quinta-feira, 31 de agosto de 2006

Richard Diebenkorn | Sebastião da Gama


Para todos os que celebram hoje a data do seu nascimento.

Quando eu nasci,
ficou tudo como estava,
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.

As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...

P'ra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...

Sebastião da Gama Texto
Richard Diebenkorn Imagem

quarta-feira, 30 de agosto de 2006

Ai Timor

Timor é um caso sério. Terra abandonada. Invadida pela ditadura indonésia. Mal tratada pelos invasores.
Proclamada a independência, forças ligadas à ditadura reagem com violência.
Fomos para a rua mostrar a nossa solidariedade para com o povo mal tratado.
Foram possíveis eleições livres e a formação de um governo democrático. Governo tenta criar um estado laico. A Igreja reage. O povo alinha com padres e bispos contra o governo eleito.
Há mais confusão. É controlada a confusão: os responsáveis pelos desassossegos são detidos. O Presidente que até ali só pensava em tirar fotografias, ameaça o primeiro-ministro: "Ou se demite, ou demito-me eu", disse. O primeiro-ministro demite-se, apesar de na declaração de renúncia se perceber que é muito mais consistente políticamente do que o Presidente. O Presidente nomeia outro primeiro-ministro. Esse primeiro-ministro, então candidato a um alto cargo internacional aceita ficar em Timor, esquecendo a candidatura ao alto cargo. Declara então humildemente: "O mundo vai ter que esperar". De há uns tempos para cá, as forças estrangeiras a quem foi pedido auxilio, são constantemente apedrejadas por grupos de jovens. Hoje fugiram os responsáveis pelos tais desassossegos.
O povo desta terra está farto de sofrer. Merece o mesmo que todos os outros: respeito, educação, conforto.
Será possível fazer daquela terra um país?
JTD

terça-feira, 29 de agosto de 2006

ND - Gestão de condomínios, Lda


O DN diz, em título: "Monteiro bate à porta do PSD e do CDS".
Como a organização que dirige não tem dimensão para ter voz no panorama político do país, talvez a intensa actividade de Manuel Monteiro esteja justificada neste título. Se calhar, a Nova Democracia é assim como aquelas empresas que gerem condomínios. Tem uma campanha de Verão com uma boa promoção. chamou-lhe "Manifesto para a Direita Portuguesa". Vamos lá a ver se arranja condóminos.
JTD
Imagem dnoticias.pt

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

Às aranhas

Setúbal - Aranha Figueiredo deu uma "não-entrevista" ao JORNAL DE SETÚBAL.
Todas as respostas acabam com uma decidida atribuição de responsabilidades ao seu partido.
O homem parece que não existe. Tanta insignificância já chateia.
Exemplos: "O meu partido comunicou-me que eu deveria sair e acatei a decisão."
"O meu partido decidiu assim e eu limito-me a cumprir."
"O meu estado de espírito não é relevante para esta questão.
"Em relação aos motivos que levaram a esta decisão, quem tem que responder é o PCP."
"Essas questões devem ser colocadas ao PCP."
"Essa é uma questão que deve colocar ao PCP."
Interrogado sobre se acredita que Maria das Dores Meira tem condições para completar o mandato, responde:
"Essa é mais uma pergunta que tem que fazer ao PCP:"
Como tudo o que diz para além disto é tão irrelevante como o que aqui se transcreve, ficamos a saber que tivemos um vereador sem opiniões, ou indisponível para as revelar.
O outro vai pedir aos santinhos que o encaminhe. Na Cultura, o trabalho de Dores Meira até dói. Aranha anda às aranhas, sem nada para dizer. E o PCP está-se nas tintas para esclarecer minimamente o que quer que seja.
Por aqui também já não estou com vontade de continuar a actividade de opinador sobre a questão.
Vou colocar uma tabuleta com os seguintes dizeres: "De momento não temos nada a dizer. Todas as questões relacionadas com a crise na câmara de Setúbal devem ser encaminhadas para onde lhe apetecer. Prometemos ser breves. Obrigado"
JTD

