domingo, 29 de setembro de 2024

Música com M grande

UNITY | Rodrigo Amado no saxofone, Hernâni Faustino no contrabaixo, Gabriel Ferrandini na bateria e Rodrigo Pinheiro no piano conviveram com os instrumentos mesmo ali à nossa frente. E os sons que eles inventaram. Improvisação cativante e segura. Conhecimento musical sem preconceitos. Excelência cultural. Sessenta minutos de música ininterrupta. Soberbo. Privilégio.
"The Bridge" e "Beyond the margins", duplo álbum, gravado por Rodrigo Amado com a companhia de Alexander Von Schlippenbach, Haker Flaten e Gerry Hemingway, estava por lá à venda. Veio comigo para casa. A imagem da capa não me é estranha. Antes de retirar o vinil do celofane esclareci com o Rodrigo: a pintura da capa é do Miguel Navas, certo? Claro.
Isto anda mesmo tudo ligado. Miguel Navas vai ter os seus trabalhos recentes em exposição na Casa Da Cultura | Setúbal logo no início do próximo ano. É apenas uma curiosidade. A arte e a cultura que nos aproximam encontram-se e convivem. Sorte a nossa.

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sábado, 28 de setembro de 2024

Design de comunicação

Da série Grandes Capas. The New European.

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Música de ouvir e pedir mais

Rodrigo Amado vai estar hoje em Setúbal, na casa da Casa Da Cultura | Setúbal, mas cá fora, ao ar livre. Entrar lá não custa nada. É só aparecer. Não é todos os dias que ouvimos ao vivo a música assim. É aproveitar.


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sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Maggie Smith


Habituei-me a gostar dela. Não porque tenha participado nos filmes maiores da minha vida, mas pelas razões que nos levam a gostar de alguém que faz coisas que gostamos de ver, que nos são agradáveis ao olhar. Pessoas bonitas e que se apresentam bem. E representam bem, já agora. Maggie Smith foi uma actriz extraordinária. É facto. Uma vida acaba. Ficam as fitas que têm a sua vida.

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Viver e deixar viver... mas bem

Isto é muito engraçado, sem graça nenhuma. Uns beatos papa-missas tentam anular uma das atitudes mais civilizadas propostas em democracia, e aprovada no parlamento. Com o Presidente ao leme. E depois falam em luxos ideológicos, quando se fala em direitos públicos. São imortais. Vão viver para além da morte, num paraíso, mas ainda assim só pensam em mandar na vida dos outros, dos que querem viver a sua própria vida e decidir sobre ela. Beatos falsos, é o que são.

Este texto do Daniel Oliveira esclarece: Eutanásia: um veto de gaveta inconstitucional e antidemocrático
Nenhuma lei deve ter sido aprovada cinco vezes, como a da eutanásia. Poucas passaram duas vezes pelo TC e tiveram dois vetos do PR. O governo anterior tinha 90 dias para a regulamentar e arrastou. Mas o que se passa não é incúria, é violação consciente e determinada da Constituição. A recusa apresenta dois argumentos: há dois pedidos de verificação da constitucionalidade e a AD pretende ser coerente com os seus compromissos eleitorais. Quanto ao primeiro, os dois pedidos são de verificação sucessiva e não podem travar o processo legislativo – isso permitiria bloquear eternamente uma lei aprovada. Quanto ao segundo, então façam o que propõe o manifesto da direita ultraconservadora e voltem à AR para revogar a lei, assumindo os custos políticos. Inaceitável, é o veto de gaveta. Não regulamentar uma lei aprovada não é prerrogativa de um governo, é violação da Constituição. A exigência é simples: respeitem o processo democrático e a AR, cumpram a Constituição que juraram defender.

terça-feira, 24 de setembro de 2024

Da aritmética

É preciso que todos tenham a noção de que tivemos duas eleições legislativas seguidas e que a haver as terceiras seriam as terceiras em três anos. 
Luís Montenegro
Bravo, pelo menos sabe contar. Provavelmente alinha com os concursos a aplicar nas escolas pelo seu ministro das coisinhas educativas Já tivemos primeiro-ministros que não sabiam ler nem escrever, como classificava Vasco Pulido Valente o fruste Santana Lopes. Montenegro pode não saber ler e escrever, mas sabe fazer contas de somar, pelo menos. É que o homem acertou mesmo: depois de uma primeira vem uma segunda vez, e logo a seguir uma terceira. Limpinho. É preciso que todos tenham a noção disso.

