Carmona é provocador e está convencido que um presidente de câmara tem que ser um técnico. É tótó.
Carrilho ferve em pouca água e não tem paciência para eleições. Está mais habituado a nomeações. É mimado.
Carmona disse a Ruben (SIC-N) que a câmara estava a negociar dívidas com mais de quatro meses, tentando convencer-nos de que não haverá nada a pagar que exceda esse prazo. Também respondeu ao jornalista Faria que nenhum fornecedor deixou de trabalhar com a CML por falta de pagamentos por parte desta. É mentiroso.
Com aquele ar de songamonga, consegue rejeitar a política, como se fosse um pecado, fingir que passou ao lado dos disparates de Santana e ainda lhe sobra tempo para tentar convencer o pagode de que é sério, honesto e competente. É falso.
Carmona não representa nem a seriedade, nem a honestidade, nem a competência. Representa, isso sim, a sua própria vaidade pessoal. É destas falsas modéstias que surgem as maiores encenações de egocentrismo. Carmona está nesse território: tem cara de parvo, mas de parvo não não tem nada. Tem é uma evidente vontade de exercer o poder. Era vê-lo na habitação oficial da presidência da CML, em Monsanto, nos dias que seguiram à remoção de Santana de Primeiro-ministro. Tinha que abandonar a casinha. Santana também quer tudo a que tem direito. É para isso que esta gente anda na política. Por estas e por outras é que não estou de acordo com a opinião de que Lisboa tem grandes candidatos.
Não tem grandes candidatos nem vai ter um grande presidente. Isso é o que parece mais certo.
JTD