sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

O ideal é debatermos ideias

Não sou fã dos debates. Não vejo mesmo os debates em que participa o chefe de clã que defende a trilogia de salazares. Não consigo. Também nunca assisto ao escolástico exame final pelos comentadores. Mas hoje assisti ao debate entre Catarina Martins e Marques Mendes. 
 
Sejamos claros: Marques Mendes assume-se como possível vencedor e não quer debater ideias. Para ele não é importante ter ideias, mas apenas estratégia, e como tal não comenta as ideias políticas que não vão ao encontro do que as pessoas pensam. Ele acha que chega lá contornando a chuva pelos intervalos. Catarina Martins debate e tem ideias. Assume-se contra as ideias de direita, como é natural. É que ela é candidata da esquerda. Da minha esquerda, e eu estou com ela. A esquerda é alternativa. A direita é retrocesso.  
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Design de comunicação

Da série Grandes Primeiras Páginas.
Público de hoje, dia que se segue à Greve Geral "inexpressiva". 
 
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quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Inexpressivo és tu, e governas-te

As medidas laborais que o governo quer impor são ferozes. A resposta dos trabalhadores foi uma Greve Geral marcante que o governo diz ser inexpressiva. Este governo, para além de violentamente reacionário, é manipulador e arrogante, e,  perdoem-me a violência da expressão, completamente imbecil. 

Somos governados por gente sem qualidades: culturalmente indocumentados, parolos, ignorantes mesmo, que apenas querem cumprir a agenda da extrema-direita que anda a saltar dos buracos imundos onde se escondia em todo o mundo. O governo português está a alinhar com afinco e entusiasmo com os novos fascistas. É facto. 

Mas existe o outro lado da moeda. Há sempre alguém que diz não ao atropelo que o retrocesso impõe. Os argumentos de Amaro e Montenegro para desvalorizarem a Greve Geral são básicos e indecorosos, no mínimo. O combate tem de ser contra a AD, a IL e  o partido salazarista. E não, não somos poucos. Somos muitos e não temos paciência para aturar parolos iletrados que se exprimem como vulgares tatibitates. Somos muitos, seremos muitos mais e não vos daremos descanso. Feitios. 

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quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Identificação de um direito

Montenegro não percebe as razões que justificam uma Greve Geral. O partido salazarista e aquele que se diz liberal (desde que o Estado o ature) também não. O partido salazarista sugere mesmo que se troquem designações: não é trabalhadores que se diz; é colaboradores.
Tudo isto seria apenas ridículo porque esta gente é ridícula, mas acontece que estão em lugares que prejudicam as pessoas e não têm vergonha nenhuma de o fazer. Chamam reformas aos atentados aos direitos conquistados das pessoas. As pessoas são bolas do seu bilhar.
 
A ideia é esta: quem paga manda, escolhe quem explora e manda embora quem lhe apetece quando lhe apetece. Mais: se queres emprego tens de trabalhar de borla quando o patrão mandar, porque é ele que paga. E assim se vai lançando a indignidade em alterações à lei que rege a relação entre os heróis empreendedores e os exploradores dos chamados trabalhadores que com eles colaboram. 
 
Uma medalha enviada por um jornal "lá de fora", especializado em economias e mais-valias, atribuída a Portugal por estar no rumo certo, levou-os ao espasmo verbal. Não se calam: estão a ver? Nunca estivemos tão bem. Esquecem-se que outras medalhas semelhantes já tinham sido colocadas na lapela de governos anteriores. Lembram-se do que disse Montenegro nessa altura? Disse assim: "O país está melhor, mas as pessoas não". Pois é, a história repete-se, mas agora conta-se de outra maneira. É que as pessoas já estão mal, mas a lei proposta vai pôr toda a gente que colabora e até quem trabalha mesmo na corda-bamba. Tornar toda a gente precária é proposta evidente do governo, dos salazaristas e dos liberais de meia-tigela. Há razões para uma Greve Geral, meus senhores. E não são poucas.
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terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Clara Pinto Correia



