domingo, 31 de julho de 2022

As Teias do Mundo





Pedro Besugo nasceu em Setúbal, em 1971. Vive, viaja e trabalha pelo mundo. Os sítios por onde circula povoam os seus trabalhos com texturas, camadas que se sobrepõem em bem orientado encontro de formas e cores. A técnica também se sobrepõe em camadas de orientações. A postura é de curiosidade pelas geografias que o rodeiam. O que agora aqui nos vai mostrar é o resultado de um intenso cruzamento entre desenho, pintura e colagem que, manifestando-se em abstracto, traduz a vontade do artista perceber as teias com que o mundo se cose. A exposição de Pedro Besugo abre no próximo dia 6 de agosto, às seis e meia da tarde, na galeria da Casa Da Cultura | Setúbal. Convidados.

BLUE GRID
Agosto / setembro. 2022
Galeria de exposições / Casa da Cultura, Setúbal

sábado, 30 de julho de 2022

Mudar com Ana Ventura




O livro é surpreendente. Não tem palavras, mas diz tanto.
É metáfora das nossas vidas. 

Não é uma vidinha que muda quando mudamos, é a vontade de fazer e de estar melhor. Procuramos insistentemente a felicidade. E encontramos esses momentos quando menos esperamos. A surpresa aparece. Muda coisas. Às vezes para pior. Mas muitas vezes para melhor porque é essa a nossa intenção. Ana Ventura está de parabéns. Este livro é delicioso. Para o júri a escolha não foi difícil: a Dora, a Marta e eu não demorámos a escolher os três primeiros a premiar: Ana Ventura, Mariana Rio e António Jorge Gonçalves. A conversa entre nós também foi deliciosa. Fizemos amigos. E pronto: parabéns à Ana, e também à Mariana e ao António. Iremos estar com eles em Outubro, na Festa da Ilustração - Setúbal, em homenagem ao João Paulo Cotrim. Até lá.

Fim-de-semana


ROTEIRO CULTURAL | A exposição de pintura de Pedro Chorão vai estar na Casa das Artes, em Tavira, até ao dia 16 de agosto. Quem andar por ali não perca. Bom fim-de-semana.

PEDRO CHORÃO | PINTURA
Casa das Artes de Tavira
De 16 julho a 16 agosto 2022

Fotografia: Ana Nogueira

quarta-feira, 27 de julho de 2022

Aquecimento global político



As eleições em Itália são de vital importância para percebermos o que aí vem. Fascistas encartados podem tomar o poder. Com o poder do voto, tal como já aconteceu em outros carnavais eleitorais. A democracia não garante a democracia. Gente perigosa assalta o poder e exerce-o em deriva anti-progresso. Sem olhar a meios para atingir o tolhimento. Estamos na época do elogio da restrição. Eliminar a cultura e os artistas. Corrigir comportamentos desviantes, dizem eles. Liberalizar de vez a economia para que fique tudo como deve ser: os ricos mandam, os pobres trabalham e obedecem com respeitinho.

A Rússia está como está: em delírio fascista imperial. A Turquia quer ser líder do mais castrador dos sistemas. Os talibans metem nojo. Em Portugal, um frondoso vaidoso sem escrúpulos vocifera barbaridades sem freio. Agora é Itália que quer ajustar comportamentos e atitudes. A seguir o perigo vai rondar o Planalto e depois a Casa Branca. Isto está lindo, está.

terça-feira, 26 de julho de 2022

Design de comunicação




Da série Grandes Capas.

Grafismos que fazem a diferença.

Libération. The Guardian weekly. Papel.

segunda-feira, 25 de julho de 2022

O eterno retorno do fascismo

Quem não fica chocado com o protagonismo fornecido ao fascista de serviço na Assembleia da República? Este texto de António Marujo é da maior importância. É importante divulgá-lo. Leiam-no e divulguem-no. A voz da decência intelectual deve combater a apologia da delinquência política.