Médicos entram hoje em greve. Querem mais condições de trabalho — isso já se sabe há muito que é uma grande chatice —, mas também querem ver a ministra pelas costas. A senhora não percebe nada de Saúde nem quer saber do SNS para nada, é o que acham os médicos que vão fazer greve. Percebe-se que a senhora ministra foi para o lugar para entregar a nossa saúde — ou a falta dela — ao grande negócio que é precisamente a saúde. 

O governo Marcelo/Montenegro está a tentar um regresso ao passado mais obscuro. A inábil ministra da administração interna não sabe o que fazer, nem o que depois dizer perante situações de extrema gravidade. Sai de cena, regressa ao holofotes para vociferar inanidades, elogiando o nosso "rico povo" que combateu as ameaças dos elementos, e volta para detrás da cortina. Foi dito no início que percebia imenso de segurança e de relacionamentos com as forças de segurança. Era o máximo. É o que se vê.

O ministro da educação borrifa-se na educação. Transforma o ministério numa espécie de organização promotora de jogos florais. Primeiro são premiados os directores, que são quem manda na escola, depois os professores, que são quem obedece aos directores e manda nos alunos, que só devem obedecer. Mas os bons, os mais rápidos, os que merecem quadro de honra. As ideias de educação do senhor ministro são um elogio a Nuno Crato — o mais obscuro ministro que pisou o soalho do ministério — e aos seus indescritíveis métodos. Os mestre-escola voltarão.

A dupla Marcelo/Montenegro revela a face mais nítida do que pode ser um governo de direita. Falamos de arrogância vacilante, entrecortado cinismo  e vibrante incompetência. A negociação do orçamento é um happening permanente. Montenegro diz o dito por não dito com um à-vontade performativo, acompanhado de uma linguagem corporal que só engana quem quer ser enganado. Postura quase circense. Parece o palhaço rico aos estalos com o resto da companhia. A exibição da pouca vergonha é prospecto promocional. Circo dos arrabaldes. Governar é uma palhaçada. A ideia é acarinhar (como dizia o outro) o "rico povo" (como diz a outra) que votou no partido fascista, como se quem vota em fascistas merecesse carinho. Carinho merece quem votou na democracia política que apoia as pessoas e os seus direitos. Fascistas nunca mais.

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segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Se não há limões não há limonada

“Se não houver orçamento, há crise política e económica”, diz o Presidente.

A experiência em provocar crises fornece-lhe autoridade. A autoridade fornece-lhe a vontade. A vontade é maior do que a razoabilidade. A estabilidade é comodidade para ele. Para nós, a estabilidade apregoada é supressão de direitos ou anulação das nossas comodidades. A direita no poder queima tudo. Os governos de direita não matam, mas moem. Matam quando se aliam à direita mais à direita. É sempre uma possibilidade estratégica. Estabilidade a quanto obrigas. A miséria política e cultural torna-se realidade. A estabilidade, essa vontade. Que se lixe a estabilidade do Presidente. O Presidente que se lixe, mais o seu miserável governo.

domingo, 22 de setembro de 2024

Senhor Teatro

Morreu Rogério de Carvalho. Homem discreto. Encenador criativo. Exigente, transformava textos de grandes autores em linguagem sua. Fazia teatro a régua e esquadro, mas não se notava nada. Tratava a liberdade de criar por tu. Vi muito do que fez. Tenho pena de não ver mais. Muito obrigado, senhor Rogério de Carvalho.

sábado, 21 de setembro de 2024

Receituário

ARTE EM FESTA | Abre hoje o novo Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian. Kengo Kuma é o arquitecto responsável por esta renovação. Vou ouvi-lo daqui a pouco. Confesso que sinto algum entusiasmo.

