terça-feira, 30 de junho de 2020

Um abraço para o João

Os nazis que desfilaram no sábado nunca imaginaram que alguém afrontasse assim a falta de vergonha. 

Os vermes que desceram a Avenida da Liberdade foram obrigados a confrontar-se com a diferença que odeiam. Eles querem eliminar tudo o que é diferente. Eles são a razão, a justiça, o que deve ser - o fascismo. Tiveram a coragem dos desavergonhados. A atitude dos toscos que detestam um futuro em que todos têm voz e querem ser felizes. A coragem de João Pedro Anjos veio assegurar que não passam de imbecis ressabiados. Uns merdas inclassificáveis. Obrigado, João.
Fonte Público
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domingo, 28 de junho de 2020

Milton

Morreu Milton Glaser. Não há ninguém neste mundo tão poluído visualmente que não tenha observado um trabalho seu. Ele lutou contra a poluição. 

A criação mais icónica foi aquela com um coração vermelho que exibe um grande amor a Nova Iorque. Logótipo criado para uma campanha específica, mas que se mantém no activo até hoje, e vai perdurar no tempo. Milton Glaser foi um enorme designer gráfico. Um profissional que pôs o mundo a olhar melhor para o melhor que o mundo tem. Coloriu o espaço à sua volta e desenhou-o de outras maneiras. Ficou tudo tão bem. Apetece tanto olhar para estes desenhos. Muito obrigado, senhor Milton Glaser.
miltonglaser
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sábado, 27 de junho de 2020

A corja

Centenas de fascistas desfilaram hoje pela passerelle da Avenida da Liberdade. 

O Führer não resistiu a estender o bracinho (claro que agora vai dizer que é ilusão de óptica. A ideia é mesmo essa: causar ilusão para a discussão. Quem não os conhecer que os compre), e não faltou uma bandeira do seu partido promocional inicial. Uma amizade para a vida? Enfim, apesar das estimativas optimistas de grande ajuntamento, a coisa ficou-se por aqui. Poucos mas bons palermas maus. Corja de cromos fascistas.
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Do ridículo


Os idiotas não sentem o ridículo. São ungidos por uma sabedoria que os ilumina e lhes permite fazer estas figuras. 

Uma figura destas não é tolerável nem num presidente de colectividade de favela. O problema não é Bolsonaro levar isto a sério. Ele não passa de um idiota. O problema é ele ser presidente de um país.
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quinta-feira, 25 de junho de 2020

Medidas sanitárias

O deputado racista pediu que não o deixassem descer sozinho a avenida, no próximo sábado. Com as novas medidas sanitárias não terá outro remédio. 

Ou vai haver manifestação? Já foi desmarcada? Ou a extrema-direita daqui vai seguir o exemplo dos seus colegas do continente americano Trump e Bolsonaro? Não dá, certo? São medidas sanitárias, ouviram? Lá porque foram contagiados pela estupidez, não queiram espalhar outros males.
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quarta-feira, 24 de junho de 2020

O Ovo da Serpente

A expressão vem de uma frase de um texto de Shakespeare. Igmar Bergman fez o filme. A trama da fita passa-se nos anos da República de Weimar, na Alemanha, pouco tempo antes de Hitler, Goebbels e outros detentores das certezas transformadoras puxarem das pistolas, e simboliza a ascensão de propósitos pouco respeitadores da humanidade. 

Já percebemos que essas certezas transformadoras aparentam-se simpáticas a muitos que passam a primeiras vítimas da "transformação". 
Sérgio Godinho, em 1978, gravou Pano Cru, álbum — excelente — onde em muitas músicas alerta para os perigos dos atropelos à democracia. Há uma que diz: O fascismo é uma minhoca/Que se infiltra na maçã/Ou vem com botas cardadas/Ou com pezinhos de lã. Este cartaz mistura tudo e tenta contribuir para um alerta. Sábado vai haver uma manifestação repugnante, celebrante das diferenças humanas, optando pelo ódio contra a convivência saudável entre todos.
É preciso não lhes passar cartão. Manifestações de repúdio no terreno é o que eles querem para que a vitimização seja vitória. Isolemos os fascistas.
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terça-feira, 23 de junho de 2020

A toque de caixa

A expressão era muito usada no tempo da repressão oficial do chamado Estado Novo: "Isto só mesmo a toque de caixa". Depois, já em democracia, os adeptos das vigorosas correcções adoptaram outra expressão: "Isto já só lá vai com dois salazares, ou três". 