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sábado, 23 de julho de 2022

Cromos sem tola



Quando eu era rapaz, eram editados uns cromos que a malta coleccionava: eram os cromos da bola, e reproduziam umas figurinhas coloridas que representavam os jogadores de futebol dos clubes do campeonato do dito desporto. Agora os cromos são outros. Aparecem na televisão e nos jornais a dizer o indisivel. A SIC chamou um casal para dizer inanidades. O homem diz coisas, a mulher aprova com a cabeça e está calada, como no tempo da besta de Santa Comba Dão. Agora até já pode sair do país sem pedir autorização ao seu dono, mas eles estão noutra. Mais respeitadora das tradições seculares: quando um burro fala, os outros baixam as orelhas. Isto sem querer ofender os burros, que são animais simpáticos e muito mais inteligente do que esta gente.

Há outro cromo que está maluco mas que ainda não recebeu as receitas para aviar. Foi durante uma eternidade director do jornal de referência que pertence ao mesmo grupo da estação de televisão que entrevista os cromos salazarentos da opus dei. Este cromo tem a coragem de ir sempre contra a corrente sem medos. O disparate dispara e atira-o para o charco do ridículo. Mas o homem não desiste. Insiste: a baboseira escrita invade agora outro jornal, mais dado a baboseiras escritas. Enfim, é verão. É olhar para os cromos, mas não preencher cadernetas. Lixo, são lixo que deve ir para o lixo. Bom fim-de-semana.

quarta-feira, 20 de julho de 2022

Olhar, ver e pensar






A exposição de José Arsénio, CONSTRUÇÃO NAVAL... Arte como ofício de vida, foi prolongada até ao fim de julho. Oportunidade para se observar esta excelente mostra fotográfica. No primeiro fim-de-semana de agosto abre BLUE GRID, de Pedro Besugo, que vai estar patente até ao fim de setembro. Em outubro, as galerias da Casa Da Cultura | Setúbal vão receber André Letria e Alain Corbel, respectivamente convidados nacional e estrangeiro da Festa da Ilustração - Setúbal. Está provado: valem a pena todas as deslocações à Casa da Cultura. Bem vindos.

Fotografias de José Arsénio

O Criador, a criatura e o rejeitado


Passos Coelho é o criador desta criatura que chegou ao topo na hierarquia do partido sem glória. As figuras que fez no parlamento no tempo de Passos estorricam-lhe a imagem. Confesso que tive a curiosidade de perceber ao que vinham os candidatos a líderes deste partido que nunca me causou a mínima simpatia. Li uma entrevista paralela a este Montenegro e ao seu adversário Moreira da Silva. As perguntas foram as mesmas a um e a outro. As respostas de Moreira da Silva eram estruturadas: percebeu-se que tem cultura e curiosidade intelectual. A criatura Montenegro bolsou banalidades, algumas ridículas mesmo, e outras até chocantes. Por exemplo: Moreira da Silva rejeita o partido fascista de Ventura para governar em coligação. Para a criatura Montenegro cabe tudo no mesmo alguidar, desde que o poder esteja ali perto. Percebemos que as chamadas bases do partido de Cavaco e Passos não querem gente estruturada e com cultura política na liderança. Preferem os brutamontes prontos para arrasar o que for preciso sem vergonha na cara. A criatura já vomita ódio e mentira. Esta gente é perigosa. Isto vai ser duro. Não nos esqueçamos de Cavaco, a múmia falante. Imaginarmos mais um alarve a governar assusta. A criatura Montenegro a governar com o  inenarrável alarve Ventura é um pesadelo.  

terça-feira, 19 de julho de 2022

Maria de Lourdes Modesto



TODA A GENTE PARA A COZINHA, JÁ! | Ensinou os portugueses a perceberem o que comiam. Fez programas de televisão saborosos e fascinantes. Fez livros que foram traduzidos para outros idiomas e sabores, e ditaram regras alimentares. Aprofundou pesquisas e sofisticou paladares. Pelo menos eu senti isso, e por isso lhe agradeço. Foi bom viver no tempo de Maria de Lourdes Modesto.

Design de comunicação




Da série Grandes Capas. The New Yorker.

segunda-feira, 18 de julho de 2022

Um pouco mais de azul...