"O CAM tem um edifício redesenhado pelo arquiteto japonês Kengo Kuma, que colaborou com o arquiteto paisagista Vladimir Djurovic, para integrar na perfeição arquitetura e natureza.Kengo Kuma reimaginou completamente o anterior edifício do CAM – Centro de Arte Moderna Gulbenkian, da autoria do arquiteto britânico Leslie Martin e inaugurado em 1983. A profunda reconfiguração do CAM parte de um projeto que ambiciona estabelecer uma maior ligação entre o edifício e a área alargada do Jardim Gulbenkian".

https://gulbenkian.pt/cam/novo-edificio/

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sexta-feira, 20 de setembro de 2024

A institucionalização da estupidez


O primeiro-ministro omite. Mente. Os ministros omitem e inventam. Mentem. O Presidente, outrora famoso pelas omissões e mentiras, agora confirma omissões e mentiras dos outros. O governo não governa. Finge. O primeiro-ministro está em permanente campanha eleitoral. Só faltam os comícios à Trump no fim da semana. O discípulo do inenarrável Cavaco quer eleições e pensa que ainda vive no tempo do primeiro-ministro mais parecido com Salazar que o país teve depois de Abril. E Salazar parece ter voltado, como tantos desejam. As suas ideias povoam as cabeçorras imundas do pantomineiro do partido fascista e dos cinquenta fascistas que foram parar à bancada do extremo direito do parlamento, vindos quase todos da enxurrada que se deu no partido do governo. O lamaçal está instalado. 

O tão apreciado ministro da educação lançou uma ideia para as escolas: avaliação da velocidade de leitura para meninos de 7 anos. Como se ler, escrever e pensar depressa fossem prova de mérito. Claro que nem se coloca a hipótese de ser exactamente o seu contrário. Viva o ensino para alguns. Viva o quadro de honra. Volta Nuno Crato. Ainda é proposta a mudança de nome da estrutura governamental para Ministério da Instrução e Mérito, como os seus homólogos italianos fizeram. O pantomineiro do partido fascista tirava-lhe o chapéu. 

A vida é um concurso, é o que pensam os chamados liberais de agora. Na saúde ganha o melhor, isto é: o empreendimento clínico que arranjar mais clientes — e não pacientes, é claro, que negócio é negócio — enviados pelo Estado. O país será um vasto território à mercê de unicórnios e seus eficientes operadores de marketing. Um sítio mal amanhado mas lustroso, onde permanentemente se exibe uma cultura de luzidio pechisbeque. Exibamos a excelência dos incautos que desprezam a exigência de aprender, coisa estranha para que não temos vagar. O ensino instantâneo é mais eficaz. A mentira compensa. Os pantomineiros povoam as televisões e as redes sociais. O "bom povo" — foi o que a ministra das polícias chamou às pessoas — gosta de concursos e de campanhas de supermercado. Os disparates e as alarvidades verbais ficam-lhes tão bem. O "rico povo" não quer saber de exigências de pseudo-intelectuais. Viva a cultura dos incautos incultos. Bem vindos à institucionalização da estupidez.

Imagem: João Abel Manta: "Prazer em conhecer vocelências".

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Cansaço


O cansaço está instalado. Nos bombeiros, nos especialistas em análise dos fogos, nos jornalistas das televisões, nos políticos. Montenegro pisca o olho a Ventura e torna-se o mais saliente justiceiro. A incompetência verbal espalha-se ao comprido.

Este governo exalta-se exigindo o que está feito, mas não sabe o que fazer com o que não está. A mulher do ministro fez-lhe uma mala para que permitisse tê-lo fora de casa durante três dias. Esperemos que não perca a gravata. E esperemos que este pesadelo acabe rapidamente. Que chova. Só a chuva nos pode dar esperanças. E mesmo assim que não seja em excesso, como está a acontecer em outros desgraçados lugares. As orações, as análises, e as mensagens políticas nada resolvem e só atrapalham os operacionais que trabalham. E caem-nos pela paciência abaixo.

