sábado, 31 de julho de 2004
José Afonso
José Afonso faria na próxima segunda-feira setenta e cinco anos.
Para recordá-lo, aqui vai um poema seu, escrito em 1959.
Á sombra não me quito
Á sombra não me calo
Antes andar a pé
do que a cavalo
Antes um cão na mão
e o companheiro
O mundo é como é
deixa girá-lo
Voltaremos cá. Para recordá-lo outra vez. JTD
quarta-feira, 28 de julho de 2004
Luiz Pacheco | Comunidade
Hoje vamos visitar um grande escriba deste mal tratado idioma. Vamos, com Luiz Pacheco, viajar pela COMUNIDADE, um dos mais incríveis textos utilizadores da nossa língua. Este fraseado não é recomendável a acomodados e outras espécies de sabujos. Nestes tempos de "foliões e parasitas da vida" apetece recordar o que esta terra tem de melhor. É neste território que entra o Pacheco. Aqui vai:
"Não sei nada. Duvido de tudo. Desci do fundo dos fundos, lá onde se confunde a lama com o sangue, as fezes, o pus, o vómito; fui até às entranhas da Besta e não me arrependo. Nada sei do futuro, e o passado quase esqueci. Li muito e foi pior. Conheci gente estranha nesta viagem. Pobre gente: estúpidos de medo, doidos espertalhões, toscos patarecos, foliões e parasitas da Vida, parasitas (os mais criminosos, estes) chulos do próprio talento, desperdiçando tudo: as horas do relógio deles e dos outros, e os defeitos de todos, que tudo tem seu calor e seu exemplo; ou frustados falhados tentando arrastar os mais para o poço onde se deixam cair por impotência de criar, lazeira ou cobardia (mas o coveiro nada perdoa). Cadáveres adiados fedorentos viciosos de manhas e muito mal mascarados. Uma caca a respirar."
Até amanhã. JTD
terça-feira, 27 de julho de 2004
Atrás dos tempos...
Passamos directamente dos futebolísticos cartões amarelos e vermelhos para os incendiáveis alertas laranja.
Andamos sempre a toque de caixa. Parece que já não há cura para isto.
Para quando um cartão verde de esperança ou raiva, ou um alerta azul de progresso, anunciador de dias melhores?
Que tempo do caraças. Que dias de merda. JTD
Andamos sempre a toque de caixa. Parece que já não há cura para isto.
Para quando um cartão verde de esperança ou raiva, ou um alerta azul de progresso, anunciador de dias melhores?
Que tempo do caraças. Que dias de merda. JTD
Gonçalo M. Tavares | D. H. Lawrence
Mais uma viagem pelo livro de Gonçalo M. Tavares, "Biblioteca". Eduardo Prado Coelho fez uma excelente abordagem a esta obra na edição da passada sexta-feira do suplemento "Mil Folhas" do "Público". Ele também gostou. Ainda bem.
Hoje é dia de D. H. Lawrence:
"Era uma mulher que fornicava primeiro entre o feno, depois entre as ervas, afastando pequenos ramos para que o pénis do homem não se magoasse, e mais tarde, a mesma mulher, mais snobe, fornicava no meio de um poema, afastando os versos, para que o pénis do homem não se tornasse demasiado delicado.
Mas também havia outras coisas."
Titulo: Biblioteca
Autor: Gonçalo M. Tavares
Capa: Margarida Baldaia
Edição: Campo das Letras
JTD
sexta-feira, 23 de julho de 2004
Carlos Paredes
Carlos Paredes morreu hoje.
Mais um português de grande qualidade que nos deixa.
Um músico de dimensão universal.
Há dias assim, tristes. A grande chatice é que começam a ser todos.
Ouviremos a sua música, sempre. JTD
terça-feira, 20 de julho de 2004
Fidalga comezaina
Aqui está um restaurante e pêras. Boas refeições, ambiente simpático e excelente localização.
