quarta-feira, 10 de julho de 2024


Ninguém está acima da lei. Nem políticos, nem povo em geral. Ninguém. Todos estamos sujeitos a sermos escutados sem o sabermos, é claro, e a sermos investigados sem sabermos porquê.

Tudo isto parece muito razoável dito assim, com propósitos de busca de justiça contra a corrupção. Mas, quando tudo isto é apresentado como normal mesmo quando a coisa dá em nada logo na primeira investigação, percebendo-se que a agenda é outra: derruba governos, acaba com a vida política de gente válida ou acusa na praça pública ditando sentenças que depois ficam agarradas à pele de quem é acusado, ainda se acha que estamos no terreno da perfeita normalidade? A justiça do Estado não é sujeita a reparos? Não se pode criticar uma investigação que derruba um governo eleito com maioria absoluta, provocando eleições e a subida de justiceiros parolos, alterando o sistema político para os patamares da falta de vergonha? O único político que defendeu o que foi dito pela senhora procuradora chefe foi o chefe do partido com nome de detergente. O fascismo do Chega colhe frutos da actuação da senhora procuradora geral. Cada qual escolhe o lado onde quer estar. E nós estamos conversados.

Ouçam o "Coro dos Tribunais", de José Afonso. Diz muito da justiça dos juízes. E a capa, da autoria de José Brandão, esclarece visualmente. 

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