domingo, 31 de outubro de 2021

Desenhar os sons


José Afonso mudou conceitos acrescentando atitudes ao trabalho que iniciou. A música passou a ser outra, mas a imagem da embalagem dos trabalhos que foi lançando também marcou a paisagem gráfica. A inovação musical casou com o embrulho estético visual. Foram convocados grandes artistas para a concepção desse trabalho. José Santa-Bárbara, José Brandão, João de Azevedo e Alberto Lopes assinam as capas destes discos inovadores e intemporais.

No tempo em que finalmente a música de José Afonso é reeditada, pedimos a José Brandão que nos mostrasse os desenhos que desenvolveu no tempo em que José Afonso lhe pediu que desenhasse a capa de Coro dos Tribunais. A exposição está aí, e é nesse espaço expositivo que assinalamos e festejamos o retorno ao convívio do público da criatividade de José Afonso.
Convidados para a conversa: José Brandão, Nuno Saraiva, da editora Lusitanian Music, responsável pelas novas edições. Alice Brito, escritora. Ana Nogueira, artista visual e curadora da exposição. Henrique Guerreiro, dirigente associativo. Eu também vou dar ao badalo e moderar o badalar. É já na próxima sexta-feira, às oito e meia da noite. Convidados.

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Os dias da Festa


A Festa da Ilustração - Setúbal continua. Toas as sextas-feiras termos visitas guiadas pelas exposições de Marta Madureira. Pierre Pratt e José Brandão. Basta uma chamada telefónica para o número inscrito no cartaz que acompanha esta missiva. Apareçam.

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

A lucidez de Miguel Portas

Saudades do Miguel. 

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quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Inevitabilidades crónicas


É PRECISO FAZER UM DESENHO? | A direita anda numa azáfama. Os prestimosos comentadores voltaram a polvilhar o ambiente com a impossibilidade dos acordos à esquerda. A direita aguarda que o óleo da geringonça se derrame até à secura completa. Aproxima-se uma festa feia, sem preceitos nem modos. Aproxima-se o regabofe da impossibilidade dos apoios sociais e da inutilidade da cultura. O fascista que entrou para o parlamento já se baba de alegria. Quando a direita se baba, teme-se o pior.

O desenho é de António Jorge Gonçalves (2017)

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terça-feira, 26 de outubro de 2021

Os dias da Festa


A Festa da Ilustração continua e recomenda-se. Hoje tivemos a visita de Chloé Verlhac, a mulher da vida de Tignous, ilustrador assassinado pela intolerância religiosa no seu posto de trabalho: o Charlie Hebdo. Veio acompanhada pelo filho de ambos. Em 2019 tivemos exposição de Tignous na Festa e 
Chloé deslocou-se a Setúbal para falar connosco. Agora, convidada pela ilustradora celebrada nesse ano, Cristina Sampaio, veio a Portugal e a Setúbal movida pelo interesse nesta Festa que celebra os ilustradores. Visitámos as exposições de Marta Madureira e Pierre Pratt, na Casa da Cultura, e José Brandão, na Casa da Avenida. É sempre um gosto e uma honra estar com gente boa. Continuamos por cá. às sextas-feiras há visitas guiadas. Até já. 

domingo, 24 de outubro de 2021

A vida dos animais e os animais da vida


Um jornalista da RTP que apresenta telejornais lançou mais um livro. Um romance de ler e deitar fora, como todos os outros. Mas como é jornalista da RTP teve honras de horário nobre. O livro fala da alma dos animais. O "escritor" saberá do que fala. Acredito que um animal que inventa personagens que justificam atitudes criminosas encontre alma em tudo o que mexe. Dar alma a criminosos e à irracionalidade é obra digna de nota e merecedora da atenção dos mais irredutíveis neoliberais e outros palermas de serviço. Se li o livro? Claro que não. Não li e não gostei. Não posso? Posso, posso. Não há inteligência, por muito persistente que seja, que aguente tanta estupidez. Não há pachorra para estas almas atormentadas pela ignominia.

Nota de rodapé: não se incluem imagens da capa do livro nem do seu autor. Motivo: higiene visual. E decência.

