quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Café com vida


ABERTOS TODOS OS DIAS | A partir de outubro, o Café da Casa da Avenida vai estar aberto todos os dias. E todos os dias acontece qualquer coisa que vale a pena olhar, saborear, sentir. Até já.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Jorge Salavisa


Morreu Jorge Salavisa. Para muitos o senhor da Dança em Portugal.

Era um senhor, de facto. Discreto, delicado, mas com um humor que cortava a direito. Cruzei-me um dia destes com ele no Chiado. "Bom dia, como vai?" Parecia ir tão bem. É muito mau para todos quando os melhores nos deixam. Acontece muito, mas é triste. Muito triste.

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ALGUÉM VIU OS MEUS ÓCULOS?

Vamos conversar com Viriato Teles sobre José Afonso, a propósito da exposição Cantigas do Maio e Outras Músicas, a instalar no Museu do Trabalho, integrada na Festa da Ilustração - Setúbal
A Festa abre no próximo sábado. Vou conversar com Viriato Teles, autor de "As Voltas de Um Andarilho, Fragmentos da vida e obra de José Afonso", na próxima sexta-feira, dia 2, às 22 horas. Quem quiser pode jantar connosco, às 20 horas, aqui no café. Marcação pelo telefone: 265 237 054 ou pelo endereço electrónico casadaavenidacafe@gmail.com

Conviver é fundamental. Mesmo com as devidas distâncias a que estamos sujeitos. Marquem. Apareçam.

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

FESTA DOS DESENHOS COM ATITUDE

O programa da Festa da Ilustração está disponível online a partir de hoje, dia 25.

A Festa tem início no dia 3 e estende-se pelo mês de outubro. Vale a pena andar por aqui.

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Sofia Areal



Terminou a exposição de Sofia Areal na galeria da Casa Da Cultura | Setúbal. Foram dois meses de convívio com o trabalho desta artista singular. Em jeito de reconhecimento e agradecimento, publico aqui hoje o texto que escrevi para a folha de sala. Muito obrigado, Sofia.

SOFIA AREAL escreve nas telas e nos papéis que lhe vão dar à mão. Não histórias para ler de carreirinha, mas sim orientações para uma outra compreensão das coisas. A dúvida instala-se em cada traço, em cada volta que a trincha dá. Se sabemos o que vamos fazer, para quê fazê-lo?, disse uma vez Picasso. Percebe-se que Sofia se atira aos suportes com ganas de contar aquela história que quer mesmo que seja ouvida, mas novos trilhos surgem às primeiras investidas. Há ali um profundo conhecimento que não permite a facilidade. Um inevitável desviar de rumos eivados de uma enorme vontade de não cumprir traçados prévios. Tudo é diferente no momento seguinte. Tão diferente. A aplicação circular da tinta permite-nos imaginar o gesto. Esta gestualidade está “programada” para se desviar do alinhamento prévio. Aliás, não existem predefinições. O esboço vai circulando em busca da vontade de expressão. Imaginamos uma pintura feita com o corpo todo. Gestos vigorosos que abraçam a superfície em grande reboliço. As premissas que ditam um fim para a conclusão não são o chão que a artista pisa. Nada fica acabado. Não pode. A imaginação não acaba nunca. Não sei se é dificil para Sofia desenvolver este trabalho. Nem isso me interessa muito. Mas tento perceber o envolvimento do corpo nestas histórias aqui mostradas. Nestas aventuras alegres e com finais felizes. É tão bonito perceber isso.facebook

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Gréco

Cantou os grandes poetas e pensadores. Houve um tempo em que quase desistiu, mas sobreviveu bem aos atropelos de uma existência conturbada.

Viveu a poesia e a música sem complexos. Viveu bem. Intensamente. Foi bom perceber a sua existência. É bom continuar a frequentar o seu trabalho. Muito obrigado.
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segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Ruth Baden Ginsburg

Trump disse que ela teve uma vida fantástica. A verbalização minimalista que caracteriza este fulano atinge o indecoroso. Pior do que ele só mesmo Bolsonaro.

Claro que teve uma grande vida. Concordo. Ruth Ginsburg teve uma grande vida porque lutou contra as vidas dos nababos como Trump. Infelizmente viu assumir o cargo de presidente do seu país este trangalhadanças inenarrável. Mas o que defendeu convictamente em vida continuará a ser defendido. Estamos num tempo em que idiotas como Trump se insinuam com sucesso para os lugares de topo. Mas também estamos no tempo em que as atitudes ainda valem alguma coisa. Ruth teve atitudes. Lutou por elas. Foi generosa e militante. Seria tão bom que os americanos que vão votar daqui a pouco tempo não se esquecessem disso. Escolham os melhores, ok? Deixem-se de merdas.
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domingo, 20 de setembro de 2020

O Café

Os cafés foram os lugares de encontro por excelência. Bebíamos o café e conversávamos.