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quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Ilustração em Festa

A Festa vai começar. Dia 5 de outubro abrem as exposições de Catarina Sobral — convidada nacional e que foi Prémio Nacional de Ilustração este ano —, e  de ca_teter, Prémio Nacional de Ilustração do Uruguai, que traz consigo outros agraciados com a distinção.

Esta Festa, que completa dez anos, traz os mais originais artistas do mundo ao nosso convívio. 

A exposição ILUSTRAÇÃO PORTUGUESA, que abre dia 13 de outubro, homenageia José Afonso e a sua atitude. Estes ilustradores têm atitude. Não são bonecos aparvalhados que vamos ter nestes escaparates. É arte original e com atitude. Esta Festa é a festa da ilustração e dos ilustradores que querem perceber as atitudes da humanidade. Têm ganas de conhecer melhor o que se passa à sua volta. São os artistas/ilustradores que conseguem ver melhor o bom e o mau que o ser humano esconde. 

O convite está feito. Até lá.

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terça-feira, 17 de setembro de 2024

Do pânico

 

QUE FAREI QUANDO TUDO ARDE | O título furtado a António Lobo Antunes exprime bem o estado em que a nossa alma parva se encontra. Impotência perante a calamidade. Não sei se aprendemos ou deixámos de aprender com outras situações idênticas, mas depois desta agressividade é melhor pararmos mesmo e pensar no que está por fazer. Esta situação esclarece-nos que tudo pode acontecer. Ninguém pode estar descansado. Preocupados, assustados, alguns alarmados. Lamentamos as mortes. Pessoas e animais perdem a vida. Morremos perante a incúria ou o crime. O que fazer? Políticas preventivas precisam-se. Tudo é política.

Ler livros, mesmo livros, só com letras

«Afinal, que grandes diferenças pode haver na vida de duas pessoas circunscritas ao mesmo local, rodeadas da mesma gente, submetidas aos mesmos estímulos, aos mesmos ritmos? As diferenças só se podem encontrar ao nível da cabeça, encerradas num espaço interior que esse é só nosso e, bom ou mau, é o nosso único tesouro.»
Teresa Veiga, Vermelho delicado.

TERESA VEIGA é uma das autoras que mais me ilumina as horas de leitura. Recorro aos seus livros muitas vezes. Saio de lá a perceber tudo melhor e a interrogar-me ainda mais, que é como se percebe tudo melhor. O universo feminino, seja lá isso o que for, é abordado com a varinha da realidade que o cerca: a agressão, a insistência na anulação do preconceito instigado pelo universo dito masculino, que, quanto a mim, se deveria descrever como o reduto do sexismo.
Segundo nota promocional dos editores, este "Vermelho delicado" sai quase dez anos depois do último livro publicado pela autora. No final deste mês vai para as livrarias. Estou em pulgas.
A capa é da Vera Tavares

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segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Fora de controlo

Macron convocou eleições para esclarecer eleitorado. O eleitorado escolheu dar maioria a uma nova frente de esquerda que se formou para combater a extrema-direita fascista de Le Pen. Mas o Presidente escolheu para formar governo um elemento do partido que ficou em quarto lugar. Muito resumidamente a história é esta. Macron não respeita a democracia. Facto. Tornou o país ingovernável. À deriva. Sem controle. O que poderemos chamar então a Macron para além de
egocêntrico inqualificável? Que tal ditador?!

