sábado, 31 de outubro de 2020

Sean Connery


Cabia nos papéis todos.

Fazia de aristocrata, justiceiro ou reles bandido com a sabedoria dos grandes actores. Foi um grande actor. E um grande senhor.

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quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Do terror


A pandemia não é o único mal do tempo que vivemos. Vivemos em perigo, rodeados de criminosos de várias espécies, credos e procedências.

A solução, a existir, está na nossa atitude. Temos que estar atentos a vírus invisíveis e a energúmenos convencidos de que o mundo é deles e que o seu deus é soberano. É a soberania do terror. Combate-se com a inteligência e com a exigência de vivermos em liberdade. Quem vive para matar não merece o nosso respeito.

Fonte Público

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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

O mundo às avessas


Chamam ao disparate liberdade. Parece que de repente tudo ficou ao contrário.

Estes idiotas manifestam-se contra a nossa liberdade. Querem apenas a liberdade de viverem a sua condição de pobres imbecis, contra a possibilidade real de continuarmos vivos e saudáveis. Para vivermos em liberdade temos que estar vivos, seus cretinos.

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terça-feira, 27 de outubro de 2020

Até à derrota final


Trump promete fazer porcaria até ao fim. A nomeação de uma inenarrável extremista de direita para um cargo de relevo, revela o pior do seu carácter.

Sendo eleito, a senda continua até à derrota final. Sendo derrotado, quem vier a seguir tem muito trabalho pela frente para recuperar o que ainda não está perdido. Perdido, sim, porque há muito do que foi conquistado que está irremediavelmente perdido. A extrema-direita no poder faz mal à saúde e provoca cegueira ideológica. Está nos livros. 

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sexta-feira, 23 de outubro de 2020

O ensino da Ilustração


VAMOS CONVERSAR SOBRE O ENSINO DA ILUSTRAÇÃO | José Manuel Saraiva, ilustrador e coordenador da Pós-Graduação em Ilustração e Animação Digital da ESAD, vai conversar sobre o Ensino da Ilustração, no próximo sábado, dia 24, pelas 17 horas, na galeria da Casa da Avenida. A lotação é limitada, mas a conversa é do máximo interesse. Apareçam.

Todos os dias

 
ABERTO TODOS OS DIAS | Visite a
Festa da Ilustração - Setúbal e passe pelo
Café da Casa 
da Avenida. Agora estamos abertos todos os dias. Até já.

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

É uma doença que mata muita gente, estúpido!


Trump está farto de Fauci e de ouvir falar em Covid 19. Parece que estes empecilhos não sabem falar de outra coisa, num tempo em que ele fez tudo o que de mais maravilhoso foi feito lá na terra.

Trump enfurece-se com tudo e todos. Quem repara e denuncia o seu ego desmesurado leva logo com o cognome de imbecil. Seja Fauci, a CNN ou outra voz razoável. Numa altura em que morre gente a toda a hora, o infelizmente presidente desvaloriza a doença. Um verdadeiro egocêntrico enlouquecido que não olha a meios para atingir os seus intentos. Um imbecil.

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terça-feira, 20 de outubro de 2020

Design de comunicação


Da série Grandes Primeiras Páginas. Quando o terror é notícia.

Profissão: designer



Morreu Enzo Mari. Designer. Conhecedor profundo da existência humana. Entendia o design como maneira maior de tornar a vida das pessoas melhor.

Homem de esquerda, rejeitava o ornamento fútil e a sujeição ao marketing. Era um grande homem de cultura. Um esteta culto e genial. Foi bom vivermos no seu tempo. Muito obrigado, mestre Mari.


 

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

The End, como nas fitas


A campanha eleitoral nos EUA chafurda na lama. Quem enfrenta Trump luta com um porco. Lá diz o ditado: o porco gosta e tu ficas enlameado.

O resultado é uma grande porcaria. Trump continua a ameaçar não reconhecer os resultados se perder. Alguns seus pares do partido já se demarcaram da boçalidade. Mas o infelizmente presidente não arrepia caminho: insinua, baralha, mente, espalha a discórdia e a ameaça. Ele é assim mesmo: boçal e sem trambelho. Um louco ocupou a Casa Branca. Estas eleições são importantes para o mundo. A saída da criatura daria algum alento aos movimentos que combatem o racismo e o fascismo. Poderia trazer também algum desalento à campanha do palerma fascistóide portugês candidato a Belém. Biden não é um grande candidato, mas Trump é excessivamente mau. Espero fazer um cartaz daqui por uns dias com uma imagem do maluco de costas, a sair dali para fora, com uma inscrição tipográfica com os dizeres: THE END, como nos filmes americanos. Espero.