Resumindo: há quem se habitue a ouvir apenas a voz do dono. Sem amos não existem. A responsabilidade é uma folha de couve, veio um burro e comeu-a. É por isso que adoram messias e salvadores unipessoais. É assim que surgem os Bolsonaros, Trumps e Venturas. Montados na mentira e na hipocrisia, e desmontados da boa-fé, surgem nos seus cavalos brancos purificadores, sempre fiados na ignorância dos seus apoiantes.
Lembrei-me disto por causa destas novas medidas confinadoras levadas a cabo para corrigir a irresponsabilidade dos alegres desconfinados. Já ouvi, num programa de rádio — inadvertidamente, juro. Não frequento esses canais de divulgação da imbecilidade — um idiota a clamar por um aglomerado de salazares para a correcção da pandemia. Imagine-se o horror. Parece que é muito difícil assumir responsabilidades. Só mesmo a toque de caixa.
Esqueçam lá o merdas do Salazar. Desta vez usem o cérebro. Só isso.

Fonte Expresso
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segunda-feira, 22 de junho de 2020

Há gostos para tudo

Há nove anos iniciava funções o governo PPD/PSD-CDS/PP liderado por Pedro Passos Coelho. Há quem assinale a data com saudade e emoção. Eu prefiro chamar para aqui esta opinião do meu amigo José Simões — blogue Der Terrorist —, que se ajusta melhor ao que ando. Aproveito para chamar a atenção para este blogue histórico. Vão até lá:

Trump não é grande

Trump regala-se com o auto-elogio. Vive disso. Nada era como agora. Nunca ninguém fez tão bem. 

As mentiras são às resmas. As omissões virão em paletes. As atrocidades saem-lhe da bocarra em palavreado básico e arrogante. São assim os farroncas: ignorantes e orgulhosos. O mundo não precisa desta gente para nada.
Parece que finalmente os americanos começam a perceber o discurso de ódio. O gigantesco comício anunciado, não passou de um encontro de tresloucados seguidores de um homem sem trambelho. Gente sem trambelho encontrou-se para idolatrar o seu ídolo com pés de barro em sapatos de cabedal. Fraco gosto. Mau gosto. A América não é maior com Trump porque Trump o diz. Trump não é grande, é minúsculo, como um verme.

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domingo, 21 de junho de 2020

Inverno

Confesso que quando fui assistir à representação de INVERNO, de John Fosse, com Pedro Lima e Sylvie Rocha, encenação de Jorge Silva Melo, no Teatro Taborda, que era onde os Artistas Unidos tinham montado arraiais, não fazia ideia de quem era Pedro Lima. 

Eu sei, ele já era muito conhecido e aparecia muito nas revistas, mas eu raramente vejo televisão e nunca folheio imprensa em tons rosa. Faço esta confissão, não porque tenha complexos escrutinadores de preferências — cabemos cá todos —, mas sim para reforçar a surpresa que tive ao ver Pedro Lima e Sylvie Rocha em palco. Foi uma peça que me marcou e que recordo muitas vezes. Aliás: fui vê-la uma segunda vez para tirar dúvidas, experimentar outras emoções e confirmar talentos. Passei a seguir o trabalho do Pedro em palco. Gostava muito de o ver trabalhar. E dizem-me que era um ser humano extraordinário. Isso reforça a tristeza que nos faz sentir esta morte.
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sábado, 20 de junho de 2020

Prova de vida

O deputado racista do partido com nome de detergente, vai convocar uma manifestação para mostrar que não há racismo em Portugal. 

