Sou de um tempo em que a política servia para fazer avançar o mundo. Resolver os grandes conflitos dos seres humanos. Em democracia, a política permite que as pessoas possam contribuir para a preparação do seu futuro. Foi por isso que em Abril de 1974 ficámos muito contentes com a possibilidade de acesso a essas escadarias. O exercício da política ficou mais digno. Mas agora as coisas levaram uma volta no sentido contrário. Parece que, afinal, a possibilidade de contribuirmos para o exercício da política está acima das nossas possibilidades. Agora, os políticos profissionais - que o poderiam ser na mesma mesmo que não tivesse acontecido o tal Abril de 1974 -, garantem-nos a miséria e a instabilidade. Nem prometem mais nada. Tem de ser assim. Agora, a política é para os seus actores, que se desfazem em representações lamentáveis. São os novos palhaços, de um novo circo europeu, gerido por um profissional fornecido pela direita portuguesa (que orgulho!), e por uma megera, com a graça dos enterros, fornecida pela direita alemã. Pobres palhaços ricos. E tristes.
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quinta-feira, 4 de julho de 2013
INSUSTENTÁVEL LEVEZA
Passos diz, em modo descontraído, e referindo-se à atitude de Portas, que não fazem sentido divergências e demissões por causa de uma mera escolha do nome de um ministro. Mera escolha!? Passos convenceu-se que tinha maioria absoluta. Escolheu quem quis sem passar cartão ao seu parceiro da delicada coligação governamental. Passos deve ter tirado um curso de introdução à política fornecido nos pacotes da Farinha Amparo. Só pode. A trapalhada é substantiva. Cavaco assiste impávido. Esta serenidade é violenta. Há palhaços cruéis. São os que actuam nos circos mais rascas.
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quarta-feira, 3 de julho de 2013
SENTIDO OBRIGATÓRIO
Alguém convenceu Passos Coelho da bondade das suas ideias. O pai, provavelmente. O homem está sozinho nessa demonstração de bondade. Agora foi abandonado à sua pouca sorte. Anda um louco à solta em São Bento.
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PASSOS, PORTAS E OUTRAS TRAGÉDIAS MUNDANAS
Não confio em jovens de carreira dos partidos governamentais. Problema meu, eu sei. Mas assumo o defeito. Há quem diga que é assim que as coisas se fazem em democracia: criam-se nos viveiros privados dos partidos os futuros líderes. Passos veio de um desses aviários. Andou a fingir que era jovem até não poder mais, e depois foi para umas empresas que fingiam ser fantásticas graças aos favores de esforçados relações públicas - Relvas coadjuvou Passos com grande competência. Mas a minha incompreensão aguça quando assisto a gente politicamente crescida vociferar em defesa das qualidades dos franganotes dos aviários partidários. Ainda Passos não era primeiro-ministro já Maria João Avillez assegurava que o homem ia lá porque é um... borracho. Juro que ouvi isto. Também Mário Soares, do alto da sua imensa sapiência, assegurava que com Passos se podia falar devido à sua simpatia.... apesar de ser demasiado neoliberal. A senhora dona Avillez pode achar o que quiser que não deixa aroma. Mas Mário Soares?! Ó senhor doutor, bem me podia ter telefonado. É que eu conheço de ginjeira esta maltosa fundada pelos fundadores partidários. E garanto-lhe que não valem um cêntimo furado. Entregar-lhes um país é excesso de confiança nas estruturas. Agora já todos percebemos isso, não é verdade?
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terça-feira, 2 de julho de 2013
O CRIADOR E A CRIATURA
Já se fala em falta de peso político. Nada disso. Passos escolheu Maria Luís para afirmar autoridade. A senhora está fragilizada como secretária de Estado? Passa já a ministra e acaba-se com o burburinho. Esta gente não respeita nada nem ninguém. Têm uma agenda, lembram-se? É para cumprir custe o que custar. Não há fragilidade nenhuma. A nova ministra das Finanças está-se nas tintas para toda a contestação. Tem o peso político da arrogância. As saudades de Gaspar não vão ser muitas, apesar de Gomes Ferreira, na sua SIC, aludir ao bom trabalho do homem - são precisos uns malabaristas nas televisões para que a coisa não pareça um desastre completo -, mas vamos querer muito ver esta criatura pelas costas. Vão ver.
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segunda-feira, 1 de julho de 2013

