segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
Com Catarina
domingo, 21 de dezembro de 2025
PRESIDENCIAIS 2026. Setúbal, mandatário distrital
Catarina Martins convidou-me para mandatário da sua candidatura no distrito de Setúbal. Honra em estar alinhado com António Pinho Vargas, mandatário nacional. Aceitei com gosto o desafio e apresento-me com esta opinião:
A direita faz trinta por uma linha: inventa agressões onde não as há apenas para fazer vingar a sua hipocrisia e egoísmo. Alimenta a discórdia entre iguais. A direita clássica é cada vez menos clássica quando se aconchega à direita mais radical gritando os seus slogans discriminatórios. A direita não respeita direitos conquistados e quer mandar tudo lá para trás, nem que para isso se alie aos novos salazaristas. As direitas colocam os negócios em primeiro lugar. Para a direita as pessoas são números. Para a direita cultura e direitos humanos não existem. Ou só existem alegadamente quando a direita quer brincar à caridadezinha.
O voto útil pode tornar-se inútil para a nossa consciência de cidadãos de esquerda, quando usamos o voto na suposta esquerda que não quer parecer esquerda. Se não o quer parecer é porque o não é. A esquerda é útil para fazer avançar o mundo e para permitir que lutemos pelo nosso futuro. A esquerda não é woke, porque reconhecimento ligeiro de direitos e vontades não é de esquerda. A esquerda não é imobilista. A esquerda não assobia para o lado perante o insultos racistas e fascistas. A esquerda tem orgulho em ser esquerda. A esquerda é pela democracia e pela liberdade, e coloca as pessoas em primeiro lugar. As eleições não são um campeonato desportivo. Sermos minoritários, agora, não é defeito. Serem eleitoralmente maioritários não lhes dá razão. Nós temos outras razões para não lhes darmos razão. Temos ideias melhores e vivemos o nosso dia-a-dia mais felizes. Sem ódio ao outro. Queremos ser felizes. Como disse José Afonso numa canção: "Seremos muitos, seremos alguém". Vamos crescer. Temos bons e esclarecidos exemplos: a juventude nas universidades não permite fascistas em pregoeiro delírio. A nossa coragem mostra-se todos os dias, em todos os lugares. Seremos mais, seremos muitos mais, como pretendia José Afonso, e, citando-o de novo: o que faz falta é avisar a malta. O voto útil da malta de esquerda é na esquerda. O voto da esquerda é em Catarina Martins.
sábado, 20 de dezembro de 2025
Receituário
sexta-feira, 19 de dezembro de 2025
Obrigado, Mariana
Que importa a fúria do mar
Que a voz não te esmoreça
quinta-feira, 18 de dezembro de 2025
Pessoas que desenham a liberdade
É uma ideia de António Jorge Gonçalves. Dois ilustradores por programa falam do seu trabalho: influências, curiosidades, indiosincrasias, motivos para desenhar. Vi a edição em que Nuno Saraiva e Mantraste dão ao badalo. Gosto muito deles e gostei de os ver e ouvir ali. O ambiente é descontraído. O desenho é protagonista. A arte, a evidência da originalidade, a criatividade em geral ganham muito com esta ideia do António Jorge Gonçalves. São notáveis documentários onde se percebe como funcionam alguns dos mais destacados ilustradores portugueses. Vale mesmo a pena perceber o que têm para dizer e mostrar. As peças passam na RTP 2. Procurem-nas na programação.
Ano novo, vida nova
O ano de 2026 vai fazer mudar a DDLX Design Comunicação Lisboa. Vamos crescer, inovar, trabalhar mais. Vamos estar por aqui. E de onde estamos vamos para todo o lado. Até sempre, que é como quem diz: até já.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2025
Pomada da cobra
O facilitador de negócios que é primeiro-ministro está encantado com o ministério público. Caso encerrado, diz ele ilustrado pela falta de vergonha. O povo quer vigaristas no poder e quem aplica as leis protege-os. A desfaçatez faz o seu caminho. Tudo como no tempo do almejado ditador tão apreciado pelo parceiro líder do partido evangélico-fascista. "A velha história ainda mal começa, agora está voltando ao que era dantes", cantou José Afonso. Tudo está bem quando acaba em bem. Para eles é um regalo. Um raio que os parta a todos.
terça-feira, 16 de dezembro de 2025
Estes lustrosos pernósticos querem acabar com tudo o que é apoio público para depois brincarem à caridadezinha. Os lustrosos ajustadores neoliberais fazem tudo para justificar o fim de apoios públicos justos. Esforçam-se tanto que às vezes lhes resvala a boca para a verdade ideológica.