Ou seja: um racista com provas dadas chama os seus adeptos racistas mais ferozes e destemidos, para provar que existem e são muitos, espaventando assim a ideia de que não existem.
Estranha existência, esta.

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sexta-feira, 19 de junho de 2020

Chico'76

Tanto tempo a alertar-nos e a alegrar-nos. Tanta vida em tanta palavra e música. 

Na sua terra, a coisa está preta por todas as razões que motivaram os seus combates. Mas o combate continua. Com revolta mas com muita criatividade e alegria. Contigo, Chico.
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Levantado do Chão

José Saramago morreu há dez anos. Conheci-o no princípio dos anos oitenta do século passado. Ele acabado de publicar Levantado do Chão, eu puto, seu leitor. 

Foi para falar desse livro que o convidei para uma sessão Dois Dedos de Conversa, as conversas antecessoras das actuais Muito cá de casa. Foi no então Circulo Cultural, onde agora está a Casa Da Cultura | Setúbal. A conversa com o escritor foi iniciada por uma performance a cargo de Pompeu José e Albano Almeida. A leitura dos textos escolhidos emocionaram Saramago. Ficou conquistado. Adorou tudo: o passeio que fizemos pela cidade, o jantar confecionado pelo José Pina, e a leitura dos seus textos. A sessão em si foi inesquecível. Esta passagem de José Saramago por Setúbal ficou-me na memória. Na minha e na de todos os participantes, tenho a certeza. A saudade esclarece-nos essa memória.
A fotografia deste cartaz é do João Francisco Vilhena
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quinta-feira, 18 de junho de 2020

Solidariedade desenhada

Bolsonaro quer acusar Aroeira, o autor do desenho que o denuncia. O ministro da Justiça vai ter muito trabalho. 

Dezenas de outros autores desenharam em solidariedade com o seu colega. A vida não está fácil para os idiotas que governam o Brasil.
(percebi o que estava a acontecer através do mural de Osmani Simanca, o ilustrador que será o convidado estrangeiro da Festa da Ilustração - Setúbal' 2020).

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quarta-feira, 17 de junho de 2020

Uma delinquente ameaça juiz a quem assegura não ir dar descanso. É presa por falsificações e outras acções pouco apreciáveis. Normal: a delinquência não deve ser recompensada, mas sim castigada. 

Esta notícia não teria qualquer importância, não fosse o posto que a criatura ocupa - líder de um grupo armado pró-Bolsonaro. A imbecil exibe-se armada, não apenas em parva, mas efectivamente com armas na mão. Tudo o que faz frente a Bolsonaro deve ser eliminado.
Confirma-se: o Brasil não tem um presidente. Bolsonaro inspira grupos armados de criminosos nazis. Só isso. Governar um país não é ocupação para um cretino sem preparação intelectual e moral. A ignorância e a maldade nunca fizeram avançar o mundo. São um atraso de vida.

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Ninguém é perfeito

Deu-me para isto. Diziam para aí do homem o que Maomé não disse do toucinho. Fui ver. Têm razão. 

Asco. O autêntico animal político fascista. Asco que se torna revolta. Combateu quem defendeu a democracia muito antes da democracia estar instalada. Extrema-direita sempre. Agora fala contra ditaduras como se isso lhe provocasse engulhos. Os manuais de ódio que lançou no jornal O Diabo — de triste memória —, colocaram esse jornal entre o esterco fascista. Hoje é tratado como senador por um canal televisivo. O passado é esquecido, o que é preciso é chafurdar num presente à medida das preferências. Dá nisto: esterco despejado nos écrans.
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terça-feira, 16 de junho de 2020

O PAN nosso de cada dia

Parece que o único deputado que o PAN conseguiu eleger no Parlamento Europeu está descontente com o rumo do partido. 

