quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Memória

 SHANE | Um génio. Um herói. Parte cedo, mas resistiu. E existiu. Muito obrigado, Shane.

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terça-feira, 28 de novembro de 2023

Receituário


DOM QUIXOTE NA CASA DA CULTURA | Carlos Pereira da Silva regressa ao mundo de Cervantes com obras novas. Uma revisita ao universo criativo do escritor que inventou Dom Quixote. Chamou a esta exposição MUDAR. Esta mostra apresenta subtis mudanças na expressão artística do pintor. Podemos comprovar esta minha opinião no próximo sábado. A festa de abertura é às quatro da tarde. As obras são surpreendentes. Apareçam.

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Receituário

O ESTADO A QUE AQUILO CHEGOU | Muitas vezes, quando hoje nos queixamos do estado em que as coisas estão, esquecemo-nos de que já foram muito piores e sem direito a reclamação. Albérico Afonso Costa conta-nos o que se passou, aqui neste pedaço de terreno à beira-mar instalado, nos tempos do fascismo de Salazar e Caetano, esses dois grandes estadistas que só deixavam governar-se aqueles que deles dependiam. Ou seja, aqueles a quem Miguel Esteves Cardoso, em texto carregado de humor e verdade, classificou de lambe-cus.
O lançamento deste novo livro cá da casa é na próxima quinta-feira, na Biblioteca Municipal de Setúbal, às nove da noite. Apareçam.
A Estuário tem o privilégio de publicar grande parte de trabalho de investigação histórica sobre Setúbal e arredores. Gente da História e da curiosidade histórica como Luísa Tiago de Oliveira, Diogo Ferreira, Albérico Afonso Costa, António Cunha Bento, Inês Gato de Pinho, Maria João Pereira Coutinho, João Pedro Santos, Jaime Pinho, Alberto Alves, Madureira Lopes, Alberto Pereira e Eduardo Silva têm volumes colocados nestas estantes. Mas também outros autores, de outras áreas da escrita, por aqui têm passado: Luiz Pacheco, Miguel de Castro, David Mourão-Ferreira, António Mega Ferreira, António Carlos Chaínho, Eufrázio Filipe, Jorge Molder, Margarida Rios, José Bandarra, Manel Bola, entre outros, escreveram contos, poemas, introduções e outros sermões de elevada elegância e assertividade.
Estamos em balanço. Em tempo de mudança. Vamos editar e reeditar mais. O que for soará. Até já.

domingo, 26 de novembro de 2023

Fim de Festa


A FESTA CONTINUA | Neste sábado último houve festa na Festa da Ilustração - Setúbal. Foram lançadas três publicações que documentam três grande exposições. No Museu do Trabalho/Michel Giacometti foi apresentada a banda desenhada Cthulhu Sadino. Na Galeria Municipal do Onze foram lançados os catálogos das exposições "Laura Costa" e "Ilustração Portuguesa". Obras valiosas para o panorama da edição de ilustração em Portugal. Dá gosto trabalhar nas obras.

Estas publicações estão disponíveis Casa Da Cultura | Setúbal.

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Crise

A NORMALIDADE DA IRRESPONSABILIDADE | "Não me sinto responsável por coisa nenhuma", diz a procuradora. A resposta é de uma arrogância irresponsável digna de nota. Por coisa nenhuma. A falta de educação mistura-se aqui com a inabilidade verbal. O que é que ainda faz esta senhora ali sentada?



Recordar um bom homem


JOSÉ RUY | Passou um ano. Um ano sem José Ruy. Os quadradinhos cheios de histórias andam por aí. Eu tenho aqui os meus. Recordo-o lendo estas histórias. Tenho saudades daquela simpatia e da generosidade transbordante. A sabedoria deixou-a nos livros. Vamos agradecer-lhe sempre. Foi um bom amigo e um grande artista. Muito obrigado, José Ruy.