Às vezes pedíamos a refeição disponível. Havia sempre o bife à café. Os cafés ressurgem e recomendam-se. Somos um café que faz culto. Gostamos de estar aqui.

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Força Tranquila

Associo tranquilidade e generosidade à figura de Jorge Sampaio. Claro que foi um político hábil e inteligente, mas a preocupação com os outros atinge patamares de emoção. 

Não se encontra neste homem pingo de interesse obscuro. Não se vislumbra vaidade. Provavelmente acha a vaidade e seus envolvimentos um charco de ridículo. Penso isto deste homem. É por isso que lhe dou os parabéns por estes 81 anos de vida. Acho que lhe devemos muito. É a minha opinião. E esta é a minha homenagem.

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Reinar é reinar

O que a gente se divertia se fosse ele o mais alto magistrado, não é verdade, infante? 

Que bom seria vivermos numa monarquia a toque de caixa. Afonso, o divertido. O que ele se diverte a dar com o pau.
Fonte DN

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terça-feira, 15 de setembro de 2020

Paixão

Era uma obsessão. Houve um largo período em que passava a semana em grande ansiedade. Nunca mais chegava o dia em que iria "dar" mais um episódio d'Os Vingadores. 

Diana Rigg foi a minha primeira paixão. Platão explicaria a coisa melhor, mas não custa nada tentar: aquela vantagem de não estar por perto permitia-me sonhar. Imaginava trocas de carinho. Tinha sonhos. Imaginava encontros. Somos tão parvos quando estamos apaixonados. Depois cresci e ela envelheceu. Agora morreu e eu envelheço. Morremos todos os dias. É por isso que tudo fazemos para viver. Apaixonados, se possível. Bem, sempre. Diana viveu muito e bem.

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segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Um café que cultiva o convívio

Os cafés foram os lugares de encontro por excelência. Bebíamos o café e conversávamos. 

Às vezes pedíamos a refeição disponível. O bife à café é prato de todos os dias. Estamos a retomar esse conceito. Os cafés ressurgem e recomendam-se. Somos um café que faz culto. Sentimo-nos bem assim.

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domingo, 13 de setembro de 2020

Elogio do Editor

Morreu no passado dia três o editor Francisco Espadinha. Convivi com ele nos tempos em que ele dirigia a Presença e eu tratava da LER graficamente. Era um homem de excelente trato e um editor com elevadíssimo conhecimento do seu ofício. 

Nesse tempo conheci outros dois seus colegas que ficaram meus amigos até hoje: Carlos Araújo e Nelson de Matos. São os três divulgadores de livros que marcaram a minha passagem por esse fascinante território da Edição Literária. A morte de Francisco Espadinha foi assinalada pelos seus pares e por um público mais atento, mas o que lhe devemos não cabe em elogios de circunstância. Devemos-lhe o acesso a autores que nos mudaram a vida. A sua competência e cultura inscreveram a edição em Portugal nos patamares mais avançados da edição literária. Tenho por ele um respeito e admiração que tive o gosto de lhe demonstrar pessoalmente no almoço comemorativo do aniversário da Culsete a que a Fátima Medeiros faz referência no texto abaixo publicado. Texto que ela enviou por correio electrónico, para os amigos, no dia da morte do editor.

Um adeus para o Francisco Espadinha
Tem sido duro ver partir nestes últimos meses tanta gente importante para o livro, para a cultura, para a democracia. Tanta gente importante para mim.
O que o Dr. Espadinha nos deu a ler desde os anos de 1960 contribuiu em muito para o que somos hoje. A poesia, a ficção, o ensaísmo de aprofundamento das ciências sociais e humanas, os livros de arte e os dicionários temáticos, a literatura de receção infantil e até os livros mais práticos fizeram-nos crescer de muitas maneiras. 
Para além de livros e autores mais óbvios de que nos fala o comunicado institucional da Presença, olho em volta e encontro a Teresa Rita de Afetos ou Cicatriz, o Daniel Filipe da Invenção do Amor, a Irene Lisboa de Uma Mão Cheia de Nada ou de Solidão, o J.P. Sartre de Os Dados Estão Lançados ou de As Moscas, o Plekhanov das Reflexões sobre a História, o meu primeiro Alberto Manguel, Uma História da Leitura, o Ler para Ser, do Moniz e do Olegário, que mais do que um manual me habituei a consultar e partilhar como coletânea de textos. É mesmo de agradecer por tanta coisa boa.
Francisco Espadinha foi também uma destacada figura do associativismo editorial e livreiro através da APEL. Essas funções permitiram aprofundar os seus contactos com Manuel Medeiros, tendo contado sempre com o apoio do livreiro.
Ao longo dos anos, o editor esteve várias vezes no espaço da Culsete, em atividades de promoção dos seus livros. Esteve também em vários lançamentos de livros editados pela sua editora em espaços públicos e institucionais em Azeitão e Setúbal, em seções organizadas pela Culsete.
Em 7 de Julho de 2013, no almoço de comemoração dos 40 anos da nossa livraria lá esteve o Dr. Francisco Espadinha, manifestando publicamente o seu apoio. Foi a última vez em que estivemos juntos.
Depois a vertigem dos dias tomou conta das nossas vidas e não voltámos a conversar. Mas íamos sabendo um do outro.
Para memória futura ficam cartões e cartas, mensagens por e-mail, algumas fotos. 
Fica sobretudo aquilo que guardo em mim. 
E a certeza de que “a morte é a curva da estrada”. 
Obrigada, Francisco Espadinha, por ter contribuído de forma tão afirmativa para o crescimento dos níveis de leitura deste país e por ter ajudado a construir um pensamento crítico e atuante.
Daqui, deste lado da estrada, um abraço bem apertado para todas e todos com quem partilho a dor desta partida. [Fátima Ribeiro de Medeiros]