Ao leme está o meu amigo Eugénio. O Alberto está na fase do grumete, mas promete -Terá graduação superior muito em breve. Para a prova, para além da formidável lista de vinhos, temos os famosos pastéis de massa tenra, os rins de porco salteados, o pato no forno e tudo o mais que não cabe nestas linhas. O melhor mesmo é entrar e comprovar. Fica aqui a morada e o site. JTD
Restaurante Fidalgo
Rua da Barroca 27, Bairro Alto, Lisboa
Tel.. 213422900 - Fax. 213476693
www.restaurantefidalgo.com
Ao leme está o meu amigo Eugénio. O Alberto está na fase do grumete, mas promete -Terá graduação superior muito em breve. Para a prova, para além da formidável lista de vinhos, temos os famosos pastéis de massa tenra, os rins de porco salteados, o pato no forno e tudo o mais que não cabe nestas linhas. O melhor mesmo é entrar e comprovar. Fica aqui a morada e o site. JTD
Restaurante Fidalgo
Rua da Barroca 27, Bairro Alto, Lisboa
Tel.. 213422900 - Fax. 213476693
segunda-feira, 19 de julho de 2004
Abriu a esplanada
Um grupo de amigos, encontra-se desde o princípio do mês numa esplanada aqui ao lado. Vale a pena dar lá um pulo. Eu passo por lá todas as tardes.
Apresentam-se assim:
ESPLANAR v.t. (lat. esplanare - ainda que não seja pacífico afirmar que as pastelarias do império romano tivessem esplanadas). Acção de contemplar o mundo a partir de uma esplanada; movimento de trazer à linguagem o que se vê debaixo de um guarda-sol. O mesmo que explanar, mas numa esplanada.
Clientes habituais: Alexandre Borges, Filipe Nunes, João Pedro George, Nuno Costa Santos e Rui Branco.
Este estabelecimento tem livro de reclamações.
JTD
... e do Espírito Santo
Para o actual governo português, a cultura é uma questão de restauro e conservação. Daí a escolha de uma Espírito Santo para a pasta.
A actual ministra, indagada sobre o que pensava do seu anterior colega, Pedro Roseta, respondeu: "É muito simpático". Assim, sem mais conversa, porque "temos muito trabalho". Deviam ser as obras de restauro no palácio da Ajuda, que a esperavam.
Tudo está a começar bem com este governo: o primeiro-ministro passa em branco páginas do discurso de tomada de posse, são anunciadas responsabilidades governativas sem os próprios ministros o saberem, enquanto outros se desdobram em "não comentários". E já agora, repararam na súbita arrogância/enfado do nosso primeiro? Ainda agora isto começou... RR
A actual ministra, indagada sobre o que pensava do seu anterior colega, Pedro Roseta, respondeu: "É muito simpático". Assim, sem mais conversa, porque "temos muito trabalho". Deviam ser as obras de restauro no palácio da Ajuda, que a esperavam.
Tudo está a começar bem com este governo: o primeiro-ministro passa em branco páginas do discurso de tomada de posse, são anunciadas responsabilidades governativas sem os próprios ministros o saberem, enquanto outros se desdobram em "não comentários". E já agora, repararam na súbita arrogância/enfado do nosso primeiro? Ainda agora isto começou... RR
Nobre ambiente
Luis Nobre Guedes é homem de muito poucas opiniões. Ao abraçar a pasta do ambiente só vem provar que o dito não tem grande importância para o novo executivo. Ora é aqui que a gente se engana. Com tal figura no governo é evidente que o ambiente vai mudar de figura. Vai-se a obsessão pela protecção, mas, resolvem-se alguns maus ambientes. Vão ver como o túnel do marquês vai ter solução num ápice. O ambiente já é outro. Para quê um ministro com preocupações ambientais?
Assim é muito mais fácil e eficaz. RR
Assim é muito mais fácil e eficaz. RR
Gonçalo M. Tavares | Flaubert
Já aqui demos conta do livro de Gonçalo M. Tavares, "Biblioteca". E esta não vai ser a última vez que damos brilho a esta página com a sua prosa.
