sábado, 6 de dezembro de 2025

Frank Gehry

Morreu Frank Gehry. Não era o meu arquitecto de eleição. Era um dos meus arquitectos de eleição. Segui o seu trabalho pelo mundo. A maior parte das vezes em revistas da especialidade. Sou consumidor.
 

Mas quando terminou a construção do Museu Guggenheim, em Bilbao, fui mesmo lá passado um mês da abertura, com um grupo de amigos e amigas, arrastados pela curiosidade de percebermos como funcionava aquele edifício tão estranho. A estranheza do seu trabalho provoca-nos essa curiosidade. Estranheza que se entranha. Materiais diferentes, aparentemente pouco nobres, transformam-se pelo seu desenho em sofisticados objectos de arquitectura contemporânea. A depuração minimalista preenche mais a minha exigência para com as estruturas que nos acolhem, mas acontece que em Gehry a exuberância revela-se funcionalidade. E aquela estranha beleza dá conta de nós. Embrulha-nos em ambientes distintos. Gosto de arquitectos assim. Muito obrigado, senhor arquitecto.