sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

A DIREITA E A CULTURA | O secretário de Estado resolveu abordar uma evidência: direita não gosta de cultura. São coisas que se dizem, diz. Mas Barreto Xavier queixa-se do argumento, considerando-o parecido com o evidente disparate que associa as mulheres loiras à estupidez. Diz o senhor secretário de Estado que assim não se pode conversar. Pois bem, para contrariar o argumento, o senhor deve fazer alguma coisa que o desminta. Não é o caso. É certo que pretende olhar para a cultura de outra forma, tentando desfazer a carga ideológica. Sem sucesso. O senhor, sendo um político de direita, assegura e segura o rótulo com toda a segurança: a direita não gosta de cultura. Pelo menos é o que parece. E às vezes o que parece é.
Notícia RTP
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O DESBOCADO DO SUPERMERCADO | Esta criatura não pára de mandar umas bocas no sentido de corrigir a sociedade e atropelos que impedem o seu funcionamento. É um justiceiro nervoso e implacável. Não perde uma oportunidade de avançar com a sua cruzada. Não sabe estar calado. Os disparates convivem, mas ele insiste sempre. É um vencedor que não deixa o seu sucesso em mãos alheias. A gente percebe entretanto que o homem é um pimpão na fuga aos impostos. Mas isso faz parte da sua esdrúxula habilidade para os negócios. Um português típico da fornada salazarenta. Bolor assumido: o homem lamenta muito do que foi feito de há quarenta anos para cá. Foi gente assim - mas menos exibicionista e com mais livros na sacola - que inventou esta crise que tanto jeito lhes dá. Com a miséria dos outros podem eles bem. Os pulhas.
Notícia Público
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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

E O CATA-VENTO DE OURO VAI PARA… | Cata-vento mesmo é aqui o anafadinho do retrato. Está a perceber, ó cata-vento de São Bento?!
Notícia DN
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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

ORCA ASSASSINA | Este homenzinho ridículo acha que o que aconteceu no Meco é tão normal como beber água. Este homenzinho ridículo é manda-chuva na Lusófona. Percebe-se a razão da Lusófona meter tanta água.


ENCONTRO DE GIGANTES | Espectáculo de Pete Seeger, em Dezembro de 1983, no Pavilhão dos Desportos, em Lisboa. No final da canção a referência a José Afonso.
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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

A GRANDE VOZ DE UMA CERTA AMÉRICA | É visita frequente lá de casa. Já por lá passava quando só era possível ouvi-lo em registos de vinil. Agulha cansada de tanto riscar um lp gravado em parceria com Arlo Guthrie. Devo a Pete Seeger momentos de prazer e reflexão. Lembro-me dele em Portugal, no Pavilhão dos Desportos, em memorável concerto. José Afonso estava entre o público ouvidor. Seeger resolveu homenageá-lo, deixando o músico português completamente sem jeito. Os grandes seres humanos estão a abandonar-nos. É a vida. Outras vozes se ouvirão. Muito obrigado, senhor Pete Seeger.
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JUSTIÇA PARA QUE TE QUERO | Ouvir o juiz Rangel, no papel de comentador, aligeirar as práticas praxistas e assegurar que o caso do Meco não merece investigação, é de deixar um cidadão em estado de sítio. E ouvir Marinho Pinto, no mesmo programa, em pose de conservador de serviço, proferindo opiniões de trazer por casa como se fossem a imposição da Justiça no mundo, é arrepiante. É que os homens são causídicos de topo. Ainda há quem nos diga que podemos confiar na justiça portuguesa.
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À NAVEGAÇÃO | Não tenho pachorra nenhuma para defesas das praxes. Nem adivinho que se possa ter um debate inteligente em defesa de tão aberrante prática. A proibição não é o caminho? Provavelmente não. Mas a generalização, a comparação com outros problemas que afectam a juventude e o bom povo, roçam o cinismo apologético. Não sabemos do que falamos? Então não sabemos?! Não rejeitámos a opressão em favor da liberdade? Por favor atinem: as praxes são humilhação, submissão, violência. Isso é bom para quê? Quem quiser ser humilhado, mesmo que seja a brincar, que vá rastejar para outro lado. 
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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