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Luta de talheres

Este ano já foram assassinadas 25 mulheres, dizem as notícias. Entre marido e mulher não metas a colher. Haverá recomendação mais estúpida? Mas era um dizer recorrente. A mulher era propriedade do homem com quem casou. O pai entregou-a ao homem que deverá tomar conta dela. Foi no altar. Deus é testemunha. E o que deus une ninguém pode separar. Dificuldades económicas, religião, cultura ou porque isto é mesmo assim, levam muitas mulheres a aguentar criminosos que vivem lá em casa. Deitam-se na mesma cama. Comem à mesa. Torturam, agridem, matam. Entre marido e mulher não metas a colher, diz quem não sabe o que diz.

A violência no namoro também já é uma grande preocupação. Os "piquenos" também gostam de se armar em velhos foleiros a olho. Quando a educação não chegou lá, a denúncia de todas as situações é necessária.

O que é doce nunca amargou

A Festa da Ilustração - Setúbal está a chegar ao fim. Foi bonita, participada, intensa. Não se pode estar sempre em festa, mas devemos estar sempre com atenção ao que vai fazendo quem faz ilustração. Interrompemos agora, mas voltamos para o ano com festa de arromba. Para já, apareçam no próximo sábado. Vai ser bonito de se ver, ler, ouvir, beber um copo e petiscar e conviver. Até lá.

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segunda-feira, 20 de novembro de 2023

A vez dos grunhos

Um labrego ridículo é presidente da Argentina. Depois de um imbecil nos EUA e de outro no Brasil, é agora a vez de a Argentina experimentar a ignorância e a ignominia.

Mas há mais por esse mundo fora à espera da sua vez. Em Portugal, os dois partidos de extrema-direita vangloriaram-se com a escolha dos argentinos. Em Portugal, governar à direita passa por alianças com trogloditas da estirpe deste neoliberal tão empedernido que até se propõe acabar com o banco central, e, disfarçado de cordeiro amiguinho, entregar os baús aos lobos. A Iniciativa Liberal já votou ao lado do Chega, apesar de os seus membros se mostrarem enojados por estarem perto dos asquerosos fascistas parlamentares. A Iniciativa Liberal é um partido de extrema-direita que permitirá todos os atropelos aos direitos das pessoas. Lembram-se do Chile de Pinochet?

Homenagem

SARA TAVARES | Simpatia, talento, talento, talento, simpatia, generosidade. Agora é ouvi-la. Ouvi-la sempre.

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domingo, 19 de novembro de 2023

Ensaio sobre a cegueira

ERRARE HUMANUM EST | Aqui há uns tempos — não muitos que a humanidade é uma criação recente — as missas eram celebradas em latim. Os padres diziam o que lhes apetecia e o povo ouvia sem perceber um boi. Tipo: boi a olhar para palácio. O perdão dos pecados era ditado na língua autócnone que era para o crente saber bem a pena aplicada. Como errar é humano, com uns padres-nossos e umas avé-marias a coisa compunha-se. 

Na campanha eleitoral ouvi o entretanto eleito Presidente da República dizer que um presidente católico é uma vantagem a acrescentar a todas as outras que um ser humano possa possuir. Os católicos são ungidos por uma compreensão que nos escapa. São superiores. Sabem perdoar porque detêm a razão. Nestes tempos de conturbado espanto, o erro faz parte do dia-a-dia. Diz-se um disparate hoje, desmentido por outro amanhã sem que daí venha mal ao mundo. Procuradores justicialistas erram e juizes também, mas nunca se assumem responsabilidades. Já existem fascistas a boicotar acções de gente que quer ser gente, sem que os responsáveis políticos se pronunciem ou indignem. A extrema-direita — fascista, pois então — anda pelas redes sociais e pelas televisões institucionais como gato em telhado. O erro dissolveu-se na espuma dos dias sem que se perceba onde está a espuma preta. Tudo parece normal. Uma procuradora-geral da república erra, derruba um governo, provoca uma crise, e há quem ache isto tudo normal. A extrema-direita rejubila. O Presidente já disse que garante lugar aos fascistas na maioria apoiante de um governo de direita. Já tivemos um Presidente de extrema-direita — Cavaco era o quê? — que não foi tão longe como este "moderado" da direita dita social-democrata. A social-democracia é outra coisa, senhores do PPD/PSD. Um social-democrata despreza fascistas. Fascistas são desprezíveis.  Deixem estes cães de duas patas ladrar. Deixá-los entrar na carruagem da democracia é um erro. Errar é humano, mas assim tanto?