A RAINHA DO NADA | Histórias para ver, ler e contar,
e voltar a ver...
Está sempre a acontecer qualquer coisa nas nossas vidas. Todos temos episódios para contar quando o dia chega ao fim. Coisas boas, coisas ruins... coisas. Umas caem na vulgaridade dos relatórios pessoais diários, outras tiram-nos do sério ou empolgam-nos. Há vidas povoadas de agitadas e deliciosas histórias.
Zé Nova passa a vida a fazer desenhos. É a vida dele. E há um gato na vida do desenhador. O Heitor. Heitor Nova, pois claro. Um sacana de um gato que tem a mania que é dono do seu criador e que passa a vida a observá-lo e a fazer aquelas coisas que os gatos fazem.
Zé Nova utiliza as suas vivências para contar histórias que são imagens das nossas vidas.
A sua actividade profissional é uma espécie de atento diário gráfico.
É assim a vida de um artista. O fazedor de imagens observa discretamente a existência alheia, para depois a contar com contornos apurados de malícia, ternura ou crítica.
A Rainha do Nada aparece do nada, não sabe de nada, não tem nada, não quer saber de nada. Só sabe que quer ser andorinha, e aconchega-se nesse ninho surrealista, inscrito em matéricos suportes antes utilizados em outras construções.
E depois há o teatro. Representação importante na acção profissional de Zé Nova. Trabalha na concepção de figurinos para vários grupos. TAS - Teatro Animação de Setúbal, Fontenova, Dançarte, Lua Cheia, entre outros, já experimentaram as vestimentas deste exigente costureiro. Sim, costureiro: é ele que executa os figurinos que desenha.
Um competentíssimo costume designer que não entrega as suas acarinhadas criações a mãos alheias.
Mantem também colaboração com a Porto Editora, na elaboração de manuais escolares. Foi para estes editores que concebeu, em parceria criativa com a escritora Luísa Ducla Soares, a figura do Alfa. Um boneco que ajuda a malta mais nova nos afazeres escolares.
A Rainha do Nada, o Alfa, os figurinos que experimentaram os palcos e, claro, o gato Heitor, vão estar na galeria do casarão da cultura setubalense. A exposição abre na próxima sexta-feira, dia 5, e fica por cá até 1 de Agosto.
Convidados. Apareçam.
Quem não aparece... esquece.
sábado, 29 de junho de 2013
LIVRO DE RECLAMAÇÕES | Ontem quase atingi o desespero ao atravessar a zona do Terreiro do Paço. Na primeira vez para passar da zona de Santa Apolónia no sentido do inatingível Chiado. É muito raro fazer esta incursão no trânsito da manhã. Mas tinha que ser. À tarde voltei a repetir a graça, mas no sentido contrário. Tinha que ir de novo para a zona do Parque das Nações. E tinha que trazer o carro de volta, é claro. Pensei que não haveria problema, depois de passadas oito longas horas, tempo suficiente para a resolução do atropelo de trânsito que tanta chatice provocou a tanta gente. Engano. Tudo na mesma, ou pior, claro, com a aproximação da célebre hora de ponta. Consegui fugir são e salvo, e aqui estou para contar. Mas só aqui chegado percebi o que aconteceu. Então não é que eu perdi pelo menos três horas da minha vida para possibilitar uma estranha metamorfose? O Terreiro do Paço transformado em exposição-do-mundo-rural-português, em modo comercial de um supermercado, a que se associa o serviço público televisivo, e que conta ainda com a comercial presença de um cantor manhoso. Ele é nabos, cenouras, bróculos, vaquinhas e grunhidos estridentes e mais o caraças. Nestes momentos, lembro-me sempre da declaração que a personagem de Woddy Allen profere, perante uma mesa de sisudos inquiridores, nos últimos momentos do filme Testa de Ferro: vão-se todos foder.
Não tem nada a ver?! Tem, tem. O dasabafo é universal e dá muito jeito nestas ocasiões. Grande filme.
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Não tem nada a ver?! Tem, tem. O dasabafo é universal e dá muito jeito nestas ocasiões. Grande filme.
sexta-feira, 28 de junho de 2013