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

A Festa da Ilustração e dos Ilustradores continua





Continuamos em Festa. As exposições aguardam visitas. Nas próximas sextas-feiras, e até 26 de novembro, temos visitas guiadas com a presença dos curadores das exposições. O encontro é na Casa da Cultura às 10 horas. Não são necessárias inscrições prévias. É só aparecer por cá. E olhem que o que vão encontrar merece ser visto. Até.

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Falar do que se vê


Vai acontecer hoje na ESE. A Ratton reuniu artistas no seu espaço, em residência, e agora vamos dizer o que aconteceu e perceber o que está para vir. Eu vou participar. Apareçam, se puderem, ou se estiverem para aí virados. Até já.

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Das atitudes



Aristides Sousa Mendes está no Panteão Nacional. Perdão, ficou lá instalada uma placa porque o próprio sempre desejou ficar enterrado na sua terra. É lá que está.

Mas, enfim, a homenagem fez-se. E os panteões ficam com o que merecem. Nas notícias sobre a evocação foi referido que Salazar nunca perdoou ao diplomata. O ditador que se gabava da neutralidade era tão neutro como a mordidela do escorpião. Era a sua natureza. Lembrei-me de imediato de Cavaco Silva e da recusa em conceder uma merecida pensão a Salgueiro Maia, preferindo entregá-la a dois nojentos agentes da PIDE. Cavaco, o sempre atento político que finge não o ser mas nunca foi outra coisa, sempre recusou encarar a realidade que se impõe à sua limitada cabecinha. Considerou Nelson Mandela um terrorista num tempo em que o mundo tinha outra opinião. Cavaco tem sempre opiniões sinistras sobre tudo e todos. É como Salazar.

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sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Viva a Festa

 FESTA DA ILUSTRAÇÃO | Este sábado a festa vai ser rija, em Setúbal.

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quinta-feira, 14 de outubro de 2021

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quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Viva a Festa



Exposição de André Ruivo na livraria Culsete. Lançamento do livro VÍRUS no dia 17 de novembro.

A Festa da Ilustração continua.

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terça-feira, 12 de outubro de 2021

A Festa continua

O próximo fim de semana é de Festa rija. Ilustradores em convívio na sua Festa. Imperdível.


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terça-feira, 5 de outubro de 2021

República, sempre!



Recordar um grande Presidente neste dia em que se assinala o fim da monarquia e se comemora a República.

Rocha de Sousa


Morreu Rocha de Sousa. Não perco mais tempo. Sobre este homem extraordinário que percebeu o desenho — a Arte — como maneira de perceber melhor o que se passa à nossa volta, pego nas suas próprias palavras e trago-as para aqui, como um desenho inacabado. Muito obrigado, mestre.