Pedro Chorão mostra trabalho recente em Tavira. É uma exposição que reclama memórias mas também nos aproxima das mais recentes preocupações do artista. A surpresa de cores novas associada às experiências inspiradas pela realidade que marcaram esta obra única, revela-nos a necessidade de Pedro Chorão estar atento ao ambiente contemporâneo. E que bom ambiente está aqui instalado, nesta tão agradável galeria da Casa das Artes.

Pedro Chorão marca a Arte do nosso tempo. É um dos grandes artistas visuais em actividade. Não pára. Em setembro de 2019 expôs na galeria da Casa Da Cultura | Setúbal. Exposição memorável que se afirmou como um dos momentos mais saudáveis e enriquecedores que se viveram na cidade. Em 2024 vai aqui regressar. Vamos comemorar os 50 anos do 25 de Abril com atitude e em permanente estado de alerta. As cores vão continuar a surpreender-nos daquela maneira tão sábia a assertiva que caracterizam Pedro Chorão.
Entretanto vão até Tavira. O espaço é muito simpático e as pessoas também. E os trabalhos ali pendurados são soberbos. Uma surpresa. Expectativas ultrapassadas. Vale mesmo a pena a viagem.
PEDRO CHORÃO | PINTURA
Casa das Artes de Tavira
De 16 julho a 16 agosto 2022

sábado, 16 de julho de 2022

Receituário



Pedro Chorão vai ter nova exposição. É em Tavira e abre este sábado.

Casa das Artes de Tavira
De 16 julho a 16 agosto 2022
Inauguração, dia 16, às 21H30

quinta-feira, 14 de julho de 2022

Dia Mundial da Liberdade de Pensamento


Hoje é o Dia Mundial da Liberdade de Pensamento. Achei curioso haver um dia para assinalar a vontade de se ser livre e com cérebro. Provavelmente é preciso chamar a atenção para isso num tempo em que os fascistas já fazem outra vez politica parlamentar. E todos sabemos que os fascistas não querem que ninguém pense. Os fascistas das manadas preferem entregar-se a um líder que "pensa" por eles, ou seja, preferem que um nabo sem convicções nem vontade de as ter anule completamente o pensamento dos que estão em seu redor espalhando a convicção de que ele é que pensa bem. A gente sabe que os fascistas não pensam bem nem mal. Pensam sim em reduzir ou mesmo anular o que pensam quem não pensa como eles.
Temos a noção de que não somos completamente livres, mas pelo menos sabemos isso e pensamos e fazemos tentativas de contornar situações de atropelo ao que defendemos. Ter liberdade de pensamento é isso mesmo: lutar pelo que pensamos, porque o que nós pensamos, se for autêntico e respeitador do que os outros pensam, é a melhor maneira de exercermos a nossa liberdade. Viva ela.

quarta-feira, 13 de julho de 2022

Que farei quando tudo arde


Os incêndios devastam. Infernal. Dantesco. Já há imagens que vão ficar célebres. O fogo parece democrático. Mas não é. Casas da Quinta do Lago ardem, como as dos pobres do interior esquecido. Mas há diferenças: os habitantes da Quinta do Lago têm para onde ir. Os pobres ficam sem nada. Diz-se que muitos destes fogos são provocados por seres humanos. Seres humanos?!

Eurico Gonçalves


Foi um dos artistas que mais me intrigava quando comecei a circular por entre galerias e museus. Eurico gesticulava na tela. Percebe-se o movimento que quer transmitir, mas tudo fica interrompido por um gesto aparentemente brusco. Diz quem o conheceu que era um excelente professor. Nunca assisti a uma aula dele. Tive como professor de História de Arte o seu irmão Rui [Mário Gonçalves], e ainda tive conversas com ele sobre o irmão. Quando Rui Mário Gonçalves morreu, o José Mouga dedicou-lhe a sua exposição que ía ser inaugurada na galeria da Casa Da Cultura | Setúbal. E mais uma vez falámos do trabalho de Eurico. Irmãos dedicados à Arte em plataformas diferentes. Eram diferentes de tudo, estes irmãos. Isso foi bom, para nosso bem