O ministro que se diz da educação veio agora lamentar o uso que os alunos mais pobres fazem das instalações que generosamente o governo lhes concede. O governo bem se esforça, dá para aí residências universitárias à farta, com tudo do bom e do melhor, mas esses pobres necessitados não dão valor a nada. Estragam sempre tudo. São uns mal agradecidos. A criatura disse o que disse e foi aplaudido. As declarações passaram nos jornais televisivos.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2025
Regresso ao passado
domingo, 14 de dezembro de 2025
É o cosmopolitismo, estúpido
Para o provincianismo há só uma terapêutica: é o saber que ele existe. O provincianismo vive da inconsciência; de nos supormos civilizados quando o não somos, de nos supormos civilizados precisamente pelas qualidades por que o não somos. O princípio da cura está na consciência da doença, o da verdade no conhecimento do erro. Quando um doido sabe que está doido, já não está doido. Estamos perto de acordar, disse Novalis, quando sonhamos que sonhamos.
Fernando Pessoa Textos de Crítica e de Intervenção
Acordava, olhava, percebia e escrevia. O que escreveu esclarece e forma. A Língua Portuguesa sofisticou-se. Fernando Pessoa tornou-a sua pátria. O contexto em que escreveu "Minha pátria é a língua portuguesa" foi de grande desilusão com o mundo. O homem que parecia perceber tudo, não percebia — ou fingia que não percebia — o seu tempo em sociedade. "Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo, ou menos certo?", escreveu com a caneta de Álvaro de Campos. Também o provincianismo o incomodava. A falta de curiosidade dos seus contemporâneos em tudo o que existia para além do horizonte percetível incomodava-o. Há quem queira ficar apenas no seu território. Orgulhosamente sós, como desejava a tal criatura que o parolo que lidera os novos fascistas na Assembleia da República escolheu para sua referência de ajustamento.
Atrevo-me a não concordar com Pessoa, e, parafraseando-o, desminto-o: A minha pátria é o chão do mundo. É aí que me sinto acompanhado, perto de todas as línguas, trajes e sabores que o mundo solidário abraça. O provincianismo, o bairrismo amiguista, o nacionalismo cruel não são rapé da minha caixa. José Afonso, outro descontente com essa serôdia ideia de provincianismo, escreveu para uma música: "Há quem viva sem dar por nada, há quem morra sem tal saber". Tal como o doido que não sabe que é doido, o provinciano não sabe que o melhor da sua terra não são as estradas que vão lá dar, mas sim todos os caminhos que de lá saem e, dando a conhecer o melhor da sua terra, procuram o melhor nos outros lugares onde a autenticidade cultural foi desenvolvida pelos que lá estão. Os outros não são inimigos; são diferentes e assim devem continuar a ser quando convivem com os outros, que para eles somos nós. Nós somos sempre diferentes dos que estão no lugar onde fomos parar. E é nessa diferença que somos todos iguais. É esse cosmopolitismo que nos une e permite a diversidade. É nesse território que me situo e me sinto bem. É aí que escolhi estar. E é onde estou.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2025
O ideal é debatermos ideias
Design de comunicação
quinta-feira, 11 de dezembro de 2025
Inexpressivo és tu, e governas-te
Somos governados por gente sem qualidades: culturalmente indocumentados, parolos, ignorantes mesmo, que apenas querem cumprir a agenda da extrema-direita que anda a saltar dos buracos imundos onde se escondia em todo o mundo. O governo português está a alinhar com afinco e entusiasmo com os novos fascistas. É facto.
Mas existe o outro lado da moeda. Há sempre alguém que diz não ao atropelo que o retrocesso impõe. Os argumentos de Amaro e Montenegro para desvalorizarem a Greve Geral são básicos e indecorosos, no mínimo. O combate tem de ser contra a AD, a IL e o partido salazarista. E não, não somos poucos. Somos muitos e não temos paciência para aturar parolos iletrados que se exprimem como vulgares tatibitates. Somos muitos, seremos muitos mais e não vos daremos descanso. Feitios.
Facebookquarta-feira, 10 de dezembro de 2025
Identificação de um direito
terça-feira, 9 de dezembro de 2025
Clara Pinto Correia
Design de comunicação
Da série Grandes Capas. The Economist. The New Republic. The New Yorker. Página 12.
Imagens obtidas em: https://derterrorist.blogs.sapo.pt/
segunda-feira, 8 de dezembro de 2025
Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele
Martin Parr
| www.martinparrfoundation.org/ |
domingo, 7 de dezembro de 2025
Foi bonita a festa, pá
Sim, eu sei que já não há paciência para este abuso de utilização da frase de Chico Buarque por tudo e mais um par de patins. Mas é que a Festa da Ilustração - Setúbal, foi mesmo bonita, e usar o Chico faz sentido porque foi uma festa da liberdade e da democracia. Estamos todos de parabéns: autores das ideias, organizadores, produtores, público visitante e (por último os principais) artistas ilustradores.