Para hoje escolhemos Flaubert. Lá vai:
"Excelentíssima madame, eis que primeiro vou descrever o seu esplendoroso vestido e logo a seguir, sim, a despirei com toda a ansiedade possível.
Belo programa, meu bom senhor. Mas essa primeira parte, não poderá saltar-se?
Excelentíssima madame, eu sou um escritor, não sou um fornicador.
Oh, meu bom senhor, que pena."
Titulo: Biblioteca
Autor: Gonçalo M. Tavares
Capa: Margarida Baldaia
Edição: Campo das Letras
JTD
Para hoje escolhemos Flaubert. Lá vai:
"Excelentíssima madame, eis que primeiro vou descrever o seu esplendoroso vestido e logo a seguir, sim, a despirei com toda a ansiedade possível.
Belo programa, meu bom senhor. Mas essa primeira parte, não poderá saltar-se?
Excelentíssima madame, eu sou um escritor, não sou um fornicador.
Oh, meu bom senhor, que pena."
Titulo: Biblioteca
Autor: Gonçalo M. Tavares
Capa: Margarida Baldaia
Edição: Campo das Letras
JTD
quarta-feira, 14 de julho de 2004
A voz dos pacientes do BlogOperatório
Digam lá que não vos apetece fugir daqui? As pessoas de jeito a
morrer, os cromos da bola (homenzinho de cabelo sinistro do Jet Set) a subir
na carreira, a onda nacionalista a dominar a populaça só por causa de uns
pontapés na bola..., aparece um gajo brasileiro a dizer para a malta exibir
bandeiras e é ver uma nação inteira completamente alienada das coisas
importantes... a gritar Viva Portugal!
Bem faz o outro que se vai pirar para Bruxelas, deixando um terço de
gente a rir e todo o resto a espernear. Até o nosso Presidente foi na
conversa...
Haverá ainda remédio? Ou estaremos a tranformar-nos numa espécie de
USA? Uns não votam, porque acham que não vale a pena, outros não ouvem
porque acham que não tem interesse, outros simplesmente nem sequer se dão ao
trabalho.... Go with the flow...palavras vãs as nossas que fazem eco. Somos
nós que estamos errados, só pode ser...não sei porque me ralo; tenho comida
no frigorifico e até vou de férias, se calhar é por isso que ainda me resta
disponibilidade para pensar... outros nem isso têm. SRP
morrer, os cromos da bola (homenzinho de cabelo sinistro do Jet Set) a subir
na carreira, a onda nacionalista a dominar a populaça só por causa de uns
pontapés na bola..., aparece um gajo brasileiro a dizer para a malta exibir
bandeiras e é ver uma nação inteira completamente alienada das coisas
importantes... a gritar Viva Portugal!
Bem faz o outro que se vai pirar para Bruxelas, deixando um terço de
gente a rir e todo o resto a espernear. Até o nosso Presidente foi na
conversa...
Haverá ainda remédio? Ou estaremos a tranformar-nos numa espécie de
USA? Uns não votam, porque acham que não vale a pena, outros não ouvem
porque acham que não tem interesse, outros simplesmente nem sequer se dão ao
trabalho.... Go with the flow...palavras vãs as nossas que fazem eco. Somos
nós que estamos errados, só pode ser...não sei porque me ralo; tenho comida
no frigorifico e até vou de férias, se calhar é por isso que ainda me resta
disponibilidade para pensar... outros nem isso têm. SRP
reBlogue
Ricardo Araújo Pereira assina vários textos no Gato Fedorento, dignos de nota. Aqui vai um deles. Quem quiser consultar os outros, basta fazer o "link" para o "Gato", e já está. Garanto que vale a pena.
A ESTABILIDADE ESTÁ ESTÁVEL: A estabilidade foi, ao que parece, um factor decisivo na escolha de Jorge Sampaio. E, como é óbvio, a solução de ter um governo chefiado por um homem que, um dia, ameaçou deixar a vida política por causa de um sketch de João Baião, é, indiscutivelmente, a que dá mais garantias de estabilidade. Sobretudo quando comparada com a outra hipótese, a das eleições - essas malandras, sempre a provocarem instabilidade e outros sarilhos. Escuso de lembrar a estabilidade que se vivia neste país no tempo em que só havia eleições de 48 em 48 anos.
