quinta-feira, 21 de setembro de 2023

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ILUSTRAÇÃO EM FESTA | A Festa da Ilustração - Setúbal foi apresentada e recomenda-se. Abre dia 30 de setembro às 18 horas, na Casa Da Cultura | Setúbal, com as exposições de Madalena Matoso e Martina Manyà. Há material documental e merchadising. Vale a pena andar por aqui. O convite para a abertura segue dentro de momentos. Até já.


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terça-feira, 19 de setembro de 2023

Receituário

Vão encerrar as exposições de verão das galerias da Casa da Cultura, Setúbal. João Concha e Mariana Castro mostram aqui trabalho de se lhe tirar o chapéu. A despedida é já no domingo a partir das quatro horas da tarde até às oito da noite. Vamos conviver. Conversar com os autores e uns com os outros. Apareçam.

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A banalidade do mal


Hannah Arendt combateu este estigma. Denunciou-o. Os nazis banalizaram as atitudes vis. Com a banalização tudo se torna relativo. Tudo é assimilado e inscrito numa certa normalização. André Ventura, o político mais sem carácter de sempre, atira com censuras ao Governo por razões que se explicam pela tentação de dar nas vistas. De aparecer como grande militante de uma causa que não sabe explicar muito bem qual é. O Chega não tem programa nem norte. O programa que chegou a ter, mas que apagou, era sinistro. Este constante saltitar e esta exaltada gritaria, colocam-no permanentemente nos meios de comunicação. Parece o líder da oposição. Montenegro dá a entender que finalmente percebeu isso. Uma moção de censura que se esfuma nos minutos seguintes, sem possibilidade de aprovação, só banaliza um procedimento — moção de censura ao Governo — que sendo importante, deixa-o de ser. É banalizado. Mas Montenegro tem agora outro problema. O seu possível preferencial aliado — Iniciativa Liberal — vai votar a favor da moção dos fascistas do Chega. Esta gente da Iniciativa Liberal é o que for preciso. Mas têm programa. E esse programa é tão sinistro como o inexistente do Chega. Esperemos que o PPD/PSD, com Montenegro ou sem Montenegro, nunca faça alianças com esta gente sinistra. É importante reforçar os serviços públicos e o sistema democrático. Isso, sim. Fascistas, não.

[Imagem: líderes de sistemas políticos onde os sistemas ultra liberais funcionaram em grande estilo].

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Cuidado com as imitações

(...) De forma que para comprar o Casimiro
Em vez do insulto do boicote ou da ameaça
Disse-lhe: Sabe que no fundo o admiro
Vou erguer-lhe uma estátua aqui na praça

Sérgio Godinho. "Cuidado com as imitações". Àlbum "Campolide".

AS ESTÁTUAS | Às vezes é melhor estar calado. Acontece muito. Não temos que ter opinião sobre tudo o que mexe ou está quedo. Mas esta discussão sobre estas estátuas erigidas mais recentemente causaram-me uma inflamação de bichos carpinteiros. Lá vai opinião.
Começo por dizer que prefiro a escultura, como expressão artística superior, às estátuas a tentar ser o mais parecido possível com o homenageado. Quando o homenageado viveu já depois da descoberta da fotografia a coisa complica-se ainda mais. Para quê pegar no retrato e fazer um estátua? Não é artista quem diz que o é e pronto. Em Arte tem de haver um motivo para a obra. Uma ideia inicial que depois se desenvolve com o intuito de causar surpresa. O mundo só nos espanta através da Arte. O artista percorre vales, montes e urbes, observa o que o rodeia, documenta-se, e parte para a obra sem a necessidade mental de satisfazer a encomenda, mesmo que esse trabalho seja encomendado. O cliente, e, posteriormente, o observador, serão surpreendidos, ou não, mas nunca pelo rigor académico. É a surpresa, a alegria da criação, que deve passar para o espaço acessível a quem observa.
Dito isto, acrescento que não aprecio estatuária nenhuma desde Leopoldo de Almeida, que me lembre. Acrescento ainda que o puritanismo em discussão não me parece o ponto. Não é a nudez que choca, nessa estátua a Camilo. Mas a obra põe-se a jeito. E nos tempos que correm — tão depressa e bem — aquilo não faz sentido nenhum. É sexista e artisticamente alarve. Mas destes mamarrachos contemporâneos, doem-me mais os erigidos para homenagear José Afonso — todos, sem excepção — e imagino o que ele diria se as tivesse visto. Sobraria o seu sentido de humor para dar alguma utilidade àqueles monos inenarráveis. Esta é a minha opinião. Não consigo emocionar-me a olhar para retratos de pedra, metal ou seja de que material for a três dimensões. E já que estou com a mão na massa, termino com o final da canção do Sérgio.

