A entrevista de Santana Lopes à SIC, para além de um exercício de simulação política tão exagerado quanto ao Presidente que roça o absurdo - nenhum Primeiro Ministro que se preza se coloca de forma tão subserviente sob a tutela presidencial - mostra, infelizmente, que já começou a revelar-se a marca de água do entrevistado. As únicas coisas que foram ditas de concreto - número de ministérios, descentralização de ministérios, o Ministério da Agricultura em Santarém - são claramente coisas ditas sem qualquer pensamento de fundo, estudo, preparação e ponderação sobre a estrutura do Governo e o modo como se relaciona com o país. São daquelas coisas que são ditas e, depois, se levadas à prática na forma como foram "prometidas", representam "experiências" com custos enormes. São caras, desorganizam o pouco que funciona e não resolvem problema nenhum.
Não, não é má vontade. É que é exactamente isto que é o costume
José Pacheco Pereira