domingo, 27 de agosto de 2006

Questão de Fé

Setúbal - O gabinete de Carlos Sousa, na câmara de Setúbal, segundo o EXPRESSO do último sábado, é vigiado em permanência por imagens de São Francisco Xavier, Inácio de Loyola e Jesus Cristo. O último com direito a velinha acesa. É certo que vão longe os tempos do "ópio do povo" leninista. Também ninguém de bom-senso apela à privação da Fé de cada um. Mas para autarca comunista, parece-me excessivo tanto temor religioso. Nem estou a ver, nos dias que correm, os autarcas do cristão CDS/PP com tanto ornamento nas salas onde se decidem as políticas para as cidades. Na exibição de tanta crença não há lugar para um posterzito de Marx, Lenine ou Guevara? Ou estas já não são contas do seu rosário?
JTD

sexta-feira, 25 de agosto de 2006

Antecipadas, para que vos quero?

Setúbal - Não tenho a certeza que a realização de eleições intercalares sejam a solução para a crise.
Claro que não vejo a simpática vereadora da cultura como proposta credível. Quando a comparei a Santana Lopes não era apenas na semelhança do facto político. Aí até se poderão encontrar diferenças. Referia-me à ligeireza, à pouca capacidade de resposta para questões que requerem mais exigência. São estas inabilidades que motivam as trapalhadas. Compondo o raminho com os outros vereadores perfilados para ocuparem os lugares, estaremos perante futuros momentos carregados de humor. Talvez o PCP queira participar no guião dos próximos episódios do "gato fedorento". Só pode.
Negrão será um bom candidato para o PPD/PSD. Claro que há aquele mau-passo no governo de Santana, mas como ninguém é perfeito... Os que se lhe seguem é que assustam. Tótós do pior. Viram as curtas declarações à imprensa de um responsável concelhio? Articular aquelas vulgaridades de oratória deve ter sido um esforço intelectual de monta.
Quanto ao PS de Catarino, palavras para quê?
O Bloco intervirá com o à-vontade de quem pode denunciar uns atropelos sem ser atropelado. Vantagens de quem está fora da carroça do Poder.
Perante este cenário, não tenho de facto a certeza da justeza, ou vantagem das eleições intercalares antecipadas.
Admito estar enganado, como é óbvio.
JTD

quarta-feira, 23 de agosto de 2006

Oferendas aos deuses

Setúbal - Aranha Figueiredo é um ortodoxo. Sempre foi. Um seguidor do chamado "centralismo democrático" tão ao gosto dos mais estafados estalinistas. Acatou as decisões centralistas em silêncio. Foi adicionado a este cozinhado para tramar Carlos de Sousa. Ele é apenas um instrumento das tramóias partidárias. O PCP continua a sua política profundamente religiosa. Não há lugar para a contestação às decisões dos cardeais. A razão que leva o partido a transformar Aranha em cordeiro oferecido em sacrifício é que ainda são desconhecidas.
Como em todas as religiões, decide-se no profundo silêncio das sacristias das catedrais. Como nas religiões mais atrasadas, o ser humano é apenas um joguete nas definições de estratégias.
JTD

Dia 16 em Paredes de Coura

Bem, foi por este dia que saí de casa e aturei a chuva - Ok, e também por Morrissey e Bauhaus. Esperámos à chuva para entrar no recinto e por volta das 4.30 lá entrámos. Fomos a correr para a grade e quando só estavamos nós e mais umas dez pessoas lá aparece o Jesse Hughes dos Eagles Of Death Metal para o soundcheck. Aplaudimo-lo e ele desceu para a relva para falar connosco. Ele é estranho mas muito simpático. Conversou connosco e depois lá foi acabar o soundcheck. Nós esperámos na grade por eles. Já estava na hora e entram os The Vicious Five. Foi um bom concerto e o público aderiu. O vocalista, Joaquim Albergaria, foi simpático mas trapalhão e um bocado tótó. Deram um concerto bom. O baixista conseguiu partir uma corda.