A moral deste conto
Vou resumi-la e pronto
Cada qual faz o que melhor pensar
Não é preciso ser
Casimiro para ter
Sempre cuidado para não se deixar levar

[Imagem: escultura de Carl Fredrik Reuterswärd. Instalada em frente à sede da ONU em Nova York. É só um exemplo de um bom trabalho. Na minha opinião, é claro].

domingo, 17 de setembro de 2023

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A FESTA ESTÁ A CHEGAR | A Festa da Ilustração - Setúbal 2023 está aí a rebentar. As surpresas são muitas. Tudo o que vai acontecer será revelado no próximo dia 21, quinta-feira, ao meio dia em ponto. Jornalistas são alvo do encontro, mas todos podem participar. A Festa começa aqui, a bem dizer. Até lá.

sábado, 16 de setembro de 2023

Design de Comunicação


Da série Grandes Capas.

The New Yorker. "Bodega cat", R. Kikuo Jonhson.

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Stand up comedy


Um tal Cavaco quis regressar aos estrados da comédia. O auto-elogio foi disferido em competente dose de humor. Seguiu-se outro humorista de gabarito: Durão Barroso. Criticou a esquerda. Diagnosticou-lhe um problema de pulmões, pareceu-me. E, por último, surge o grande humorista da actualidade: Montenegro. Aquele encolher de ombros é já um caso de excelso talento. O homem cismou que vai ser primeiro-ministro. Houve quem se escangalhasse a rir. Exagero. Isso pode acontecer. O chunga do Chega só pensa nisso. E o trangalhadanças do PPD/PSD já deve ter estudada a desculpa para se aliar aos fascistas chungas.

Foi pena não terem passado o espectáculo todo nas televisões. Como não vou ler o livro — lagarto, lagarto —, assim podia ter passado um bom bocado sem sair de casa. Nas imagens não se via ninguém rindo. Ou sequer sorrindo. Esta direita está com uma grande falta de sentido de humor. Já nem Cavaco os faz rir? É pena. Macambúzios.

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HÁ TERRA NA TERRA | Há exposições que percorremos como se fossem uma janela para ambientes que se imaginam. Imagens que espevitam o nosso interior, colocando-nos em intenso reboliço. São melhores as exposições que nos fazem pensar, que nos despertam ou informam os sentidos. Mas que também trazem a surpresa, o deleite da descoberta da coisa nova. A Arte é isso que nos esclarece. Suscita a duvida que nos faz estremecer. A habilidade é para os habilidosos, e a vontade de mostrar habilidades é para os contadores de anedotas.

Muitos pensamentos foram acrescentados às minhas preocupações pessoais ao visitar esta exposição "Terra Mineral - Terra Vegetal" de Duarte Belo. São percursos, pedaços de terra, rochas, galhos, trilhos, em composições ditadas por uma geologia que parece cenográfica. E é. O talento da Natureza é tratado pelo olhar de Duarte Belo com grande maestria e sofisticação. Natureza que se impõe em tronos de grande nobreza ecológica: não destruam estas dádivas. Tudo o que observam tem a duração de muitas vidas, de muita incursão dos elementos. O que estas imagens revelam são preciosidades trazidas ao nosso olhar pelo olhar singular deste fotógrafo que resolveu gritar em silêncio: isto existe e é para ser olhado com respeito. Esta interpretação causa inquietação, mas fornece-nos ferramentas para respeitarmos a Natureza. Imagino que seja essa a maior alegria de Duarte Belo.
Percorrer estas salas da galeria da Biblioteca Nacional é um prazer sem fim. Apetece ir morar ali durante um bocado do tempo. Saímos da grande cidade quando ali entramos. E tudo isto se dá tão bem.
Muito obrigado, Duarte Belo.
Hoje, dia 15 de setembro, às 17H30, há uma visita guiada com a presença do autor. A exposição encerra no dia 29. Acreditem, é mesmo imperdível.

TERRA MINERAL - TERRA VEGETAL
Fotografia/Instalação
Duarte Belo
Biblioteca Nacional. Campo Grande, Lisboa.
Até 29 de setembro.

