterior regime, fazendo mesmo parte dela), não quer dizer que se esteja de acordo com as premissas sugeridas pelo PCP. Independentemente de o PCP ter tido papel de monta no combate ao fascismo português, não o autoriza a fazer a apologia de regimes obsoletos e infrequentáveis. É no terreno político que o combate se trava. E não é disso que se queixa o soba. Jardim prefere a sua maioría absoluta. O homem do Funchal enquadra-se melhor num retrato com os presidentes da Venezuela, da China e da Coreia do Norte do que com os responsáveis de qualquer democracia razoável. Ninguém imagina Jardim governar com maioria relativa. Estes seus gritos de revolta são turismo político. São coisa sazonal proferida depois de almoço. Parece que resultou. Toda a gente fala das boutades do líder regional e nacional do PSD, excepto a presidente do partido. Mas deixemos isso por agora. Jardim inclui na limpeza o Bloco. Não há comparação. O Bloco de Esquerda não frequenta a mesma taberna. Não defende os ditos regimes e não exibe tiques de incompreensão do regime democrático. O BE incorpora "desempregados" de organizações que também andaram lá perto, mas sofreu uma renovação que o refrescou politicamente.
Quanto ao proibicionismo, não muito obrigado. A Constituição proíbe o fascismo. Isso não impede os fascistas de se organizarem em partido e de concorrerem a eleições. A votação que conseguem é ridícula. Fixe. A paisagem democrática é como é: composta por partidos que representam eleitores. Cabemos cá todos. Mesmo que as nossas ideias não agradem a toda a gente. É assim que deve ser. É a vida.

Presunção e desastre

Alexandre Relvas disse ontem em entrevista ao i que "as pessoas da política não são as melhores do país". E as das empresas? Onde econtra o "Mourinho de Cavaco" a excelência? No seu quintal? É ele?

Cumpra-se!


Recomendo uma visita a este blogue. Não é por fraqueza, é por outra razão: receio que volte a parvoíce e o espavento inútil. Só isso.

sábado, 18 de julho de 2009

Com Lisboa não se brinca

Durante a sessão de apresentação da candidatura de António Costa à presidência da Câmara de Lisboa, um amigo e conhecido actor dizia, à laia de declaração pessoal de princípios, que estava ali porque com "Lisboa não se brinca". Referia-se, claro está, ao brincalhão Santana e às suas tropelias. Propus a adopção desta frase como slogan para as nossas conversas privadas sobre a matéria. É claro que há mais com que se não deve brincar, mas fiquemos por aqui. Agora é Lisboa que interessa. Mete muita impressão imaginar a cidade que é dos lisboetas, mas também de todos os portugueses, ameaçada por uns brincalhões irresponsáveis e sem trambelho. É por isso que está tanta gente à volta de António Costa. O único capaz de evitar a trapalhada. É que há brincadeiras muito parvas.

Os delírios do soba


O soba do Funchal voltou a ter ideias. Agora acha que nem todos têm direito a viver em Democracia. Alberto João Jardim propõe mesmo que se alterem as normas. Para que a coisa funcione sem atropelos, atirava-se para a clandestinidade vinte por cento do eleitorado, mais coisa menos coisa. Não explicou como. Exílio? Prisão e tortura até que as ideias mudem?
O presidente do governo regional madeirense é dirigente do PSD. Ainda não se ouviu ai nem ui da boca de Manuela Ferreira Leite. Estará de acordo? Era bom que dissesse alguma coisa. Só para a gente saber com o que conta.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Momento de humor


O líder da coligação "Lisboa com sentido", que integra o PPD/PSD, o CDS/PP, o PPM, o MPT e ainda cidadãos independentes, diz que a vontade de António Costa em fazer coligações é sinal de fraqueza.

30 anos a editar o que mais ninguém edita


«Não entra ninguém na Antígona por via do espectáculo e da falsificação da vida.»