Para este amigo dos animais e da natureza a esquerda não é flor que se cheire nem bicho que se afague, e manifesta a sua discordância saindo do partido mas mantendo o vistoso lugar. Onde é que já vimos isto? Esta gente não quer saber para nada de coerência ou razoabilidade. Agarram-se ao lugar e borrifam-se nos eleitores. Representam o quê e quem? Comportamento unipessoal que faz escola, infelizmente. Infeliz maneira de se viver a democracia.
Fonte Expresso
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segunda-feira, 15 de junho de 2020

Design de Comunicação

Da série Grandes Capas. The New Yorker.
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domingo, 14 de junho de 2020

Salão de Festas




Foram "passos de voluptuosa dança na travagem Brusca". Tanta gente que continuou a dançar em casa, mostrou na TORPOR o que fez para não perder o jeito. Tornou-se um caso sério que vai continuar a ocupar o salão de baile. 

Esta vida é um baile. Nem sempre alegre, muitas vezes até muito triste. Mas não podemos perder o pé. Avançamos pela sala em passo decidido, hesitamos, damos passos atrás, fintamos um tombo, mas voltamos à dança com confiança. Não há tempo a perder. É preciso ocupar o salão e aprender passos novos. Este projecto revelou ideias e opiniões que marcam este tempo de paragem ainda longe do fim.
Feitos em confinamento, estes são os meus "passos de dança" que terão desenvolvimento na pista escorregadia que vamos agora frequentar. Um dia destes voltamos. Até lá vamos dançando aqui: www.torpor.abysmo.pt

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sábado, 13 de junho de 2020

Ensaio sobre a estupidez

Ter um delinquente em presidente de um país é preocupante. 

Mas se o delinquente é estúpido que nem um calhau a coisa piora. E quando esse país é um território imenso que tem gente que segue as instruções do calhau pior ainda. Até quando isto será suportável, se já é insuportável?
Fonte DN
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sexta-feira, 12 de junho de 2020

10 de Junho

Não assisti em directo. Nunca o faço. Desta vez tive pena. 

Notável intervenção de José Tolentino de Mendonça nas comemorações. Claro que tenho todo o respeito intelectual pelo escritor Tolentino, mas a alocução ultrapassa a normalidade discursiva, e faz esquecer o erro de casting do ano passado. Eu, irrecorrível ateu, manifesto assim a minha crença na inteligência superior da humanidade. Foram seres deste gabarito que criaram deus, com certeza. É obra.
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quinta-feira, 11 de junho de 2020

Irreal mundo novo


A década de setenta do século vinte foi decisiva. Havia uma sensação de evolução. Direitos com deveres. Fim de descriminações. Combate vigilante ao regresso do autoritarismo. Temos Canções, filmes, livros e performances visuais que documentam o debate e o avanço civilizacional. Nada parecia conquistado, mas o retorno às velhas políticas parecia impossível.

Mais recentemente, um presidente de origem africana é eleito nos EUA. No Brasil, Fernando Henrique Cardoso e Lula da Silva inscreveram o país no mapa do mundo que avança. Tudo parecia estar a correr bem. De repente tudo muda. Um mundo incrédulo acorda um dia com Trump presidente do país mais influente. No Brasil foi o que foi. E está a ser. Pelo mundo anda uma onda de "correcção" assustadora. Steve Bannon, o fascista que delineou a estratégia de Trump, percorre o mundo em apoio às mais sinistras políticas. Até Portugal, país que se orgulhava de não ter extrema-direita no parlamento, já tem um ex-militante do PPD/PSD, saído directamente para um partido com nome de detergente. Note-se ainda que o actual líder do PPD/PSD assegura que não existiu fascismo e não existe racismo em Portugal. Percebemos então que as más políticas ficaram entranhadas nos políticos que sempre percorreram o tapete principal da política. Eles andam aí, e nós também. A combatê-los. Não podemos desistir. Temos mesmo que insistir. É que as ideias velhas estão a querer passar por novas. O combate às ideias velhas faz-se todos os dias.
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quarta-feira, 10 de junho de 2020

Alcindo Monteiro


Há quem ache excessivo insistir-se nesta coisa do racismo. E há ainda quem ache que o racismo não existe na sociedade portuguesa. Rui Rio, líder de um partido da alternância acha isto mesmo. Que chatos, pá! Então não é melhor um desconfinamento total e uns copos para desconfinar a garganta? Deixem-se lá de merdas!

