OS EXAGEROS DOS LIMITES | O Tribunal Constitucional chumbou de novo uns pacotinhos do Governo. Cavaco Silva — o atento e caridoso zelador dos interesses dos mais fracos que falava em tempos de que há limites para os sacrifícios — não se incomoda nada com isso. Questionar o percurso do Governo está fora de causa. Não seria melhor propor o fim do Tribunal Constitucional? Santana Lopes, e mais um batalhão de avisados comentadores já lançaram um lamiré sobre o assunto. Aproveite agora, senhor Presidente. Destaque-se do painel dos juízes. Não deixe que estes velhos do Restelo atrapalhem os preciosos ajustamentos da sua rapaziada. Não seja verbo de encher.
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sábado, 31 de maio de 2014
sexta-feira, 30 de maio de 2014
AS MÁSCARAS DE SALAZAR | É hoje que Fernando Dacosta vai estar na Casa da Cultura, em Setúbal, para contar o que sabe do tempo do ditador. Oitenta e seis anos passados sobre a chegada de Salazar à política, é tempo de recordar para não esquecer. Hoje, graças à democracia, é possível conversar e debater. É possível ouvir e aprender. Apareçam.
MUITO CÁ DE CASA
Com Fernando Dacosta
Hoje, sexta-feira, dia 30. 22H00
Casa Da Cultura | Setúbal
[Cartoon de João Abel Manta]
MUITO CÁ DE CASA
Com Fernando Dacosta
Hoje, sexta-feira, dia 30. 22H00
Casa Da Cultura | Setúbal
[Cartoon de João Abel Manta]
MANUAL DE CIVILIDADE PARA TÓTÓS | Está confirmado que o número dois da lista de Marinho e Pinto gosta da dança das cadeiras. Já foi assessor de gente grada do PS, do PSD, da CDU e agora é a segunda alma do MPT, numa atitude de grande disponibilidade democrática ao ceder o seu lugar ao ex-bastonário dos advogados. Santana Lopes diz mesmo que ele foi um colaborador "discreto e muito educado". Isto será uma nova virtude digna de nota? O que será ser discreto e muito educado em política? E espalhafatoso e malcriado? Sabem-me dizer?
Nota: e fico por aqui. Não tenciono perder muito mais tempo com tão ruim defunto. A não ser que ele seja pouco discreto e pouco educado no Parlamento Europeu. Cá estaremos para ver.
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Nota: e fico por aqui. Não tenciono perder muito mais tempo com tão ruim defunto. A não ser que ele seja pouco discreto e pouco educado no Parlamento Europeu. Cá estaremos para ver.
quinta-feira, 29 de maio de 2014