Fundada em Junho de 1979, a editora Antígona iniciou a sua actividade com a publicação do livro Declaração de Guerra às Forças Armadas e Outros Aparelhos Repressivos do Estado. Esta obra emblemática anunciava já o programa editorial que se tem vindo a concretizar, sem desvios, ao longo de 30 anos. Hoje, com cerca de 200 títulos, a Antígona mantém a sua paixão inicial pelos textos subversivos, e vai continuar, ainda por muito tempo, a empurrar as palavras contra a ordem dominante do mundo.
Com um capital social de «enquanto existir dinheiro, nunca haverá bastante para todos», esta editora tem sobrevivido a todas as crises, adaptando o seu capital variável a cada momento. Refractária, resiste à acção do fogo, sem mudar de direcção.
No plano da edição, foi pioneira na forma como valorizou o trabalho do tradutor, dando-lhe força de autor ao colocar o seu nome na capa dos livros, um exemplo que não tem sido seguido por outras editoras.
Dos autores publicados, cerca de 150, a maioria era desconhecida do público português, dos quais destacamos: Laurence Sterne, Max Aub, Eudora Welty, Anselm Jappe, Lewis Mumford, Albert Cossery, Bartolomé de Las Casas, La Boétie, Zamiatine, Gabrielle Wittkop, Heinrich Eduard Jacob, Fonollosa, Jean Meslier, Herder, Karl Kraus, Max Stirner, Gómez de la Serna, Robert Bringhurst, Robert Michaels, Sharon Olds, Stig Dagerman, Uzodinma Iweala, Hubert Selby Jr., etc.
E assim conseguimos conquistar uma minoria absoluta, que nos sustentou nos 30 anos que agora celebramos festivamente.
Luís Oliveira | Editor da Antígona

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Portugal e a Arte


Inaugura hoje a grande exposição sobre a curiosidade portuguesa pelo mundo. É no Museu Nacional de Arte Antiga. Vai estar por lá até Outubro. A imagem promocional foi desenvolvida por nós, na DDLX.
Apareçam.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Arrumações


Apresentação de candidatura, hoje, às seis e meia da tarde, no Jardim de São Pedro de Alcântara.

Portugal no mundo


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Um dia não são dias


Manuela Ferreira Leite recebeu um forte alento com a vitória nas Europeias. A senhora parecia outra. Tudo lhe corria de feição. Um largo sorriso passou a habitar-lhe a face. Mas estas coisas não duram sempre, e a líder do PSD não é muito dada a grandes congruências.
As inabilidades voltaram e surgem a um ritmo que fazem parecer Santana um estadista de gabarito. O que diz e depois desdiz não acrescenta nada ao debate. Mas a necessidade de comentar tudo o que o Governo faz e não faz sem apresentar alternativas, não lhe confere grande credibilidade.

domingo, 12 de julho de 2009

Sanfonices


Ronaldo continua a preencher os canais de televisão e a encher chouriços nos jornais e nas revistas de forrar caixotes do lixo. Nada contra; não frequento. Quem se queixa que trate disso. Mas o grande espectáculo da ligeireza de Verão lançou as luzes sobre Sónia Sanfona, transformando Nuno Melo em herói nacional não se sabe bem como nem de quê. De onde vêm estas vedetas que transformam assuntos sérios em chacota nacional? Sejam bem vindos os jovens protagonistas da excelência; estes dispensamos.
Também Manuel Alegre alegrou os noticiários com as suas inanidades de sempre. E ainda há quem se surpreenda com o "presidencialismo" de Villaverde Cabral. Eu não. Esta inquietação alimenta as teorias de Cabral desde há muito. É a ligeireza de Verão a bater nas cabecinhas que sugerem as regras. O problema é que o sol de Verão parece irradiar todo o ano. Pobre país, que se alimenta deste turismo político.

sábado, 11 de julho de 2009

Sinais


José Saramago apoia a candidatura de António Costa. Carlos do Carmo é mandatário. Parece que a convergência da Esquerda surge naturalmente, contra as disciplinas partidárias, para fazer frente à possibilidade de sucesso da convergência das direitas. Vale o que vale, mas é bom sinal.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Os cadernos de Sena


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quarta-feira, 8 de julho de 2009

Receituário


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Os quintais da política


O Bloco de Esquerda não achou bem que um dos seus estivesse reconhecido a Manuel Pinho que, segundo ele, fez o que tinha a fazer como ministro. É o jogo da política. Da política porca. E, já agora, lembremos o caso Manuel Alegre, tão apoiado por Louçã. Onde é que já estava Alegre se se tivesse inscrito no BE?! Uma coisa é o que se passa na casa dos outros; outra é o que a gente deixa que aconteça no nosso quintal. O quintal é nosso ou não é?