Até logo.
quinta-feira, 27 de junho de 2013
MAIS VALE SER UM CÃO RAIVOSO | É interessante assistir nas televisões às interpretações da Greve Geral que, tudo indica, foi uma estrondosa demonstração de rejeição deste governo de algozes. Vê-se de tudo. Uma imbecil indignada por não poder pagar o selo do carro devido ao encerramento da repartição. É que tinha de ser mesmo hoje. Um cretino lamentando com veemência a impossibilidade de ser atendido ao balcão da Segurança Social. Coisa nunca vista. Logo hoje que ele se dispôs a cumprir as suas obrigações. Em rodapé passam opiniões de uns trogloditas que desvalorizam as greves todas. Não resolvem nada. A ignorância sempre foi bem vinda nas televisões em horário nobre. Mas mais interessante foi a necessidade que alguns repórteres tiveram em associar a greve a uma imensa jornada balnear. Uma criatura da SIC mostrava uma praia na linha de Cascais com gente ao sol. O entusiasmo era evidente. Veio tudo para a praia. Entrevista a um responsável pelo bar da área. Diz o senhor: isto tem estado bem, mas hoje, deve ser por causa da greve, está assim. Assim como? Com pouca gente? Pergunta a espécie de jornalista. Sim, muito menos gente do que é habitual, responde o senhor que gere o bar da praia todos os dias. A vontade de relativizar a greve era muita. Mas estas coisas acontecem. Às vezes caga-lhes o cão no caminho. E é muito bem cagado.
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COELHO FARSOLA | Passos Coelho diz que o país precisa é de trabalho e não de greves. Se calhar ninguém disse ao senhor Coelho que esta greve é pelo direito ao trabalho. E que só existirá trabalho se houver recuperação económica. Mas para que isso aconteça, Portugal precisa de políticas que façam andar para a frente a economia, e que respeitem quem trabalha, e não de políticos como o senhor Coelho.
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quarta-feira, 26 de junho de 2013