Pois é, foi para descontrair e beber uns copos com os amigos que Alcindo Monteiro rumou ao Bairro Alto naquela noite. Foi há 25 anos. Tudo correu mal para Alcindo. Um grupo de delinquentes racistas privou-o de um futuro. Era muito novo, com a vida toda pela frente, mas os cabeças rapadas — PNR — acharam que ele não tinha esse direito. Um preto não tem direito a nada. O filho da puta que o matou já anda por aí e até foi vedeta num programa da RTP1, apresentado por uma bimba ignorante. Pai extremoso, vejam só. É por estas e por outras que o racismo tem de ser denunciado. Sempre. Existe e não se recomenda. Combate-se. O PNR foi agora substituído pelo verme do Chega!. Estes ainda não matam mas, pelas declarações do energúmeno que se senta no parlamento, a perseguição racista será reforçada com a sua chegada ao poder. Isso não pode acontecer. Não acontecerá. Alcindo Monteiro não pode ter morrido em vão. É importante insistir na luta anti-racista. Sempre!
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TORPOR

A Torpor já tem adicionado ao site um pdf com todo o material publicado online. Cada um escolhe o que quiser imprimir para ler fora do écran enquanto não sai a versão revista em papel. Está de muito agradável leitura. Ora vejam lá. www.torpor.abysmo.pt
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Não há racismo nem Ventura

O deputado da nação que lidera o partido dito social democrata disse um dia que não houve fascismo nenhum em Portugal. Agora diz que não há racismo. Adverte até para o exagero das esquerdas e garante que, caso fosse ele o primeiro-ministro, não autorizaria manifestações a essas figuras quixotescas.

Acontece que o seu colega deputado Ventura saiu directamente do partido de vossa excelência para esse lugar aí perto de si, onde agora se encontram de novo, caro senhor doutor. A não ser que o senhor doutor nos garanta que também o Ventura não existe, porque não existem deputados racistas no parlamento. Aí, pronto. O caso muda de figura.
Fonte Sapo
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terça-feira, 9 de junho de 2020

Nuno Melo

Morreu neste dia de 2015. Era meu amigo. Colaborámos juntos em projectos teatrais. Ele fez muito trabalho televisivo que o tornou muito popular, mas eu recordo os convívios mais restritos. 

Actor de corpo inteiro, de uma expressividade contagiante, mergulhava nos papéis com convicção e empenho extremos. Vivia a representação como única maneira de estar. Nunca o imaginei a fazer outra coisa na vida. Recordo como apontamento maior a sua participação em O Barão, de Edgar Pera (imagens). E recordo os momentos em que nos encontrávamos por aí. Foi bom conhecer o Nuno.
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segunda-feira, 8 de junho de 2020

PSICOLOGIA DO VESTIR | Um rapazola que lidera a juventude do partido do Chicão quis enfiar o Barrete a Graça Fonseca. Acontece que este barrete a ministra não quis enfiar. Feitios. O rapazola não esteve para meias medidas: demissão da ministra por desrespeito pela "cultura" tauromáquica. E não quis fazer a coisa por menos: exige intervenção do Presidente, que de enfiar barretes tem uma grande experiência. Não sabemos se Marcelo vai sugerir ao primeiro-ministro a demissão da ministra por tão grave ofensa à cultura portuguesa, ou se, pelo contrário, vai exigir ao rapazola que pelo menos uma vez na vida tire o barrete que lhe tolhe permanentemente a moleirinha e use o cérebro. Mas para isso era preciso que ele tivesse um.
Fonte Público
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sábado, 6 de junho de 2020

José Barrias

Morreu o artista visual José Barrias. Discreto. Exigente. Rigoroso. Um artista excepcional.
Fotografia de Gianluca Vassallo
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Design de comunicação

Da série Grandes Capas. Trabalho de André Carrilho para o Expresso.
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sexta-feira, 5 de junho de 2020

O eterno retorno do fascismo (versão Bolsonaro)

O que se passa no Brasil actual causa perplexidade aos mais distraídos. Bolsonaro é um verme e cheira. Tresanda a incultura, estupidez, mesmo. E fede quando se fala de atentados à decência e à razoabilidade. 