Receituário

Música para os novíssimos. 

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sábado, 18 de novembro de 2023

Receituário

EMERGÊNCIAS | Músicas novas. Surpreendentes. Ambientes únicos. Esta é a atmosfera bem fixe da Casa Da Cultura | Setúbal. Luxo.


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APRENDER E LAZER | Hoje há oficina. É para quem quiser aparecer. As crianças podem vir passear os seus adultos e trabalharem juntos nesta oficina. Vale a pena. É divertido. Divirtam-se.


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sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Receituário

OUVIR QUEM SABE | Sebastião da Gama é o mote. Ouvir Fátima Medeiros é perceber muito do que aconteceu a este poeta que deixou este mundo tão cedo. É pelo sonho que vamos? Se calhar é. Mas os pesadelos anulam tanta vontade. É hoje, ao fim da tarde, no Museu de Setúbal/Convento de Jesus, que vamos conviver ansiosos por mais conhecimento.

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quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Fascistas poluem o ambiente. Fora

Sim, já sei, isto é dar importância aos deputados fascistas. Mas não resisto a comentar, desculpem. Ver jovens lúcidos, com preocupações legítimas, estudantes de uma faculdade, repudiar a presença de uma deputada desbocada e alarve, acompanhada de aspirantes a fascistas, fornece-nos ânimo. A deputada alarve e fascista afinal foi lá para convencer os manifestantes a não se manifestarem. Greves e manifestações não são ar do seu balão. Incomodam-se com manifestações de rua. O que Incomoda é a infiltração desta gente de cabeça poluída nas estruturas que combatem a poluição do ambiente. As televisões e o comentário jornalistico já estão minados de gente parva. O chefe fascista está sempre nas televisões em postura alarve e ridícula. Basta de estupidez. Se não gostam de se manifestar pela cidadania, fiquem em casa. Ou então vão para um raio que os parta.

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Desfile dos indignos

Estas reportagens vão inundar as noites da SIC e da SIC-N. Hoje assistimos ao primeiro episódio. Pelo andar das câmaras a coisa promete. É de não perder, esta representação do que aconteceu a esta gente que mandou cá na terra. São assim uma espécie de meninos de coro mal comportados. Vergonhoso.

O padre confessor do banqueiro abre o desfile. Era convidado para a casa do dono disto tudo, não percebendo como gente tão importante o convidava para as luxuosas recepções. Não se percebe é a excessiva humildade do representante dos céus nos convívios. Provavelmente sentia-se diminuído perante um deus tão poderoso como Salgado. Ainda por cima aquele até existia mesmo.
Depois sucedem-se as declarações compremetedoras — umas mais do que outras, é certo — para aquela chusma de habilidosos, reveladas nesta excelente reportagem registada por Pedro Coelho, Filipe Teles, Micael Pereira e Paulo Barriga. A certa altura Ricardo Salgado revela que é preciso "preparar Durão Barroso". E foi preparado. A gente sabe até onde foi a preparação. Cavaco esclarece que Barroso foi o português que foi mais longe, com este por perto todo babado. João Duque não esconde o fascínio pelo à-vontade do mestre financeiro: não andava, deslizava. Era um príncipe.
Fernando Negrão "nem queria acreditar que o banqueiro um dia quis falar com ele". O homem flutuou até ao gabinete de Salgado na Avenida da Liberdade. Tanta humildade comove. Que emoção. Muitos pequenos e médios políticos desfilaram nesta reportagem: Sócrates, Pinho, Miguel Relvas, Rebelo de Sousa... Enfim, gente importante, como diria o padre. Importantes trastes, digo eu. Mesmo no final, o actual Presidente é apanhado a mentir com os dentes todos. Um hábito que lhe vem de pequenino.
Todos se renderam ao fascínio daquele príncipe de um principado onde os truques financeiros eram decreto. Eu, que sempre achei que o homem era um tatibitate, não consigo perceber o fascínio por esta monarquia financeira. Mas eu sou um simples republicano que sente os torrões por baixo das solas dos sapatos. Não deslizo.