A CARAPUÇA DA ABUNDÂNCIAParece que Passos Coelho foi reeleito dentro do partido por pouco mais de quinze mil votos. Quinze mil marmelos decidiram que o cromo deve continuar a notável obra. Passos agradeceu aos seus apoiantes premiando-os com um daqueles discursos em círculo que nunca mais acabam. Fixei uma promessa: não voltaremos à abundância a que nos habituaram. O problema é que o homem acredita mesmo naquilo que diz e ninguém o esclarece de algo tão básico como isto: Portugal já era, mesmo nos tempos de abundância, o país com o ordenado mínimo mais baixo de toda a Europa. O ordenado médio também. E os apoios sociais também. Os impostos enormes vêm de longe. A crise interna é crónica. Logo, a abundância a que Passos Coelho e matilha estão habituados não assiste à grande maioria que agora foi chamada para pagar desmandos vários. O homem finge não perceber a realidade para obedecer à cartilha que adoptou. Acredita em excesso nas orientações dos seus patronos internacionais. Qual abundância interna, qual carapuça.
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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

O DISPARATE DA PRAXE | O drama do Meco puxou para a ribalta a palermice das praxes académicas. Evitei falar do assunto. Falamos de excessivo sofrimento. Mas os recentes desenvolvimentos fazem antever algo sinistro. A gente sabe que há quem queira ser "praxado". A gente sabe que há uns paizinhos que acham o máximo ver os seus rebentos enfiados naquelas vestimentas de susto. Tão lindo, o meu rapagão. Tão linda, a minha princesa. A gente sabe que há gente para tudo. Até para a parvoíce. Mas não será tempo de acabar com esta aberração? Não pode ser por decreto? De certeza? E as universidades não podem gerir a coisa de uma forma responsável de forma a instalar a decência no sistema? É que é lá que se formam os alunos que querem ser "praxados", mas também os que rejeitam essa merda? É isto: vão à merda com a merda das praxes. Mas vão mesmo.
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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

NÁUSEA | Assinala-se hoje o terceiro aniversário do segundo mandato de Cavaco Silva em Belém. Nunca mais se assinala o fim do mandato. Livra!
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AS MELHORAS | O desfile de políticos da coligação governamental e de analistas das redacções amestradas, em festa pelo sucesso das extraordinárias medidas políticas aplicadas, é esclarecedor: isto bateu mesmo no fundo. Como não há mais nada para restringir… Sucesso proclamado. A tramóia da votação do referendo da vergonha foi manobra de diversão para que não se perceba que as coisas não estão assim tão bem. É que melhorar um bocadinho quando se bateu no fundo, é o mesmo que não melhorar coisa nenhuma. A vida das pessoas não melhorou de certeza absoluta. Muito pelo contrário. O que melhorou foi o discurso azeiteiro e manhoso dos defensores do neoliberalismo. Mais nada.
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Imagem: link
A CIDADE PROIBIDA DE EDUARDO PITTA | Vai estar a partir de hoje à venda numa livraria perto de si. Um belíssimo romance vestido pela malta cá da casa (DDLX). Eu e o Óscar Silva fomos os estilistas de serviço. O gato Mascarilha pousou com o Eduardo Pitta para a contracapa. Agora é a vossa vez de o procurarem. Pode ser na Culsete, por exemplo. Boa leitura.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Pires de Lima espera que emigrantes possam começar a regressar a Portugal em 2014

O REGRESSO DOS HERÓIS | Se fosse Álvaro de Vancouver a dizer estas coisas era cá um papelinho…
Mas o homem dos sumóis é outra coisa. Como diz o povo: vale mais cair em graça do que ser engraçado
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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A VIDA DOS OUTROS | Passos Coelho correu com Marcelo da corrida. A justa causa que levou o taralhoco de São Bento a proceder ao despedimento, foi a maneira como o candidato da direita com melhores condições para ganhar a Presidência se exprime no seu auditório de fim-de-semana. Não passa de um "cata-vento de opiniões erráticas", disse Passos. A ligeireza da linguagem instala-o no patamar de "cada cavadela minhoca". Tudo aqui é ligeiro e extemporâneo. Parece que Passos não faz ideia do que é a retórica da responsabilidade de um líder partidário quando se pronuncia sobre o candidato à Presidência de um Estado. Bem, todos nos lembramos da "falta de estado" do discurso de posse do doutor Aníbal. Enfim, estão bem uns para os outros. E a gente não tem nada a ver com isso. 
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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

