FOR THE STARS | Anne Sofie Von Otter é uma das minhas vozes da vida. Nasceu na Suécia. Como o pai era diplomata, calcorreou este mundo como se fosse o soalho lá de casa. Conheceu tanta gente diferente e a fazer tantas coisas diferentes que a diferença entrou como expressão primeira do seu dicionário. Iniciou-se nos estrados como mezzo-soprano. A coisa correu bem. Mas depois resolveu viajar por uma infinidade de sons e continentes. Este disco — ForThe Stars — foi uma colaboração feliz com Elvis Costello. Outro músico que me ilustra a existência. Anne Sofie Von Otter consegue aqui, apesar das diferenças evidentes entre eles, o equilíbrio perfeito. Digo eu. É uma das vozes da minha vida, já disse? Peço desculpa. Estremeço quando a ouço. Provavelmente é paixão. As pessoas quando se apaixonam ficam assim. Ouçam-na. Ou ouçam-na de novo.
domingo, 30 de abril de 2017
FOR THE STARS | Anne Sofie Von Otter é uma das minhas vozes da vida. Nasceu na Suécia. Como o pai era diplomata, calcorreou este mundo como se fosse o soalho lá de casa. Conheceu tanta gente diferente e a fazer tantas coisas diferentes que a diferença entrou como expressão primeira do seu dicionário. Iniciou-se nos estrados como mezzo-soprano. A coisa correu bem. Mas depois resolveu viajar por uma infinidade de sons e continentes. Este disco — ForThe Stars — foi uma colaboração feliz com Elvis Costello. Outro músico que me ilustra a existência. Anne Sofie Von Otter consegue aqui, apesar das diferenças evidentes entre eles, o equilíbrio perfeito. Digo eu. É uma das vozes da minha vida, já disse? Peço desculpa. Estremeço quando a ouço. Provavelmente é paixão. As pessoas quando se apaixonam ficam assim. Ouçam-na. Ou ouçam-na de novo.
sábado, 29 de abril de 2017
NUNO BREDERODE DOS SANTOS | Eu abria o jornal e ía direitinho para a página onde se alojava aquela crónica. Foram muitos anos nisto. A acutilância e o humor que transbordavam da folha de papel impresso despertavam-me alegria e raiva. O humor adocicava o horror. Emocionei-me e ri muito com as palavras deste senhor que agora nos deixa. Muito obrigado por tudo, Nuno Brederode dos Santos.
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sexta-feira, 28 de abril de 2017
LIVRO DE ESTILO | A Casa Branca já foi muita coisa. Muitos bailes, muitas intrigas, muita traição se deu por lá. Espalhou guerras, foi esquadra de polícia e projectou filmes de terror. Também ali aconteceram coisas boas, com certeza. Agora, há 100 dias que é um livro mal paginado de anedotas de gosto duvidoso.
quarta-feira, 26 de abril de 2017
O FILHO DA PUTA FOI AO FOTÓGRAFO | Achei curioso, confesso. Enquanto eu extravasava a minha alegria por colocar aqui uma fotografia em que apareço ao lado de José Afonso, houve quem, no dia em que se comemora o fim da ditadura, colocasse, no seu perfil, uma fotografia do filho da puta que instalou o terror durante um dos períodos mais negros da nossa história. Até achei divertido. Estas coisas agora já não se levam a sério. São tão poucos, os apologistas da estupidez descarada. Mas resolvi alinhar na divulgação de retratos do tiraninho (como diria Pessoa). Só que, retratos há muitos. E eu prefiro este que João Abel Manta desenhou. Sempre define melhor o perfil do déspota. E é de superior qualidade gráfica. Era só. Até amanhã.
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terça-feira, 25 de abril de 2017
UM DIA NÃO SÃO DIAS | Aqui estou eu próprio com o próprio José Afonso. Isto em 1984, num dos nossos muitos encontros. A fotografia é do Armando Reis, a quem agradeço. Tenho muito orgulho neste registo fotográfico. E pronto, é a minha contribuição para a comemoração da data. Desculpem qualquer coisinha, mas um dia não são dias. Estas coisas acontecem. Mas pouco.