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Quem julga os juízes?

DA IRRESPONSABILIDADE OU NEM POR ISSO | "Lucília Gago deve-nos algumas explicações. Não previu nada e, por isso, deixou acontecer tudo. Esta é a interpretação mais benigna. Lucília Gago falhou nos seus deveres e nas suas responsabilidades. E estamos a pagar um preço muito alto por isso." Carmo Afonso, no Público de hoje.

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Design de comunicação em tempo de guerras

Da série Grandes capas.


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terça-feira, 14 de novembro de 2023

Insustentável leveza do ser


Tudo indica que o exagero da precaução deu em nada. Bem, em nada não é bem assim: um governo eleito caiu porque um mau ditar de nomes resultou em demissão de um primeiro-ministro. Depois de muito interrogatório, é já uma certeza que a montanha pariu um rato. As notícias são uma vergonha e um desespero. Como é isto possível?

E agora? Se o rato for para o buraco a justiça vai com ele? Quem julga a leveza da justiça?
Nota extra: ou será que estamos perante o regresso do rato do fascismo? É que já existem dois partidos de extrema-direita no parlamento. Parece que andamos distraídos.
Imagem: governo de Salazar, "estadista" tão apreciado pelos justicialistas imbecis.
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A perfeição nunca existiu nem nunca existirá. E ainda bem


Comparar Lula com Bolsonaro é como comparar o trigo com o Joio. Mas aqui o trigo também não se revela de muita qualidade. Sabíamos isso, não é verdade? Mas a vontade de retirar um bandido do poder leva-nos a ter simpatia por Lula. Olhem: é a política, que é a única maneira de termos democracia. Ou seja: alguma vontade de mudar. Mudar é sempre bom.
Mas para a próxima não se arranja ninguém mais contemporâneo para ir para o Planalto?

Fonte: DN
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segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Os dois estarolas


Sabemos que a SIC e a SIC-N são autênticos esgotos a céu aberto. Também sabemos que polvilham a opinião de diferenças para dourar a pílula e por razões "comerciais". Temos que satisfazer toda a gente. Mas o núcleo duro é inalterável. Para comentar a entrevista de Pedro Nuno Santos foram buscar dois macaquinhos lá do sótão. O velho Ferreira e o novel Bugalho — recente vedeta da estação televisiva e do grupo — concordaram nas premissas e nas inanidades. Dá
jeito perceber o que pensam os neoliberais de serviço. E depois é combatê-los. Opiniões destas fazem cá tanta falta como a fome.

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sábado, 11 de novembro de 2023