O João Francisco Vilhena ligou-me a dar a notícia: "Morreu a Clara". E ali ficámos, os dois em choque a recordar o tempo em que com ela convivemos. Fizemos juntos livros que nos marcaram. "O Livro das Conversões" que ela escreveu, contou com fotografias do João Francisco. Foi um dos mais bonitos livros que eu desenhei na vida. Lembro-me da apresentação desta obra magnífica em que conheci e passei o jantar que se seguiu ao lançamento à conversa com Frei Bento Domingues (foi quem apresentou o livro), que me disse coisas que ainda hoje recordo com frequência.

Clara Pinto Correia era um ser de excessos. Uma mulher com um talento incrível que se estendia por muitas áreas da cultura e especificamente da ciência. Desenhei graficamente outros livros com ela. Trabalhar nessas obras era uma carga de trabalhos que se tornava leve graças ao seu humor e saber. Aprendi e diverti-me muito com esta senhora que agora nos deixa, e fico com a sensação de que faltou fazer qualquer coisa que não sei muito bem o que é. Se calhar essa coisa é que é linda, como disse um poeta.
Pois é, Clara, isto não tem sentido nenhum. Ficamos nesta inquietação de não percebermos esta injustiça da tua morte.
Olha, eu fiz um cartaz em tua homenagem. Pus o teu nome em "Bodoni poster", como não podia ser de outra maneira. O que tu gostavas desta fonte tipográfica. As conversa que nós tivemos a insultar as letras manhosas muito condensadas que se usavam naquela altura. A fotografia é do João Francisco, como não podia deixar de ser também. E juro que te vou recordar naquela alegria entusiasmada que saltava de ti quando encontravas os amigos. Ainda sinto o teu abraço. E vou senti-lo sempre. Foi tão bom conhecer-te, Clara, minha querida amiga.
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Design de comunicação

 Da série Grandes Capas. The Economist. The New Republic. The New Yorker. Página 12.



Imagens obtidas em: https://derterrorist.blogs.sapo.pt/

segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele

O cardeal foi ao jantar dos fascistas. O cardeal esteve sorridente e decerto comeu bem. A fotografia que colocou na sua página desta geringonça prova esse grande prazer em estar com os seus. 
 
Há ainda pouco tempo, estive quase para me encontrar com este cardeal para uma cerimónia comemorativa em que eu e ele participávamos. Mas aconteceu algo mais importante que me afastou desse encontro. Estou feliz por esse desencontro. Não tenciono conhecer este representante dos papas na região. Tento manter à distância fascistas, eleitores de fascistas, mas também quem os tolera. Não respeito quem não nos respeita. Raramente me distraio e não cedo.
 
Para além da fotografia que o cardeal publicou com garbo nas redes sociais — a mim causa-me náuseas publicá-la aqui, mas tem de ser para que o registo seja fidedigno —, insiro aqui o lúcido texto de opinião que o jornalista António Marujo escreveu para o Público em 24 de Julho de 2022.
Perdoe ao senhor cardeal Américo Aguiar quem estiver para aí virado, eu não tenho vagar.
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Martin Parr

www.martinparrfoundation.org/
É como se passasse uma certa estratégia do humor britânico para a fotografia. As suas fotografias "brincaram" com os dias das pessoas da sua terra. Ao primeiro olhar, estas imagens não são um documento que assinala ou denuncia. Estas pessoas parecem ser colocadas ali pelo artista que assim imortaliza comportamentos e ambientes, que afinal são reais e únicos como um documento. Cores saturadas em grandes planos preenchidos por gente que ora parece ali estar inadvertidamente, ora parece querer sair dali para fora. A massificação do turismo foi ponto crítico assumido e revelado. Percebe-se, não é verdade?

