Cavaco está velho. Visivelmente cansado. O Fel já não lhe salta da garganta com a vivacidade de outrora. Passos candidata-se ao lugar do velho Cavaco. Ameaça ser o novo grilo falante de extrema-direita.
Agora entrou em cena com as habituais inanidades, mas com uma calculada distância. O chunga do Chega chegou-se logo à frente — está sempre lá, parece o emplastro — em defesa do seu criador. A direita já não existe em Portugal. Passos tratou de eliminar a decência social-democrata que ainda existia no PPD/PSD. Existe uma extrema-direita feroz e agressiva. Chega, IL, e, cada vez mais, o PPD/PSD extremam o discurso e a ameaça. Trump, Bolsonaro, Meloni e Millei convenceram esta gente de que é possível chegar lá, ao pote, como dizia o alarve Passos. Existe a possibilidade de o perú votar no natal. Hitler e Mussolini também venceram eleições. Pinochet entrou à força. Em Portugal a coisa está mais complicada. É por isso que se distribuem em mentiras alucinadas e promessas sem trambelho. Cada vez mais agressivos. Cada vez mais sem vergonha.
Oxalá se lixem.