Para não dizerem que não falei de parolos


Voto desde que o posso fazer. participo em tudo o que posso participar na vida política e cultural do burgo. Tento a cidadania como a lagarta anseia pelo almejado fruto. Sou uma das lagartas que combate a minhoca fascista que se infiltra na maçã, como diria o Sérgio. Acho que a justiça deve ser exercida, mas não confio nela. Tenho exemplos fortes que me afastam da tolerância para com juízes e magistrados. Lamento. Assisti incrédulo ao que aconteceu a Mamadou Ba. Basta-me.
Hoje ouvi António Costa lamentar as possibilidades de derrapagens dos apoios ao desenvolvimento do burgo devido aos recentes acontecimentos. Compreendo-o. Ouvi as normais reações que se seguiram. Umas percebo outras não. O costume. Mais uma vez lamento a necessidade de colocarem o líder fascista em primeiro lugar a soltar as inanidades do costume. Parolo é parolo. Os parolos ficam convencidos pelas inanidades do costume que se esfumam no minuto seguinte. O costume. Um parolo fascista é mais perigoso do que um parolo apenas parolo. Apesar de um fascista ser frequentemente um parolo. Também é frequentemente filho-da-puta. E os filhos-da-puta a gente manda para aquele sítio.
Outrossim: ouvi José Luís Carneiro apresentar-se como possível líder do PS. Manteiguice esfarrapada e vontade de liderar. Se vencer as eleições internas no partido ficará colocado para disputar a governação do país com o parolo que ainda dirige o PPD/PSD. Se fosse possível governar o país como se governa uma formação unifamiliar, diríamos que com estes dois só se perde uma casa. Mas um país não é uma família. São muitas famílias, com muitos irmãos, tios, tias, primos, uns próximos outros afastados, e amigos, muitos amigos, uns próximos outros da onça. José Luís Carneiro quer ser chefe de família. E parece que quer impôr as boas práticas de um certo, como direi?, "coaching" familiar. Esta gente das "boas práticas" acha sempre que as ditas são o que eles conhecem e praticam. Não vão mais longe do que o que têm em frente do seu nariz. Coitados. Parolos, lá está. Este é o titular máximo da tutela — chegou a ministro, ena, ena — que controla as polícias, e fez valer o poder que o assiste. Exemplo concreto: telefonou para a RTP, protestando por ter sido exibido um spam-cartoon de Cristina Sampaio que criticava comportamentos de polícias. Não sabemos se é essa a prática que vai tentar instalar no partido, caso vença. Mas a sua "boa prática" aplicada na defesa da "honra" dos polícias racistas não nos descansa. O Partido Socialista bem pode limpar as mãos à parede se o eleger.

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sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Manuel Gusmão


Os poemas que ficaram são um testemunho. Textos vivos, que amam e sofrem e dizem o que sente o poeta. Nome maior da Língua Portuguesa. Muito obrigado, Manuel Gusmão.
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quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Mais uma corrida, mais uma viagem


Marcelo convoca eleições para Março. Chega e PSD reagem em directo e quase em simultâneo, diz a SIC-N. Diz o Expresso que Pedro Passos Coelho considera que o Chega não é antidemocrático. Montenegro já disse que não se vai aliar com o Chega porque não é preciso. Não acrescentou o que fará se for preciso. Temos pela frente dias complicados. Temos que evitar a entrada para o governo do país dos fascistas representados no parlamento. Esta direita é a pior de sempre. Esta direita, com Montenegro, é o regresso de Passos Coelho e Cavaco. As eleições acontecem nas vésperas das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril. Vamos comemorá-los combatendo a direita mais extrema de sempre. Contra a direita, sempre!

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quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Reflectindo


Não há policias racistas, pois não? Os polícias protegem os cidadãos, não é?

Ah, pois, não é bem assim. Polícias e juízes a mesma luta.
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terça-feira, 7 de novembro de 2023

Coro dos tribunais


Procuradores pedem, com sucesso, condenação de quem condena nazis/racistas. Procuradores derrubam um governo eleito com maioria absoluta. Procuradores já desempenharam papéis semelhantes pedindo condenações de pessoas que, depois de muita tinta impressa e de muito idiota útil em grande actividade, ficaram em águas de bacalhau.

As figuras tristes da justiça sucedem-se. Estas atitudes dos senhores e das senhoras da justiça portuguesa, mesmo quando tudo fica em águas de bacalhau, resvalam para o esquecimento e para a irrelevância. Os acusados ficam acusados para sempre nas mentes das cabecinhas ocas que relativizam o perigo da extrema-direita. A democracia é que perde sempre. Os execráveis líderes dos partidos de extrema-direita com representação no parlamento já vieram ditar o seu ódio. Os comentadores televisivos de direita — são quase todos — andam em grande rebuliço. Estes inventores de factos já clamam por dirigentes ditos carismáticos como grandes salvadores. O líder actual do PPD/PSD não colhe simpatia nos direitolas mais agressivos. Não é suficientemente populista. O sinistro Passos Coelho já anda em bolandas nas bocas e mentes das criaturas que vomitam fel. Estão sedentos de poder. Babam-se e fedem. A direita e a extrema-direita vêm aí. Não vai ser bom de ver, de ouvir, de sentir. Mas há quem não se importe nada com isso. É o caso da Justiça Portuguesa. Não, não podemos confiar na Justiça Portuguesa.