Notícia Expresso
O TEMPO DAS BESTAS | O que será que os fervorosos adeptos das seculares tradições têm a dizer sobre isto?
quarta-feira, 28 de maio de 2014
SOLUÇÕES OU ILUSÕES? | Naquele tempo, na Europa, os ajustadores da moral conservadora e da rigorosa aplicação financeira brotavam como silvas. Uns foram impostos à força, como se outra solução não existisse. Outros chegaram ao poder através de eleições. Foi um tempo tramado, aquele. Por cá, Salazar surgiu como salvador.
A ditadura era o remédio para todos os males. A repressão anulou as leis. Instalou-se a lei da porrada de criar bicho.
A polícia política era a ordem. Ainda hoje há quem clame pela “excelência” da educação, pela disciplina e pelo controlo dos bandidos – sufragistas, comunistas e outros socialistas. E há quem diga que sempre disse o que pensava sem problemas. Liberdade para quê?, dizem. Os que o dizem têm razão. O regime fascista nunca reprimiu quem não tinha nada para dizer. A banalidade sempre foi livre. Mas há uma questão que nunca passou pelas curtas mentes de quem defende essa retórica da alarvidade. É que não foi só a liberdade de termos opinião que nos trouxe o fim do Estado Novo. Foi também a liberdade de nos exprimirmos e lutarmos pelas nossas covicções. E, mais importante ainda, podemos ouvir as opiniões dos outros. As nossas opiniões valem em democracia. Podemos procurar o conhecimento. Não há opiniões proibidas. Vemos, ouvimos e Lemos (como pretendia Sophia), não podemos ignorar. A grande vantagem de vivermos em liberdade e em democracia é esse acesso à procura do conhecimento e, consequentemente, a possibilidade de lutarmos pelas nossas opiniões, direitos sociais e também pela vontade de existirmos em clima de felicidade. É a nossa vontade de querermos ser felizes que os novos adeptos daquilo a que chamam rigor querem ajustar. O que hoje nos é sugerido por “sociais-democratas” de encher e vazar não está longe do que foi proposto pelo escroque que nos “governou” e permitiu que os seus se governassem durante quarenta e oito anos. Sim, não nos venham com a lengalenga da “grande honestidade” e “rigor orçamental”. O Estado Novo foi uma ilusão, não uma solução. A corrupção e o atropelo foram permitidos aos que o tirano de Santa Comba escolhia como seus. Os tiranos aparecem quando tudo parece estar a arder. Apresentam-se como os generosos soldados da paz. Como aqueles bombeiros de serviço que incendeiam para depois surgirem como os heróis do apagamento salvador.
Os ajustamentos de hoje protegem a felicidade dos que governam o mundo. Nós não temos nada a ver com isso. Pela nossa felicidade lutamos nós.
Foi em 28 de Maio, há oitenta e seis anos, que Salazar iniciou a sua cruzada isolada contra o mundo. É sobre esse atropelo que vamos falar na próxima sexta-feira na Casa da Cultura, em Setúbal.
É mesmo preciso perceber como aquilo foi possível, para entendermos o que nos está a acontecer hoje.
Não esquecer para que não volte a acontecer, pois claro.
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A ditadura era o remédio para todos os males. A repressão anulou as leis. Instalou-se a lei da porrada de criar bicho.
A polícia política era a ordem. Ainda hoje há quem clame pela “excelência” da educação, pela disciplina e pelo controlo dos bandidos – sufragistas, comunistas e outros socialistas. E há quem diga que sempre disse o que pensava sem problemas. Liberdade para quê?, dizem. Os que o dizem têm razão. O regime fascista nunca reprimiu quem não tinha nada para dizer. A banalidade sempre foi livre. Mas há uma questão que nunca passou pelas curtas mentes de quem defende essa retórica da alarvidade. É que não foi só a liberdade de termos opinião que nos trouxe o fim do Estado Novo. Foi também a liberdade de nos exprimirmos e lutarmos pelas nossas covicções. E, mais importante ainda, podemos ouvir as opiniões dos outros. As nossas opiniões valem em democracia. Podemos procurar o conhecimento. Não há opiniões proibidas. Vemos, ouvimos e Lemos (como pretendia Sophia), não podemos ignorar. A grande vantagem de vivermos em liberdade e em democracia é esse acesso à procura do conhecimento e, consequentemente, a possibilidade de lutarmos pelas nossas opiniões, direitos sociais e também pela vontade de existirmos em clima de felicidade. É a nossa vontade de querermos ser felizes que os novos adeptos daquilo a que chamam rigor querem ajustar. O que hoje nos é sugerido por “sociais-democratas” de encher e vazar não está longe do que foi proposto pelo escroque que nos “governou” e permitiu que os seus se governassem durante quarenta e oito anos. Sim, não nos venham com a lengalenga da “grande honestidade” e “rigor orçamental”. O Estado Novo foi uma ilusão, não uma solução. A corrupção e o atropelo foram permitidos aos que o tirano de Santa Comba escolhia como seus. Os tiranos aparecem quando tudo parece estar a arder. Apresentam-se como os generosos soldados da paz. Como aqueles bombeiros de serviço que incendeiam para depois surgirem como os heróis do apagamento salvador.
Os ajustamentos de hoje protegem a felicidade dos que governam o mundo. Nós não temos nada a ver com isso. Pela nossa felicidade lutamos nós.
Foi em 28 de Maio, há oitenta e seis anos, que Salazar iniciou a sua cruzada isolada contra o mundo. É sobre esse atropelo que vamos falar na próxima sexta-feira na Casa da Cultura, em Setúbal.
É mesmo preciso perceber como aquilo foi possível, para entendermos o que nos está a acontecer hoje.
Não esquecer para que não volte a acontecer, pois claro.
segunda-feira, 26 de maio de 2014
domingo, 25 de maio de 2014
A EUROPA É UM SÍTIO MUITO MAL FREQUENTADO | O resultado eleitoral não entusiasma. Em Portugal vence a abstenção, e o populismo descarado marca pontos. É verdade que a esquerda é maioritária, mas também é verdade que a esquerda não se entende. O Governo, pela voz de Passos e Portas, mantém a arrogância apesar da derrota histórica. Em França, a extrema-direita que é contra a Europa avança para o Parlamento Europeu. Outros trogloditas venceram em outros países. Será que vão pedir a dissolução da Europa? Isto está muito complicado. Não encontro motivos para se gritar vitória. Só há razões para nos preocuparmos.
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VOTAR, VOTAR SEMPRE CONTRA A DIREITA | Hoje não se pode fazer campanha. Não há cartazes nem autocolantes para ninguém. É compreensível. Não fazem qualquer sentido apelos ao voto. Mas não percebi muito bem se se pode dizer em quem não se vai votar. Aproveito essa omissão para revelar que votar na direita é coisa que não me passa pela cabeça. Nunca o fiz, não o faço e não o "façarei" (como diria o guardião da direita, o inefável Aníbal Cavaco). O actual governo é de direita e é o que é. Um nojo. Logo não se recomenda gente desta para a Europa. Já basta o amanuense Barroso. Há coisas que se fazem por higiene. Não votar nesta choldra é uma questão de higiene. Preparados para a limpeza?
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sábado, 24 de maio de 2014


