sábado, 29 de abril de 2006

sexta-feira, 28 de abril de 2006

Grandes fitas...

Outra é a continuidade de Bénard da Costa à frente da Cinemateca. Para além dos talentos óbvios, toda a gente sabe que o actual responsável por aquela casa de cinema é um chato arrogante que não deixa que nada se desenvolva em seu redor. Mas vá de abaixo-assinar para pressionar os poderes. Poderes que parecem querer ceder a tanto ruído.
Foi Bénard que em tempos deu a sua benção à derrocada de pedregulhos que impede o acesso de pessoas às praias da Arrádida, opinando, no conforto da sua casa na zona, sobre o prazer dessa interdição, classificando como ordas as gentes que procuram um pouco de sol por aquelas bandas.
Augusto M. Seabra, em artigo no PÚBLICO, aborda o desempenho no mínimo pouco dialogante do sr. Costa, interrogando-se sobre os motivos que levam a tanto alarido. Será que esta gente tem passado pela Cinemateca?
Eu, que vou à Cinemateca e gostava de continuar a ir às praias da Arrábida, gostava de ver o sr. Costa pelas costas.
RR

Preso por ter cão...

Não deixa de ter graça este desassossego em volta de tudo o que Cavaco faz e diz.
Primeiro foi o grave problema existencial do cravo ao peito.
Agora é o discurso. Que não sei o quê as preocupações sociais. Que mais não sei o quê discurso de esquerda em presidente de direita...
Está tudo doido? Queriam que o homem se preocupasse com problemas para que ele sabe não haver solução?
Abordar o eterno tema dos mais desprotegidos dá para ficar bem no retrato. O caminho foi o mais fácil.
Quando nada mais há a dizer, brinca-se à caridadezinha.
Cavaco é uma espécie de Evita de fato e gravata.
Os descamisados agradecem.
RR

quinta-feira, 27 de abril de 2006

É só mirones

Estamos com um problema aqui no bloguinho.
A malta acotolela-se nas visitas, mas não deixa raspas de comentário.
Está mal. Está mal porque assim esta porcaria não serve para nada.
Sem debate não há ideias. E sem ideias para que queremos nós a mania de que temos opinião?
Vamos tentar botar no écran bojardas mais salientes, mas depois faxavôr de comentar.
Bute lá ou fechamos esta porra.
Até já.
JTD

terça-feira, 25 de abril de 2006

Mais cravo, menos cravo...

Cavaco não usou cravo vermelho ao peito.
E então? O contrário é que seria chocante.
Cavaco não transpirou o mais leve pingo de emoção na madrugada de há trinta e dois anos.
Apenas sentiu perturbação por não haver estabilidade para se instalar na sua vida profissional.
Que as diferenças se mantenham. E se estimulem. A bem da democracia.
JTD

Ena, ena! Não será liberdade a mais?

O presidente do Irão resolveu dar numa de generosidade. A partir de agora as mulheres podem assistir aos jogos de futebol.
É claro que em lugares próprios. Devidamente instaladas longe dos olhares masculinos.
A continuar assim, ainda ficam estragadas com mimos.
Um dia destes ainda as havemos de ver fumando.
JTD

segunda-feira, 24 de abril de 2006

O vento mudou

Hoje não meti os pés no escritório. Comemorar a Liberdade requer alguma disponibilidade. Assim, decidi começar hoje os festejos. Em artigo no EXPRESSO, José Quitério soprou que o novo Nobre, agora no Montijo, oferece repasto que vale a pena. Lá fui confirmar. A sala é agradável. O serviço competente, tal como já o era na Ajuda e depois na Expo. Quanto à refeição, dizer que a perfeição em gastronomia pode existir, não está longe da verdade. Um bom momento de felicidade gastronómica.
Mas há uma outra pequena história (fofoca mesmo) para contar. Estava eu com os festejos a meio, eis que entram no restaurante o insistente responsável máximo da concelhia de Setúbal do PS, Catarino Costa, acompanhado pela ex-responsável distrital Amélia Antunes.
Como já saberão, Vitor Ramalho foi o vencedor nas eleições do fim-de-semana. Estamos portanto perante dois justamente derrotados: Catarino com uma humilhante derrota nas autárquicas, em Setúbal; Amélia afastada da liderança distrital.
Olho de relance, e o que vejo? Copos em riste, em alegre brinde "ao futuro". Foi o que li nos lábios dos convivas.
Que o futuro os proteja nas suas vidas de cidadãos livres e intervenientes. Mas de preferência afastados das lideranças regionais. Já chega de política poucochinha. Renove-se o presente para assegurar o futuro. O tempo dos Catarinos e Amélias já acabou, mas parece que eles ainda não receberam o aviso.
Venceu a política no distrito de setúbal. Parabéns Vitor Ramalho.
E já agora, meus amigos, se arranjarem um pedacinho de tempo e vontade vão até ao Nobre. Fica mesmo ao lado da praça de touros, no Montijo.
Garanto que não se vão arrepender.
RR