Conheço o trabalho de Martin Parr desde a primeira vez que fui a Londres. Nunca mais deixei de o seguir. O humor e a arte daquelas paragens mudaram o meu mundo. Foram os artistas desse tempo que me ensinaram a olhar de outra maneira para a nossa inquietante e frágil existência.
Agora partiu para o lugar onde a nossa memória o colocar, deixando um rasto de belíssimas imagens que marcaram bem o seu tempo de artista. Muito Obrigado, senhor Martin Parr.
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domingo, 7 de dezembro de 2025

Foi bonita a festa, pá


Sim, eu sei que já não há paciência para este abuso de utilização da frase de Chico Buarque por tudo e mais um par de patins. Mas é que a Festa da Ilustração - Setúbal, foi mesmo bonita, e usar o Chico faz sentido porque foi uma festa da liberdade e da democracia. Estamos todos de parabéns: autores das ideias, organizadores, produtores, público visitante e (por último os principais) artistas ilustradores.

Foi mesmo muito bonita, a Festa da Ilustração e dos Ilustradores. No encerramento, ontem, na Galeria do Onze, com direito a apresentação do catálogo ZÉ, SEMPRE O MESMO, edição comemorativa dos 150 anos da criação do Zé Povinho, Jorge Silva referiu a importância que a iniciativa teve no panorama da investigação da ilustração publicada por cá. Jorge Silva ficou a perceber melhor o que aconteceu. Trabalhou em onze fantásticas exposições de artistas esquecidos porque nunca lembrados, e desenhou catálogos que já fazem a História de um tempo passado em que a ilustração funcionava como manual de referência na imprensa publicada.
Sim, foi bonita a Festa, pá, por todas as razões que nos fazem pensar e intervir contra a mediocridade que insiste em infetar consciências e contaminar atitudes. Pessoalmente, saio de cena com a consciência plena de que fizemos o nosso melhor. A colaboração com o João Paulo Cotrim, com o Jorge Silva, com todos os ilustradores convidados (nacionais e estrangeiros) e com as pessoas (dirigentes e funcionários) do Município de Setúbal que puseram o projeto de pé, foram a garantia da aplicação da qualidade e exigência da iniciativa, e, já agora, da vivência destes anos que me fizeram crescer intelectualmente e que me tornaram os dias mais felizes.
A gente vai-se encontrando por aí. Fora da ligeireza folclórica e carnavalesca também se tenta procurar a felicidade e um gosto crescido e esclarecido. Os gostos discutem-se, acomodam-se nas ideologias. São saudáveis idiossincrasias.
Muito obrigado a toda esta gente que é Gente.



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sábado, 6 de dezembro de 2025

Frank Gehry

Morreu Frank Gehry. Não era o meu arquitecto de eleição. Era um dos meus arquitectos de eleição. Segui o seu trabalho pelo mundo. A maior parte das vezes em revistas da especialidade. Sou consumidor.
 

Mas quando terminou a construção do Museu Guggenheim, em Bilbao, fui mesmo lá passado um mês da abertura, com um grupo de amigos e amigas, arrastados pela curiosidade de percebermos como funcionava aquele edifício tão estranho. A estranheza do seu trabalho provoca-nos essa curiosidade. Estranheza que se entranha. Materiais diferentes, aparentemente pouco nobres, transformam-se pelo seu desenho em sofisticados objectos de arquitectura contemporânea. A depuração minimalista preenche mais a minha exigência para com as estruturas que nos acolhem, mas acontece que em Gehry a exuberância revela-se funcionalidade. E aquela estranha beleza dá conta de nós. Embrulha-nos em ambientes distintos. Gosto de artistas assim. Muito obrigado, senhor arquitecto.

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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Gente que é gente

António Pinho Vargas é o mandatário nacional da candidatura de Catarina Martins. Estamos com gente que é gente decente e que marca culturalmente o seu tempo. Privilégio e grande gosto em apoiar uma candidatura assim. Melhor era impossível.

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quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Comentar comentários

Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo, ou menos certo? 

