sexta-feira, 30 de setembro de 2005

E não se pode silenciá-los?

Nunca uma campanha eleitoral foi tão ilustrada pelo disparate como estas autárquicas.
Parece um maldição. Não bastavam os Isaltinos, Valentins, Torres, Felgueiras e pelos vistos mais cerca de setenta candidatos a contas com os tribunais, quando surpreendentemente se juntam ao pagode, gente sem chatices com a justiça mas com problemas em perceber o sentido de justiça. Vem isto a propósito de um texto publicado no manifesto eleitoral da CDU, em Setúbal, assinado pelo seu mandatário, um médico que responde por Luciano.
A linhas tantas, e depois de rasgados elogios a Carlos de Sousa, actual e futuro presidente da edilidade, o reputado clínico resolve atacar de uma forma pouco ortodoxa em democracia, os seus opositores, dizendo literalmente: "deviam ser silenciados". Assim, sem dispensáveis metáforas. O documento anda aí. O médico poderá não andar bem, mas estas coisas passam por revisões e aprovações finais. Tem que haver algum decoro com as palavras. As palavras são importantes. Muitas vezes decisivas. Será que Carlos de Sousa está de acordo com o seu mandatário? A CDU aprovou tamanho dislate? Não acredito. Se calhar foi gralha na gráfica. Só pode. Esclareçam lá o pessoal.
JTD