sexta-feira, 30 de setembro de 2005

E não se pode silenciá-los?

Nunca uma campanha eleitoral foi tão ilustrada pelo disparate como estas autárquicas.
Parece um maldição. Não bastavam os Isaltinos, Valentins, Torres, Felgueiras e pelos vistos mais cerca de setenta candidatos a contas com os tribunais, quando surpreendentemente se juntam ao pagode, gente sem chatices com a justiça mas com problemas em perceber o sentido de justiça. Vem isto a propósito de um texto publicado no manifesto eleitoral da CDU, em Setúbal, assinado pelo seu mandatário, um médico que responde por Luciano.
A linhas tantas, e depois de rasgados elogios a Carlos de Sousa, actual e futuro presidente da edilidade, o reputado clínico resolve atacar de uma forma pouco ortodoxa em democracia, os seus opositores, dizendo literalmente: "deviam ser silenciados". Assim, sem dispensáveis metáforas. O documento anda aí. O médico poderá não andar bem, mas estas coisas passam por revisões e aprovações finais. Tem que haver algum decoro com as palavras. As palavras são importantes. Muitas vezes decisivas. Será que Carlos de Sousa está de acordo com o seu mandatário? A CDU aprovou tamanho dislate? Não acredito. Se calhar foi gralha na gráfica. Só pode. Esclareçam lá o pessoal.
JTD

quinta-feira, 29 de setembro de 2005

Um labrego será sempre um labrego

Jerónimo Sousa, em trajecto eleitoral, passou pelo local onde trabalhou em meados do século passado. O antigo operário queixou-se aos ex-colegas da falta de "uns calendários que costumavam estar ali afixados". Disse-o com aquele ar maroto que caracteriza os homens labregos. Estão a ver a que calendários se refere o senhor, não estão? Exactamente, esses, tipo serralharia, com mulheres nuas. Isto passou-se. Vi na televisão. Ainda não conheci reacções das mulheres do seu partido perante tão desbragada atitude. Nem dos muitos homens decentes que militam no PCP. Estava habituada a assistir a este tipo de alarvidades por parte de gente da direita troglodita. Jerónimo veio contribuir para a democratização deste conceito.
RR

quarta-feira, 28 de setembro de 2005

Gato escaldado

Carlos de Sousa, presidente da edilidade setubalense, disse em entrevista ao Público que entre outras actividades a programar no próximo mandato estão "eventos sobre Zeca Afonso". Com os exemplos práticos que nos vêm do sector cultural da câmara, já estou a ver o cantor de intervenção Toy como comissário das comemorações. Não, isso não é possível, dirão alguns de vocês. Eu não estou tão certa disso. Pelo sim pelo não, vou já mandando umas bocas. É que, como diz o outro "quem não se sente, não é filho de boa gente". E já que estamos em maré de ditos populareas: "gato escaldado de água fria tem medo". Teme-se o pior...
RR

terça-feira, 27 de setembro de 2005

"Antony and the Johnsons" em Lisboa



Alguém escreveu que esta voz provoca dependência.
Tenho amigos que ficaram agarrados. Confesso que não me ralei nada com isso.
Esta dependência recomenda-se. "I am a bird now" de "Antony and the Johnsons" é um trabalho surprendente.
A frase de Pessoa para a coca-cola poderia ser usada para a campanha de promoção desta voz com música. Desta música que "primeiro estranha-se, depois entranha-se" e ainda causa habituação. Estive no último concerto que aconteceu em Portugal, na Aula Magna, e penso estar no próximo, no dia 31 de Outubro, no Coliseu, em Lisboa.
Fiquei dependente.
JTD

segunda-feira, 26 de setembro de 2005

Next...