Foi Fernando Pessoa que escreveu esta frase, na minha opinião genial. Mas Fernando Pessoa disse tanta coisa genial que até mete impressão. A língua portuguesa como Pátria é outra. A minha Pátria é como a minha raça - a raça humana, que é transversal a todas as cores e feitios. Ou vamos voltar ao orgulho nacionalista que convoca o mais serôdio provincianismo?

Mas hoje quero aqui falar dos comentários aos debates que têm passado nas televisões após os debates entre candidatos. Confesso que os candidatos à Presidência que vão para ali dizer coisas são para mim uns e para os comentadores outros, com toda a certeza. Andamos a ver programas televisivos diferentes. Uns vêm tristezas, outros entretenimento e audiências. Dou exemplos. Classificar e dar notas a alguém como André Ventura é qualquer coisa de extraordinário. Vamos classificar a mentira e a má-criação como dado elegível? Vamos classificar a postura autoritária e ridiculamente ignorante de Gouveia e Melo? A incongruência é competência? E vamos perceber com enlevo democrático o falso e sinistro liberalismo de Cotrim de Figueiredo? O que leva os comentadores a comentar? É o circo? É a vontade de mostrar serviço normalizando a prestação circense da extrema-direita e dos seus preceitos trogloditas?

Há vida para além do espetáculo televisivo, meus caros. A política é mais do que isso. É a nossa existência como cidadãos que está em risco. Ventura já instalou o medo. Existimos mas não podemos insistir. Os fascistas estão aí. Alguns jornalistas e muitos jovens ainda não deram por isso. Abram os olhos. A densidade comunicativa é dada pelo alvoroço imbecil? A defesa da democracia exige respeito pelo que se pensa e diz. Sejamos adultos.

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Presidenciais 2026

Minha pátria é a língua portuguesa

Fernando Pessoa
 
Já a minha avó me dizia: "quem boa cama fizer nela se deita". Se tivermos que escolher entre um militar arrogante e ignorante e um troca-tintas fanfarrão e mentiroso compulsivo, a escolha final recai nisto: um idiota a representar um sítio a que deram o nome de Portugal. Nada disto é original. O país mais influente do mundo já tem um imbecil ao comando. E não me venham com patriotismos de meia tigela. A minha pátria é a de Luís de Camões, Fernando Pessoa e José Afonso. A Língua Portuguesa não cabe no pedaço de terra representado por um idiota. O mundo caminha para a extinção e com estes iletrados a decidir nem vai haver relatório final. 
 


terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Constança

Jornalismo com rigor, opinião com coragem e honestidade intelectual. É esta a minha opinião. Gostava de Constança Cunha e Sá por estes motivos todos e também pela sua postura agressiva e simpática. Esta morte veio muito cedo. Muito obrigado, Constança.

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Manuel Pedro

Esteve preso três vezes, somando onze anos nas prisões do fascismo. Sofreu agruras inimagináveis na prisão e fora dela. Foi militante político clandestino, funcionário do Partido Comunista Português. Lutou pela democracia, pelo direito a escolhermos o nosso futuro. Foi também animador cultural, ligado mais ao cinema, e publicou três livros reveladores de tudo isto. Num tempo em que estes heróis são arrasados pelos novos fascistas, exibindo a estupidez da repressão e a intolerância da xenofobia como solução, e quando tudo o que os antifascistas combateram é agora promovido, não se percebendo muito bem como é que imbecis iletrados têm soluções para seja o que for, é importante que seres humanos maiores como Manuel Pedro sejam recordados e respeitados como os grandes cidadãos que foram. São estes os exemplos de vida de quem deseja viver em democracia e em liberdade, com educação, cultura e alegria de viver. Muito obrigado, Manuel Pedro.

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domingo, 30 de novembro de 2025

A alternativa é de esquerda


A DIREITA É SEMPRE RETROCESSO | As eleições para a Presidência da República são mesmo muito importantes. Pela primeira vez em democracia surge um candidato que quer transformar o cargo em organismo de decisão absoluta. Caso ganhasse as eleições, é claro. Mas também é claro que não o vai conseguir, por enquanto. E aqui é que está a questão de fundo a assinalar. A extrema-direita está a crescer. Segundo as sondagens, os jovens vão votar contra eles próprios. O perigo espreita, e isso não é sondagem, é facto.

