quarta-feira, 30 de maio de 2012

A BEM DA NAÇÃO | Passos Coelho não demite ninguém. Todos lhe merecem confiança. Percebe-se. Mas então não será melhor demitir-se o próprio primeiro-ministro? Como se pode suportar um governante que permite tanta trapalhada? Oiço António Capucho, em entrevista a Sandra Felgueiras, no Hoje, da RTP2, a chamar grande político a Relvas, caindo em contradição logo a seguir, dizendo que não percebe como recebe o homem tanta sms sem tomar uma atitude, e sinto o vómito. Que nojo de gente.
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A VIDA DOS OUTROS | Pinto Balsemão e Ricardo Costa são investigados ao nível mais íntimo. Balsemão é um grande empresário da comunicação, militante número um do partido que governa e até já foi primeiro-ministro. Costa é director do mais influente semanário do país. Compreendo e estou solidário com estes dois alvos da lusa espionagem. Imagine-se o que poderá acontecer a um ignoto cidadão. Entretanto, Jorge Moreira da Silva, responsável por comunicar o que foi falado na sede do partido sobre o que anda por aí a acontecer, assegura que tudo está na mais perfeita normalidade, e que Relvas é dos deles, dos bons. Não há nada como percebermos que somos bem vigiados quando é preciso, e que o Governo cá da terra acompanha devidamente as espionagens para que nada de mal nos aconteça. Confesso que esta noite dormi muito mais descansado.
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terça-feira, 29 de maio de 2012

A DIMENSÃO DA PEQUENEZ | A caderneta de cromos é grande, mas pouco coleccionável. Ainda haverá quem dê um cêntimo furado por estas estampas lustrosas da política portuguesa?
Escreve Tomás Vasques no facebook
ANTOLOGIA DO DISPARATE | O governo é, cada vez mais, uma «caderneta de cromos». Aguiar Branco é um cromo difícil de encontrar. Só não é o «número da bola» porque existe no governo um cromo mais «difícil» de encontrar – o Álvaro. Hoje, o ministro da Defesa disse: «A batalha da dívida está hoje na mesma dimensão que era a luta em relação a Castela, em 1385». A dimensão de Aguiar Branco está nesta frase.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

RESPONSABILIDADE E JUÍZO | Vou sair mais forte, diz Relvas.
Este homem é todo um programa.
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domingo, 27 de maio de 2012

PÚBLICAS VIRTUDES | Parece que Relvas ainda é ministro. Esta circunstância deve-se ao facto de Passos Coelho ainda ser primeiro-ministro. Passos mantém Relvas contra marés e tempestades. Lá terá as suas razões. Peripécias que começam a entrar na normalidade, inscrevendo-se agora nos patamares do mais elevado patriotismo, eram há bem pouco tempo consideradas "asfixia democrática". É tão bom termos governantes tão esforçados no comando. Podemos ficar descansados. E agradecidos.
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sábado, 26 de maio de 2012

A FADA BOA | A senhora do FMI resolveu eleger um tipo específico de pobres. E declara a indiferença perante o sofrimento de outros. Uma praticante da caridade. Tudo devidamente encaixado no único caminho possível: o deles, os bonzinhos.
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sexta-feira, 25 de maio de 2012

UM LABREGO É UM LABREGO | Hoje só um louco ambiciona fazer vida política, diz Jorge Coelho. Será que no tempo dele era melhor? A gente já percebeu o que o levou a dedicar-se à "coisa" pública, mas podia disfarçar.
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segunda-feira, 21 de maio de 2012


domingo, 20 de maio de 2012

O ESTADO DAS COISAS | São feitos da mesma massa, é certo. A inabilidade política de Passos leva-o a escolher um experimentado arruaceiro, mas inculto e inábil para lidar com quem comunica. A trapalhada está instalada. Relvas é erva daninha. Aquilo agora é só crescer. Manter esta criatura em funções está para além da falta de jeito para o lugar. Já se prende com a dignidade do Estado. Do mau estado do Governo do dr. Passos.
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sábado, 19 de maio de 2012



DIETRICH FISCHER-DISKAU | Homenagem.
O CANTOR MORREU | Morreu a voz de veludo. Grande voz da humanidade. Há coisas assim: este canto é insubstituível. Foi dos seres humanos que mais gravou em estúdio. São esses registos que ficam. Muito obrigado, senhor Fischer-Dieskau.
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sexta-feira, 18 de maio de 2012