ENSAIO SOBRE A PACIÊNCIA | É opinião corrente e frequente que a iniciativa da juventude dita social-democrata foi um disparate. Comentadores, políticos de esquerda e de direita, e toda gente que respeita a democracia e alinha pela tolerância, alertou para esta estupidez inqualificável. Mas o primeiro-ministro veio assinalar a bondade da proposta. Um primeiro-ministro tão disparatado pode ser primeiro-ministro até quando? Um poder tão despudorado e arrogante pode ser exercido sem sobressaltos? Um grupo de deputados amestrados pode desafiar a nossa paciência indefinidamente? Um Presidente sem trambelho permite esta trapalhada e sai em glória? Não podemos deixar estes impostores à solta. A nossa dignidade e a nossa inteligência pedem-nos isso.
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CLAUDIO ABADDO | Morreu o maestro Caludio Abaddo. Os sons maiores perderam um grande condutor. Dia triste para a Música. Muito obrigado, maestro.
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domingo, 19 de janeiro de 2014

TRALHA RETRÓGRADA | De todo o lado surgem críticas à atitude dos petizes da JSD. As mais violentas vêm de dentro do partido de Passos Coelho. Ninguém respeitador das regras da democracia e da liberdade individual está de acordo com tão brutal ofensa ao exercício da actividade da Assembleia da República. Ninguém?! Nem por isso. Há alguém que diz que esta palhaçada pode ser uma solução. Chama-se Manuel Clemente e é cardeal patriarca. Tal como o seu antecessor, Clemente é um reaccionário bendito e activo. Benza-o Deus.
Fotografia: Adriano Miranda/Público.
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sábado, 18 de janeiro de 2014

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

MOCIDADE PORTUGUESA | Os Jovens trogloditas do partido mais troglodita da política em Portugal querem o regresso ao mofo. Insistem sempre nas coisas velhas. De vez em quando saem das cavernas e revelam os seus instintos poucochinhos. São tão poucochinhos, estes jovens trogloditas do PPD/PSD.
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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

POLÍTICA ENTRE LENÇÓIS | São preocupantes, as atitudes de François Hollande. É preocupante ele ter sido eleito por gente que queria mudança e nada ter feito para responder aos apelos sugeridos pelo resultado eleitoral. Ele é presidente de um país influente. Provavelmente as coisas poderiam ter tomado outro rumo. Mas o presidente francês é evasivo. Foge sempre das realidades que não lhe agradam. Deixemos a sua vida amorosa. A vida sexual de cada um é de cada um e de quem com ele priva. O pior é o resto. 
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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O PAÍS VAI DE CARRINHO | A coisa está a correr tão bem que o Governo até já oferece automóveis ao povo. Se isto não é crescimento económico, então digam lá o que é crescimento económico. Parece que o sorteio é semanal. Quem deixou de ter carro por causa da crise, tem agora esta oportunidade. Basta pedir factura no acto da compra. E pode ser por um simples cafezinho. É obra. Estes governantes afinal só pensam em nós. A felicidade ainda é possível.
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BENTO E A INEVITABILIDADE | Vitor Bento falou com Ana Lourenço na SIC-N. Bento fala de quem nunca irá ter trabalho na vida como coisinha pouca. E fala dos jovens que emigraram como dinâmica natural. É assim mesmo: cada um safa-se como pode e depois logo se vê. É isto o capitalismo em estado selvagem. É a dinâmica da selva. Garante ainda que terá de ser assim por várias legislaturas. Estes delinquentes falam como se a política fosse contabilidade com o ar mais natural do mundo. Se vivêssemos ainda em ditadura estariam a convencer-nos que nada haveria a fazer. Nada de violências. Vamos cumprir as metas do desenvolvimento que os senhores do poder nos sugerem. Ouvir estes arautos do neoliberalismo mete nojo. Vómito.
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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