Imagens: capa de José Brandão para o álbum Coro dos Tribunais, de José Afonso.

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Análise politica

Obviamente estou preocupado. Muito preocupado. É óbvio.

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Coimbra em José Afonso


Regressou ao fado de Coimbra depois de muita obra feita. Quis reviver o passado onde foi feliz. Com este disco homenageia o seu pai e Edmundo Bettencourt. É uma revisitação, de facto, já com uma voz mais encorpada, com a textura única que o caracterizou. É um grande trabalho, como os outros todos. A reedição vai ser apresentada em Coimbra, na próxima sexta-feira. E vai estar disponível para venda e nas plataformas web. É ouvi-lo. Sempre.

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

O lelé da cuca

Guterres disse o óbvio: condenou a ataque do Hamas contra as pessoas que estavam num festival a divertir-se, mas adiantou que por outro lado Israel faz o que faz no seu dia-a-dia. Os representantes da extrema-direita israelita não acharam graça e fizeram um escarcéu. Normal. A extrema-direita nunca aceita a normalidade democrática e só sabe fazer ruído.

Marcelo diz a um responsável palestiniano opositor ao Hamas, que foram os palestinianos que começaram a portar-se mal. Marcelo confunde o Hamas com a Palestina. É tudo igual ao litro. Parece que Marcelo só conhece a história daquele conflito desde que o ataque ao festival aconteceu, mas só lhe dá na tola baralhar tudo. Guterres não mentiu nem está mal informado. É assertivo. Marcelo sempre mentiu. Sempre jogou fora do baralho. Neste caso concreto parece querer pôr Guterres fora de jogo. Desmente o secretário-geral da ONU com todos os dentes que tem na boca. São conhecidos os seus atropelos à verdade e à responsabilidade. Gosta de criar situações de conflito. E gosta de fazer desmentidos. O que é preciso é estar sempre nas televisões a dar ao badalo. Parece fingir que não está informado sempre que quer dizer umas larachas irresponsáveis daquela bocarra para fora. Não se importa de ser ridículo, pelos vistos. Ele é que é o verdadeiro lelé da cuca.

sábado, 4 de novembro de 2023

Receituário

OLHAR A REALIDADE? | Assim, sem ver, parece-me recomendável, que isto é mesmo assim. O conhecimento de outras ideias de Mónica Capucho aguçam a curiosidade e sugerem uma visita a esta exposição que agora se anuncia na Casa da Avenida.

CONCRETE REALITY
Mónica Capucho
Abertura hoje, 4 de Novembro
Até 3 de Dezembro

quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Olhar e Ver



Esta exposição de Catarina Real e Gonçalo Duarte abre hoje em Nova Iorque. Duas pessoas que fazem "coisas" por cá, vão agora mostrar o que viram e fizeram até ontem, ou anteontem, vá. 

Catarina Real já surpreendeu em exposições no país Portugal, com um discurso artístico elaborado no sentido da experimentação, da procura das coisas autênticas, que depois são transformadas em arte. A procura tem como motivo sentimentos e emoções. As coisas simples dão muito trabalho.

Gonçalo Duarte tem mostrado o seu trabalho por aí, e está representado na Festa da Ilustração, Setúbal, na exposição "Sérgio Godinho e as 40 Ilustrações mais cinco", que vai permanecer até ao final de Novembro no Museu de Setúbal/Convento de Jesus, e também esteve na "Ilustração Portuguesa", que durou até ao passado fim-de-semana. 

Esta exposição lá na ilha será uma surpresa para quem a puder visitar. Recomendo-a porque sei que a parolice provinciana não é carpete para o trabalho da Catarina e do Gonçalo. E fico feliz por quem está por estes dias em Nova Iorque. Feliz mas com pena de não estar lá. A gente já se encontra um dia destes.