terça-feira, 20 de setembro de 2005

Sousa, Costa & Negrâo, Lda

Em Setúbal as eleições autárquicas não trazem novidade. Uma luta de pequenos e médios políticos retira o possível entusiasmo a uma disputa sem chama e sem objectivos, a não ser a permanência nos lugares. A actual equipa, tudo leva a crer, vai-se manter no topo da classificação, mas com menos um ou dois vereadores. Catarino vai finalmente provocar a sua própria substituição na direcção do PS: só mesmo o PS é que não viu ainda que este candidato foi um tremendo erro de casting. E Negrão? O que se espera do ex-ministro do governo mais apalhaçado da pátria lusa? Bem, os cartazes dizem que ele está a pensar resolver os problemas como cabo de esquadra: a polícia municipal está prometida. Mas há mais. Há um cartaz que fala num tal cartão do idoso. Estão a ver? É um cartaz que tem o convento da Arrábida em fundo. Às tantas a ideia é transformar o convento em centro de dia para os mais avançados na idade. Ou mesmo em lar de idosos. Quem sabe? Nem Negrão, aposto.
Prometer, sabendo que a eleição não está no horizonte, é fácil. O pior é quando estas vedetas mediáticas ocupam as cadeiras: Sucede-se o verdadeiro desfile de celebridades telefabricadas e de assessores formados nos partidos, irmanados com todo o género de gente sem raspas de formação humanista - nem para dar os bons dias a quem passa.
Em Évora, por exemplo, o desgraçado que ganhou as últimas eleições, chamou uma tal Lili, socialite profissional, como convidada de honra para abrilhantar um evento "cultural".
É a cultura do pato-bravismo, a gente sabe. Mas a chatice é que é esta choldra que nos rodeia.
Vá lá que aqui não se sentam á mesa da boda gente como Isaltino, Loureiro ou mesmo Ferreira Torres. Mas melhor, é impossível?
JTD