domingo, 31 de janeiro de 2016
sábado, 30 de janeiro de 2016
O ADRO, A PROCISSÃO E A MENTIRA | As reacções à atitude de Bruxelas são todo um programa. Programa político, note-se. Os arautos do ajustamento que fizeram do plano da troika programa de governo, vêm agora bramar, ao lado dos seus comparsas na Europa, contra o orçamento de estado de um país soberano, com constituição, parlamento e outras incomodidades. Saíram na procissão a beata Cristas, o sebento Nuno Magalhães, o emperoado Passos e agora o inefável Rangel. Só falta mesmo o santo padroeiro Cavaco para o desfile ficar completo. A preocupação é transversal às figurinhas: credo, que susto, não se contrariam os manageiros. Os carregadores do andor riem a bandeiras despregadas. Riem sempre muito. Por momentos esqueceram-se de patriotismo, soberania, orgulho nacional, dignidade e outras competências que tanto os iluminam. Por momentos foram o que são sempre: inenarráveis sabujos.
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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
UM ESTADISTA HÁBIL | Passos Coelho endrominou os capatazes europeus? Alguém acredita nisso? O ex-primeiro-ministro limitou-se a dar conta de ajustamentos momentâneos que passaram a definitivos. A realidade a isso o obrigou. O homem não é mentiroso. É um herói da direita realista. Agora é que isto está sem trambelho. Onde já se viu um governo com apoio parlamentar, em plena Europa, no século XXI, estar preocupado com as pessoas? Modernices.
Fonte Expresso
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Fonte Expresso
GUERRA | Bruxelas ataca. Expectável. As regras estão traçadas a régua e esquadro. Em Portugal, A nova chefe dos centristas ajuda as tropas da direita europeia. Fala de umas misturas de cores que fazem mal a Portugal. Percebe-se, o governo em que a senhora pontuou fez um bem desgraçado ao país e aos seus habitantes. A responsável por políticas que deixaram pessoas idosas em situações complicadíssimas devia estar calada que nem um rato. Mas não, há ratos que demoram a abandonar o navio.
Fonte DN
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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
JOGO DE DAMAS | Estreia hoje. É um filme feito por mulheres mas parece que pode ser visto por todos. É o que se diz por aí. Sorte a nossa. Tenho amigas por lá, mas que interessa isso? O que interessa é que estamos perante um raminho de gente grande. Gente que faz o melhor quando se mete a fazer coisas. Acredito que seja mais uma dessas coisas em grande. Vou ver por perto.
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terça-feira, 26 de janeiro de 2016
domingo, 24 de janeiro de 2016
RESUMO DA MATÉRIA | E pronto. A esquerda deixou de ter capacidade para eleger Presidentes. Gosta mais de brincar aos presidentes de junta e junta-se aos molhinhos em volta de candidatos forjados lá na sede. Nóvoa cresceu na reta final. Foi bom. Marisa cresceu muito e bem. Mereceu. Maria de Belém foi humilhada e bem. Mereceu. Edgar não segurou eleitorado. Perdeu. Os outros também tiveram o que mereceram. A baboseira nem sempre recompensa. Há quem ache graça à surpreendente votação em Tino de Rans. Eu não. Ah, é verdade: Marcelo ganhou. Parabéns à prima.
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OS AMANUENSES DO PRESIDENTE | O candidato-presidente votou à hora de abertura dos jornais televisivos da tarde — 13 horas. Bernardo Ferrão, na SIC-N, já decidiu tudo às sete e pouco — Bernardo Ferrão e todos os membros da candidatura de Marcelo têm tudo estudado. Nada aqui acontece por acaso. Isto não pode falhar. A festa tem que ser rija.
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sábado, 23 de janeiro de 2016
sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
GONÇALO M. TAVARES EM SETÚBAL | É hoje à noite. Os que puderem e quiserem, não se esqueçam. Apareçam.
