domingo, 21 de junho de 2020

Inverno

Confesso que quando fui assistir à representação de INVERNO, de John Fosse, com Pedro Lima e Sylvie Rocha, encenação de Jorge Silva Melo, no Teatro Taborda, que era onde os Artistas Unidos tinham montado arraiais, não fazia ideia de quem era Pedro Lima. 

Eu sei, ele já era muito conhecido e aparecia muito nas revistas, mas eu raramente vejo televisão e nunca folheio imprensa em tons rosa. Faço esta confissão, não porque tenha complexos escrutinadores de preferências — cabemos cá todos —, mas sim para reforçar a surpresa que tive ao ver Pedro Lima e Sylvie Rocha em palco. Foi uma peça que me marcou e que recordo muitas vezes. Aliás: fui vê-la uma segunda vez para tirar dúvidas, experimentar outras emoções e confirmar talentos. Passei a seguir o trabalho do Pedro em palco. Gostava muito de o ver trabalhar. E dizem-me que era um ser humano extraordinário. Isso reforça a tristeza que nos faz sentir esta morte.
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