UM RAPAZOLA A QUEM CALHOU SER PRIMEIRO-MINISTRO


Por Daniel Oliveira, no Expresso

"Estar desempregado não pode ser um sinal negativo. Despedir-se ou ser despedido não tem de ser um estigma. Tem de representar também uma oportunidade para mudar de vida. Tem de representar uma livre escolha, uma mobilidade da própria sociedade." Pedro Passos Coelho.
Há pessoas que tiveram uma vida difícil. Por mérito próprio ou não, ela melhorou. Mas não se esqueceram de onde vieram e por o que passaram. Sabem o que é o sofrimento e não o querem na vida dos outros. São solidárias. Há pessoas que tiveram uma vida difícil. Por mérito próprio ou não, ela melhorou. Mas ficaram para sempre endurecidas na sua incapacidade de sofrer pelos outros. São cruéis. Há pessoas que tiveram uma vida mais fácil. Mas, na educação que receberam, não deixaram de conhecer a vida de quem os rodeia e nunca perderam a consciência de que seus privilégios são isso mesmo: privilégios. São bem formadas. E há pessoas que tiveram a felicidade de viver sem problemas económicos e profissionais de maior e a infelicidade de nada aprender com as dificuldades dos outros. São rapazolas.
Não atribuo às infantis declarações de Passos Coelho sobre o desemprego nenhum sentido político ou ideológico. Apenas a prova de que é possível chegar aos 47 anos com a experiência social de um adolescente, a cargos de responsabilidade com o currículo de jotinha, a líder partidário com a inteligência de uma amiba, a primeiro-ministro com a sofisticação intelectual de um cliente habitual do fórum TSF e a governante sem nunca chegar a perceber que não é para receberem sermões idiotas sobre a forma como vivem que os cidadãos participam em eleições. Serei insultuoso no que escrevo? Não chego aos calcanhares de quem fala com esta leviandade das dificuldades da vida de pessoas que nunca conheceram outra coisa que não fosse o "risco".
Sobre a caracterização que Passos Coelho fez, na sua intervenção, dos portugueses, que não merecia, pela sua indigência, um segundo do tempo de ninguém se fosse feita na mesa de um café, escreverei amanhã. Hoje fico-me pelo espanto que diariamente ainda consigo sentir: como é que este rapaz chegou a primeiro-ministro

quinta-feira, 17 de maio de 2012

HÁ MUNDOS QUE NÃO SÃO DO REINO DELES | Confesso que não suporto José Luis Arnaut. Tudo na criatura me provoca brotoeja. Desligo sempre que me entra pela casa através do programa do comunicador Crespo. É por isso que só dei por isto no blogue do José Simões. E é claro que a repulsa dobrou. Diz o José Simões: 
No telejornal do t-shirt man, Francisco Assis usou o minuto da praxe para evocar Carlos Fuentes, José Luís Arnaut associou-se mas preferiu falar de coisas "mais do plano terreno" [sic, e não é sic por ter sido na sic]. "Sempre que me vêm falar de Cultura... retiro a patilha de segurança da minha [pistola] Browning".  Hanns Johst [Schlageter] rocks! Ou será Kultura?
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NOVÍSSIMAS OPORTUNIDADES |  Nunca o desemprego atingiu números tão elevados. O primeiro-ministro, que há dias afirmou que o desemprego não é fatalidade mas sim oportunidade, indagado sobre o assunto, resolveu virar costas. Não se percebe. Ao invés de se congratular, fica mudo. Será que o dr. Passos, por modéstia ou inabilidade, já não sabe lidar com tão grado sucesso?
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quarta-feira, 16 de maio de 2012

CARLOS FUENTES | 1928-2012 | Homenagem.

terça-feira, 15 de maio de 2012

POUCO, NADA E COISA NENHUMA | O estado de desvergonha dos dirigentes políticos desta terra anda por patamares nunca antes tão frequentados. O dr. Passos dá o exemplo. Depois de nos tentar convencer de que não há alternativa à pobreza, sugere a emigração. Agora acha que ficar desempregado é uma oportunidade de sonho. A retórica está ao nivel do supermercado. Um primeiro-ministro que passa directamente de dirigente de uma juventude partidária para empresas geridas por amigos políticos, recomenda agora aos desempregados que não sejam piegas e que façam pela vida. A conversa até é razoável entre amigos. Mas Passos é primeiro-ministro de um país. E não sabe sê-lo. Fala do que não sabe. Nunca criou uma empresa. Nunca pensou em mais nada que não fosse na sua vidinha. É pouco para um neoliberal. É rigorosamente nada para um governante.
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segunda-feira, 14 de maio de 2012