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sábado, 12 de setembro de 2020

De mal a pior




Quando o pior parece já ter acontecido, ainda é possível pior.

Na Grécia está a acontecer o pior mal. Nem a sobrevivência é garantida. Em pleno século XXI, a espécie humana desanda para trás aplicando a "justiça" das guerras. Tão estranho, este mundo novo. Tão cruel, este velho mundo.
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sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Memória

Para que não se esqueça a intolerância e a atrocidade. Recordar é prevenir. 

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terça-feira, 8 de setembro de 2020

Vicente


Morreu o Vicente Jorge Silva. Humor mordaz. Cultura intensa. Conversador de excepção. 

Palavras de circunstância que se tornaram memoráveis. Foi o "inventor" da Revista do Expresso e do jornal Público. Mas fez mais coisas. Muitas coisas. Era um aplicador de ideias novas. Foi deputado por pouco tempo. Não era o seu território. Mas fez trabalho exemplar nesse seu episódico ofício. Obrigado, Vicente. 
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segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Culto

UM CAFÉ QUE CULTIVA O CONVÍVIO | Os cafés foram os lugares de encontro por excelência. 

Bebíamos o café e conversávamos. Às vezes pedíamos a refeição disponível. O bife à café é prato de todos os dias. Estamos a retomar esse conceito. Os cafés ressurgem e recomendam-se. Somos um café que faz culto. Sentimo-nos bem assim.

domingo, 6 de setembro de 2020

CIDADANIA - Faça você mesmo


Os adeptos da cidadania fornecida pelos progenitores são os defensores de uma autoridade sem contestação. 

Todos os apoiantes que subscreveram o manifesto contra a razoabilidade têm no curriculum outras defesas abjectas. Estão bem uns para os outros. Para estas criaturas bafientas a cidadania é o respeito pelos poderosos. Sem contestação nem inovações. São os defensores do confinamento permanente de quem eles acham que deve obedecer sempre. É gente pouco respeitável, na minha opinião.

sábado, 5 de setembro de 2020

Regresso ao passado

ESTREIA HOJE | Voltei a fazer a cenografia e imagem gráfica para uma peça. Convite do João (Duarte Victor). Não é o meu território específico mas, conceber visualmente em comunicação e objecto, estes episódios em que o humor e a inteligência se aliam em confraternização exigente, é vinho de grande colheita para o meu copo.
Os textos ditos em palco inscrevem-se na intemporalidade que a grande qualidade dita. Os objectos em cena acrescentam-lhes um raminho de actualidade. São caricaturas de um certo mobiliário contemporâneo. Amontoados em cena, com dois grandes muros em funções de fundo e emolduramento, estes objectos andam e desandam nas mãos dos actores numa estranha dança que ornamenta os diálo- gos e, na lógica do minimalismo que os engendrou, acentuam o jogo de palavrea- do, resumidos que estão ao seu contorno e cromatismo simples.
Os textos foram passados para a língua dos portugueses por nomes grados da literatura e do teatro que aqui se faz: Almeida Faria, Jorge Silva Melo, Luiza Neto Jorge, Maria Adélia Silva Melo e Osório Mateus consagram Karl Valentin como o autor de excelência que descaradamente foi. A grande qualidade de um texto de outras paragens percebe-se quando a tradução tem evidente qualidade.
E pronto, foi o que se pôde arranjar. Espero que se divirtam como eu me diverti. E viva o Teatro.

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

A garota não

A garota é a Catia. Vem jantar connosco e depois conversar. Quem quiser jantar inscreva-se: 265 237 054 ou casadaavenidacafe@gmail.com

Primeira sessão da iniciativa ALGUÉM VIU OS MEUS ÓCULOS?
Entretanto apresentamos um "cheirinho" do seu talento.
Ela traz instrumento e vontade de cantar esta canção. E outras. Apareçam.
O jantar e a sessão são no Café da Casa da Avenida.
CASA DA AVENIDA
Avenida Luísa Todi, 292. Setúbal.