Esteve preso três vezes, somando onze anos nas prisões do fascismo. Sofreu agruras inimagináveis na prisão e fora dela. Foi militante político clandestino, funcionário do Partido Comunista Português. Lutou pela democracia, pelo direito a escolhermos o nosso futuro. Foi também animador cultural, ligado mais ao cinema, e publicou três livros reveladores de tudo isto. Num tempo em que estes heróis são arrasados pelos novos fascistas, exibindo a estupidez da repressão e a intolerância da xenofobia como solução, e quando tudo o que os antifascistas combateram é agora promovido, não se percebendo muito bem como é que imbecis iletrados têm soluções para seja o que for, é importante que seres humanos maiores como Manuel Pedro sejam recordados e respeitados como os grandes cidadãos que foram. São estes os exemplos de vida de quem deseja viver em democracia e em liberdade, com educação, cultura e alegria de viver. Muito obrigado, Manuel Pedro.
