quarta-feira, 24 de junho de 2020

O Ovo da Serpente

A expressão vem de uma frase de um texto de Shakespeare. Igmar Bergman fez o filme. A trama da fita passa-se nos anos da República de Weimar, na Alemanha, pouco tempo antes de Hitler, Goebbels e outros detentores das certezas transformadoras puxarem das pistolas, e simboliza a ascensão de propósitos pouco respeitadores da humanidade. 

Já percebemos que essas certezas transformadoras aparentam-se simpáticas a muitos que passam a primeiras vítimas da "transformação". 
Sérgio Godinho, em 1978, gravou Pano Cru, álbum — excelente — onde em muitas músicas alerta para os perigos dos atropelos à democracia. Há uma que diz: O fascismo é uma minhoca/Que se infiltra na maçã/Ou vem com botas cardadas/Ou com pezinhos de lã. Este cartaz mistura tudo e tenta contribuir para um alerta. Sábado vai haver uma manifestação repugnante, celebrante das diferenças humanas, optando pelo ódio contra a convivência saudável entre todos.
É preciso não lhes passar cartão. Manifestações de repúdio no terreno é o que eles querem para que a vitimização seja vitória. Isolemos os fascistas.
facebook