terça-feira, 25 de junho de 2013
AS AVENTURAS DE GASPARZINHO E COMPANHIA | Empregados, empregadores, desempregados, utentes dos serviços públicos, estudantes, professores, reformados, novos e velhos, todos estão preocupados com o rumo seguido e propõem viragem. Só mesmo os génios da fotografia sabem que esta gente está completamente enganada. O dr. Passos, logo que o patronato levantou a voz, apressou-se de imediato em esclarecer isso mesmo. Tenham paciência, mas o rumo está traçado. Gritem, barafustem, morram. Nenhuma voz será ouvida, ouviram?! Eles é que sabem: Os esclarecidos economistas. Os ilustrados gestores da coisa pública. Os ungidos pela divindade fiscal. Os sacrificados pela Pátria. Os doidos varridos.
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segunda-feira, 24 de junho de 2013
MADUREZAS | O homem foi apresentado como coisa nunca vista. Um professor de primeira linha com créditos internacionais. Até houve quem o achasse mal empregado num governo tão manhoso. Desconfio sempre de super-homens. Prefiro pessoas normais. Com formação eficaz, é claro, mas sem o síndroma da salvação e espírito de sacrificada missão pela Pátria. E não me tenho dado mal com esses cuidados. O professor Maduro tomou o lugar do desfalecido animicamente Relvas e daí para cá não pára. Vai a todo o lado, diz a tudo que sim, que conhece, que resolve, e agora resolveu comunicar como se não houvesse amanhã. Como se o problema do governo fosse o mal diagnosticado por um outro professor, o inefável Marcelo - tudo se resume a problemas de comunicação -, e não às políticas restritivas e ameaçadoras dos cidadãos praticadas por estes políticos de pacotilha. O azougado ministro fala pelos cotovelos. Anda ansioso. Quer sempre falar mais. Tornou-se um fala-barato anunciador de inexistências. Já deve ter percebido que o governo está prestes a cair. De maduro.
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Eduardo Pitta nasceu em Moçambique. Veio para Portugal no período conturbado resultante da descolonização. Um período intenso, traumático, mas fascinante. Este livro conta as histórias desse tempo que o marcaram profundamente. Em declaração a uma edição de fevereiro deste ano do suplemento Ípsilon, do Público, esclarece: “8 de Novembro de 1975 foi o dia que mudou a minha vida, 11 de Setembro foi o dia que mudou a vida a toda a gente. São memórias estritamente literárias e partem também da minha condição gay. Os flashbacks têm mais a ver com um certo tipo de vida que se fazia em Lourenço Marques e com o choque de culturas que senti quando vim de Moçambique para Portugal. Durante muito tempo senti-me estrangeiro cá. Hoje é tudo igual em toda a parte, mas na altura não era.”
É poeta, ficcionista, ensaísta e critico literário, com trabalho que conta no panorama contemporâneo. É também colunista na revista LER e faz crítica na Sábado. Publicou 10 livros de poesía, o romance Cidade Proibída e muito recentemente o livro de viagens Cadernos Italianos.
Eduardo Pitta vai estar na Casa da Cultura, em Setúbal, na próxima sexta-feira, dia 28. O actor José Nobre participará lendo textos deste Um Rapaz a Arder e ainda alguns poemas do escritor. O escritor e crítico literárioAntonio Ganhão - PNET LIteratura, fará as perguntas que entender e tratará de moderar a conversa com os presentes.
O autor convidado escolhe uma peça musical para ser ouvida no início da sessão.
Convidados. Apareçam.
sexta-feira, 21 de junho de 2013
I'M THE KING OF THE WORLD | Já enjoa, mas insiste. Estes cromos nunca querem ficar sós nos naufrágios. Arrastam organizações políticas inteiras com eles. Não estou nada preocupado com a vida do PPD/PSD. Pode afundar-se à vontade. Mas é no mínimo estranho vermos como um partido dito social-democrata, com pretensões - e proveito - a ser governo, alinha com estes desastrados e desastrosos projectos pessoais. A cada um o seu Titanic.
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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Vamos lá pôr a casa em ordem. Como se um país fosse uma casa de família. Como se uma família cobrasse impostos e tivesse ajudas de custo. Depois do leite azedo derramado pedem contenção. Fazem um pequeno aumento de impostos. Classificam greves como justas mas irrealistas. Fazem um enorme aumento de impostos. Ameaçam com a insegurança da Segurança Social. Ameaçam jornalistas desalinhados. Processam-nos. Classificam as greves como injustas e prejudiciais. Mandam agredir em nome da estabilidade. Prendem e julgam quem diz o que toda a gente diz ou tem vontade de dizer. Ameaçam alterar leis que não lhes dão jeito nenhum. Esclarecem que o desemprego galopante é coisa de somenos: previsto para as correcções em curso. Colocam uns comentaristas de serviço nas televisões e nos jornais a falar das fatais inevitabilidades.
Acabam por pedir contas à democracia. Largam uns macacos no Parlamento para questionarem a utilidade do próprio sistema democrático. Despedem a política. Admitem a contabilidade como prioridade do Estado. Dispõem-se a proteger quem já tem tudo, nem que para isso seja preciso acabar com quem só tem a sua vida.
Quando algo assim começa a acontecer em catadupa, o que é que se pode chamar aos seus mentores? Fascistas, não?
Ah, pois, fascistas não. É excessivo.
Mas então o que é que se pode chamar a esta tropa de choque?
OS MERDINHAS | O jovem que dirige a juventude do PPD/PSD gostava de saber quanto custa o sindicato dos professores à democracia. Os jovens que o seguem e que se sentam nas bancadas do redondel que custa um ror de massa à democracia, levantaram o bem comportado cú dos assentos e pediram a inquirição. Provavelmente querem reduzir a atribuição. Os professores terem voz faz uma certa impressão a tão reduzidas moleirinhas. A greve foi um grande porradão naquelas cabecinhas. E agora dá nisto.
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terça-feira, 18 de junho de 2013
HOJE HÁ MIOLEIRA | Moita Flores, escritor de ler e deitar fora que se apresenta em Oeiras, propõe a restrição do tijolo. Parece que prefere miolos. Assinala-se a elegância literária da frase.
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segunda-feira, 17 de junho de 2013
MUITO CÁ DE CASA | No próximo sábado, à noite, autores e apresentadores deste trabalho estarão à conversa na Casa da Cultura, em Setúbal. São histórias da História de Setúbal que estarão em causa. Uma boa causa para uma deslocação ao casarão da Cultura setubalense. Convidados.
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A EDUCAÇÃO DE CRATO | Crato não desilude, porque nunca iludiu. A escola dele é de um mundo que já não existe. O mundo do mestre escola prepotente e ameaçador. Há diferenças para melhor, é claro. Diferenças que esta espécie de inspectores escolares de meia-tijela gostariam que nunca tivessem acontecido. Crato alega a ameaça à estabilidade dos alunos. É? Então resolva a situação. Dava-lhe mais jeito uma greve em agosto, com os alunos em férias? Acontece que uma greve é feita para perturbar. Para fazer valer direitos. E esta é pelo direito ao trabalho. Simples. Os alunos perceberão isso um dia mais tarde. Os que ainda não perceberam.
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sábado, 15 de junho de 2013