ABENÇOADOS OS QUE SOFREM | O CDS/PP é o partido da velha senhora. A Juventude Popular nasceu velha. Velha e serôdia. Esta ideia de reduzir o tempo de escolaridade insere-se no vasto plano de empobrecer as populações para além de todos os limites. Está portanto em consonância com a "revolução" liberal. Pobres e sem instrução? Óptimo, recebem menos e têm de trabalhar mais. Os pobres nasceram para isso mesmo. Vivemos acima das nossas possibilidades. Gastamos fortunas para manter esses madraços. Trabalho para cima do lombo. Só faltava depois colocar o analfabeto Alexandre Soares dos Santos na Presidência da República - olhem que não estou a brincar, já ouvi este desejo -, e Medina Carreira em primeiro-ministro. Era uma limpeza. Retiraram a proposta? Pois, não é a hora. Mas esperem pela pancada.
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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

PASSOS & ARNAUT, ASSOCIADOS | Passos, perante um reparo menos lisonjeiro, esclarece que não pode ser bom em tudo. José Luís Arnaut, bom em tudo, assegura que quem critica o seu transbordo para o Goldman Sachs não tem mundo e só diz barbaridades. Declarações de dois espécimes que sempre viveram à conta do sistema e que estão na política apenas para isso. Quando eu era rapaz chamava-se a estas alarvidades fanfarronice. Mais tarde chamou-se filha-da-putice. Hoje chama-se segurança e atitude. O que nós devemos a esta gente do PPD/PSD
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sábado, 11 de janeiro de 2014



MUITO CÁ DE CASA COM JOSÉ EDUARDO AGUALUSA
António Ganhão sobre a noite de sexta-feira na Casa da Cultura:

Meio sumido e com uma forte constipação, Agualusa apresentou-se esta sexta-feira na Casa da Cultura de Setúbal, recompôs-se durante o jantar. Quando lhe foi dada a palavra, usou-a como uma balsa salva-vidas, dessas que entram no seu mais recente romance, A Vida no Céu. Elevou-se, então, aos céus e convidou-nos a acompanhá-lo. Tranquilo, dotado de um sentido de equilíbrio, típico dos nefelibatas, Agualusa falou com desassombro, não evitando as perguntas do “politicamente incorreto”, ciente que o poder, em qualquer parte do mundo, não lê. Apenas se incomoda com as entrevistas.

O seu discurso tem o tom aveludado da escrita que imprimiu a este romance. Escritor do mundo, Agualusa, lança sobre a vida um olhar rico de experiência, temperado pela multiculturalidade de quem vive entre três países e o resto do mundo. O escritor, nas suas palavras, transformou-se em caixeiro-viajante dos livros, com todo o seu lado enriquecedor.
Foi uma sessão com a sala a transbordar, pessoas a assistir de pé, algumas à porta. Embarcámos nesta aventura e estendemos o nosso olhar sobre as lonjuras apenas possíveis de alcançar nas grandes planícies africanas. Fomos todos nefelibatas por uma noite.

António Ganhão no facebook

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

AGUALUSA EM SETÚBAL | José Eduardo Agualusa vai estar hoje à noite no casarão da cultura setubalense. No seu mais recente livro fala de umas cidades que circulam nos céus. A vida na Terra torna-se impossível. A humanidade encontra a solução nos ares. "A Vida no Céu" é um belíssimo romance. E vai dar uma bonita conversa com o autor. Digo eu, que estou com os pés bem assentes na terra. Até logo.
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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

ÚLTIMA HORA | A crise do euro está ultrapassada, disse o responsável máximo da Comissão Europeia, segundo o orgão em Portugal da Comissão europeia e do governo de Portugal. O jornal Sol adianta ainda que o prestigiado político português, emigrado em Bruxelas, garante que os pessimistas estavam enganados. Parece um decreto. Eu, pessimista, sinto-me alcançado. E retrato-me: confesso que me enganei. Peço desculpa ao dr. Durão Barroso, ao dr. Passos e ao dr. Portas. Agradeço o esforço que fizeram contra a diária falência de empresas e famílias. E aguardo ansioso pelo regresso à normalidade económica e financeira da população até aqui desesperada. Já não há motivos para pieguices. Nem para desesperos. Afinal este era mesmo o único caminho. Levantemo-nos e andemos para a frente. Muito obrigado a todos. Viva Portugal.
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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