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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
SUBVENCIONEMOS | Desconfio sempre de alaridos justiceiros. O pedido ao Tribunal Constitucional por parte de interessados aguçou o apetite para malhar nos políticos. Leram-se por aqui os habituais "são todos iguais". Não são. Nunca foram. Acontece que este pedido é legítimo. As coisas foram desenhadas assim. Mal desenhadas, portanto. Ouvi uma senhora deputada — nunca a vi defender outras causas, apesar de a senhora não se ter esquecido de mencionar que o faz a toda a hora —, e ouvi Alberto Martins acusar quem contesta este pedido de revisão de pouco rigor. Não quero alinhar em alaridos, mas recomendo a estes senhores algum rigor na apreciação. De facto aquilo é legítimo e constitucional. Mas atinem. Quando se pede a quem menos tem para ter paciência porque as coisas são como são, que sentido faz alterar as coisas a nosso proveito? É aqui que entra a luta contra a justiça básica de usar e deitar fora. Este é um bom assunto para se entender a diferença entre esquerda e direita. A atitude de quem pediu batatinhas ao Tribunal Constitucional é de direita. Um clássico, mesmo. Defende os seus privilégios quem não tem outros rigores para defender. A defesa do benefício próprio, contra tudo o que mexe à volta, é atitude de direita. Há gente de esquerda no rol? Quem o disse? Eles? E quem acredita nisso?
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NUNO TEOTÓNIO PEREIRA | Hoje deixou-nos um grande senhor. Um grande arquitecto verdadeiramente contemporâneo. Tive o gosto de o conhecer. Em 2013 concebemos este livro, na DDLX, editado pelo IHRU - Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana. Foi um testemunho de uma época e uma homenagem a um dos seus mais destacados protagonistas. Falamos de facto de um excepcional profissional do seu ofício e de um ser humano superior. Muito obrigado, senhor arquitecto.
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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
ETTORE SCOLA | Morreu o Scola.Tanta fita e agora... Mas é a vida. As fitas encheram-nos os dias. Ficam. São a prova de que ele esteve vivo. Muito obrigado, senhor Ettore Scola.
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HÁ QUEM VIVA SEM DAR POR NADA | Uma senhora idosa assegura ao pirilampo que é sua fã. Como a senhora vai votar nele, ele pergunta a razão de tanta confiança na sua pessoa humana. A senhora diz que isso não sabe. Gosta, pronto. A seguir queixa-se da reforma escassa e do seu escasso aumento pelo anterior governo. "Quatro euros. Nem cinco euros aumentaram. Estive para pegar no dinheiro e mandá-lo para o Passos Coelho, para ele beber um cafezinho". Não o fez, mas vai agora dar o voto ao seu locutor preferido da televisão. É a mesma coisa. Há quem viva sem dar por nada.
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O DEBATE | Hoje vi o debate quase todo. Uma África. Uma seca. Mas pronto, agora sim, já sei em quem vou votar. E já sei o resultado de domingo, mesmo sem conhecer o vidente Mendes. Juro, nem o telefone dele tenho.
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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
O CAGA-LUME | Uma jovem mandatária de Viseu chamou-lhe pirilampo. Talvez concorde. Anda ali uma luz efémera. Um brilho que se esvai. E, é claro, não se bate nos pirilampos. Os outros candidatos não o poupam e isso é muito feio. Estas crianças saberão o que é política? As que caem no chão é que se perdem. Porrada no pirilampo.
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AINDA BEM QUE AVISA | "A minha avaliação não é científica nem rigorosa, mas acho que as pessoas estão cansadas de campanhas e de eleições e vão querer resolver isto à primeira volta", diz ele. As pessoas estão cansadas, e é ele que o decide. Tudo isto é um cansaço. A democracia é uma estucha. Não se podia empossar o outro sem estas maçadas de eleições? Doutorzinho, a gente sabe que a sua avaliação é uma treta. Sempre foi e sempre o soubemos. O que está em causa é este tempo de antena dado a um comentador que, tal como o figurão que agora quer Belém, só pensa em estratégia pessoal e o rigor ficou na folha de uma couve, veio um burro e comeu-a. Por falar em burros... Bem, deixemos lá isso.