O egocentrismo de muitos políticos de extrema-direita eleva-os a patamares de ridículo e lança-os no lodo da irresponsabilidade. O que se passa em França é de uma irresponsabilidade política impressionante. O que se passa nos EUA com a hipótese de Trump ser eleito vai para além da irresponsabilidade política porque a ausência de responsabilidade é inventada todos os dias pelos operadores de comunicação do partido republicano. Até Portugal já não escapa à fraude. O Presidente português, com a ajuda de uma procuradora incomensuravelmente arrogante, provocaram as eleições que chamaram para o parlamento cinquenta grunhos fascistas, para além dos que ainda se escondem na bancada do partido do governo.
A mentira e a manipulação tornaram-se comunicação. Os web-pantomineiros andam aí, em frenesi vitorioso. A vergonha morreu. A falta dela forma governos.

domingo, 15 de setembro de 2024

Os verdadeiros artistas

O primeiro-ministro Montengro quer ouvir gente da cultura. Sem hesitações chama três grandes figuras da sua área cultural privada: a grande artista plástica Vasconcelos, o grande pianista Massena e o grande empresário Covões. A escolha não tem nada a ver com complexos ideológicos, mas é sempre melhor escolhermos quem está próximo, ou não?

Três grandes figuras da cultura que irão reivindicar apoio aos seus excelsos projectos culturais. Três grande figuras da cultura portuguesa muito bem apetrechados intelectualmente vão defender a sua cultura portuguesa. A cultura portuguesa deve imenso a estas grandes figuras da cultura portuguesa. Nem se imaginam outras personalidades em representação das artes portuguesas e das suas gentes.

Montenegro revela assim a sua grande cultura e conhecimento da expressão cultural em Portugal. A próxima ronda das conversas informais deveria incluir Toy, Ágata e Emanuel. E depois é ir saber os nomes e moradas dos escultores de rotundas e dos artistas com jeitinho para o desenho. Força. Vamos "projectar Portugal"... para o abismo.

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A nossa família somos nós todos. Os que vivem cá em casa e os que nos visitam e convivem e brindam à vida. A família são os que estão próximos de nós e os que festejam connosco a vida de todos. A família são os que nasceram de nós, os que adoptamos e os que queremos que estejam próximos.

Um livro que saiu recentemente tenta desvalorizar a solidariedade entre seres humanos. Os seus autores sugerem segregação. Querem que se façam distinções e que se afaste do convívio familiar ou se trate pela psiquiatria quem não é sexualmente como eles. Ou como eles acham que todos devem ser. Crescemos convencidos de que já não era assim. Que a diferença era respeitada. Já não percebíamos e não passávamos cartão aos imbecis que ainda usam a designação "maricas" para aludir a quem não é como eles: os machos latinos orgulhosos dos seus cascos.
João Costa, neste seu MANIFESTO PELAS IDENTIDADES E FAMÍLIAS, PORTUGAL PLURAL está mais preocupado com a solidariedade. Ninguém deve ser excluído. A ninguém deve ser negada instrução e cultura. A arte pode dar uma ajuda. A arte feita com honestidade intelectual e que convoca a surpresa pode sugerir caminhos. A apologia da diferença, integrada na geografia da tradição e na busca da alegria pode ajudar na nossa luta por uma sociedade melhor. Uma vida decente e feliz é o que se deseja para toda a gente.
Muito obrigado, João Costa. Foi um gosto ouvi-lo e conversar consigo, nesta sessão Muito Cá de Casa, na Casa Da Cultura | Setúbal, em que também assistimos ao regresso de Rosa Azevedo a estes trabalhos. Até breve.
Fotografias: Fernando Pinho.

Do preconceito ideológico

"Montenegro defende, nas comemorações dos nos 45 anos do SNS, que saúde não se gere com preconceitos ideológicos, e considera que o SNS é uma das conquistas mais importantes da democracia", diz a Agência Lusa. Montenegro é líder de um partido que votou contra o SNS, juntamente com o outro partido que faz coligação neste governo que só aplica ideologia... de direita. Montenegro é um tatibitate que só diz inanidades ideológicas. Deixariam de ser inanidades se ele assumisse que tudo o que está a fazer é ideologicamente de direita. Da direita ideologicamente mais à direita que vive das inanidades ideológicas. Nuno Melo é um vivo representante dessas premissas. O ministro da educação é outro. E a ministra da saúde não é classificável. Este governo transforma os seus preconceitos em aplicação ideológica, mas fá-lo assobiando para o lado, ou atribuindo culpas a quem já não está na sala.