AS RAÍZES DO ÓDIO | Não tenho por vocação defender personalidades públicas. Não defendo a ideia de que quem se expõe tem de ser virtuoso. Mais: evito comentar coisas que podem lançar escusado alarido. Tento ser razoável, portanto. Tenha lá cada um a noção de razoabilidade que tiver. Com Eusébio estabeleceram-se consensos: humilde, generoso, um patriota indiscutível, e quem disser o contrário fica sem cachecol. Soares foi tambor de festa por dizer uma laracha evitável mas verdadeira. Sócrates, querendo fazer exactamente o contrário: ser defensor exaustivo do futebolista em questão, levou nas orelhas até mais não. Não sou eu que o defendo, mas Domingos Amaral resolveu sair-se com esta. É que aquilo pode ser mesmo verdade. Eu também ia às aulas aos sábados de manhã. O problema de se citar algo de memória, já por si pode trazer desculpável consistência à narrativa, logo estes ataques são todo um programa. Os meus amigos de esquerda que alinham nestas artimanhas odiosas esquecem que a coisa está oleada de forma a sermos todos lixados. Os militantes da direita nas redes sociais começam pelos cromos de luxo, mas a ideia é transmitir a ideia de que só eles falam verdade. E vão avisando que há só uma verdade: a deles. Lá dizia a minha avó Bia: tudo o que é de mais não presta. 
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terça-feira, 7 de janeiro de 2014


NO CÉU CINZENTO | A discussão sobre o heroísmo e a sua recompensa provoca-me alguma brotoeja. Não me incomoda quem habita o Panteão Nacional. Nunca lá fui, nem tenciono ir. Não tenho orgulho em restos mortais. Os meus orgulhos são outros. Os meus representantes nacionais não são reis, nem rainhas, nem representantes do povo popular. Não sou monárquico, nem populista. É outra gente que me move. Gente que queimou os miolos e ousou contra os regulamentos. O Panteão que se lixe. Podem enchê-lo de fadistas, futebolistas e cantores pimba com sucesso "lá fora". Até podem pôr lá o Presidente Cavaco, já. Como está reformado e aborrecido com isto tudo - e não tem grandes interesses: nem por política, nem por cultura, nem por nada -, podia ficar como contínuo. Boa?
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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

domingo, 5 de janeiro de 2014

MUITO CÁ DE CASAJosé Eduardo Agualusa é o convidado da próxima sexta-feira, dia 10. O seu mais recente livro será o motivo para o encontro com o escritor. Convidados.
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sábado, 4 de janeiro de 2014


RECALIBRAÇÕES INCONSEGUIDAS | Com o comprovado fiasco do novo acordo ortográfico, as grandes figuras do Estado português fazem o que podem para calibrar a língua de Camões e Pessoa. Eles bem "recalibram", mas provavelmente "inconseguem". Estamos entregues a analfabetos desavergonhados. Está comprovado. E "recomprovado". 
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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Dois homens batem à porta. «Bom dia, minha senhora, viemos para instalar o medo. E, vai ver, é uma categoria».
RUI ZINK. A INSTALAÇÃO DO MEDO

MUITO CÁ DE CASA | O escritor vai estar hoje na casa da Cultura, em Setúbal. A instalação deste medo começa às 22 horas. E acabará quando a gente quiser. Que a gente não tem medo das horas. Até logo.

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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014



quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

CHOVER NO MOLHADO | Não ouvi a mensagem do Presidente. Distraí-me. Mas pelo que aqui leio e ouço comentar nas televisões parece que não havia nada para ouvir. Como sempre, aliás. Nunca ouvi da criatura uma ideia que valha a pena registar. Regista-se apenas a apologia dos compromissos e das boas vontades sem ideologia. Ou seja, tudo o que não lhe dê trabalho. O homem tem razão: quem manda alguém com trambelho eleger um reformado para Presidente?!
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