quinta-feira, 4 de julho de 2013

O TEMPO DAS CEREJAS

Sou de um tempo em que a política servia para fazer avançar o mundo. Resolver os grandes conflitos dos seres humanos. Em democracia, a política permite que as pessoas possam contribuir para a preparação do seu futuro. Foi por isso que em Abril de 1974 ficámos muito contentes com a possibilidade de acesso a essas escadarias. O exercício da política ficou mais digno. Mas agora as coisas levaram uma volta no sentido contrário. Parece que, afinal, a possibilidade de contribuirmos para o exercício da política está acima das nossas possibilidades. Agora, os políticos profissionais - que o poderiam ser na mesma mesmo que não tivesse acontecido o tal Abril de 1974 -, garantem-nos a miséria e a instabilidade. Nem prometem mais nada. Tem de ser assim. Agora, a política é para os seus actores, que se desfazem em representações lamentáveis. São os novos palhaços, de um novo circo europeu, gerido por um profissional fornecido pela direita portuguesa (que orgulho!), e por uma megera, com a graça dos enterros, fornecida pela direita alemã. Pobres palhaços ricos. E tristes.
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