POUCA VERGONHA | É incrível. O programa Prós e Contras, da estação pública de televisão, é dedicado ao Pingo Doce e à pouca vergonha que promoveram no 1º de Maio. A apologia da estupidez está ao rubro. Este país depende dos homens do supermercado? Não há vergonha?
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sexta-feira, 11 de maio de 2012

DESPEDIMENTO: UMA OPORTUNIDADE | "O despedimento não pode ser um estigma", disse o dr. Passos. Mas este homem é o primeiro-ministro de Portugal? Mas então Portugal tem um primeiro-ministro que é parvo? Ou faz-se? 
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BERNARDO SASSETTI | Morreu um Pianista com p grande. E morreu um homem excepcional. Esta notícia devia ser mentira. Que chatice de vida.
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quinta-feira, 10 de maio de 2012

A MULHER DE CÉSAR | O ministro da propaganda até pode não ter nada a ver com o assunto. O dr. Passos até pode confirmar que o ministro da propaganda nada tem a ver com o assunto. Mas conhecendo a gente os dois... Bem, no mínimo torcemos o nariz. Já que não podemos nem devemos torcer mais nada. 
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quarta-feira, 9 de maio de 2012

MUDAR | Mário Soares e Ana Gomes dizem que Portugal vai ter de mudar de políticas. A mudança em França sugere novas atitudes. Ana Gomes diz mesmo que é o Governo de Portugal que deve mudar. Quem sou eu para comentar opiniões de tão experimentados políticos, mas não resisto a alinhavar alguns reparos. Pedir ao dr. Passos para mudar assemelha-se a obrigar o escorpião a mudar de natureza. É provável que, por distracção ou conveniência, Ana Gomes e Mário Soares esqueçam que Pedro Passos Coelho desenvolveria estas políticas mesmo sem intervenções externas. Está escrito. O homem lançou um livro, em Janeiro de 2010, com um sugestivo título: Mudar. Foi apresentado com pompa e com a presença dos ilustres do PSD. Todos ansiavam pelo Poder. Salivavam. O livro foi editado pelo actual secretário de Estado da Cultura, na Quetzal. Um envolvente encontro de amigos, portanto. Ora, passado esse tempo de ansiedade, a mudança está em curso. É esta, a que Passos nos impõe, e não outra. Não é de braço dado com Coelho que se mudam as políticas, mas sim mudando Coelho. Esse cozinhado está, pelo que parece, adiado pelos eleitores que continuam, segundo as sondagens mensais, a permitir Coelho na cozinha. Hollande é uma esperança. Mas deixemos-nos de ilusões. É com a definitiva recusa do neo-liberalismo que a vida de todos nós pode mudar. Estas políticas apenas se preocupam com a vida dos que já estão bem. É inevitável.  É a livre iniciativa, dizem. É de outra iniciativa que precisamos. Urge. O tempo foge.
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terça-feira, 8 de maio de 2012

TEMPOS DIFÍCEIS | O resultado eleitoral na Grécia vem alimentar uma premissa preocupante: a Democracia já não é o que era. Quem ganha não tem condições para formar governo. A possibilidade de formação de um governo estável parece não existir. Nazis confessos têm resultados históricos. Não fosse a inclusão na Europa e já estaríamos perante o perigo de espreitadelas ditatoriais. Tempo perigoso, este.
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BOM CONSELHO | Aconteceu no fim da semana passada, em Cascais. Chamaram-lhe Conselho para a Globalização, mas mais parecia um encontro de mais custosos do PSD. Os três da vida airada: Coelho, Cavaco e Barroso, fizeram as honras da casa. E que honras. Coelho ligou a gravação do discurso em redondo que muito desenrola e nada diz. Cavaco, não sei se é da idade, mas passa a vida preocupado com o que os outros pensam de nós. E Durão Barroso contou uma emocionante história: Há portugueses que, lá no estrangeiro, se inibem de o abordar por timidez e falta de auto-estima. Não esclareceu se essas faltas acontecem à porta dos supermercados de Bruxelas, ou se à saída do avião particular ao seu serviço. Mas, para não dizermos que não falou de flores, avançou com os exemplos de sucesso e de auto-estima de dois grandes portugueses da bola e apontou-os como fitos a seguir por todos nós. Entretanto, em outra publicação com notícias internacionais, uma alta responsável pelas políticas europeias, confessava que se um determinado jogador da bola a pedisse em casamento, abandonava imediatamente a política. É a gente desta que está entregue o poder de decidir. É esta gente lamentável que governa o nosso destino. Respeito demasiado a política para ter consideração por estas criaturas. Não tenho.
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segunda-feira, 7 de maio de 2012