Receituário


Durante um concerto em Londres a vocalista Natalie Maines, da banda The Dixie Chicks, protesta contra a invasão dos Estados Unidos ao Iraque e declara: “Nós estamos do mesmo lado que vocês. Não queremos esta guerra, esta violência, e temos vergonha que o Presidente dos Estados Unidos seja do Texas”. Esta frase acaba por desencadear uma violenta manifestação patriótica por parte dos fãs Americanos, conduzindo a um boicote nacional ao trabalho da banda. Christopher Fleeger é um músico/Cineasta/Performer natural de S. Francisco. O seu trabalho é, acima de tudo, motivado pela curiosidade: descobrir como a performance musical funciona, quando a música é criada por computadores. Como músico, colabora com os projectos: BarnWave (com Kevin Blechdom), Live Feed (com Scott Davey), Barpieces (com Charles Engstrom) e Phaedruther (com Dorian Chen). É membro permanente da EMF, Electronic Music Foundation. Em 2006 ficou mundialmente conhecido com o documentário Protesting the Dixie Chicks. Actualmente Christopher Fleeger prepara a estreia de DEMO, um musical Teatro Praga em estreia no Teatro Municipal S. Luiz no dia 17 Julho às 21h00. Este espectáculo conta com a música original de Kevin Blechdom, Christopher Fleeger e Andres Löo. DEMO é uma encomenda do São Luiz Teatro Municipal ao Teatro Praga e em co-produção com o Teatro Praga. (Texto Promocional da Galeria ZDB)

PROTESTING THE DIXIE CHICKS
De Christopher Fleeger (US)
(Estreia nacional com presença do realizador)
Quarta, 8 de Julho às 22h
Galeria Zé dos Bois – Terraço. Rua da Barroca, 59 Lisboa
Entrada: 2 € Reservas Tel. 21 343 02 05

terça-feira, 7 de julho de 2009

Este parte, aquele parte...


O rebuliço que anda aí por causa de quem quer e de quem não quer sair do País. Uns ameaçam, outros comunicam a intenção, outros ainda sentem-se obrigados a justificar a sua permanência em Portugal. E ainda há os que já saíram, mas agora andam meio cá meio lá. Parece que ninguém está bem onde está. As vedetas incompreendidas disputam as linhas dos jornais. Até já começam a insultar-se uns aos outros. Ninguém tem culpa do lugar onde nasceu. Estamos todos convencidos que merecíamos melhor sorte. Mas esta campanha dos afectados pelas insuficiências pátrias já chateia.
E se fossem morrer longe?

A tasca de Santana

O João Gonçalves diz que a Ana de Amsterdam é a taberneira de uma tasca do mais rasca que há. Não é. É, isso sim, uma das mais divertidas e afoitas comentadoras do vidrinho electrónico.
O João, como bom amigo do seu amigo, defende Santana Lopes com unhas e dentes. Mas não era preciso tirar os óculos da razoabilidade para assegurar a tranquilidade do seu candidato autárquico. Tascas temos todos, aqui na blogosfera. E maus fígados alguns. Outros tentamos não servir iscas estragadas. Não é o caso de Santana. Se há por aqui tascas manhosas, a dele até fede.
Mas tudo bem. Cada um com a sua opinião. É para isso que cá andamos.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Contra

Passei pelo Prós e Contras. Estava Carlos Carvalhas fervorosamente empenhado na defesa dos governos PSD. Com gráficos e tudo. Já mudei de canal. Não frequento o programa. E não tinha saudades nenhumas de Carvalhas.

Vale o que vale? Pois vale


Apesar do "saco de gatos ressabiados" que a candidatura de Santana Lopes trouxe para o despique, António Costa não vem por aí abaixo nas sondagens. Empate técnico, dizem elas. Com uma ligeira vantagem para Costa. Esperava pior. O voto útil arrecada a esperança. Esperemos que os lisboetas não desperdicem a ideia de ver Santana pelas costas.

domingo, 5 de julho de 2009

Os animais


Há animais que abandonam estes animais, nesta época, para sairem descansados para férias. O incrível é que vão mesmo descansados. Sem qualquer peso na consciência, já que consciência é produto pouco usado pelos animais que são donos destes. O cão é o bicho que melhor se afeiçoa ao ser humano. Só retribui alegria. Mesmo quando a vida não lhe corre de feição. Quem gosta de cães, gosta de cães, ponto. Mas quem se compromete a tratar de um animal indefeso e depois o abandona, provavelmente não gosta de cães nem de quem quer que seja. A esta atitude, a condenação de um amigo meigo e afectuoso aos perigos da estrada e dos maus tratos, pode chamar-se traição. Quem trai uma vez, trai sempre, e seja ele quem for. É carácter.
Ponham-se a pau com estes traidores.