terça-feira, 12 de julho de 2022

Para além da troika


Foi um fartar vilanagem. Tivemos o azar de ter em primeiro ministro um convicto, empedernido e militante neoliberal. Pedro Passos Coelho falou mesmo em ir além da troika. Ou seja: ajustes e correcções para além do aplicado pela sinistra trindade ajustadora, tornaram-se erros gritantes. Todos percebemos o exagero. Mas a ideologia liberal — nas finanças, não nos costumes — ficou sem freio nem vergonha. Não se percebem os suspiros de alguns pelo regresso de Passos Coelho como grande solução para a direita governar. Ou percebe-se: há quem só entenda o que se passa à sua volta a toque de caixa. Para aí andam marchando e rindo. Parolos.

Fonte LUSA

 

Que par escolherei para dançar?!


Sei que a metáfora não é lá muito elegante. Não se dança em tempo de guerra. Mas aplica-se tão bem a esta lamentável situação. Saber que Lula e Bolsonaro estão consonantes no apoio ao criminoso psicopata Putin, não nos descansa, afasta-nos da delinquente baboseira. Eu, se fosse brasileiro, estaria agora nesse dilema. Apoiaria Lula por que carga de água? Porque combate um primata sem escrúpulos? Tudo bem, mas os escrúpulos exigem-se a todos. Apoiar Putin é lamentável. E criminoso.

Fonte LUSA

segunda-feira, 11 de julho de 2022

Rceituário

Assuntos pendentes. Para olhar, ver e crescer.



domingo, 10 de julho de 2022

Palhaço louco


Os britânicos permitiram que o homem fosse primeiro-ministro. Ele portou-se como um tonto, sem aparente noção dos princípios que norteiam quem governa. A agenda foi unipessoal. Prometeu o que sabia não poder cumprir. Agiu sem moderação. Era culto e arrojado, diziam alguns, como se isso fosse a maior maravilha do universo. Mas portou-se como um vulgar imbecil. Festejou o que deveria ser lamentado. Actuou como se fosse um puto mimado e malcriado. Agarrou-se ao poder como lapa à rocha. Os limites foram ultrapassados pela sua loucura. Acrescentou palhaçada à loucura. Tornou-se um palhaço louco.

sábado, 9 de julho de 2022

David Hockney



David Hockney faz hoje oitenta e cinco anos.

Parabéns
a esta grande figura da Arte que se faz hoje e
parabéns
à própria Arte. Quando um grande artista comemora a sua existência a Arte também está de parabéns.

José Bandarra



O lançamento foi um daqueles momentos. O livro estará à venda na Culsete e na Casa Da Cultura | Setúbal.

Partilho aqui o texto de introdução que "produzi" para figurar no livro. Leiam o livro. Vale mesmo a pena.

SER ANDARILHO
FAZER PELA VIDA
As palavras armazenam-se como torrões maduros
São flexíveis à memória são marinheiros em terra
Acontece dizer: levantem-se e caminhem
Mas quem somos e que hábito envergamos?
As palavras entontecem
Quando dispersas levantam rumos vários
José Afonso

