Marina Abramović está representada na Lisson Gallery, em exposição até ao fim do ano. Quem estiver por ali não perde nada em passar por lá. Marina é senhora de um trabalho notável. Arriscou, ultrapassou limites, é corajosa e frontal. Aposta no risco. A comodidade não a satisfaz. Uma mulher notável. Em livro auto-biográfico, com título sugestivo — Pelas Paredes —, fala da sua vida, aventuras e desventuras da existência dos humanos. Fala do apoio que lhe deu o seu amigo Julião Sarmento, artista nascido em Portugal que também correu mundo. Falamos de gente que nos ajuda a crescer intelectualmente.
Dizem-me que no teatro municipal S. Luiz está em cena uma peça de teatro de revista à portuguesa que goza com Marina Abramović e com outros nomes da performance e dança mais do que respeitáveis. Dizem-me isto e eu coro de vergonha. Esta gente de extrema-direita que até já anda a lançar esterco pela cultura é repugnante. Razão tem Laurie Anderson quando alerta para o crescimento do fascismo como a grande ameaça que temos pela frente. Eles andam mesmo por aí. Estão em todo o lado. São repugnantes mas são aplaudidos. Ora, são gente estúpida, não liguem, dirão alguns. São estúpidos, sim, mas acrescento uma informação importante: já são muitos e perderam o medo de ter vergonha. Não querem saber das figuras tristes que fazem. São tristes, são estúpidos, mas a estupidez tem público. Muito.
Marina Abramović está representada na Lisson Gallery, em exposição até ao fim do ano. Quem estiver por ali não perde nada em passar por lá. Marina é senhora de um trabalho notável. Arriscou, ultrapassou limites, é corajosa e frontal. Aposta no risco. A comodidade não a satisfaz. Uma mulher notável. Em livro auto-biográfico, com título sugestivo — Pelas Paredes —, fala da sua vida, aventuras e desventuras da existência dos humanos. Fala do apoio que lhe deu o seu amigo Julião Sarmento, artista nascido em Portugal que também correu mundo. Falamos de gente que nos ajuda a crescer intelectualmente.
Dizem-me que no teatro municipal S. Luiz está em cena uma peça de teatro de revista à portuguesa que goza com Marina Abramović e com outros nomes da performance e dança mais do que respeitáveis. Dizem-me isto e eu coro de vergonha. Esta gente de extrema-direita que até já anda a lançar esterco pela cultura é repugnante. Razão tem Laurie Anderson quando alerta para o crescimento do fascismo como a grande ameaça que temos pela frente. Eles andam mesmo por aí. Estão em todo o lado. São repugnantes mas são aplaudidos. Ora, são gente estúpida, não liguem, dirão alguns. São estúpidos, sim, mas acrescento uma informação importante: já são muitos e perderam o medo de ter vergonha. Não querem saber das figuras tristes que fazem. São tristes, são estúpidos, mas a estupidez tem público. Muito.