sábado, 1 de setembro de 2007
A morte saiu à rua
Este verão a morte deu basto uso à sua segadeira. Nem Igmar Bergman escapou à ceifa. Antonioni parece ter combinado com o colega sueco esta retirada. Os dois mestres do cinema encenaram o seu fim numa muito bem produzida cena final. Tanto um como outro iluminaram os meus dias na juventude. Na minha geração éramos todos cinéfilos. Conheci Bergman através de Mónica, a do desejo, e nunca mais parei de com ele conviver. Antonioni convenceu-me com Blow Up, e, mais tarde, surpreendeu-me com Identificação de Uma Mulher. A relação continua. É frequente ir ali à estante convocá-los para exibições privadas. E eles, apesar de estarem muito bem instalados, convivendo com colegas do seu tempo e com outros mais recentes, nunca deixam de colaborar com esta minha curiosidade. Até parece que fizeram aquelas fitas para os da minha laia. Se calhar foi.