Há candidatos a candidatos, há candidatos com ideias democráticas, há candidatos com ideias justiceiras primárias e há candidatos que se candidatam só para aparecer. Até há candidatos que não dizem coisa com coisa. Mas todos querem mudar isto tudo, corrigir o passado como se até agora estivessem em lugar distante. Não é só Ventura que é perigoso. Cotrim de Figueiredo não lhe fica atrás. Muito pelo contrário, aparentando mais respeitabilidade quer impor o desrespeito por todos nós. Respeito só por quem é empreendedor e defensor do "salve-se quem puder", e quem assim não pensar que se lixe. Depois há os candidatos que gostariam mostrar ser o que nunca foram, os que mostram o que não são nem nunca serão e os que querem ser tudo e mais alguma coisa. Conhecemos de gingeira todos estes truque e deslizes. Também há um candidato oficial do governo, que poderá tornar tudo isto em lugar de interesse bastante reduzido. Nas esquerdas há candidatos de esquerda e candidatos que o querem ser sem parecer, ou parecer sem o ser. Alguns muito apreciados também pela direita dita democrática e agora muito queridos mas antes defensores de indignidades várias. Defender o "espectáculo" taurino ou ser e votar no parlamento contra a lei da eutanásia não são atitudes de esquerda. Impedir avanços civilizacionais não é atitude de esquerda, ponto. Não foi possível encontrar um candidato que unisse os votantes de uma esquerda bem larga. Mas há uma candidata. É mulher. É de esquerda, sem medos. Até mesmo com orgulho, como é natural. É inteligente, culta e sabe enfrentar a delinquência da direita manhosa e da menos manhosa. Adivinharam: é Catarina Martins, obviamente. É a minha escolha natural e vai ter todo o meu apoio.

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A dureza da vida

Não nos pode fazer desistir. Catarina Martins na Convenção do Bloco de Esquerda. Existe uma voz diferente e consistente, de esquerda, nas eleições para a Presidência da República.

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sábado, 29 de novembro de 2025

Nós não escolhemos o tempo em que vivemos

“Mas podemos escolher como vivê-lo”. A ouvir a brilhante intervenção de Mariana Mortágua na convenção do Bloco de Esquerda. Estou aqui como convidado. E estou aqui muito bem.

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sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Manual do bom fascista

A gente sabe que bom mesmo era não existir gente assim. Mas o Rui Zink inventou uma maneira de se perceber o que é um fascista a funcionar com eficácia. Digo eu, que ainda não vi a peça. Está em cena desde ontem. Vou lá hoje. A promoção diz assim:

O TAS | Teatro Animação de Setúbal, tem a desfaçatez de apresentar MANUAL DO BOM FASCISTA, de Rui Zink, a partir do dia 27 de novembro, no Teatro de Bolso. Cristina Cavalinhos, André Moniz, Cláu Aguizo e Andreia Trindade. Encenação de Célia David.
Sinopse
"Manual do Bom Fascista" de Rui Zink, um compêndio de 100 lições para aprendizes de "bons fascistas", título e conteúdo, carregados de forte ironia e sarcasmo. No entanto, um alerta para a ascensão de ideologias radicais e crescentes manifestações de extrema-direita. A falta de memória dos povos e suas idiossincrasias e arbitrariedades, justificando abusos de poder, intolerâncias, autoritarismo, repressão, violência e medo. Numa abordagem trágico/cómica assente num humor fino e requintado, a obra toma forma teatral com a supervisão do autor, relativa à adaptação e dramaturgia e, através de um “fascistómetro”, será possível identificar o fascista que há em cada um de nós. "Estará o fascismo entre nós ou dentro de nós?" Venha assistir ao espetáculo, fazer o teste e tirar a prova dos nove.