"A ESCRITA DENTRO DA IMAGEM
Portanto a urgência de dizer. Dizer apesar dos limites, contra ou por dentro das convenções. Mesmo quando não se refazem, as convenções podem sobrepor-se ou misturar-se. Fernando Pessoa dizia imagens com palavras e usava as convenções, inteiras ou distorcidas, adequadas à forma expressiva de cada heterónimo, poetas diferentes que o habitavam, emergindo misteriosamente para a vida.
Sento-me, exausto, e penso na metamorfose da escrita em imagem ou da imagem em escrita.
No meu livro “AS COINCIDÊNCIAS VOLUNTÁRIAS” tentei dar a ver esse fenómeno, sobretudo o da pintura brotando da escrita, entre composição, ritmo e ressurreição plena do espaço adjectivante. E à medida que participava na guerra, olhando mais tarde para os desastres principais, personagens ilustrados no limite da morte, tudo se fazia imagem, absurda ou conceptual, e mesmo há dias cheguei a perceber que a globalização atual, cercando o mundo, é um espaço que desfaz culturas e não nos oferece alternativas, Ainda nem todos perdemos a memória. A memória que resta, é ainda dimensão de serviços sem conta. Na vida e na arte. Sem conta, reinicia a consciência do ver, não explica o que se vê: abre caminho ao lugar das coisas, confunde-se com elas. E é então que tudo começa: a dicotomia da imagem e da palavra, por exemplo.
Um homem, sentado na fonteira do mundo sem o saber, inventa-se pelas imagens aparentemente perecíveis ou inúteis. o cenário aparente: terra solta, arbustos, a nuvem que passa (imóvel) por cima da sua cabeça, além de uma casa ardida, ruinas de outros tempos, a carcaça de um barco naufragado. O homem olha e não sabe se chega a ver, apropriando-se do sentido das coisas, como fazem os pintores pelo testemunho e pela revolta das suas representações. É através de um certo olhar, de um certo ver, do mundo conceptual e do imaginário interior que muitas coisas se podem reinventar e estimular a resistência da nossa espera. A região das palavras/imagens leva o homem a estremecer, imaginando outra verdade, símbolos e mitologias. Como nos sonhos. Como entre corpos.
Assim digo e imagino a minha pintura, inquieto perante o mundo que me rodeia e cujo sentido se perde cada vez mais. Por isso escrevo as imagens, arbustos, a aparente permanência na vida e os detritos das últimas batalhas. E, embora muitos corpos estejam já retidos na margem do pó, consumindo devagar as raízes no milagre da vida.
Quem fica, e sobretudo os artistas, inventam outros contornos, palavra a palavra, reiterando a cosmografia de novos símbolos — como se o olhar, cavalgando pela perceção a nuvem efémera, pudesse esboçar novos limites de opacidade, improváveis lugares."
Rocha de Sousa, Lisboa, julho de 2016

domingo, 3 de outubro de 2021

José Afonso, sempre!


O trabalho gravado de José Afonso vai ser lançado finalmente nas plataformas de streaming e em formato físico de LP e CD. 

O primeiro a ser colocado à nossa disposição será Cantares do Andarilho, o álbum que representa uma viragem. Depois deste trabalho nada voltou a ser o que era. Mudou a música portuguesa. Alterou a maneira de olharmos para as letras escritas em português. Passámos a ter orgulho na música feita por cá. Todos os discos de José Afonso vão estar acessíveis. O lançamento é gradual. No dia 29 apresentaremos, em sessão Muito Cá de Casa, ilustrada com audições, este primeiro trabalho a ser agora lançado no mercado. O disco estará disponível para venda. Esta iniciativa integrará a programação da Festa da Ilustração. É uma honra e um orgulho para nós. 

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sexta-feira, 1 de outubro de 2021


José Afonso mudou conceitos acrescentando atitudes ao trabalho que iniciou. A música passou a ser outra, mas a imagem da embalagem dos trabalhos que foi lançando também marcou a paisagem gráfica. A inovação musical casou com o embrulho estético visual. Foram convocados grandes artistas para a concepção desse trabalho. José Santa-Bárbara, José Brandão, João de Azevedo e Alberto Lopes assinam as capas destes discos inovadores e intemporais.

No tempo em que finalmente a música de José Afonso é reeditada, pedimos a José Brandão que nos mostrasse os desenhos que desenvolveu no tempo em que José Afonso lhe pediu que desenhasse a capa de Coro dos Tribunais. A exposição está aí, e é nesse espaço expositivo que assinalamos e festejamos o retorno ao convívio do público da criatividade de José Afonso.

Convidados para a conversa: José Brandão, Nuno Saraiva, responsável da editora Lusitanian Music, responsável pelas novas edições. Alice Brito, escritora. Ana Nogueira, artista visual e curadora da exposição. Henrique Guerreiro, dirigente associativo e político. Eu também vou dar ao badalo e moderar o badalar. É já na próxima sexta-feira, às oito e meia da noite. Convidados.


Conversa antes da festa


Hoje vou conversar com a convidada contemporânea da Festa da Ilustração deste ano, em sessão Muito Cá de Casa. Amanhã abrem as primeiras exposições: Marta Madureira e Pierre Pratt, na Casa Da Cultura | Setúbal. José Brandão, Yara Kono e Maria Remédio na Casa da Avenida. Lá mais para a noitinha há música em frente à casa da Cultura.

Perde-se uma festa destas? Convidados.