Foi um fim de tarde e pêras. Excelente interpretação por Alice Brito do livro "Humilhação e Glória", de Helena Vasconcelos. A iniciativa Muito Cá de Casa faz por levar à Casa Da Cultura | Setúbal, os intelectualmente mais saudáveis autores desta língua que por cá falamos. A autora pertence a um grupo de intelectuais que me ajudou a perceber o nosso tempo. Muitos dos livros que analisa no Ípsilon, do Público, são meus companheiros para a vida. Helena Vasconcelos escreve como ninguém sobre Arte e Literatura. Uma grande escritora com muita letra para nos oferecer. Ontem coloquei aqui um texto saído deste seu livro com a intenção de promoção da iniciativa. A frase transmitia um reparo ao que já passa despercebido: a humilhação da cerimónia do casamento que se pratica nas casas de culto religioso. Não foi retirado de contexto, mas o livro descreve muitos outros contextos que muitos não se dão ao luxo de aprofundar. Muitas práticas diárias da nossa sociedade são sexistas e até criminosas face aos géneros que ainda se consideram diferentes. As mulheres desde sempre. Mas também muita gente que não pertence ao rol descrito nos manuais institucionais é tratada de maneira diferente. Porque, lá está, os manuais assim consideram. A definição mais estúpida e retrógrada é a da tradição. O que é tradicional é bom. Alice Brito elaborou e leu um texto que choca pela lucidez. Helena Vasconcelos comentou e acrescentou o seu conhecimento. Concluímos: estamos a regredir. Alguns dos comentários ao texto de ontem revelam um desprendimento ao avanço necessário: deixem lá isso. Tudo é relativo e permissivo. Viva o imobilismo. Convenhamos que aqui na página foram uma minoria muito, muito reduzida, mas na sociedade, nas escolas e nas empresas o machismo é prática corrente e aplaudida. Os disfarces para essas más práticas são a tradição e o imobilismo. Já não vale a pena pensarmos nisso. Estamos todos tão bem uns com os outros. Confesso que esta sessão Muito Cá de Casa foi das que me deu mais entusiasmo e vontade de promover. É sempre um prazer e uma sorte conversar com Helena Vasconcelos. Não me desiludi. Saí dali melhor. Com mais vontade de mandar às urtigas a tradição e o imobilismo, essas eminências serôdias e reaccionárias que ainda minam as meninges de muita gente. A tradição e o imobilismo que se fodam.Nota final: o livro "Humilhação e Glória" está disponível para venda na Culsete e na Casa Da Cultura | Setúbal, pelo extraordinário preço de 5 euros. Quem avisa amigo é.
Foi um fim de tarde e pêras. Excelente interpretação por Alice Brito do livro "Humilhação e Glória", de Helena Vasconcelos. A iniciativa Muito Cá de Casa faz por levar à Casa Da Cultura | Setúbal, os intelectualmente mais saudáveis autores desta língua que por cá falamos. A autora pertence a um grupo de intelectuais que me ajudou a perceber o nosso tempo. Muitos dos livros que analisa no Ípsilon, do Público, são meus companheiros para a vida. Helena Vasconcelos escreve como ninguém sobre Arte e Literatura. Uma grande escritora com muita letra para nos oferecer. Ontem coloquei aqui um texto saído deste seu livro com a intenção de promoção da iniciativa. A frase transmitia um reparo ao que já passa despercebido: a humilhação da cerimónia do casamento que se pratica nas casas de culto religioso. Não foi retirado de contexto, mas o livro descreve muitos outros contextos que muitos não se dão ao luxo de aprofundar. Muitas práticas diárias da nossa sociedade são sexistas e até criminosas face aos géneros que ainda se consideram diferentes. As mulheres desde sempre. Mas também muita gente que não pertence ao rol descrito nos manuais institucionais é tratada de maneira diferente. Porque, lá está, os manuais assim consideram. A definição