Outro argumento forte contra as eleições foi este: nas legislativas, vota-se num partido e é esse partido que deve governar até ao fim do mandato. Aqui, lamento mas discordo. Porque o partido que foi eleito não é o mesmo que vai governar a partir de agora. A maioria elegeu o PSD, e o partido que está no poder desde anteontem é um tal PPD-PSD. Há uma diferença. Não é, objectivamente, o mesmo partido. Dizem alguns: o Santana refere-se ao PSD dessa maneira porque, quando se fez militante, o partido chamava-se PPD; ou seja, ele diz o nome de ambos os partidos em que militou. É argumento que não colhe, porque se Santana Lopes quisesse dizer o nome de todos os partidos em que esteve filiado, teria de dizer MIRN-PPD-PSD.
Em todo o caso, não sou catastrofista. Creio que Santana Lopes pode fazer um bom trabalho. Vi-o a dizer, na SIC, que enquanto houver um desempregado em Portugal, não dormirá descansado. Acredito. Aliás, julgo que é exactamente por isso que aproveita as noites para fazer outras coisas que não dormir.
Ricardo Araújo PereiraGato fedorento
A ESTABILIDADE ESTÁ ESTÁVEL: A estabilidade foi, ao que parece, um factor decisivo na escolha de Jorge Sampaio. E, como é óbvio, a solução de ter um governo chefiado por um homem que, um dia, ameaçou deixar a vida política por causa de um sketch de João Baião, é, indiscutivelmente, a que dá mais garantias de estabilidade. Sobretudo quando comparada com a outra hipótese, a das eleições - essas malandras, sempre a provocarem instabilidade e outros sarilhos. Escuso de lembrar a estabilidade que se vivia neste país no tempo em que só havia eleições de 48 em 48 anos.
Outro argumento forte contra as eleições foi este: nas legislativas, vota-se num partido e é esse partido que deve governar até ao fim do mandato. Aqui, lamento mas discordo. Porque o partido que foi eleito não é o mesmo que vai governar a partir de agora. A maioria elegeu o PSD, e o partido que está no poder desde anteontem é um tal PPD-PSD. Há uma diferença. Não é, objectivamente, o mesmo partido. Dizem alguns: o Santana refere-se ao PSD dessa maneira porque, quando se fez militante, o partido chamava-se PPD; ou seja, ele diz o nome de ambos os partidos em que militou. É argumento que não colhe, porque se Santana Lopes quisesse dizer o nome de todos os partidos em que esteve filiado, teria de dizer MIRN-PPD-PSD.
Em todo o caso, não sou catastrofista. Creio que Santana Lopes pode fazer um bom trabalho. Vi-o a dizer, na SIC, que enquanto houver um desempregado em Portugal, não dormirá descansado. Acredito. Aliás, julgo que é exactamente por isso que aproveita as noites para fazer outras coisas que não dormir.
Ricardo Araújo Pereira
segunda-feira, 12 de julho de 2004
reBlogue
COMEÇOU
A entrevista de Santana Lopes à SIC, para além de um exercício de simulação política tão exagerado quanto ao Presidente que roça o absurdo - nenhum Primeiro Ministro que se preza se coloca de forma tão subserviente sob a tutela presidencial - mostra, infelizmente, que já começou a revelar-se a marca de água do entrevistado. As únicas coisas que foram ditas de concreto - número de ministérios, descentralização de ministérios, o Ministério da Agricultura em Santarém - são claramente coisas ditas sem qualquer pensamento de fundo, estudo, preparação e ponderação sobre a estrutura do Governo e o modo como se relaciona com o país. São daquelas coisas que são ditas e, depois, se levadas à prática na forma como foram "prometidas", representam "experiências" com custos enormes. São caras, desorganizam o pouco que funciona e não resolvem problema nenhum.