sexta-feira, 23 de maio de 2014

quinta-feira, 22 de maio de 2014
OS MENINOS NAZIS | Anda para aí um novo jornal que aSSegura que Mário Machado, o criminoso nazi que pertencia ao PNR, é um deleite de pessoa. Até namora uma "socialista" betinha e vai formar um partido. A extrema-direita está em delírio. O fenómeno francês está a pô-los em pontas. O eterno retorno do fascismo também passa por aqui. Agora até parecem civilizados. Dêem-lhes corda, que vão ver onde vamos parar.
quarta-feira, 21 de maio de 2014
FALAR DO TEMPO | Esta campanha eleitoral é tão irrelevante que quando é relevante desejamos que não o fosse. Temos assim folga para falar do tempo. Não do tempo difícil que vivemos, mas do mau tempo que igualmente nos agride. Tempo da metereologia, digo. Dos manda-chuva. E parece que só mandam chuva mesmo. Houve tempos em que o país Portugal de gabava de ter bom tempo durante um tempo substancial do ano. Fazia cartazes turísticos e tudo. Agora o mau tempo ocupa o maior número de meses do calendário. Já nem do bom tempo nos podemos gabar. Que desconsolo de tempo.
Imagem: pintura de Turner
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Imagem: pintura de Turner
terça-feira, 20 de maio de 2014
segunda-feira, 19 de maio de 2014
PAROLOS AOS MOLHOS | Luís Filipe Menezes disse, ao lado de Rangel, que estava 200% de acordo com o candidato da Aliança não-sei-quê. Nem sei os motivos que o levam a tão esdrúxula concordância. Realço só a parolice da linguagem. Quanto será 200%? Metáfora? Metáfora o caraças. Foleiros a olho.
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A ERA DO VAZIO | Sobre esta criatura não consigo esboçar qualquer opinião. Nem de simpatia, nem de repulsa. Tem voz de boneco articulado, mas não tem graça. Parece que faz por inexistir (a palavra existe, estejam descansados). Não o consigo classificar. É inclassificável.
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domingo, 18 de maio de 2014

Assessor de primeiro-ministro turco agride manifestante parente de mineiro morto. Notícia i
OS CÃES NÃO CALÇAM CHUTEIRAS | Há quem pense com os pés. Há quem os use como linguagem. No tempo em que pensar e falar não correspondiam à etiqueta do regime, nos "escritórios" da polícia política o uso do pé era uma forma de expressão - o pontapé era desporto-rei. Hoje há quem pratique esse desporto contando não estar ninguém por perto - um inoportuno repórter ou uma indiscreta câmara de vídeo fazem toda a diferença. Uns chatos que deveriam ser afastados. Nem que fosse ao pontapé. Os líderes políticos sempre tiveram quem desse pontapés por eles. E há quem não se importe de o fazer esperando pela recompensa de estar perto do poder. Os cães também são fiéis ao seu dono. Mas têm uma vantagem: não dão pontapés.
DIZ QUE DISSE | A troika foi-se embora? E o Governo ficou?
Então a troika também não se foi embora.
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Então a troika também não se foi embora.
sábado, 17 de maio de 2014