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quinta-feira, 15 de outubro de 2020

A hora dos Bandidos



Osmani Simanca é o ilustrador estrangeiro convidado da
Festa da Ilustração - Setúbal
2020. O texto que se segue é a minha opinião sobre o seu trabalho. Está publicado no jornal da Festa, disponível em todos os espaços expositivos. Diz assim:

A década de setenta do século vinte foi decisiva. Havia uma sensação de evolução. Direitos com deveres. Fim de descriminações. Combate vigilante ao regresso do autoritarismo. Temos Canções, filmes, livros e performances visuais que documentam o debate e o avanço civilizacional. Nada parecia conquistado, mas o retorno às velhas políticas parecia impossível. Mais recentemente, um presidente de origem africana é eleito nos EUA. No Brasil, Fernando Henrique Cardoso e Lula da Silva inscreveram o país no mapa do mundo que avança. Tudo parecia estar a correr bem. De repente tudo muda. Um mundo incrédulo acorda um dia com Trump presidente do país mais influente. No Brasil foi o que foi. E está a ser. Pelo mundo anda uma onda de “correcção” assustadora. Steve Bannon, o fascista que delineou a estratégia de Trump, percorreu o mundo em apoio às mais sinistras políticas. Até Portugal, país que se orgulhava de não ter extrema-direita no parlamento, já experimenta a ousadia fascista. Percebemos então que as más políticas ficaram entranhadas nos políticos que sempre percorreram o tapete principal da política. Não podemos desistir. Temos mesmo que insistir. É que as ideias velhas estão a querer passar por novas. O combate às ideias velhas faz-se todos os dias. Osmani Simanca é um soldado nesta guerra. Vestiu a farda de guerrrilheiro/ilustrador, empunhou o bico-de-pena como arma, põs as tintas de colorir no burnal, e aí vem ele, armado de talento e coragem. O seu trabalho tem repercussão mundial. O mundo precisa de pessoas assim, que vêm nas pessoas e na subtração dos seus direitos e anulação de vontades, motivo para o combate. A imaginação é em Simanca um mapa esclarecedor. Denuncia os trilhos dos candidatos a ditadores. Ridiculariza-os com sucesso. Ficam rídiculos. Mas alerta para os males que provocam. Existe muita maldade na vontade política de muitos dos dirigentes actuais. Precisamos de gente como Osmani Simanca para percebermos melhor, com humor e inteligência, essas vontades “superiores” que tanto nos agridem. Os desenhos de Simanca são ferroadas nas canelas dessa gente sem livros, sem ideias, sem preocupações sociais, sem trambelho. Mas ele sabe que estes empecilhos fazem mossa. Não matam, mas moem. Perdão, não matam? O que é que eu estou para aqui a dizer? Pois é, tenho de ir ali rever os desenhos de Osmani Simanca. Ele sempre disse que Bolsonaro não passava de um bandido. Agora já todos o sabemos, mas ainda há quem não acredite. Bandidos tomam conta do mundo. Resistir é indispensável.

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Memorizar o futuro






O Museu de Setúbal está instalado num antigo convento. Foi agora reaberto com justificada pompa. É o monumento mais digno dessa designação na cidade. Tenho deste lugar mágico as melhores recordações. Passei lá bons momentos da minha juventude. 

Ali assisti — nos claustros — a invulgares representações teatrais. Recordo A Barraca, com D. João VI, em que Mário Viegas, Maria do Céu Guerra e Orlando Costa mostraram talento e Helder Costa experimentou adaptar o ambiente monumental à encenação e cenografia com excelente resultado final. Representação incluída no Festival de Teatro de Setúbal. O teatro era inquilino frequente dos claustros. O saudoso festival, concebido por Carlos César, mostrava no estrado as melhores companhias. Tão bom teatro testemunharam aquelas pedras. O verão em Setúbal era teatro e cinema de excepção. Depois do teatro, chegavam as fitas. Literal: as bobines eram levantadas na estação rodoviária pouco antes de passaram na máquina. Era no mês seguinte, e era a única maneira na altura de vermos filmes pouco divulgados nas salas. Qualidade, rigor na escolha. Era Pompeu José que liderava. Eu dava uma ajuda na imagem e no grafismo. Graficamente participei em muitos outros trabalhos para a galeria.