mais estúpida e retrógrada é a da tradição. O que é tradicional é bom. Alice Brito elaborou e leu um texto que choca pela lucidez. Helena Vasconcelos comentou e acrescentou o seu conhecimento. Concluímos: estamos a regredir. Alguns dos comentários ao texto de ontem revelam um desprendimento ao avanço necessário: deixem lá isso. Tudo é relativo e permissivo. Viva o imobilismo. Convenhamos que aqui na página foram uma minoria muito, muito reduzida, mas na sociedade, nas escolas e nas empresas o machismo é prática corrente e aplaudida. Os disfarces para essas más práticas são a tradição e o imobilismo. Já não vale a pena pensarmos nisso. Estamos todos tão bem uns com os outros. Confesso que esta sessão Muito Cá de Casa foi das que me deu mais entusiasmo e vontade de promover. É sempre um prazer e uma sorte conversar com Helena Vasconcelos. Não me desiludi. Saí dali melhor. Com mais vontade de mandar às urtigas a tradição e o imobilismo, essas eminências serôdias e reaccionárias que ainda minam as meninges de muita gente. A tradição e o imobilismo que se fodam.Nota final: o livro "Humilhação e Glória" está disponível para venda na Culsete e na Casa Da Cultura | Setúbal, pelo extraordinário preço de 5 euros. Quem avisa amigo é.
Foi um fim de tarde e pêras. Excelente interpretação por Alice Brito do livro "Humilhação e Glória", de Helena Vasconcelos. A iniciativa Muito Cá de Casa faz por levar à Casa Da Cultura | Setúbal, os intelectualmente mais saudáveis autores desta língua que por cá falamos. A autora pertence a um grupo de intelectuais que me ajudou a perceber o nosso tempo. Muitos dos livros que analisa no Ípsilon, do Público, são meus companheiros para a vida. Helena Vasconcelos escreve como ninguém sobre Arte e Literatura. Uma grande escritora com muita letra para nos oferecer.
Ontem coloquei aqui um texto saído deste seu livro com a intenção de promoção da iniciativa. A frase transmitia um reparo ao que já passa despercebido: a humilhação da cerimónia do casamento que se pratica nas casas de culto religioso. Não foi retirado de contexto, mas o livro descreve muitos outros contextos que muitos não se dão ao luxo de aprofundar. Muitas práticas diárias da nossa sociedade são sexistas e até criminosas face aos géneros que ainda se consideram diferentes. As mulheres desde sempre. Mas também muita gente que não pertence ao rol descrito nos manuais institucionais é tratada de maneira diferente. Porque, lá está, os manuais assim consideram. A definição mais estúpida e retrógrada é a da tradição. O que é tradicional é bom. Alice Brito elaborou e leu um texto que choca pela lucidez. Helena Vasconcelos comentou e acrescentou o seu conhecimento. Concluímos: estamos a regredir. Alguns dos comentários ao texto de ontem revelam um desprendimento ao avanço necessário: deixem lá isso. Tudo é relativo e permissivo. Viva o imobilismo. Convenhamos que aqui na página foram uma minoria muito, muito reduzida, mas na sociedade, nas escolas e nas empresas o machismo é prática corrente e aplaudida. Os disfarces para essas más práticas são a tradição e o imobilismo. Já não vale a pena pensarmos nisso. Estamos todos tão bem uns com os outros.
Confesso que esta sessão Muito Cá de Casa foi das que me deu mais entusiasmo e vontade de promover. É sempre um prazer e uma sorte conversar com Helena Vasconcelos. Não me desiludi. Saí dali melhor. Com mais vontade de mandar às urtigas a tradição e o imobilismo, essas eminências serôdias e reaccionárias que ainda minam as meninges de muita gente.
A tradição e o imobilismo que se fodam.
Nota final: o livro "Humilhação e Glória" está disponível para venda na Culsete e na Casa Da Cultura | Setúbal, pelo extraordinário preço de 5 euros. Quem avisa amigo é.