24 de Abril

Hoje comemora-se esta data na Região Autónoma da Madeira, por iniciativa do seu presidente.
Em Portugal, há regiões onde as mudanças registadas em Abril de 1974, ainda não aconteceram.
Lá, parece que se quer manter tudo na mesma, como a lesma.
RR

sexta-feira, 21 de abril de 2006

quinta-feira, 20 de abril de 2006

Mil Folhas | DDLX



A exposição abre hoje. Jorge Silva escreveu este texto para o catálogo:

O André Letria foi um dos ilustradores de referência do primeiro ano do Mil Folhas, suplemento de literatura e artes plásticas do jornal Público. A primeira capa, a da edição de 11 de Novembro de 2000, é dele. Naquele corpo sangrento, de coração vazado, exposto num fundo negro, ficou registada a matriz visual que guiou a ilustração das capas do suplemento durante os seus primeiros tempos: ilustração metafórica, técnicas de representação densas, depuração gráfica e cromática. Aqui se mostram nove dessas capas cuja homogeneidade gráfica e concentração temporal formam uma unidade distinta dentro da vasta e multifacetada obra do ilustrador.
Que revelam estas ilustrações? Sonhos de infância, brinquedos e miniaturas de objectos reais que o André tem guardados numa caixa inesgotável. E que convoca, monta, desmonta e recompõe em associações poéticas e bizarras. Surrealistas, portanto. E realistas também. De um realismo fantástico, tão caro à ilustração do Leste europeu, nas suas metáforas angustiantes e síntese gráfica. E tão André Letria pela sua genuína doçura, a figuração simples, sem a crueldade que muitas imagens fariam prever, a que a pintura em acrílico confere profundidades a pedir um segundo olhar. Acresce a mestria gráfica na composição e na percepção exacta do lugar da ilustração na soma final de imagem e texto que é a obra impressa.
Para sempre guardarei a capa de Sade como um momento mais que perfeito de todos os momentos perfeitos que aqui se mostram. A torre/prisão de Sade, sozinha em palco, vulnerável, o seu torreão/glande e a sua subtil e fálica curvatura, os vermelhos saturados da cor do sexo e da clausura opressiva. Pura beleza.
Jorge Silva

DDLX Design - Rua do Carmo,31, 5º D, Lisboa

quarta-feira, 19 de abril de 2006

André Letria | Mil Folhas



Pretendemos com estas pequenas mostras definir o nosso espaço de labor diário como lugar de convívio entre gente de ofícios que connosco partilham experiéncias em colaborações várias. É também motivo deste empreendimento a vontade de partilhar trabalhos de que gostamos, permitindo assim, desta maneira, uma maior vontade de permanecer no sítio em que passamos as horas que medem os nossos dias.
Para esta exposição, André Letria escolheu nove originais utilizados em algumas das capas do suplemento cultural Mil Folhas, do jornal Público.
Criado em 2000, com um projecto gráfico do designer Jorge Silva, o Mil Folhas dedicava grande parte do seu espaço à ilustração, afirmando-se desta forma como um objecto único no panorama editorial português. Estes originais correspondem ao período inicial da publicação, sendo uma delas a da edição inaugural. -Outra das ilustrações expostas recebeu um Award of Exellence for Illustration, atribuido pela Society for News Design (EUA), em 2001. Jorge Silva escreveu as palavras que apresentam o ilustrador.
A abertura é amanhã a partir das sete da tarde. Vai estar patente até finais de Junho.
Apareçam.
JTD

DDLX Design - Rua do Carmo,31, 5º D, Lisboa

segunda-feira, 17 de abril de 2006

É entrar, pessoal



Setúbal tem mesmo um coffee lounge à maneira. É da Cup of Joe e inaugurou há umas semanas (falámos disso aqui, em 30 de Março).
O espaço é muito bonito. Há lugar para mesas, há confortáveis sofás e há uma agradável esplanada.
Duas reproduções de Andy Warhol vigiam a casa - Marilyn e Audrey Hepburn com destaque de culto.
Está-se bem. Bora lá beber um cafézinho?
Avenida Luísa Todi, 558.
RR

Noronha da Costa


Noronha da Costa faz hoje 64 anos.
Comemoramos aqui esta data.
Parabéns.

domingo, 16 de abril de 2006

sábado, 15 de abril de 2006

Ainda a procissão vai adro...