Fontes dignas do maior respeito afiançam que este é o próximo candidato a avançar para a corrida à presidência da República Portuguesa (na foto o primeiro cartaz da campanha). As mesmas fontes garantem que Mickey, à luz da justiça portuguesa, nem necessita de se naturalizar português pois foi considerado há muito figura universal, podendo concorrer em qualquer país onde as leis tenham as mais amplas interpretações. Foi-nos também garantido que o famoso rato não aceitou participar na disputa por Lisboa, visto os candidatos já colocados na pista constituírem forte concorrência como figuras de animação, e Mickey é como o Zé Mourinho; se não fosse para ganhar não estaria aqui. Previsões de sondagens asseguram que a criação de Disney poderá, pelo menos, ter mais votos do que o poeta de Águeda. Mas a procissão ainda vai no adro...
JTD

domingo, 25 de setembro de 2005

Do alegre se fez triste

Alegre não tem o apoio de nenhuma instituição partidária.
Alegre queixa-se da asfixia da Democracia pelos partidos políticos.
Mas queixa-se porquê? Nunca deu o seu contributo para a asfixia da Democracia? É este "independente" que vai contribuir para a vitória da esquerda nas presidenciais?
Será que há uma vaga de fundo de apoio a Alegre? Existe um imperativo nacional a retirar o poeta do seu sossego?
Alegre age por despeito e egocentrismo. É triste.
JTD

sexta-feira, 23 de setembro de 2005

Bem vindos

Eu trabalho aqui.
Façam favor de entrar. Estejam à vontade.
JTD

Manifestação das esposas dos senhores guardas

Uma esposa de um senhor guarda disse nas notícias televisivas: "Estamos aqui para defender os nossos privilégios".
Bem dito. Privilégios tem quem pode. Tempo houve em que se lutava por direitos; as esposas dos senhores guardas não sabem o que isso é. Preferem privilégios, assim, com todas as letras. São os novos revolucionários, os senhores guardas e as esposas deles. Não deixa de ter graça a hipocrisia de alguma esquerda a alinhar com as esposas dos senhores guardas e com eles. E quem nos protege dos senhores guardas?
RR

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

Esgoto televisivo

Marques Mendes atacou Sócrates, no parlamento, por mor da venda da TVI aos espanhóis. Se calhar acha que se está a desbaratar a cultura e lingua portuguesas. Conversa séria se não fosse ridícula. O que é que a gente tem a ver com a vida dos outros? Se querem comprar a TVI, comprem. Se quiserem levem-na mesmo lá para longe.
Dizem que há uma seita religiosa associada aos novos patrôes da estação. É certo que todas as seitas são pouco recomendáveis. Também é certo que tudo começou com o amén da igreja católica. Logo: seita por seita, venha o diabo e escolha.
Que falta é que nos faz aquela espécie de esgoto do audiovisual?
RR

quarta-feira, 21 de setembro de 2005

John Cale


Este senhor vai estar no grande auditório do CCB no próximo dia 5 de Outubro.
É feriado. O fim da monarquia, lembram-se? Já passou algum tempo.
Dupla satisfação, portanto: Quem ainda se lembra comemora a República. Nós vamos ao fim do dia assistir ao concerto de John Cale. Sem esquecer a República, está claro.
JTD

terça-feira, 20 de setembro de 2005

Sousa, Costa & Negrâo, Lda

Em Setúbal as eleições autárquicas não trazem novidade. Uma luta de pequenos e médios políticos retira o possível entusiasmo a uma disputa sem chama e sem objectivos, a não ser a permanência nos lugares. A actual equipa, tudo leva a crer, vai-se manter no topo da classificação, mas com menos um ou dois vereadores. Catarino vai finalmente provocar a sua própria substituição na direcção do PS: só mesmo o PS é que não viu ainda que este candidato foi um tremendo erro de casting. E Negrão? O que se espera do ex-ministro do governo mais apalhaçado da pátria lusa? Bem, os cartazes dizem que ele está a pensar resolver os problemas como cabo de esquadra: a polícia municipal está prometida. Mas há mais. Há um cartaz que fala num tal cartão do idoso. Estão a ver? É um cartaz que tem o convento da Arrábida em fundo. Às tantas a ideia é transformar o convento em centro de dia para os mais avançados na idade. Ou mesmo em lar de idosos. Quem sabe? Nem Negrão, aposto.
Prometer, sabendo que a eleição não está no horizonte, é fácil. O pior é quando estas vedetas mediáticas ocupam as cadeiras: Sucede-se o verdadeiro desfile de celebridades telefabricadas e de assessores formados nos partidos, irmanados com todo o género de gente sem raspas de formação humanista - nem para dar os bons dias a quem passa.
Em Évora, por exemplo, o desgraçado que ganhou as últimas eleições, chamou uma tal Lili, socialite profissional, como convidada de honra para abrilhantar um evento "cultural".
É a cultura do pato-bravismo, a gente sabe. Mas a chatice é que é esta choldra que nos rodeia.
Vá lá que aqui não se sentam á mesa da boda gente como Isaltino, Loureiro ou mesmo Ferreira Torres. Mas melhor, é impossível?
JTD