Também a música adicionou histórias à História do Convento de Jesus. Fausto, Sérgio Godinho, José Afonso e muitos outros deram ali concertos memoráveis. José Afonso referia mesmo esse concerto como um dos seus melhores. Recentemente foram reveladas fotografias inéditas do espectáculo, no roteiro publicado sobre a passagem do músico pela cidade. Foi Maurício Abreu o jovem e entusiasmado fotógrafo. Pessoalmente, sinto-me ligado a este convento desde que passou a espaço de animação na cidade. Organizei exposições na galeria de exposições temporárias. Reencaminho para aqui um texto que fiz em tempos sobre a exposição de Rogério Ribeiro: Foi meu professor. Foi meu amigo. No início dos anos oitenta do século passado, fez uma grande exposição de pintura na galeria de exposições temporárias do Museu. Ajudei-o a escolher as obras. De vez em quando perguntava-me: achas que este pode interessar às pessoas de Setúbal? Dizia isto com sinceridade. Sem falsas modéstias. Não queria desiludir. Desenhei graficamente o catálogo. Um dia fui lá com o José Afonso, que ficou impressionado com a mostra. Apresentei-os. Ficaram amigos. Quando terminou a exposição ofereceu-me dois desenhos que tenho ali emoldurados. Tão boa, a exposição do Rogério. Também fiz na Galeria de exposições temporárias uma instalação visual (em colaboração com Fátima Rolo Duarte e Luís Filipe Cunha) para o lançamento de O Teodolito, de Luiz Pacheco. Trabalho de grande subversão e loucura momentânea. Uma loucura, pois.

O monumento onde se aloja o Museu de Setúbal/Convento de Jesus foi agora recuperado. Esteve anos a fio em lume brando. Tudo começou há muito, muito tempo. Anteriores executivos tudo fizeram para que as coisas avançassem. O actual executivo camarário acabou por ficar com a batata quente na mão. Também tudo tentou e agora resolveu. Trabalho autárquico de gabarito que nos provoca uma interrogação: Se aqui foi assim, o que aconteceu então com outras desgraças que povoam a cidade? Já lá vamos. João Luís Carrilho da Graça encarregou-se de desenhar o futuro do espaço. Trabalho excelente. Tive a oportunidade de ali entrar em Maio do ano passado. Confesso que senti emoção ao olhar os interiores das salas e os arranjos dos tectos. Soluções estruturais surpreendentes.Os arranjos exteriores são assinados por João Gomes da Silva, homem da paisagem que soube colocar as ervinhas alinhadas em harmonia com o espaço envolvente. Percebe-se que os tempos memoráveis dos bons tempos dos claustros não voltarão. Tudo tem um tempo. Tudo tem preceito. Mas a vida que se adivinha promete o melhor, percebendo a fantástica equipa de trabalho que ali mora. Não tirem os olhos deste lugar.

O entusiasmo que esta intervenção me causou leva-me a perguntar: como é que um executivo camarário que aprova um projecto como este e como o da extraordinária recuperação do antigo quartel do 11, da autoria da arquitecta Teresa Nunes da Ponte, aprova outras frustes "recuperações" que escurecem a cidade? Não sou um observador feliz desses lugares de envergonhamento, onde impera um delirante mau-gosto visual inebriado de uma evidente indocumentação exclusora dos princípios fundadores da arquitectura e do design. Aplicações hediondas eivadas da mais profunda ignorância. Profundo desconhecimento da eficácia da cor. Profundo desconhecimento de design de equipamento e de produto. Os edifícios perpetrados por esta atitude obtusa ficam confinados e tristes, remetidos para uma existência que não merecem, numa terra onde não abundam grandes exemplos da excelência arquitectónica. A cidade fica confinada e triste, arrastada por esta onda de incompetência visual e gosto duvidoso. Pratica-se aqui o anti-design e o desprezo pela arquitectura. A desnecessária "recuperação" da Casa da Cultura, onde participo como colaborador, é um desastre. A cor recentemente usada no exterior é triste e reduziu o edifício a um vulgar casinhoto. A tipografia que sinaliza e designa o lugar, aplicada na referida parede, marimba-se na imagem que o meu ateliê concebeu e que é utilizada todos os dias na divulgação da excelente programação da Casa. É triste, isto. E isto dito, renovo a pergunta: como é que isto acontece? Será que agora, com a reabertura do Museu da cidade ao público, a preocupação com o rigor estético vai regressar ao terreno? Acredito que sim. Acredito que o actual executivo camarário vai terminar o mandato com a cara limpa, perdão, com a cidade limpa e alegre, como merece uma cidade solar como Setúbal. Acredito mesmo. Esta penúria visual não pode durar sempre. Isto vai ser corrigido. O que está mal é sempre corrigido. Não tenho dúvidas disso.