Não, não é má vontade. É que é exactamente isto que é o costume
José Pacheco PereiraAbrupto
A entrevista de Santana Lopes à SIC, para além de um exercício de simulação política tão exagerado quanto ao Presidente que roça o absurdo - nenhum Primeiro Ministro que se preza se coloca de forma tão subserviente sob a tutela presidencial - mostra, infelizmente, que já começou a revelar-se a marca de água do entrevistado. As únicas coisas que foram ditas de concreto - número de ministérios, descentralização de ministérios, o Ministério da Agricultura em Santarém - são claramente coisas ditas sem qualquer pensamento de fundo, estudo, preparação e ponderação sobre a estrutura do Governo e o modo como se relaciona com o país. São daquelas coisas que são ditas e, depois, se levadas à prática na forma como foram "prometidas", representam "experiências" com custos enormes. São caras, desorganizam o pouco que funciona e não resolvem problema nenhum.
Não, não é má vontade. É que é exactamente isto que é o costume
José Pacheco Pereira
sábado, 10 de julho de 2004
reBlogue
A NATUREZA HUMANA: Que tipo de pessoa chora quando está a condecorar jogadores de futebol mas não verte uma única lágrima quando condena dez milhões de almas a serem governadas por Santana Lopes?
Ricardo Araújo PereiraGato fedorento
Ricardo Araújo Pereira
Maria de Lurdes Pintasilgo
«A maior crise política desde o 25 de Abril»
Estamos perante a maior crise política desde o 25 de Abril, defendeu a antiga primeiro-ministro Maria de Lurdes Pintasilgo, à saída do Palácio de Belém, depois de ter sido ouvida por Jorge Sampaio.
«Nós estamos perante a maior crise desde o dia 25 de Abril. São 30 anos e esses 30 anos colocam-nos neste momento perante uma crise em que somos todos poucos para dar um pouquinho daquilo que podemos imaginar que será necessário», declarou Maria de Lurdes Pintasilgo, no final da audiência com Jorge Sampaio.
«Gostava que o entusiasmo que reina no nosso futebol (...) fosse um entusiasmo que nos desse outro impulso para começar vida nova», acrescentou a antiga primeiro-ministro. (2 de Julho de 2004).
Morreu hoje, esta mulher com M grande, que nunca deixou de ter opinião.
Uma portuguesa que nos faz sentir orgulho. Orgulho em sermos gente viva. Com vontade de mudar coisas. Com vontade de começar vida nova, sempre. JTD
Estamos perante a maior crise política desde o 25 de Abril, defendeu a antiga primeiro-ministro Maria de Lurdes Pintasilgo, à saída do Palácio de Belém, depois de ter sido ouvida por Jorge Sampaio.
«Nós estamos perante a maior crise desde o dia 25 de Abril. São 30 anos e esses 30 anos colocam-nos neste momento perante uma crise em que somos todos poucos para dar um pouquinho daquilo que podemos imaginar que será necessário», declarou Maria de Lurdes Pintasilgo, no final da audiência com Jorge Sampaio.
«Gostava que o entusiasmo que reina no nosso futebol (...) fosse um entusiasmo que nos desse outro impulso para começar vida nova», acrescentou a antiga primeiro-ministro. (2 de Julho de 2004).
Morreu hoje, esta mulher com M grande, que nunca deixou de ter opinião.
Uma portuguesa que nos faz sentir orgulho. Orgulho em sermos gente viva. Com vontade de mudar coisas. Com vontade de começar vida nova, sempre. JTD
Portugal feliz
É um país feliz, este país.
É o país de Santana, Alberto joão, Pires de Lima, Dias Loureiro, Paulo Portas, Arnaut, Mariana Cascais, Luis delgado, Telmo Correia, Madaíl, Valentim Loureiro, Isaltino.
Durão ajeitou-se a um lugar, e para lá vai. Santana insinua-se aos lugares, e ganha-os. O homem é imparável.
Agora, em alegre confraternização com Sampaio, encurtará o caminho para Belém, ou para onde for preciso. Acima de tudo está a carreira.
