quarta-feira, 3 de julho de 2013

PASSOS, PORTAS E OUTRAS TRAGÉDIAS MUNDANAS

Não confio em jovens de carreira dos partidos governamentais. Problema meu, eu sei. Mas assumo o defeito. Há quem diga que é assim que as coisas se fazem em democracia: criam-se nos viveiros privados dos partidos os futuros líderes. Passos veio de um desses aviários. Andou a fingir que era jovem até não poder mais, e depois foi para umas empresas que fingiam ser fantásticas graças aos favores de esforçados relações públicas - Relvas coadjuvou Passos com grande competência. Mas a minha incompreensão aguça quando assisto a gente politicamente crescida vociferar em defesa das qualidades dos franganotes dos aviários partidários. Ainda Passos não era primeiro-ministro já Maria João Avillez assegurava que o homem ia lá porque é um... borracho. Juro que ouvi isto. Também Mário Soares, do alto da sua imensa sapiência, assegurava que com Passos se podia falar devido à sua simpatia.... apesar de ser demasiado neoliberal. A senhora dona Avillez pode achar o que quiser que não deixa aroma. Mas Mário Soares?! Ó senhor doutor, bem me podia ter telefonado. É que eu conheço de ginjeira esta maltosa fundada pelos fundadores partidários. E garanto-lhe que não valem um cêntimo furado. Entregar-lhes um país é excesso de confiança nas estruturas. Agora já todos percebemos isso, não é verdade?
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