A seguir, entram os Eagles Of Death Metal. Foi muito melhor do que eu estava à espera. O público aderiu com entusiasmo e tive que ter cuidado com as pessoas a passar por cima da minha cabeça: o moche que estava atrás de mim e o Jesse a fazer-se à minha namorada e a todas as outras raparigas do recinto. Foi um concerto bom e divertido.


Depois entram os Gang Of Four. Não os conhecia bem e não são propriamente o meu estilo, mas gostei. No final o guitarrista atirou uma bela stratocaster ao chão e o vocalista, ao ritmo da música, bate com um bastão num microndas. Foi giro.


Lá para a noitinha, entra Karen O e a sua banda. Os Yeah Yeah Yeahs deram um concerto bom e emotivo. Tinha uma rapariga ao meu lado a chorar. O público cantava todo com ela e no final o guitarrista vai buscar a máquina fotográfica e capta o público. Muito bom.


Finalmente, os Bloc Party. Mas que concerto. Gritámos, como fans dos Morangos com Açúcar, pelo guitarrista até ele olhar para nós e sorrir. O vocalista, Kele Okereke, era bem simpático e no final vem para a grade comunicar com o público. Espectacular.


Por final, os We Are Scientists. Já me tinha ido embora nos Bloc mas vi ao longe. Sinceramente, não gostei. Nada de especial.


GD

Montanha ou rato?

Setúbal - Carlos Sousa foi apanhado de surpresa, disse. Não esperava esta atitude do seu partido. O partido diz que os autarcas agora apeados são de uma exemplaridade notável. Se são assim tão exemplares, para quê a substituição? E porquê agora? Entretanto, o partido entrega a câmara a Dores Meira, uma espécie de Santana Lopes do PCP. A falta de horizontes políticos por parte da senhora é notória. Ainda deve sonhar com os amanhãs que cantam. Onde é que esta gente tem o juízo? Será que é falta de siso ou nem tudo nos foi contado? Aposto na segunda hipótese.
JTD

terça-feira, 22 de agosto de 2006

Morrissey, o "manda-chuva"



Podia ter sido um dos melhores concertos. Morrissey entra em palco, pede ajuda( - "Paredes de Coura. Ajudem-me" ), e dá início ao concerto. Estava a ser um grande concerto até Morrissey começar com o seu estranho humor. Manda umas bocas e parece querer provocar o público. O concerto continua, a actuação e as músicas são geniais. Mas Morrissey não está contente e queixa-se do microfone e do som, e a meio da última música do concerto ( Panic dos Smiths) despede-se e deixa o palco. Eu sinceramente adorei o concerto, mas não percebo o amúo dele... Enfim.

Morrissey trouxe um bom concerto e muita chuva a Paredes.
GD

Marcello? Catano!

Em tempo de comemorações, é interessante dar uma olhadela neste texto de Eduardo Pitta em da literatura.
O ensaio de Vasco Pulido Valente no Público também deixa de fora pormenores do carácter da criatura.
Só falta agora assistirmos a uma romaria de patriotas saudosos para a inauguração do Museu a Salazar, na terrinha do ditador.
Alberto João estará certamente na primeira fila. Havendo contratempos na execução do projecto que provoquem demora na sua execução, ainda por lá veremos o palavroso dirigente laranja como mais alto representante do Estado da Madeira.
O governo do "contenente" que se ponha a pau. Ainda ficamos sem Madeira. E sem Jardim. Que chatice!
JTD

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

Grande reboliço nos paços do concelho

Setúbal - Nunca se viu nada assim por estes lados. Um partido lança às urtigas militantes que apenas são isso mesmo: militantes. Como autarcas não levam a carta a Garcia. Há uma inspecção e... zás, fica tudo abananado. Ou seja, a inabilidade (no mínimo) impera. A vereadora da cultura poderá ascender a presidente. Será que não fazia parte da gestão que agora é posta em causa? Exercia uma gestão unipessoal no seu pelouro?
Agora é ver o circo: o partido chegou à conclusão que afinal não eram aqueles os camaradas com melhor preparação para os lugares. Nós chegamos à conclusão que o partido se engana quase sempre. Quem se lixa? A cidade.
Desde o princípio que a gente sabia que isto ía dar bronca. E dissemo-lo. Só que o problema não é pessoal, é político.
JTD

