quarta-feira, 10 de junho de 2020

Alcindo Monteiro


Há quem ache excessivo insistir-se nesta coisa do racismo. E há ainda quem ache que o racismo não existe na sociedade portuguesa. Rui Rio, líder de um partido da alternância acha isto mesmo. Que chatos, pá! Então não é melhor um desconfinamento total e uns copos para desconfinar a garganta? Deixem-se lá de merdas!

Pois é, foi para descontrair e beber uns copos com os amigos que Alcindo Monteiro rumou ao Bairro Alto naquela noite. Foi há 25 anos. Tudo correu mal para Alcindo. Um grupo de delinquentes racistas privou-o de um futuro. Era muito novo, com a vida toda pela frente, mas os cabeças rapadas — PNR — acharam que ele não tinha esse direito. Um preto não tem direito a nada. O filho da puta que o matou já anda por aí e até foi vedeta num programa da RTP1, apresentado por uma bimba ignorante. Pai extremoso, vejam só. É por estas e por outras que o racismo tem de ser denunciado. Sempre. Existe e não se recomenda. Combate-se. O PNR foi agora substituído pelo verme do Chega!. Estes ainda não matam mas, pelas declarações do energúmeno que se senta no parlamento, a perseguição racista será reforçada com a sua chegada ao poder. Isso não pode acontecer. Não acontecerá. Alcindo Monteiro não pode ter morrido em vão. É importante insistir na luta anti-racista. Sempre!
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