sábado, 4 de julho de 2009

Piano e samba


Maria João Pires confessou a Paulo Alves Guerra, enquanto passeava num centro comercial de Lisboa, que estava zangada com Portugal. Parece que quer ser brasileira. A grande pianista acha que o País deve acatar todas as suas exigências e suportar as suas birras. A prima donna acha que o Estado Português deve enterrar o que tem e o que não tem no seu terreno de Belgais. Vai para o Brasil? Faça favor. Só cá faz falta quem cá está. A música é universal. Podemos ouvir Maria João Pires quando quisermos e onde quisermos. Não temos que ter complexos de culpa. Nós não a rejeitámos. É ela que rejeita o País.
Felicidades.

Um Presidente às direitas

Cavaco está muito aborrecido com os "corninhos" de Manuel Pinho. Mas há mais manuéis na terra. Manuel Dias Loureiro, ministro do seu governo, mentiu. O outro, o do banco, está preso e não consta que tenha sido por andar a servir na Sopa do Sidónio. E muito recentemente, na Assembleia da República, um deputado do seu partido mandou a um sítio um colega do PS, chamando-lhe ainda, para que a coisa não ficasse sem história, "filho da puta".
E não chamo à colação o exemplo madeirense, porque daria pano para mangas. Ofensas à dignidade da democracia andam por aí como mato selvagem.
Não consta que Cavaco Silva se indignasse com estes seus "meninos".
Se calhar o Presidente continua a não ler jornais e a não ligar a ruídos informativos. Provavelmente só comenta o que lhe sopram ao ouvido.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Dois dedos de conversa


O ministro Pinho fez um gesto com dois dedos. É feio. Não se faz. Mas, o mais incrivel desta história, é ter sido o indescritível Bernardino coreano a provocar a demissão. Pinho não se demitiu. Foi Sócrates que o pôs a milhas. Fez bem. Bernardino diz coisas bem mais ofensivas e continua como herói do trabalho socialista. Quem quiser que compre as diferenças. Eu, com o Bernardino dos amanhãs que hão-de cantar nem que seja à força, não gastava nem dois dedos de conversa. Mas eu não sou ministro. Para bem da Nação.

Refeitório

Às sextas-feiras, uma alegria para o palato fornecida pelo estúdio de Nicolas Lemonnier


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quinta-feira, 2 de julho de 2009

Incompetência assumida


Se Dias Loureiro jura a pés juntos que não tem rigorosamente nada a ver com as negociatas que lhe passaram por baixo do nariz, não será melhor alguém perguntar-lhe o que andou a fazer enquanto foi ministro? É que uma coisa é a gestão de empresas manhosas, outra é a governação de um país.
Vejam lá isso.

Lisboa vai de carrinho


Santana Lopes promete a construção de mais um túnel. O homem só pensa em facilidades para os automóveis. Esta ideia de que fazer obra é cavar, tapar e pôr a rodar continua a ser mote de campanhas várias por esse país fora. E dá muito jeito a autarcas com prioridades de visibilidade mas sem ideias estruturais para as cidades.
Com Santana, Lisboa vai de carrinho.

A revolta do escravo Ronaldo


Cristiano Ronaldo, o súbdito de Alberto João Jardim que agora é também ele imperador do jogo da bola, agrediu uma rapariga de 17 anos, partindo o vidro do automóvel onde a jovem se encontrava, com um eficaz pontapé (sua especialidade).
Quem a mandou apreciar malta de pé decalço que subitamnete se vê calçada a ouro?
A rapariga ainda não percebeu que gente desta tem a generosidade e todos os princípios nos pés. E não pode ser incomodada. A força dos pés sobe-lhes à cabeça. Junte-se muito dinheiro ao caldo e temos gente do pior. Perigosa mesmo.
Ronaldo pézinho de ouro, para além do um grande jogador de futebol, é também uma besta quadrada.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Nebulosa

Aguardo em pulgas o i de amanhã. Não é por nada, é que estou a seguir a novela Manuela Ferreira Leite-Granadeiro, e como tenho pouca experiência - e às vezes custo a perceber estes novelos -, fico ansioso.

Dancemos


Marzuca Fogo | Pina Bausch