POR OUTRO LADO... | O novo presidente francês avisou: "Não somos um país qualquer, somos a França". E daí? Hollande arranca com discurso à americana. Na América resulta que nem gingas. Mas, na Europa faz lembrar o pior de Sarkozy. Talvez fosse melhor pensar duas vezes, ou mesmo três, antes de avançar com ameaças nacionalistas. Fica mal a um socialista.
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domingo, 6 de maio de 2012

GRÉCIA | Os partidos que habitualmente repartem o poder não somam juntos uma solução de governo. O que dali vai surgir é uma incógnita. Estas incógnitas são muito perigosas: para a Grécia, para a Europa e para o mundo.
E, partindo do princípio de que foi o partido que mentiu sobre as contas do Estado grego, contribuindo assim para o alastrar da actual crise, a ter o maior número de votos... Teme-se o pior.

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VÁ PELA SOMBRA | Sarkozy ameaçou abandonar a política caso perca as eleições de hoje. Logo, caso as perca, duas boas notícias são dadas ao mundo. O argumento destes políticos de trazer por casa é sempre o mesmo: na vida que existe para além da política só existem vantagens financeiras. Não consigo perceber a razão de se sacrificarem tanto pelo povo governado.
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sexta-feira, 4 de maio de 2012

FERNANDO LOPES | 1935-2012 | Homenagem.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

COMUNICADO | O Presidente Cavaco ofendeu-se por o andarem a ligar insistentemente ao caso BPN.  Resolveu mesmo rejeitar todas as insinuações em comunicado da Presidência. Afinal de nada lhe serviu ser amigo pessoal dos responsáveis máximos do Banco: tem lá depositadas apenas umas pequenas poupanças. Seguindo o seu exemplo, resolvi eu também esclarecer por esta via algo que me perturba.
Procedo assim à divulgação do seguinte comunicado:
Por motivos que se prendem com a necessidade de recuperar a economia e pagar as dívidas da Nação, sou obrigado a participar generosamente no esforço que fornece o Banco Português de Negócios, o Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu, a Comissão Europeia, a Presidência da República Portuguesa, a Autoridade Tributária e a Segurança Social.
Nunca fiz depósitos no BPN. Não concordei com o pedido de resgate requerido à famosa troika. Nunca votei em Cavaco Silva. Não concordei com a destruição do tecido produtivo no tempo do capitalismo popular (nem nunca percebi muito bem o que isso queria dizer). Nunca vivi acima das minhas possibilidades. Nunca participei, nem por graça, em nenhum comício eleitoral, nem em nenhuma acção de propaganda do Governo em funções.
Fica assim esclarecido que a situação em que nos encontramos não foi decidida por mim (nem por uma grande parte dos portugueses que como eu não alinharam nas promoções bancárias, processos eleitorais  e outros enleios aqui descritos). Esclareço também que o meu envolvimento forçado nos desígnios impostos pelo Governo da Nação em nada me vinculam às ideias e projectos em vigor.
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quarta-feira, 2 de maio de 2012

ENCHEM AS TULHAS NO PINHAL DO REI | Esta criatura inenarrável gozou descaradamente com os portugueses seus clientes. Será que ainda será chamado para comentar nas televisões o estado do País? Será que ainda há quem o considere reserva moral? Ou, pelo contrário, será que vai finalmente ser considerado o asco de pessoa que realmente é?
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UM OUTRO PRIMEIRO DE MAIO | O dr. Passos foi comemorar o 1º de Maio. Partilhou a sua certeza de que temos que nos habituar a um nível de desemprego nunca visto. Já nos tinha informado do inevitável empobrecimento. E insistiu em mais outra certeza: não há outro caminho. A sala festejou e aplaudiu com grande entusiasmo. Festejou e aplaudiu o quê?!
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terça-feira, 1 de maio de 2012