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FAZ TÃO BEM, SABER COM QUEM CONTAR | FAZ TÃO BEM, SABER COM QUEM CONTAR | E chegou o dia. Há quarenta e três anos este dia foi o princípio de muita coisa. Antes era difícil expressarmos opinião. Impossível, mesmo. Há quem diga que sempre disse o que pensou. O 25 de Abril não lhes trouxe nada de novo. Acredito. Mas quem é que quer saber das opiniões de quem só tem disparates para partilhar? O que a gente queria era saber o que andavam a fazer os escritores que admirávamos. Os realizadores que tinham coisas novas para dizer. Os artistas visuais que apresentavam a vida de maneira diferente. Os actores que representavam outros papéis. Os músicos que tocavam outras melodias. Os políticos que ouviam as pessoas. Toda essa gente não podia ser ouvida no Portugal que acabou nesse dia. Tinham que se calar. Tinham que sair do país. Os estrangeiros que queríamos conhecer eram corridos daqui para fora. Proscritos e malditos.
Os arautos do regresso ao passado continuam na rota da baboseira. Hoje continuam a poder transmitir livremente as suas ideias. É a liberdade. É a democracia a funcionar. Nós, os que vibrámos com o 25 de Abril também continuamos a exprimir ideias. É por isso que continuamos a ouvir, a ler, a olhar e a frequentar o que de melhor por aí se faz. Sérgio Godinho não desiste de partilhar o que faz tão bem. Convoquei-o para vir até aqui. "É tão bom saber com quem contar", diz. É isso. Vamos contando uns com os outros. Juntos, como dizia o Zeca, "seremos muitos, seremos alguém". Bom 25 de Abril.
segunda-feira, 24 de abril de 2017
GRANDES SONS - 9 | Você que inventou a tristeza, ora tenha a fineza de "desinventar". Esta canção fala das intenções proibicionistas dos poderes que insistem em tolher movimentos. E, mais uma vez, Chico acertou: Apesar dessa gente, amanhã há-de ser sempre um novo dia. Amanhã vai ser dia 25. O mês é Abril. Lembram-se? Bom dia.
domingo, 23 de abril de 2017
FRANÇA | O regresso da cena Chirac. Tudo a votar no mal menor. Macron deverá ser o próximo presidente francês. Apesar de tudo é bom percebermos que Trump e Putin não ganham em todo o lado. Tudo isto é mau, mas ainda há o péssimo. Andamos nisto.
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GRANDES SONS - 7 | O poema é de Eugénio de Andrade. A música de Fausto e de A. P. Braga. É cantado por Fausto e por José Afonso. A perfeição poderá não existir, mas este é um dos momentos em que percebemos que é possível andar lá por perto.
GRANDES SONS - 6 | Laurie Anderson. Encantadora Laurie Anderson. Ouvi-a em Lisboa duas vezes. Uma das vezes fez a primeira parte de um concerto de Bob Dylan, em Cascais. Soube sempre a pouco. Encantadora Laurie Anderson. Grande escritora de canções. Grande compositora. Enorme performer... Não sei o que dizer mais. Ouçam-na. Sempre.
GRANDES SONS - 5 | Escritor de canções. Grandes canções. Escreveu poemas que depois juntou a músicas encantadoras para nosso encanto e reflexão. Leonard Cohen foi mestre numa certa maneira de falar da nossa existência. Celebrou a liberdade e a democracia. Existiu para isso. Foi bom que tenha existido.
GRANDES SONS - 4 | Prémio Nobel, sim senhor. Mas Bob Dylan é mais do que isso. Fez canções sublimes. Escreveu crónicas marcantes. Quando falamos de liberdade faz todo o sentido falarmos dele. Liberdade e excelência.
GRANDES SONS - 3 | Pete Seeger canta Bob Dylan. As grandes canções contam e fazem a nossa história. Pete Seeger contou histórias e fez história. Recordemos os grandes sons do mundo a poucos dias de comemorarmos a data em que tudo se tornou possível. Passámos a ouvir sons maiores.
sábado, 22 de abril de 2017
GRANDES SONS - 1 | A música de Wim Mertens interpretada pelo próprio, aqui acompanhado pela Orquestra Sinfónica de Tenerife. Gosto muito de Mertens. Proponho que se oiça para comemorar a liberdade e a democracia. Conceitos universais. Tal como a música. E 25 de Abril... Sempre! Pois claro.