Um padre, numa paróquia do Algarve, resolve anular a tradicional procissão devido ao mau tempo.
Os paroquianos reagem insultando o padre, aos gritos, nos jornais televisivos. O costume.
Ontem as televisões mostraram uma outra manifestação de revolta em prol das tradições, liderada por Vitorino Salomé, o cantor do Redondo.
Não sei quem tem razão. Se é que a razão existe quando se fala em demonstrações de Fé.
Mas lá que o espectáculo é triste, lá isso é.
E assistir à defesa das seculares tradições católicas por parte de Vitorino, não só é triste como ridículo.
Ainda o havemos de ver auxiliando o pároco, logo que façam as pazes.
Não lhe falta vocação. O mal foi ter de lá saído para outras cantorias.
JTD

Vergonha nacional

Os deputados resolveram tirar uns dias antes da Páscoa.
Os jornais dizem que Cavaco lhes vai dar nas orelhas, no discurso do 25 de Abril.
Para Cavaco, dar nas orelhas das instituições democráticas cai-lhe que nem ginjas.
Cavaco não gosta de nada, nem de ninguém que lhe faça frente. Mas gosta de dar na cabeça de quem ele acha que mete o pé na argola.
Quando agentes das instituições democráticas se metem a jeito... que dizer? Uma vergonha, não é?
Acabei de confirmar - o deputado que o meu voto ajudou a eleger não faltou.
A minha democracia privada continua a funcionar.
JTD

quinta-feira, 13 de abril de 2006

Novos pecados

Um ideólogo do Vaticano resolve classificar a utilização da internet, a leitura de jornais e o entretenimento televisivo como pecado.
Os católicos um bocadinho mais tolerantes vêm a público tentar pôr água na fervura.
É tanto o escorreganço que quase se estatelam nos seus próprios argumentos. O problema é dos excessos, dizem.
Será que o consumo excessivo de homilias dominicais, podendo causar dependência, poderá ser considerado pecado?
Papa-missas para o confessionário, já!
JTD

Samuel Beckett


Faria hoje 100 anos.

quarta-feira, 12 de abril de 2006

O dono de Itália

O homem que pensava ser dono de Itália não acredita que haja em Itália quem o queira ver pelas costas.
O homem que pensava ser dono de Itália ainda tem muita gente em Itália que acredita no que ele promete.
É por isso que o homem que pensava ser dono de Itália ainda não acredita que há ainda mais gente em Itália que não o quer como dono de Itália.
Itália, como é óbvio, é dos italianos. Os italianos tiveram uma oportunidade de dar um pontapé no cú do homem que pensava ser o dono de Itália, e deram.
JTD

segunda-feira, 10 de abril de 2006

Sidónio Muralha | José Escada


A Caminhada

Nessa mata ninguém mata
a pata que vive ali,
com duas patas de pata,
pata acolá, pata aqui.

Pata que gosta de matas
visita as matas vizinhas,
com as suas duas patas
seguidas de dez patinhas.

E cada patinha tem,
como a pata lá da mata,
duas patinhas também
que são patinhas de pata

Sidónio Muralha Texto
José Escada Imagem

sexta-feira, 7 de abril de 2006

Bom fim-de-semana


Atenção à exposição de Ângelo de Sousa na Gulbenkian.
Pode ser visitada até Maio.
Divirtam-se.
JTD

quinta-feira, 6 de abril de 2006

Hoje há Jazz na Nova Tertúlia

Trio João Rato - Liderado pelo contrabaixista Cícero Lee, são interpretados temas originais e temas de compositores como John Coltrane, Hermeto Pascoal, Keith Jarret entre outros. Este trio caracteriza-se pela liberdade na execução das músicas que interpretam.
Sonoridade contêmporanea e descomprometida.
É hoje à noite no novo lugar do Jazz no Bairro Alto.

Nova Tertúlia Rua Diário de Notícias, 60.

quarta-feira, 5 de abril de 2006

Delinquência económica

Medina Carreira disse no Diabo "Este é o governo da epiderme: não chega ao músculo."
e mais adiante "O governo incomodou até agora 100 mil e não temos maneira de arrumar o país sem incomodar um milhão."
Assim mesmo, sem a mais leve pontinha de respeito pelos seres humanos envolvidos no incómodo.
É bom lembrar que esta criatura, defensora da economia como acto de delinquência, é assessor, conselheiro, ou lá o que é do actual Presidente de pouco mais de metade dos portugueses. Anda por aí muita gente desta.
Todo o cuidado é pouco.
JTD

terça-feira, 4 de abril de 2006

Mil Folhas | André Letria



A abertura da exposição de André Letria na DDLX, passou para o dia 20 de Abril, contrariando o que eu dizia no post anterior.
"Mil Folhas" será o título da mostra, já que todas as ilustrações ornamentaram as primeiras páginas deste suplemento do PÚBLICO. Uma das peças encabeça este texto. Que tal? Eu não digo que o rapaz tem jeito?!
JTD