Sampaio preferiu penalizar os companheiros de estrada. Mudou de trilho. Talvez com a esperança de os amigos lhe perdoarem. A esquerda costuma perdoar. São os famosos complexos. Mas desta vez parece que houve temporal. A rota está dificil. Quando é que termina o mandato? Já terminou?
A direita perdeu nas urnas, mas ganhou na secretaria.
Finalmente: Uma maioría, um governo, um presidente.
É o país dos políticos que tudo fazem para preservar carreiras.
E a carreira para nos levar daqui para fora, quando é que passa?
JTD
É o país de Santana, Alberto joão, Pires de Lima, Dias Loureiro, Paulo Portas, Arnaut, Mariana Cascais, Luis delgado, Telmo Correia, Madaíl, Valentim Loureiro, Isaltino.
Durão ajeitou-se a um lugar, e para lá vai. Santana insinua-se aos lugares, e ganha-os. O homem é imparável.
Agora, em alegre confraternização com Sampaio, encurtará o caminho para Belém, ou para onde for preciso. Acima de tudo está a carreira.
Sampaio preferiu penalizar os companheiros de estrada. Mudou de trilho. Talvez com a esperança de os amigos lhe perdoarem. A esquerda costuma perdoar. São os famosos complexos. Mas desta vez parece que houve temporal. A rota está dificil. Quando é que termina o mandato? Já terminou?
A direita perdeu nas urnas, mas ganhou na secretaria.
Finalmente: Uma maioría, um governo, um presidente.
É o país dos políticos que tudo fazem para preservar carreiras.
E a carreira para nos levar daqui para fora, quando é que passa?
JTD
sexta-feira, 9 de julho de 2004
Santana primeiro-ministro
Santana Lopes vai ser o novo primeiro-ministro de Portugal.
Alguém me indica a porta de saída?
Alguém me indica a porta de saída?
Santana Primeiro-ministro
Sampaio foi eleito pela esquerda.
Hoje é o principal representante da direita.
Ainda falta tanto tempo para o fim do mandato...
Hoje é o principal representante da direita.
Ainda falta tanto tempo para o fim do mandato...
sábado, 3 de julho de 2004
Sophia
Ia e vinha
E a cada coisa perguntava
Que nome tinha.
Sophia de Mello Breyner Andresen. Coral. 1950
Morreu Sophia.
Uma grande poeta que desaparece. Perdão, não é bem assim. Ela não desaparece, fica a sua obra, que é imensa. Está toda editada na Caminho. Continuaremos, portanto, a conviver com ela.
Mas é triste. É sempre triste a morte de um poeta. JTD
sexta-feira, 2 de julho de 2004
reBlogue
Condizem bem
Depois de Alberto João Jardim também Isaltino Morais fez questão de expressar publicamente o seu apoio à designação imediata de Santana Lopes como presidente do PSD e candidato a primeiro-ministro, criticando os que defendem a necessidade de um congresso partidário.
Mesmo as manifestações de adesão maciça, como a que espera a unção do novo líder, precisam dos seus chefes de fila, não vá alguém deixar de dar por eles. Não podiam ser mais bem escolhidos! Ninguém melhor do que eles poderia simbolizar a imagem do novo PSD que está para emergir no meio da crise governamental e partidária aberta pelo abandono de Durão Barroso.
Vital MoreiraCausa Nossa
Depois de Alberto João Jardim também Isaltino Morais fez questão de expressar publicamente o seu apoio à designação imediata de Santana Lopes como presidente do PSD e candidato a primeiro-ministro, criticando os que defendem a necessidade de um congresso partidário.
Mesmo as manifestações de adesão maciça, como a que espera a unção do novo líder, precisam dos seus chefes de fila, não vá alguém deixar de dar por eles. Não podiam ser mais bem escolhidos! Ninguém melhor do que eles poderia simbolizar a imagem do novo PSD que está para emergir no meio da crise governamental e partidária aberta pelo abandono de Durão Barroso.
Vital Moreira
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