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quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Açores e Natália Correia


A exposição fotográfica ENTRE BASALTO E FLORES, de Ana Maria Bettencourt, que preencheu a galeria da Casa Da Cultura | Setúbal, em Maio deste ano, vai estar a partir de hoje na Casa dos Açores, em Lisboa.

Tal como em Setúbal, também aqui será evocada Natália Correia, desta vez para assinalar os 100 anos da escritora.
Natália Correia morreu em 1993, em Lisboa. O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, estará presente para conferenciar sobre o trabalho literário da escritora nascida nos Açores. O convite está feito.

terça-feira, 12 de setembro de 2023

Casa/Oficina


A exposição "Que casa sou", de João Concha, na Casa Da Cultura | Setúbal, vai ser motivo de uma oficina de ilustração. O livro "Ma Maison", de Delphine Durand também. A casa é mote. O trabalho vai ser o que os participantes quiserem. Bom trabalho.

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Doloroso


Dia negro. Dia em que se assinala a data em que alguns atentaram contra a vida e a liberdade de muitos. De todos. Recordamos, para que não esqueçamos.

domingo, 10 de setembro de 2023

Caetano


Estes dias são dias de Caetano. Este domingo é o meu dia de ir ouvir e ver Caetano. É sempre um prazer e um privilégio ir ouvir e ver Caetano Veloso.

Jorge Sampaio


Dois anos depois: muito obrigado, presidente Jorge Sampaio.

sábado, 9 de setembro de 2023

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Se a meteorologia ajudar, este concerto acontecerá no exterior. Se a coisa correr mal no exterior, a música vai para a sala José Afonso. O que for soará. Até já.


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sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Bom conselho


Quem está no convento é que sabe o que lá vai dentro
, diz o povo.

Não consigo perceber. Quem terá dito a Montenegro que Costa não falou e até amuou, na última reunião do Conselho de Estado? O homem não se cala, mesmo conhecendo as regras, ou seja: sabendo que o que se passa lá dentro não deve ser alardeado cá fora. Quem o terá informado? Não consigo imaginar.

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Realmente

Querem ajuntamento. Convocam assim a plebe. Eu, plebeu dos costados todos, até lá punha os presuntos se aquilo fosse em outro dia. Mas a 7 de outubro é muito complicado para mim. Nesse dia ainda estou de ressaca por mor das comemorações de 5 de outubro. Não dá.

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Bons sons. Boa noite. Até já.



quinta-feira, 7 de setembro de 2023

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PEDRO CHORÃO | Foi em Setembro e Outubro de 2019 que Pedro Chorão se estreou em mostra individual em Setúbal, na galeria da Casa Da Cultura | Setúbal. Exposição de sofisticados contornos estéticos. Na minha opinião, e eu disse-o na altura, uma das exposições mais importantes de sempre patentes na cidade.


Pedro Chorão usa as telas e as tintas para pensar. Olha em seu redor e tenta perceber a paisagem. Gosta do que vê. Muitas vezes sem olhar o exterior. As figurações residem dentro da sua cabeça. Aperfeiçoa essa realidade acrescentando pinceladas que formam fundos graficamente densos. O pincel percorre a tela e desenha paisagens imaginadas. A natureza escorre por estas páginas de um grande livro, aparentemente sem palavras, mas que tanta conversa nos sugere. Pedro Chorão tem uma obra imensa. Se ficarmos atentos à sugestão do artista, e circularmos em passo de passeio, encontramos histórias de lugares que correspondem a registos guardados na nossa imaginação. Sonhos, talvez. Podemos ficar horas a olhar estes trabalhos. Circulamos por entre estas telas com a satisfação dos percursos prazenteiros. É um grande prazer conhecer a sua obra. É melhor ainda conhecer o artista e ser seu amigo.
O sonho que é a obra de Pedro Chorão foi descrito assim pelo Jorge Silva Melo: "Há, neste Pedro Chorão, o rumor da manhã perto do mar, tudo é tão pouco e só o que é necessário, tudo é de nenhuma coisa feito. E a manhã acende-se sobre a dor."

Ficam aqui algumas imagens. Registo modesto desta grande exposição que foi um grande momento artístico na cidade. Pedro Chorão vai expôr de novo em Setúbal, no próximo ano, trabalhos de grande dimensão. Vamos comemorar os 50 anos da liberdade. Muito obrigado por tudo, Pedro Chorão. E até breve. Voltaremos ao trabalho.