segunda-feira, 19 de setembro de 2005

Presidentes e técnicos

Carmona é provocador e está convencido que um presidente de câmara tem que ser um técnico. É tótó.
Carrilho ferve em pouca água e não tem paciência para eleições. Está mais habituado a nomeações. É mimado.
Carmona disse a Ruben (SIC-N) que a câmara estava a negociar dívidas com mais de quatro meses, tentando convencer-nos de que não haverá nada a pagar que exceda esse prazo. Também respondeu ao jornalista Faria que nenhum fornecedor deixou de trabalhar com a CML por falta de pagamentos por parte desta. É mentiroso.
Com aquele ar de songamonga, consegue rejeitar a política, como se fosse um pecado, fingir que passou ao lado dos disparates de Santana e ainda lhe sobra tempo para tentar convencer o pagode de que é sério, honesto e competente. É falso.
Carmona não representa nem a seriedade, nem a honestidade, nem a competência. Representa, isso sim, a sua própria vaidade pessoal. É destas falsas modéstias que surgem as maiores encenações de egocentrismo. Carmona está nesse território: tem cara de parvo, mas de parvo não não tem nada. Tem é uma evidente vontade de exercer o poder. Era vê-lo na habitação oficial da presidência da CML, em Monsanto, nos dias que seguiram à remoção de Santana de Primeiro-ministro. Tinha que abandonar a casinha. Santana também quer tudo a que tem direito. É para isso que esta gente anda na política. Por estas e por outras é que não estou de acordo com a opinião de que Lisboa tem grandes candidatos.
Não tem grandes candidatos nem vai ter um grande presidente. Isso é o que parece mais certo.
JTD

domingo, 18 de setembro de 2005

Eduardo Souto Moura

Antes de Stark, Souto Moura contou como resolveu o projecto do metropolitano do Porto. Ao mesmo tempo estava a decorrer a inauguração. Pelos vistos, o arquitecto preferiu estar ali, no CCB, do que aturar os tradicionais grunhos das inaugurações. Falou também sobre o estádio do Braga: excelente trabalho da sua responsabilidade. A explicação sobre o desenrolar da obra teve momentos de humor, mas acima de tudo deu para entender como um trabalho daquela complexidade é resolvido. Grande arquitecto. Bom comunicador.
JTD

Debater o design


Philippe Stark

Philippe Stark foi o último orador nas Conferências de Lisboa, integradas na ExperimentaDesign2005.
Descontraído, bem humorado, Stark falou da sua experiência profissional como quem fala com amigos. Ironizou, revelou preocupações políticas, mas acima de tudo decretou o fim do design como expressão de elite.
O Design deve compreender a sociedade e criar soluções que facilitem a vida aos cidadãos. O Design-vedeta morreu ou está moribundo. Stark estrá preocupado com a reutilização da disciplina no sentido de a tornar mais democrática.
Os criadores com legítimas preocupações políticas. Pelos vistos com mais lucidez que muitos políticos.
Para conhecer melhor Philippe Stark.
JTD