Há vidas que dão filmes. E os filmes saem das palavras. São as palavras que nos situam no espaço, na memória dos dias passados. Passamos pela vida sem grandes preocupações de retórica. Vemos os filmes que os outros fazem. Emocionamo-nos com fitas estendidas por gente que não conhecemos. Somos gente, muitas vezes revemo-nos nesses contextos. Ornamentamos o nosso imaginário. Ficamos contentes por nos sentirmos integrados em documentos alheios mas que nos aproximam de sentires e saberes. Apreciamos as biografias de quem admiramos. Nem todos sentimos vontade de contar a nossa passagem por este mundo tão preenchido de atropelos e tropelias. Coisas más e coisas boas que nos agridem ou consolam, mas que mais tarde nos provocam um simples esgar de riso.
José Bandarra resolveu contar o que viveu até hoje. Escolheu uma idade que lhe permite olhar para trás e perceber o que correu bem e o que correu mal. Como está bem com a vida, conta o que lhe aconteceu, e que não é mentira nenhuma, com a simpatia dos homens bons. Sabe viver. Sabe contar o que vive. Trabalhou muito. Desde muito cedo. Andarilhou léguas em busca do conforto que todos merecemos. Estudou. Acrescentou ideias aos estudos adquiridos. A ideologia é importante. Ter ideias é preciso. Mas não se ficou pela comodidade do discurso ideológico. Cresceu intelectualmente. Criou a sua própria maneira de olhar o horizonte. Soube escolher a água para beber. Sabe estar com quem sabe e com quem quer saber. Gosta dos outros seres vivos. Deslumbra-se com a natureza e respeita os animais, seus irmãos de ternura e sabedoria. Este testemunho que agora nos veio parar às mãos é um tratado de benevolência. Um convívio com gente de todas as vontades e feitos. Um deambular por lugares que nos esclarecem a ternura, mas também a revolta. A revolta que nos instala a alegria de um dever cumprido. “Devemos ser gente, não homenzinhos e mulherzinhas, mas sim gente”, disse uma vez José Afonso, seu grande amigo e professor, nas aulas que frequentou no Círculo Cultural de Setúbal. Este livro é um apelo à dignidade humana. À escolha de sermos gente com os olhos e sentidos bem abertos. Sinto gratidão e orgulho por estar aqui a participar neste empreendimento tão pessoal e tão nosso também. Muito obrigado por isso, José Bandarra.

sexta-feira, 8 de julho de 2022

Vidas contadas


É já hoje à noite que vou conversar com José Bandarra. Pretexto: o seu livro de memórias. É um livro que interessa a quem conhece o autor e a quem quer perceber o que foi viver com os olhos abertos a partir da segunda metade do século passado. Foi há muito tempo? Nem por isso. Foi mesmo há um bocadinho e a história ainda agora começa, porque quem vive com os olhos bem abertos pensa sempre no futuro. Até logo.

segunda-feira, 4 de julho de 2022

E ainda falta o futuro

 





Este testemunho que agora nos veio parar às mãos é um tratado de benevolência. Um convívio com gente de todas as vontades e feitos. Um deambular por lugares que nos esclarecem a ternura, mas também a revolta. A revolta que nos instala a alegria de um dever cumprido. 


“Devemos ser gente, não homenzinhos mulherzinhas, mas sim gente”, disse uma vez José Afonso, seu grande amigo e professor, nas aulas que frequentou no Círculo Cultural de Setúbal, coletividade que funcionou onde hoje está instalada a Casa da Cultura. Vamos recordar estórias entre as paredes do lugar onde muito aconteceu. Este livro é um apelo à dignidade humana. À escolha de sermos gente com os olhos e sentidos bem abertos. 


Vamos conversar com José Bandarra na próxima sexta-feira. Oportunidade para muitos recordarem bons momentos da sua existência. Conhecer o passado ajuda a prevenir o futuro, digo eu, mas o José Bandarra está mais dentro do assunto e vai ajudar-nos a perceber isso mesmo.

Até lá.

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domingo, 3 de julho de 2022

Olhar o inesperado


O que se espera não surpreende. O inesperado provoca-nos, para além da surpresa, a vontade de ver mais, saber mais. A surpresa estimula. Peter Brook veio ao mundo para estimular a surpresa. Estudou muito a maneira de nos provocar a curiosidade. Dirigiu grandes actores e escreveu as premissas para um teatro de hoje a pensar no futuro. Em Portugal, a Orpheu Negro publicou O Espaço Vazio, obra onde registou algumas das suas ideias. Leitura indispensável, digo eu. O Teatro fica assim sem um dos seus melhores.

sábado, 2 de julho de 2022

Abaixo a diplomacia


O Presidente de Portugal está no Brasil. Marcelo Rebelo de Sousa, que é Presidente da República de Portugal, foi humilhado pelo seu congénere brasileiro. O primata que comanda o Brasil não o vai receber. Marcelo desvaloriza, como se as relações diplomáticas entre os dois países fossem uma boda de casamento para que não foi convidado. Isto é de uma gravidade sem precedentes. Mas Marcelo devia de agradecer e assumir esse agradecimento. Não é gosto nenhum ser recebido por um bandido.