OS CAMINHOS DE GRÂNDOLA | Há canções com História. Esta está cheia de História e de histórias para contar. Aqui se fala do tempo inicial. Do tempo em que esta canção se tornou a senha para o arranque da acção militar que mudou as nossas vidas. Os autores são meus amigos -Mercedes Guerreiro e Jean Lemaitre. Tive o privilégio de conversar com eles sobre o assunto. A investigação foi séria e intensa. Calcorrearam os caminhos que permitiram chegar ao desenlace final. Está tudo contado neste livro. Já existia uma versão em francês, publicada em França. O lançamento da edição portuguesa é hoje: No sítio onde José Afonso se inspirou, a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense - Música Velha, em Grândola, às 18 horas, e às 22 horas em Setúbal, no Museu Do Trabalho. Vou ao de Setúbal. Poderia lá faltar.
sexta-feira, 16 de maio de 2014
Em breve o site será actualizado. Daremos notícias.
Aqui fica para já um dos seus saborosos textos.
POEMA PARA UM AMIGO
Afastando o cercado das sombras
algumas vezes adormeceste
o meu aflito coração
no berço das mãos.
Nas horas difíceis ficaste perto.
DEUS E RECUPERAÇÃO ECONÓMICA | Nacionalistas são populares na Índia. A extrema-direita conquista o poder. A democracia tem destas coisas. Não é propriamente um jogo de sorte e azar, mas às vezes parece. De azar. Notícia DW
quinta-feira, 15 de maio de 2014
Alexandra Solnado vai ao parlamento falar sobre “vidas passadas"
NOTÍCIA i
MAIORIA RUINOSA | Isto não é verdade, pois não? A imbecilidade já é assumida sem descuido nem disfarce? Aguardo pelo anúncio de uma conferência de Zé Cabra sobre Música Erudita para Tótós. Ou de José Castelo Branco sobre A Literatura e a Sociedade. Aguardo mesmo. Tudo é possível neste parlamento onde a imbecilidade é maioria.
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NOTÍCIA i
MAIORIA RUINOSA | Isto não é verdade, pois não? A imbecilidade já é assumida sem descuido nem disfarce? Aguardo pelo anúncio de uma conferência de Zé Cabra sobre Música Erudita para Tótós. Ou de José Castelo Branco sobre A Literatura e a Sociedade. Aguardo mesmo. Tudo é possível neste parlamento onde a imbecilidade é maioria.
quarta-feira, 14 de maio de 2014
segunda-feira, 12 de maio de 2014
ESTE PAÍS NÃO É PARA PESSOAS | O país Portugal está no bom caminho. Governo, comentadores governamentais e instâncias financiadoras internacionais confirmam-no constantemente. Mas parece que estamos a ficar às escuras. Recentemente, a EDP cortou a luz a 285 mil famílias — 285 mil. Leram bem —. Estamos no bom caminho, mas com esta escuridão não se percebe como vamos continuar a percorrer os confusos trilhos que temos pela frente.
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CAMPANHA ELEITORAL | Começa hoje a propaganda. Ou muito me engano, ou estas eleições vão ser a maior vergonha vivida em democracia. Até o Banco Central Europeu vem ajudar ao desfile. Nunca a direita portuguesa esteve tão à beirinha da delinquência política. Tirando o tempo de Salazar, é claro. Mas aí havia ditadura. Agora, tirando aquela do encontro dos financeiros no dia das eleições, ainda vai havendo regras. Vai?
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domingo, 11 de maio de 2014