Todas as manifestações conservadoras ou mesmo de acentuado regresso ao passado sempre andaram de mãos dadas com a violência real. O regresso das praxes nas universidades veio repor o decreto universal que dita: "a idade é um posto". Humilhemos os mais novos para que saibam o que é a vida. Nos campos de futebol adversários passaram a inimigos de guerra. É assim que deve ser: o ser humano precisa de deitar cá para fora a violência que guarda lá dentro. E por último falemos da violência doméstica que afinal é a coisinha mais natural do mundo. O ser humano propriedade de outro passava já a lei, para muitos. No tempo do ajustamento fascista, o grande ajustador não permitia que uma mulher saísse do país sem autorização do marido. Era lei. O clube do marido perdeu? Jorraram uns copos a mais? Porrada na mulher. E bico calado. Entre marido e mulher não há talher da sopa.
Existe uma involução das mentalidades? Está nas trombas. De quem é a culpa disto tudo? Assim de repente só me lembro de responsabilizar o povo. É o povo — sim, essa entidade abstracta onde todos cabemos — que faz a História. E nem sempre faz coisas boas. Ultimamente só faz merda.
Nota: não tenho uma justificação sociológica para esta conclusão expressa porque não sou sociólogo. Deu-me para aqui. Espero que os autênticos e ferozes representantes do povo — seja lá isto o que for — não me batam.
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sexta-feira, 21 de abril de 2017
POESIA PREMIADA
Helder Moura Pereira é um dos grandes poetas contemporâneos. Agora foi-lhe atribuído o Grande Prémio de Poesia APE. Esta distinção apenas vem reconhecer uma evidência e pôr alguma ordem nos reconhecimentos. Mas o rol de prémios já é extenso. O livro agora galardoado como sendo de grande poesia é Golpe de Teatro e foi apresentado a 15 de Abril de 2016 na terra onde o poeta nasceu, que é onde se situa a Casa Da Cultura | Setúbal, em acontecimento Muito cá de casa. Mas o Helder tem muitos mais livros escritos e publicados que merecem ser frequentados. Literatura do mundo que se destaca «pela unidade de representação dos longos silêncios que nos fazem oscilar entre o sonho e a realidade.», diz o júri. Todos eles são pérolas — perdoem-me a tirada joalheira — literárias. Ah, e há ainda outra coisa: o Helder é meu amigo. É por isso que estou tão contente. Parabéns, Helder.
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Helder Moura Pereira é um dos grandes poetas contemporâneos. Agora foi-lhe atribuído o Grande Prémio de Poesia APE. Esta distinção apenas vem reconhecer uma evidência e pôr alguma ordem nos reconhecimentos. Mas o rol de prémios já é extenso. O livro agora galardoado como sendo de grande poesia é Golpe de Teatro e foi apresentado a 15 de Abril de 2016 na terra onde o poeta nasceu, que é onde se situa a Casa Da Cultura | Setúbal, em acontecimento Muito cá de casa. Mas o Helder tem muitos mais livros escritos e publicados que merecem ser frequentados. Literatura do mundo que se destaca «pela unidade de representação dos longos silêncios que nos fazem oscilar entre o sonho e a realidade.», diz o júri. Todos eles são pérolas — perdoem-me a tirada joalheira — literárias. Ah, e há ainda outra coisa: o Helder é meu amigo. É por isso que estou tão contente. Parabéns, Helder.
quinta-feira, 20 de abril de 2017

quarta-feira, 19 de abril de 2017
terça-feira, 18 de abril de 2017
RECEITUÁRIO | Um Quarto em Roma é um belíssimo filme. Está a passar na RTP2. É ver. É gravar.
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segunda-feira, 17 de abril de 2017
TURQUIA 2017 | Agora são os referendos que nomeiam os ditadores. As pessoas preferem quem as domine. E quem as domina apresenta-se como a única escolha para a resolução dos seus problemas. É o caminho único. Sem alternativa. Onde é que já ouvimos isto? Há uma vontade popular que mina a democracia. É assim, a democracia. Esta é a realidade. Não há sistemas perfeitos.