sábado, 17 de setembro de 2005

Mais um

José Maria Martins é o advogado de Bibi - o pedófilo - no processo da Casa Pia. Agora dizem-me ali no telenoticiário que se vai candidatar à Presidência da República. O seu azougado colega Namora, ex-casapiano e actual apoiante de Jerónimo de Sousa, segundo ele próprio, foi lá dar um abraço. Informações posteriores garantem que no caso de vitória eleitoral, este candidato que dá voz aos que estão mudos, nomeará para chefe da casa civil o seu cliente Silvino. O motivo prende-se com o conhecimento que Bibi tem da zona de Belém. Namora terá que se contentar com o convite para mandatário nacional. Boas escolhas, portanto.
RR

sexta-feira, 16 de setembro de 2005

Continuam os dias do Design


Massimiliano Fuksas

As Conferências de Lisboa trouxeram hoje ao nosso convívio Renny Ramakers e Massimiliano Fuksas. Renny falou da sua experiência como coordenadora de uma empresa que aposta na investigação no design. Interessantes exemplos de aproveitamento de coisas fora de consumo ou atitudes para com objectos há muito esquecidos.
Quanto a Fuksas, o mínimo que se pode dizer é que foi notável. Um comunicador de primeira água aborda o seu trabalho com descontracção e inteligência.Fala da sua terra - Itália - e do pouco apreço pelo seu actual primeiro-ministro. Fala da primeira vez que veio a Portugal, depois de Abril de 74, já que não nutre raspas de simpatia por ditaduras. E fala das obras que tem entre mãos com o entusiasmo de um puto. Um grande senhor no auditório do CCB.
Amanhã é a vez de Eduardo Souto Moura e Philippe Stark. No próximo domingo, às seis e meia da tarde, abre na estação do Rossio a exposição sobre o panorama do design em Portugal. É lá que vou estar representado com o trabalho que tenho desenvolvido para a Casa Fernando Pessoa. Vai estar o meu trabalho e o de algumas dezenas de outros colegas. Esta exposição esteve em Milão aquando da visita de Jorge Sampaio a Itália. Agora vai estar em Lisboa, alargada a novos trabalhos de novos designers. É capaz de valer a pena, não acham? Eu acho, apesar de ser suspeito. Até já.
JTD

quinta-feira, 15 de setembro de 2005

Os dias do Design


Stefan Sagmeister

Stefan Sagmeister e Rudy Vanderlans estiveram hoje à conversa no CCB, numa iniciativa inscrita na ExperimentaDesign2005.
Intervenções brilhantes de dois dos mais importantes designers de comunicação da actualidade.
Hoje à noite abre a exposição "Catalyst", também no CCB, comissariada por Max Bruinsma, antigo director da excelente revista "eye". No Público de hoje, Bruinsma dá uma entrevista a Isabel Salema, onde põe em letra de forma a sua interpretação da actualidade em termos do que nos é visível. Exemplo: "A Cultura global é muito baseada na imagem, porque a língua é difícil nesta cultura global. Todos falamos línguas diferentes, mas as imagens são legíveis por toda a gente que partilha essa cultura. Falo da cultura ocidental, cultura urbana, cultura metropolitana. As imagens desenvolvem-se como uma linguagem própria, uma linguagem icónica que, de facto, resulta. Hoje podemos escrever com imagens, porque são reconhecidas universalmente."
Enfim, são os dias do Design. Apareçam.
JTD

quarta-feira, 14 de setembro de 2005

ExperimentaDesign2005

A ExperimentaDesign é um evento bienal que existe na cidade de Lisboa, e que apresenta trabalhos que revelam a produção contemporânea ao nível do Design de Equipamento e de Comunicação.
Este ano decorre entre 15 de Setembro e 30 de Outubro. Entre outros motivos de interesse destaca-se a vinda a Portugal, para conferências, de figuras que respondem com as opiniões mais marcantes no panorama actual, como por exemplo Philippe Stark, Massimiliano Fksas, Rudy Vanderlans e Renny Ramakers.
Tema | Título "O Meio e a Matéria". Para consulta de programa detalhado vá aqui - ExperimentaDesign2005
JTD