sábado, 10 de maio de 2014
sexta-feira, 9 de maio de 2014

BOMBEIROS INCENDIÁRIOS | CDS lidera comissão de inquérito aos submarinos.Telmo Correia também já avançou com algumas "ideias" contra a praxe violenta. Parece que é o justiceiro escolhido para as práticas delinquentes mais salientes. Colocarem os homens de confiança de Paulo Portas a darem a entender que querem resolver estes problemas, não lembrava nem às testemunhas de Jeová. Claro que isto não é distracção - é intenção. Como escreveu Sérgio Godinho numa canção: "é como para instalar uma janela, atirar primeiro os vidros para a viela". Pois.
Notícia RR
quinta-feira, 8 de maio de 2014
NATÁLIA DE SOUSA, ADVOGADA, ASSASSINADA POR EXERCER A SUA PROFISSÃO | Um energúmeno mata a advogada que defendia a sua ex-mulher. É arrepiante pensarmos que nos cruzamos com gente assim. Gente que está abaixo de qualquer classificação. Andam por aí. Agridem e matam como se fosse a coisa mais normal do mundo. Do seu mundo anormal. Um animal selvagem é mais civilizado do que um filho da puta destes. A violência doméstica continua a matar. Envergonha-nos como seres humanos.
Via AVENTAR
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Via AVENTAR
quarta-feira, 7 de maio de 2014

segunda-feira, 5 de maio de 2014
SAÍDA LIMPA? QUE SAÍDA LIMPA?! |Estamos a crescer, dizem os analistas da situação neoliberal. José Gomes Ferreira diz que isso é indesmentível. O inenarrável Matos Correia, falando pelo PPD/PSD, mistura extorsão institucional com esforço voluntário dos portugueses. O pedante Nuno Melo também. Como se a vida de um país fosse aritmética. É a pulhice da direita troglodita. Temos uma taxa de desemprego histórica. Emigração de juventude com indicadores sem precedentes. Todos os dias fecham empresas históricas com dezenas de trabalhadores. Mas os ajustadores dizem que todos os dias abrem novas empresas. Unipessoais, pois. A austeridade continua sem prazo. E vamos continuar a ser vigiados até 2035. Nada se ajusta. Tudo se desmorona. Saída limpa? Mas que saída?
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domingo, 4 de maio de 2014

sábado, 3 de maio de 2014
RUI MÁRIO GONÇALVES | Desapareceu uma biblioteca de história de arte. Assisti a aulas de Rui Mário Gonçalves na Sociedade Nacional de Belas Artes. De História de Arte, precisamente. Eram às sextas-feiras. Durante dois anos não perdi uma "actuação" deste fabuloso professor. Digo actuação porque aquilo eram verdadeiros actos de representar fornecendo conhecimento de maneira descontraída e bem humorada, mas creditados por evidente profundidade. Mais recentemente falei com ele para participar numa das sessões que agora vou organizando na Casa Da Cultura | Setúbal. Já não vai ser possível. Recordo o grande pedagogo, o crítico atento e documentado, o homem generoso. Morreu um bom homem. Um grande homem. Esta notícia é mesmo muito triste. Dias tristes, estes.
Muito obrigado, professor Rui Mário Gonçalves.
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Muito obrigado, professor Rui Mário Gonçalves.
sexta-feira, 2 de maio de 2014

UM GOVERNO QUE CUMPRE | As notícias são reais e denunciam a triste realidade: ourivesarias históricas, retrosarias, pequenos restaurantes, lojas de todo o tipo fecham portas. O centro histórico das cidades é deprimente. O aumento do IVA vai afastar ainda mais os clientes e avolumar os encargos do pequeno comércio. Houve quem pensasse que Pires de Lima e restantes centristas governamentais cumpririam a palavra dada. A ministra centrista Cristas começou bem: permitiu que os alugueres das lojas fossem por aí acima, anulando actividades comerciais. Há quem se admire com as decisões deste governo de extrema-direita. Acontece que a direita não muda. Claro que mentiram em campanha. Claro que nunca pensaram cumprir o que alardearam. A direita não quer saber para nada do pequeno comércio e dos pequenos investidores. A troika deu-se ao desplante de achar que tínhamos restaurantes a mais. Como se tivéssemos de controlar a nossa actividade económica ao ritmo da vontade de uns fiscais iluminados pelo saber dos grandes mercados. O governo limita-se a cumprir essa vontade. Portugal vai ficar entregue aos homens dos grandes supermercados e aos especuladores financeiros. O ministério de Pires de Lima e seus rapazes e raparigas não quer saber de comércio de tostões. O ministro da Economia, quando sair do governo, vai com certeza vender sumóis e limonadas para onde os credores o mandarem. Deve ser isso. Só pode. E não deve pensar em outra coisa. A vida de ex-ministro é sempre uma grande vida.
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quinta-feira, 1 de maio de 2014
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