Parabéns pois a João Luís Carrilho da Graça e à sua equipa. Parabéns ao executivo municipal, pela decisão política e pela preclara decisão que aprovou tão competente projecto arquitectónico. Quanto ao resto, vejam lá isso. Nem todos temos que nos render a gostos pessoais de duvidosa expressão e à esdrúxula ignorância dos inenarráveis decoradores convocados.

Muito obrigado. Muito obrigado mesmo.

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Casa de Cultura


Estamos com a 
Festa da Ilustração - Setúbal, a grande festa da ilustração e dos ilustradores. 

Agora encerramos à segunda-feira, dia em que todas as galerias estão encerradas. O domingo é também um bom dia para visitar a Festa e vir ao Café da Casa. Até amanhã.

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domingo, 11 de outubro de 2020

Mapa crítico




Há quem associe a crítica a mau feitio. Coisa de velhos do Restelo ressabiados que só dizem mal de tudo o que mexe. De maneira que, quando aparece um meio de comunicação em que a crítica é exibida como combustível fundamental da democracia, a nossa inteligência ilumina-se e aguarda o próximo exemplar.

Foi o que me aconteceu quando dei por este MAPA. É um jornal que comunica (como deve fazer um jornal), mas com ideias, opiniões, rigor na análise e crítica embrulhada em bom ambiente tipográfico, ao invés dos jornais que preferem grafismo de folheto de supermercado ou de boletim de paróquia. Este excelente meio de comunicação é editado por uma associação — Mapa Crítico —, dirigida por Guilherme Luz, e distribui responsabilidades por Ana Guerra (Editora), Frederico Lobo (subdiretor), Inês Oliveira Santos (direcção adjunta).

A ilustração também é aqui tratada como forma adulta de comunicar. Esta edição tem ilustrações de
Gonçalo Duarte
(capa) e Ana Farias (páginas 35, 36, 37).
Vai no número 28. A periodicidade é trimestral. Custa 1,5 €.
Comprei este exemplar na
Culsete
.
Recomendo procura.
Bom domingo.

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Vida de João de Azevedo

Vamos conversar com o escritor Fernando Cabral Martins e com a editora sobre a vida e obra de João de Azevedo, na próxima sexta-feira, dia 9, às 22 horas.

Quem quiser pode jantar connosco, às 20 horas, no café. Marcação pelo telefone: 265 237 054 ou pelo endereço electrónico casadaavenidacafe@gmail.com
Exposição integrada na
Festa da Ilustração - Setúbal
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Conviver é fundamental. Mesmo com as devidas distâncias a que estamos sujeitos. Marquem. Apareçam.

segunda-feira, 5 de outubro de 2020


Claro que não existe o risco de voltarmos atrás. Já basta o que basta.

Mas é de bom tom recordarmos o que de bom ainda foi acontecendo neste rectângulo onde até idiotas encartados foram coroados. Democracia com república é sempre melhor. República, sempre.
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domingo, 4 de outubro de 2020

Temos Festa





A Festa da Ilustração - Setúbal abriu e continuará a brilhar durante todo o mês de outubro, com prolongamento até ao fim do ano.

As aberturas foram bonitas e esclarecedoras. A Feira da Festa é uma excelente oportunidade de trazermos para casa os melhores produtos de comunicação e imagem. Todas as exposições têm um apontamento de homenagem a Quino. São dias de festa, estes dias. Consultem o convite anexo. Até já.

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

QUINO

Quem não sabe ler vê os bonecos, dizia-se.

Quem vê os desenhos de Quino lê mesmo sem saber ler. A Mafalda educou-me. Menina lúcida e informada que lança assertividade em cada quadradinho. Quino é um grande senhor da cultura mundial. Foi bom vivermos no seu tempo. Muito obrigado, amigo.

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Desenhos em festa



A Festa da Ilustração - Setúbal abre no próximo sábado.

As exposições estão em fase de montagem. Antecipamos visualizações das excelentes mostras de André da Loba, Osmani Simanca e João de Azevedo. Vale sempre a pena sermos surpreendidos pela excelência artística. Até já.