terça-feira, 13 de setembro de 2005

O Diário de Pacheco



Fim de dia. Regresso a casa. Toca o telefone - o portátil. Oiço: "O Diário de Luiz Pacheco é literatura da melhor. É genial, do melhor que foi publicado nos últimos tempos". A voz entusiasmada pertence a António Mega Ferreira. Tinha acabado de comprar o livro, editado pela Dom Quixote, e a alegria causada pela descoberta daquele volume impresso era crescente.
A literatura tem destas: quando fascina, provoca momentos de absoluta felicidade.
JTD

segunda-feira, 12 de setembro de 2005

Franz Kline | José Agostinho Baptista



Se às vezes, se em certos casos, a poesia imita a vida e a vida imita a poesia, então talvez cada verso seja uma linha da cabeça, uma linha do coração, uma linha da vida. E então, sonâmbula e feroz, a mão que escreve talvez não faça mais do que construir, palavra sobre palavra, a casa de um homem, a sua história. E a sua voz obscura passará sobre a terra, sobre os anos, completando a obra

José Agostinho Baptista Texto
Franz Kline Imagem

domingo, 11 de setembro de 2005

Setembro em Nova Iorque


Foi há quatro anos.

sábado, 10 de setembro de 2005

Fim de semana


Brice Marden

sexta-feira, 9 de setembro de 2005

Há mais, muito mais, para implodir

Vinha eu todo lançado para botar um comentário sobre a implosão em Tróia, e eis que zás... ao dar uma volta pela vizinhança, deparo com um excelente "post" de Luís Sequeira no Abnegado. E pronto, não há necessidade de bater mais no ceguinho quando a tareia é de arromba. Nem todos estamos rendidos à parolada. Nem tudo está mal no reino da Dinamarca.
Apenas um reparo: com a "obra" de grande parte dos autarcas lusos, a implosão devia ser transformada em serviço de
utilidade pública.
JTD

quinta-feira, 8 de setembro de 2005

Por Caria

Em Setúbal há um homenzinho que, devido ao pouco sucesso dos seus frustes negócios, resolveu pedir apoio ao seu partido e assaltar a direcção da Região de Turismo da zona.
Esse homenzinho responde pelo nome de Paulo Caria e nem sequer sabe como se decidem eleições em democracia. Resolveu tentar impugnar as eleições porque o actual presidente do organismo votou. Como se fosse pecado ou ilegítimo. O estranho não é a medíocre criatura não saber as regras da democracia - trata-se de um vulgar ignorante. Estranho é um partido com responsabilidades nacionais e de governo não ter mais ninguém para apresentar a um cargo público. Mas a esse nível o mau serviço é notório, basta ver a peça que é proposta para a presidência da câmara local. Estamos conversados. Melhoras rápidas - é o que eu desejo. Sinceramente.
RR

quarta-feira, 7 de setembro de 2005

Fernando Távora


Tentou com todas as suas forças tornar este local que pisamos mais próximo de algo civilizado. Foi um grande arquitecto e um homem bom. As obras que deixou comprovam a extrema delicadeza com que aproximou a modernidade da tradição. Um conhecimento imenso das pulsações dos lugares. Sobre ele disse Eduardo Souto Moura: "Távora é pai da escola do Porto, mas bisavô da Europa. É uma figura histórica. É universal".
JTD

terça-feira, 6 de setembro de 2005

Roy Lichtenstein | Ferreira Gullar



Aprendizado

Do mesmo modo que te abriste à alegria
abre-te agora ao sofrimento
que é fruto dela
e seu avesso ardente.

Do mesmo modo
que da alegria foste
ao fundo
e te perdeste nela
e te achaste
nessa perda
deixa que a dor se exerça agora
sem mentiras
nem desculpas
e em tua carne vaporize
toda ilusão

que a vida só consome
o que a alimenta.

Ferreira Gullar Texto
Roy Lichtenstein Imagem

segunda-feira, 5 de setembro de 2005

Fim de férias


Esta imagem já pertence ao passado. Terminaram ontem as minhas habituais férias na Costa Vicentina.
O blogoperatório está de cara lavada. Esperamos que esteja a contento dos utentes.
Os comentários estão aí a chegar: os nossos e os vossos.
Boas entradas na realidade, e até já.
JTD