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quarta-feira, 6 de setembro de 2023

O chatarão convencido


"Comportamento de um primeiro-ministro de Portugal para que o Governo tenha sucesso", é o motivo do livro que Cavaco vai lançar no mercado. Parece coisa de auto-ajuda para políticos emergentes. Provavelmente, este artista da "governação de sucesso quando há muito dinheiro", tem coisas para ensinar aos primeiro-ministros no activo e vindouros. Ou pensa que tem, coitado. Podia abrir uma empresa de prática de coaching. Isso é que era. Montenegro, Moedas e outros candidatos ao crescimento político pessoal podiam ser seus seguidores. Ficavam com mais preparação para se esgatanharem como deve ser. Cavaco será Cavaco até ao fim. Um triste traste.

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Pintar o futuro


Nesta terça-feira vou estar à conversa com Alejandro "Mono" González. Grande responsabilidade, confesso. Não é todos os dias que falamos com alguém que pôs as paredes do seu país a gritar contra o fascismo. Esteve com Allende e conheceu a tirania de Pinochet que estabeleceu a onda neoliberal no país. Mais tarde, em documentários em louvor da economia desse tenebroso tempo, os economistas injectados pelas teorias dos boys de Chicago, titubearam umas desculpas completamente ridículas, se não fossem assustadoras: não deram por nada. A repressão e a morte de milhares de chilenos passou-lhes ao lado.

Os murais de Siqueiros, Rivera e Orozco fizeram escorrer o discurso antifascista pelas paredes do Chile. Alejandro "Mono" González bebeu desse chá e também lutou pintando tons alegres na luta contra a tirania. Podemos lutar contra os opressores e seus apoiantes com alegria. A tristeza combate-se com a alegria.
Quem quiser e possa apareça n'A Gráfica - Centro de Criação Artística. Até lá.

domingo, 3 de setembro de 2023

E se crescessem?

A FÉ | A época balnear teve inicio com uma grande operação de proselitismo religioso. Lisboa transformou-se num sítio insuportável. Vantagens para a cidade não existiram. A economia mirrou. Ganharam fiéis para a causa? E o que é que isso contribui para o avanço ou adaptação da mente humana à realidade? Nada. Pelo contrário: é um retrocesso. O chefe de estado do Vaticano teve o atrevimento de se imiscuir na política do nosso país, com ideias bafientas. O bafio não larga a igreja católica.

A FESTA | Montenegro e a sua rapaziada descobriram que baixar impostos é a solução. Afiançam-no com visível convicção e insistência. Parece que descobriram a cura para todos os males. Olha quem. Estão cada vez mais alinhados com o discurso do chunga do Chega, que é, como bem notou Carmo Afonso em texto notável escrito para o Público - "O político mais mentiroso de sempre". Como competente mentiroso, o chunga do Chega também propõe umas mezinhas para entreter a comunicação social que tanto o aprecia. Lança essas ideias em grafismos alheios, sem seriedade, alardeando mentiras e dislates, para garantir credibilidade. Desmascarado, garante, aos gritos, que não há copianço nenhum, é tudo um "por acaso é parecido, mas não é". Sempre aos berros, é claro. Os jornalistas nem pedem que esclareça as mentiras que propaga. Desde que o homem grite, está gritado, ou seja, esclarecido. 

A CRECHE DOS JOTINHAS | Os petizes ditos social-democratas foram para a universidade da silly season, e as televisões da grande aldeia exibiu-os como atração de feira de aldeia medieval. Facilmente atingem o nível de Emanuel, Carreira, Toy, Clemente, Rosinha, Marante e de outros inenarráveis palonços cantadeiros de feira dos arrabaldes. O pouco nível é mesmo muito semelhante: lançar atoardas aos berros ou em cantorias desbragadas e ridículas. Mas lá andaram entretidos. Até lá estiveram grandes vultos do pensamento da direita mais empenhada em ter poder: o intriguista Marcelo e o situacionista Barroso foram atracções de enaltecida cátedra. Grande escola, aquela.

E SE CRESCESSEM? | O panorama é, mais coisa menos coisa, sempre assim no Verão. Resta-nos desligar um pouco dessa realidade e perceber o que verdadeiramente interessa. Entre as leituras que transportei no bornal de férias, incluí este calhamaço de Varoufakis. Percebi que os enleios que fazem mover muitos dos políticos e artistas de variedades que nos rodeiam, circulam pelos mesmos carris: necessidade de exibição de ego, poder, dinheiro — muito, de preferência — e falta de vergonha na puta cara. Varoufakis lidou com decisores com grande poder. E?! Pois, o disparate e a irresponsabilidade andam de mãos dadas com as destes aldeões. O mundo é uma grande aldeia, onde a ganância e a falta de escrúpulos minam e tolhem. 