Fonte Expresso
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sábado, 16 de janeiro de 2016
MARCA | Ok, aquilo é uma marca. Um dissolvente instantâneo. Os donos dos meios de comunicação decidiram tudo. Os outros candidatos não perceberam que estavam a invadir território alheio. Uns pensam que isto é uma escolha para uma instituição de justiça, outros acham que é uma eleição da casa dos segredos. Também anda aqui gente séria — temos em quem votar —, mas a tropa-fandanga tratou de lhes trocar as voltas. Só o comentador pantomineiro percebeu o que estava em causa. Há muito tempo. Por isso partiu em vantagem. Há uma populaça que gosta de circo como de pão para a boca. Dá nisto.
Imagem Alex Gozblau
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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
RUI SIMÕES EM SETÚBAL | O realizador de tão marcantes fitas vai estar na Casa Da Cultura | Setúbal em mais uma das habituais sessões Muito cá de casa. Vamos projectar o seu mais recente filme, Alto Bairro, e no final vamos conversar com ele. A sessão, excepcionalmente, começa logo às nove e meia da noite com a projecção do filme, para que depois a conversa se estenda pela noite dentro.
Pedro Soares da Experimentáculo Associação vai fazer as honras da Casa. O tema é porreiro e Rui Simões é um excelente conversador. A coisa promete. Apareçam.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2016
A ERA DO VAZIO | Parece que há para aí uma revista que anda a vender o livro do Hitler por tuta e meia. Parece portanto que querem que a malta leia mesmo aquela merda. Isto será ideologia, comércio, mania das diferenças ou realidade? Ou seja, a era do vazio, mesmo.
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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016
DAVID BOWIE | Morreu. Afinal era mortal, como todos nós. Habituei-me tanto ao convívio com a sua música que não esperava conviver um dia com a notícia da sua morte. É que ele enganava-nos sempre. Quando parecia que estava para acabar aparecia com uma vida nova. Foi assim durante muito tempo. Acabou agora. É um dia triste, este.
domingo, 10 de janeiro de 2016
JÚLIO POMAR | Artista visual, pintor, poeta, cidadão atento e empenhado em causas maiores. Faz hoje 90 anos. Parabéns, mestre.
MUITO CÁ DE CASA | Iniciamos o ano com uma nova experiência nas sessões Muito cá de casa, na Casa Da Cultura | Setúbal. Vamos projectar o filme de Rui Simões e vamos falar com ele. Inicia-se também uma parceria entre a DDLX e a Experimentáculo Associação e Pedro Soares. É na próxima sexta-feira. Apareçam.
Rui Simões falou assim sobre o seu filme:
Rui Simões falou assim sobre o seu filme:
Padeiros, velhinhos, comerciantes, malta nova, homens comuns e artistas. Todos são o rosto do povo do Bairro Alto. Nas lembranças desta humanidade vária e heterogénea está conservada a história de um dos locais mais característicos e peculiares de Lisboa. E hoje que tudo está a mudar, hoje que o Bairro tornou-se na Disneyland do divertimento "à portuguesa", onde cada noite desembarcam as frotas de turistas, os jovens das periferias, e os dealers encontram os seus clientes, hoje que no Bairro se constroem grandes complexos imobiliários, hoje todos estes testemunhos têm ainda mais valor. Seguindo as vozes do Bairro Alto pelas ruas vazias do dia e pela excitação das noites, passando pelas casas e pelos bares, acompanhando as linhas dos graffiti nos muros, através de passado, presente e futuro, não só vamos inscrever a vida de um bairro, mas também vamos traçar o compósito rosto do seu povo. [Rui Simões]
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sábado, 9 de janeiro de 2016
MARCELO MÃOS DE TESOURA | Marcelo fingia que dormia. Depois acordava e dava um passeio pela avenida das televisões. Aquilo era um papelinho: come pouco, dorme pouco, lê muito, é um professor de respeito, um político experimentado, um trabalhador sem descanso, enfim, uma categoria de uma pessoa. Nunca ninguém lhe tinha dito que a vida política é mais do que essa farronquice. E muito menos lhe tinham dito que ele é muito menos do que apregoa e pouco mais do que um troca-tintas. Marcelo fingia ser já Presidente. Pensava que não era preciso fazer por isso. Todos os candidatos que contam fizeram de Marcelo um candidato. E todos os candidatos que contam obrigaram-no a revelar-se o intriguista, o indelicado arrogante, o irresponsável político e o analista superficial que ele sempre foi. A simpatia irradiante deixou de existir. As análises a tácticas e estratégias como se tudo fosse táctica e estratégia deixou de fazer sentido. Os cortes nas casacas de toda a gente que não se veste ao seu gosto deixaram de ter graça. Os cortes a direito como se a razão fosse sua propriedade provocam o riso. Agora tem quem lhe diga que há outros caminhos. Mais sérios. Marcelo vinha buscar lã, mas sai tosquiado.