sexta-feira, 14 de junho de 2013
MANUAL DE ENVERGONHAMENTO | As criaturas que se exibem nestes painéis eleitorais têm muito orgulho em ser candidatos pelo PPD/PSD. Só não o dizem assim às claras cá por coisas. Será que o PPD/PSD não vai pagar a campanha? Será que são candidaturas independentes? O cinismo é de borla e instantâneo. Basta juntar falta de vergonha.
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quinta-feira, 13 de junho de 2013

quarta-feira, 12 de junho de 2013

OLHOS QUE NÃO VÊEM, CORAÇÃO QUE NÃO SENTE | Parece que foi por causa da troika que a televisão grega fechou. Por vontade da troika o mundo fechava. Ficavam cá eles, para galos de entrudo.
terça-feira, 11 de junho de 2013
O TEMPO, ESSE GRANDE ESCULTOR | Yourcenar usou a frase como título para um livro notável e avisador. O tempo molda e corrige. Muitas vezes ultrapassa todas as previsões. É sereno e agreste. Daí haver o bom e o mau tempo. O tempo dá para muita coisa. Quando não sabemos o que dizer numa conversa de circunstância, falamos do tempo. Há um tempo para tudo. O ministro Gaspar, queixou-se em tempos de um desenho mal esgalhado. Agora queixa-se do tempo. O tempo tramou-lhe os planos na construção. Todos nós sabemos como é importante a construção em Portugal nos tempos que correm. Gaspar, o construtor, teve que guardar as ferramentas e esconder-se do mau tempo. O tempo, esse grande estupor. Não há tempo que aguente esta falta de engenho.
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sexta-feira, 7 de junho de 2013

quinta-feira, 6 de junho de 2013

quarta-feira, 5 de junho de 2013
FANTÁSTICO, MELGA | O fala-barato do retrato está em terapia de auto-elogio, na Amadora, junto de um grupo de pouco exigentes ouvidores. Há gente para tudo. Comemora dois anos no governo. As notícias televisivas confortam-nos: Portugal é mais credível, apesar do desemprego, da recessão e assim. Ou seja: vivemos no pais ideal para quem está lá fora. É tudo mais barato, ganhamos pouco e levamos um pontapé no cú logo que os rapazes da seita do fala-barato achem que somos excessivos. O fala-barato acha que tudo isto é extraordinário. E gaba-se. O fala-barato bem podia limpar as mãos à parede. Parabéns à prima.
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terça-feira, 4 de junho de 2013
segunda-feira, 3 de junho de 2013
domingo, 2 de junho de 2013

sábado, 1 de junho de 2013
MALDADE HUMANA | O Muito cá de casa recebeu Pedro Almeida Vieira, para a apresentação do seu livro Crime e Castigo, o povo não é sereno, seguido de um debate sobre a pena de morte.
O moderador António Ganhão (colaborador literário do PNet Literatura), realçou a importância do romance histórico num país cuja história (sobretudo durante o Estado Novo) foi responsável por gerar toda uma série de mitos. O romance histórico ao contextualizar os factos históricos na sua época e, dentro de uma lógica temporal, não os submetendo à moral dos dias de hoje, transforma-se num grande desfazedor de mitos.
A jurista e escritora Alice Brito falou-nos da violência do estado que deve ser sempre balizada, sendo a Constituição o mais forte instrumento da limitação desse poder. Falou-nos de justiça e de como a pena de morte, sendo irreversível, não é solução para o combate ao crime.
Pedro Almeida Vieira deixou-nos a sua reflexão sobre a maldade humana e como, cedendo nós a um Estado que nos garante mais segurança à custa dos nossos direitos, estamos a caminhar para um retrocesso civilizacional.
Foi uma sessão participada não tendo havido lugar a castigos finais. Para os que faltaram, o maior castigo foi mesmo o de terem perdido o debate.
António Ganhão
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