Os arautos medíocres do poder medíocre de Bolsonaro desfazem-se em falsidades por estas redes sociais que um destino qualquer nos trouxe em sorte. Ou azar, às vezes. Trump já começa a sentir incómodo no twitter quando o conhecimento das realidades foge do seu controle. Por cá, o fascista Ventura, o cretino elogiado pelo humorista Herman como culto e decente — onde terá este humorista da piada escatológica encontrado tão pesada sabedoria? —, ameaça pôr tudo sob as suas ordens quando chegar ao poder (lagarto, lagarto). Bolsonaro, básico e ignorante como é do conhecimento público, apela à denúncia em busca do castigo.
Ficam eles para amostra: os sabujos indignos e mal formados. Os mentecaptos antagonistas.
Dito isto, digo mais: sigo as opiniões sérias e bem fundamentadas deste meu amigo (que não conheço pessoalmente) nestas páginas de arremeço e contradição. Oiçam o que o João M. Pereirinha tem para dizer. E borrifem-se nos fascistas merdosos que só elogiam a trampa que consomem. Aqui há opinião corajosa e digna de visita diária. Obrigado, João.

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quinta-feira, 4 de junho de 2020

Manuel Cintra

Conheci-o mal, mas conheci-o tão bem. Acompanhei a sua actividade sempre com vontade de o conhecer melhor. Não aconteceu. 

Uma vez estive com ele na Culsete. Foi lá com a Rosa Azevedo. Conceberam os dois uma performance que me deu vontade de ver repetida nas sessões Muito cá de casa, na Casa Da Cultura | Setúbal. Falámos nisso, mas o calendário não o permitiu.
Mais recentemente encontrava-o na Calçada do Combro, perto do ateliê onde faço pela vida. "Olás" de circunstância, o clássico "um dia destes havemos de falar", e um adeus, que agora é definitivo. E tenho pena. É triste.

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quarta-feira, 3 de junho de 2020

O eterno retorno do fascismo


Não podemos deixar passar a simpatia pelo crime. Vemos por aí comentários de apreço. Chocante e criminoso. Fazer a apologia do racismo é crime. Defender o fascismo e o seu eterno retorno como ideal não é salutar defesa de opinião. É crime.  

Trump instalou um clima de ódio ao outro. A todos os que pensam diferente. Trump anulou compromissos civilizados. Rasgou apoios às pessoas conseguidos por anteriores administrações. O verme que ocupa a Casa Branca só pensa no poder. Fez dos EUA uma empresa sua. Acha mesmo que é assim que o país deve ser governado. Trump não faz a América grande. A América não é maior nem menor do que os outros países terrestres. E agora é aquilo em que Trump a tornou: mesquinha, racista, fascista. O partido republicano é um coito de reaccionários ferozes. Todo o avanço civilizacional será castigado. Voltar ao poder absoluto do branco rico é o rumo.
A morte de George Floyd é a consequência de um clima que sempre foi nublado, mas que agora, com Trump, ficou legitimado. O polícia assassino nem foi logo preso. Provavelmente tudo ficaria por ali. É o seu trabalho. Mas foi tudo filmado. O crime chocou o mundo. As atitudes de revolta alteraram a vontade dos responsáveis judiciais daquela empresa a que Trump chama grande país. Trump agiu não desiludindo. Foi um cruel incendiário. O país é grande, de facto, mas não se está a dar bem com a gestão empresarial de firma lucrativa custe o que custar. Trump é um verme. Minúsculo. Mesquinho. Ridículo, mesmo. Mas perigoso.

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