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sábado, 14 de setembro de 2024

A querença de Olivença

Espero que Nuno Melo não convença Montenegro a declarar guerra a Espanha por causa da reconquista de Olivença. Eu gostava de ir a Madrid nesta altura. Queria ir descansado. Mas com esta gente maluca no governo nunca se sabe. Melo já mostrava sinais preocupantes. Agora confirma-se: está maluco. Não se pode interná-lo?!

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sexta-feira, 13 de setembro de 2024

CECÍLIA BARREIRA | A Cecília Barreira pertence às memórias do tempo que norteou a minha curiosidade pela produção intelectual que surgiu logo depois da revolução de Abril. Ela aparecia ligada a estruturas culturais de grande qualidade como interveniente activa. Até aparece como colaboradora na ficha técnica do trabalho de José Afonso "Com as minhas tamanquinhas". Senti sempre que estava próxima sem nunca a ter conhecido pessoalmente. Pessoas como a Cecília marcam o tempo que viveram. Foi um tempo bom, que ainda não acabou. Fazer vibrar a actividade cultural é a melhor maneira de continuar com a Cecília Barreira. E obrigado por tudo, minha cara senhora.

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

E a Arte cresceu com ela

Rebecca Horn morreu no passado dia seis. Foi uma artista única, que tratou a expressão artística sempre com a necessidade de procurar a surpresa. É Inquietante, esta beleza. É surpreendente, esta aplicação das matérias. Aplicação que anula friezas e aquece olhares. Há aqui um bom ambiente. Há aqui Arte. A Arte também se faz com rigor técnico, para além da honestidade intelectual.  

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O novo Centro de Arte Moderna

É com muito prazer que abrimos as portas do CAM no dia 21 de setembro e convidamos todas as pessoas a descobrir o nosso edifício redesenhado e o novo jardim, através de um programa entusiasmante de exposições e Live Arts.
A Festa de Abertura nos dias 21 e 22 de setembro é, simultaneamente, uma celebração e uma amostra do que está para vir.
Foi programada para ser uma manifestação da alegria, e do poder, de partilhar experiências em conjunto.
Durante dois dias, no edifício e no jardim, vamos acolher conversas, performances e concertos, de artistas nacionais e internacionais, de diferentes contextos e disciplinas. A festa é organizada em colaboração com a Filho Único.

Festa de Abertura

21 – 22 de setembro

É com muita alegria que abrimos as portas do CAM e convidamos todas as pessoas a descobrir o nosso edifício redesenhado e o novo jardim, através de um programa entusiasmante de exposições e Live Arts.

No sábado, Benjamin Weil e Kengo Kuma estarão à conversa para desvendar a noção de Engawa que identifica o novo CAM, e uma performance recentemente encomendada a Jota Mombaça encontra inspiração nas águas correntes do jardim, prosseguindo a sua investigação em torno das performances radicais dos “afundamentos”. Prestem também atenção às «tatuagens artísticas» temporárias concebidas por Wasted Rita.

A festa de abertura é organizada em colaboração com a Filho Único, um coletivo lisboeta reconhecido como catalisador da mais autêntica cena de dança da cidade. A noite é pensada como uma viagem em três atos: do jazz místico de Nala Sinephro às batidas eletrónicas de Nidia, com raízes na África Lusófona e nos subúrbios de Lisboa, passando pela jungle music futurista de Tim Reaper.

O domingo é dedicado à Temporada Japonesa, com uma conversa em torno da obra de Fernando Lemos, que conta com a participação do conceituado antropólogo Ryuta Imafuku, bem como uma performance conjunta da poeta Ryoko Sekiguchi e do compositor e Dj Samon Takahashi.

O fim de semana termina com as sonoridades da compositora pioneira da música eletrónica Éliane Radigue. Apresentamos peças da sua série OCCAM OCEAN, composta por fascinantes obras instrumentais, no contexto da exposição de Leonor Antunes.

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