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domingo, 16 de abril de 2017
ASTRO MUNDO | Falámos de vampiros, claro está, e percebemos que esses estranhos seres existem e fazem das suas. Falámos dos vampiros que José Afonso trouxe à liça e falámos de José Afonso. E isto não é nada estranho. Filipe Melo foi ao trabalho do Zeca buscar ingredientes para confeccionar estes vampiros. Estes vampiros andaram pela guerra colonial que o vampiresmo Salazar nos impôs. É bom perceber que o trabalho notável de José Afonso marca notáveis trabalhos da actualidade. Nem parece que já cá não está há trinta anos. Noite de eleição, esta. Desta vez fui convidado pelo Pedro Soares e pela Experimentáculo Associação para ir para o estrado dar ao badalo com o Filipe Melo. Um dia havemos de nos encontrar todos outra vez naquele sítio — Casa Da Cultura | Setúbal — para mais uma conversa destas. Foi muito bom.
As fotografias são do Fernando Pinho.
Muito obrigado a todos.
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As fotografias são do Fernando Pinho.
Muito obrigado a todos.
sábado, 15 de abril de 2017
ALBERTO CARNEIRO | Morreu o artista visual Alberto Carneiro. O que eu gostava dele e das coisas que ele fez. Muito obrigado, mestre.
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sexta-feira, 14 de abril de 2017
POR FAVOR NÃO ME MORDAM... | Foi o Pedro Soares que me meteu nisto: dizer umas coisas e conversar com o Filipe Melo. A encomenda requer algum cuidado, mas confesso que não estou muito preocupado. Razões? Ora, em primeiro lugar porque gosto muito destes (Os) Vampiros do Filipe Melo e do Juan Cavia. Depois porque gosto de outras coisas que o Filipe e o Juan fazem. E por último porque gosto de fazer coisas com o Pedro. A Casa Da Cultura | Setúbal conheço como estes dedos. A Experimentáculo Associação conheço por mor das experiências diferentes que nos fornece, mas é a primeira vez que participo como participante (que se lixe a redundância). Terreno frequentável, portanto. Lá vos esperamos. Beijinhos. No pescoço.
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quinta-feira, 13 de abril de 2017

Trump informou o seu homólogo chinês que o ataque à Síria foi realizado enquanto ele comia um delicioso bolo de chocolate. E parece que foi a filha que o aconselhou. Foi o que disse o filho.
Estas coisas não são desmentidas. São mesmo assim, portanto. Há um país enorme que é dirigido por doidos varridos. Deviam estar internados. Em tratamento. Mas não, andam a dizer e a fazer barbaridades. Teme-se o pior.
Fonte Observador
quarta-feira, 12 de abril de 2017
PARA ALÉM DO RIDÍCULO | Quando a noção do ridículo anda a monte. A criatura escreve no Observador. É quem a atura.
segunda-feira, 10 de abril de 2017
sexta-feira, 7 de abril de 2017
OBRA GRÁFICA NA OBRA DE JOSÉ AFONSO | Os trabalhos de José Santa-Bárbara, José Brandão, João de Azevedo e Alberto Lopes que envolveram o trabalho de José Afonso são o motivo desta exposição na Casa Da Cultura | Setúbal. Abre hoje, sexta-feira, às 22 horas. Apareçam.
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segunda-feira, 3 de abril de 2017
OBRA GRÁFICA NA OBRA DE JOSÉ AFONSO | A exposição aborda o trabalho de quatro designers para a obra de José Afonso. Os treze Lps do grande nome da música portuguesa são vestidos por estes senhores que inscreveram estes trabalhos na história do design gráfico e de comunicação em Portugal. Vamos festejar estes grafismos em formatos mais esdrúxulos. Esta mostra é também uma homenagem dos seus autores ao amigo que há 30 anos nos deixou. Setúbal também demonstra desta maneira diferente, o orgulho por ter tido por municípe tão ilustre cidadão. A exposição abre no próximo dia 7, sexta-feira, às 22 horas. E vai estar na galeria da Casa Da Cultura | Setúbal até ao fim de Maio.
domingo, 2 de abril de 2017
JAMES ROSENQUIST | Colocou o dia-a-dia na ordem do dia. Transformou a realidade em outras realidades. Nos catálogos vai ficar como um dos pioneiros da Pop Art. Assim seja. Muito obrigado, senhor Rosenquist.
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sábado, 1 de abril de 2017
1 DE ABRIL | Às vezes ainda parece mentira. Esperemos que amanhã seja um dia diferente. Um bom dia das mentiras para todos. E bom fim-de-semana.
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