quinta-feira, 29 de setembro de 2005

Um labrego será sempre um labrego

Jerónimo Sousa, em trajecto eleitoral, passou pelo local onde trabalhou em meados do século passado. O antigo operário queixou-se aos ex-colegas da falta de "uns calendários que costumavam estar ali afixados". Disse-o com aquele ar maroto que caracteriza os homens labregos. Estão a ver a que calendários se refere o senhor, não estão? Exactamente, esses, tipo serralharia, com mulheres nuas. Isto passou-se. Vi na televisão. Ainda não conheci reacções das mulheres do seu partido perante tão desbragada atitude. Nem dos muitos homens decentes que militam no PCP. Estava habituada a assistir a este tipo de alarvidades por parte de gente da direita troglodita. Jerónimo veio contribuir para a democratização deste conceito.
RR