Comportem-se como adultos, pá!

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Os idiotas

Já lhe tinham dito que era um tonto. E todos já o tínhamos confirmado. Mas agora ninguém lhe diz para não abusar desse privilégio. Anda em roda livre. O cachopo espalha-se ao comprido a toda a hora.

Jazz em noite de verão

Estes três homens fizeram música de se lhe tirar o chapéu. Isto porque a noite estava de se usar o dito: fresca, já a adivinhar o fim de verão que se aproxima a passos largos, mas aquecida por estes sons de luxo. Foi uma noite que foi um luxo, esta noite que passámos na Casa Da Cultura. Obrigado, João Sousa, Luís Cunha e Carlos Barretto. Voltem sempre.

sábado, 2 de setembro de 2023

O regresso


SETEMBROS NEGROS E COM TODAS AS CORES | Gosto de Setembro. Gosto de regressos. É em Setembro que se retomam trabalhos, que se entra na rotina que nos surpreende todos os dias.

Mas este mês também nos agride com a memória do que de menos bom pode acontecer ao ser humano. Quando Pinochet tomou o poder no Chile, eu não estava lá, mas aquilo doeu. Quando os aviões esbarraram em Nova Iorque eu estava lá, e só não me doeu mais por pouco. Mas tudo isto nos dói, e de que maneira, mesmo quando a diferença geográfica existe. O mundo é uma pequena esfera onde nos vamos encontrando. O mundo muda com estas coisas que lhe acontecem. Nem sempre para melhor. Mas a vida é o que é. Assim, com muitos trambolhões pelo caminho.

[Texto publicado aqui em 2 de setembro de 2021. Republico-o agora porque sim]


Noites de verão


João Sousa, Luís Cunha e Carlos Barretto vão estar hoje no mui agradável pátio do Dimas, na Casa Da Cultura | Setúbal, para um concerto que vai ser um bom momento de prazer convivial. Tenho quase a certeza disto que acabo de dizer, mas vou lá, para ter a certeza absoluta. Um aceno muito particular ao meu amigo Carlos Barretto, a quem vou dar um abraço. Até logo.

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Aconteceu. Não deveria


MORRER EM SETEMBRO | Muito aconteceu neste mês. É o meu mês preferido, se é que o posso dizer assim. Muito do que aconteceu em setembro de vários anos alterou a minha vida. Coisas importantes para mim, e algumas para a humanidade inteira: alegres e tristes. Destaco no entanto, em tempos de agressão pela intolerância fascista, dois casos tristes. O ataque ao palácio do governo do Chile, onde morreu Salvador Allende, e a destruição das torres em Nova Iorque, onde morreu muita gente. Eu estava em Nova Iorque na altura e percebi de perto o drama de muitos seres humanos em desespero. A intolerância fascista e a demência religiosa ditam regras tenebrosas: eliminar incrédulos e desobedientes. Para estas mentes torcidas não cabemos cá todos. Cabem eles, uns com os outros. São poucos os que praticam a demência intolerante, mas não estão sós na apologia daquelas tretas. Já têm uma gente fruste que os apoia e segue. Votam, aplaudem, dão-lhes voz. Cabe-nos a nós combater a agressão. Vamos estar sempre contra esta gente, que nem parece gente.

[Este texto foi publicado em 2022 neste dia 1 de setembro. Republico. Mantenho o que disse]

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Ventos de verão

JSD - SYLLI SEASON UNIVERSITY | Estive lá disfarçado. De preto da cabeça aos pés. Não fiz selfie com o professor. Preferi juntar-me aos universitários presentes. Lá faltar é que não podia. Não perco uma fantochada das rijas.

Sérgio


Sérgio Godinho completa hoje mais um ano de vida. Vida cheia de música, poesia, imagens. Sérgio já participou em vários encontros Muito Cá de Casa, na Casa Da Cultura | Setúbal, e na exposição SÉRGIO GODINHO E AS 40 ILUSTRAÇÕES, que alegrou as paredes da Galeria. Vamos voltar a estar com o Sérgio na próxima Festa da Ilustração. Mas para já venho aqui só para lhe dar os parabéns.

O que fizeste da tua vida é muito importante para nós. Hoje é o primeiro dia do resto da tua e das nossas vidas. Grande abraço.