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quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
GATO ESCONDIDO... | Marcelo está-se a passar. Afina e desafina. Um inclassificável arrogante em delírio. Sampaio da Nóvoa conseguiu que o homem se revelasse como o louco que é. Nóvoa foi sério e mostrou-se documentado. Marcelo revela-se como um fascista do tempo velho. Assume-o com a costumeira ligeireza. Um hipócrita. Um ser humano asqueroso. Marisa Matias também já o tinha colocado no seu lugar de fala-barato. O homem não estava habituado a contraditório. Enfim, quem votar em Marcelo tenha disto consciência: vai tentar eleger um doido varrido. Perigoso.
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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
PIERRE BOULEZ | Anda triste, o mundo da música. Agora morre o maestro. Dias cinzentos. E silenciosos.
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terça-feira, 5 de janeiro de 2016
TECLAS EM SILÊNCIO | Morreu Paul Bley. Morreu um homem que falava com o piano e tratava as teclas por tu. A morte é insignificante perante tanto talento. Muito obrigado, senhor Paul Bley.
A ILUSTRAÇÃO É UM ASSUNTO MUITO SÉRIO | Estimula-nos o riso, desperta-nos a curiosidade, permite-nos o humor e desafia a própria liberdade. Na Festa da Ilustração em Setúbal aconteceu de tudo um pouco. Por cá andou o André Carrilho e muitos outros dos mais destacados ilustradores da actualidade. Houve música, conversas longas e apetites vários. Este ano vamos repetir a graça. Aos protagonistas de 2015 acrescentam-se agora mais artistas e mais gente a falar de ilustração. E a ver as exposições que vão forrar a cidade, pois claro. O Nuno Saraiva é presença garantida. Mas não imaginam o que há para vir. O mural da Festa, aqui na geringonça, vai dar as boas novas muito brevemente. "Gostem" e ponham-se a pau: https://www.facebook.com/festadailustracaosetubal/?fref=ts
domingo, 3 de janeiro de 2016
OUTDOOR | Nunca um candidato teve uma campanha tão divulgada nas televisões. E apesar da declaração hipócrita de que não iria fazer campanha dispendiosa, com cartazes, na rua, nunca um candidato usou tanta propaganda impressa. Esta eleição é uma coisa estranha. Um embuste.
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sábado, 2 de janeiro de 2016
EM CAMPANHA | É suposto que quem modera um debate de campanha seja imparcial. É o mínimo que se pede. Também se pode pedir que esteja bem documentado para que não caia no ridículo. Por último, dá jeito que as perguntas sejam inteligentes. Mas para isso é preciso que o locutor seja inteligente. E isso já é pedir muito.
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sexta-feira, 1 de janeiro de 2016
SEM CAVACO | Cavaco falou e andou. Um mensageiro do seu partido, em reacção e apoio ao discurso, queixa-se de ambições pessoais e mais não sei o quê. Duas mensagens frustes e tristes. Há gente que se presta a estas figuras tristes. Fica a certeza de que esta é a última vez que ouvimos Cavaco desejar-nos bom ano. E essa é a boa nova.
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HOJE É O PRIMEIRO DIA | Que todos os dias de 2016 sejam o primeiro de qualquer coisa nova e surpreendente. Um grande ano para todos.
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