Nobéis


Saramago saiu em defesa de Günter Grass.
Grass pertenceu às Waffen--SS no final da II Guerra Mundial. Esta revelação tem animado súbitos ódios.
José Saramago comentou assim a cruzada contra o escritor:

"Surpreendeu-me a violência das reacções. Ele tinha 17 anos. E o resto da vida, não conta? Parece-me que muita gente que não consulta a sua própria consciência teve uma reacção hipócrita. Anda muita gente à procura dos pés de barro das pessoas influentes. Lembra-me o sujeito que seguia um circo de cidade em cidade. Um dia, perguntaram-lhe: "Porque é que anda atrás deste circo?" "Porque quero ver quando é que o trapezista cai e morre."

Muitos continuam a frequentar estes circos, com entusiasmo de meninos.
JTD

Em 2007 há mais

Paredes de Coura já lá vai.
Houve de tudo: grandes concertos, muita chuva, seguranças brutos, birras de divas, muita chuva...
Enfim, um festival de Verão com todos os ingredientes.
Vou colocar aqui, ao longo da semana, alguns vídeos de bandas que por lá passaram.
GD

domingo, 13 de agosto de 2006

Paredes de Coura


O festival que anualmente se realiza na simpática Praia Fluvial do Tabuão, é o mais interessante dos eventos musicais de Verão. Podem confirmar esta verdade aqui.
Alguns de nós lá estaremos. Lá estarei para ver e ouvir Morrissey. Um rapaz da minha idade que continua a dar música, e da boa.
JTD

Estação tonta

Agosto é mesmo assim: as opiniões escasseiam. A colocação de postas aqui na folhinha electrónica é de uma irregularidade visível. As visitas dos fregueses também é muito mais espaçada. Voltaremos à normalidade logo que possível. Entretanto vamos andar por aí... a apanhar outros ares.
Bom Verão.
JTD

quinta-feira, 10 de agosto de 2006

Terrorismo na blogosfera


José Pacheco Pereira anda às aranhas com as abruptas ofensivas ao seu blogue.
O terrorismo anda pela blogosfera sem rei nem roque.
Um trabalho sério e esforçado é posto em causa por gente sem escrúpulos em busca de "glória" fácil.
Todos os ofícios têm ossos. Os ossos, às vezes, doem muito.
JTD

Criminalidade baixa em Setúbal

Li em jornal da terra que a criminalidade baixou em relação ao ano passado.
Sabendo dos assaltos à porta dos estabelecimentos de ensino, nos jardins públicos, dos recrutamentos para o partido de extrema-direita, o que nos leva a ficar descansados perante tão animadora notícia?
Alguns destes roubos, em pleno jardim do Bonfim, são feitos com a exibição de afiadas facas.
Acredito que acabem por não ser comunicados às autoridades; mas lá que existem, existem.
RR

terça-feira, 8 de agosto de 2006

Oh que calma vai caindo

Quando a calma apoquenta, os fogos alastram. Muitos são obra de seres humanos: serezinhos desprovidos de valores de respeito pelos outros e pela Natureza. A par dos canídeos abandonados, do lixo espalhado pelas ruas, das atitudes selvagens ao volante, existe também uma vontade de colocar em risco populações e bens. O Verão, a estação mais tonta do ano faz das suas com grande altivez. Parece que tem que ser mesmo assim. Parece que a barbárie se aproxima.
A sorte é que o Outono avança a passos largos na nossa direcção.
JTD

domingo, 6 de agosto de 2006

15 anos


Passam hoje 15 anos sobre a primeira utilização de um serviço de web.
Hoje já não nos lembramos que este facilitador das nossas vidas nasceu há tão pouco tempo. Já não imaginamos viver sem ele: vamos ao banco, fazemos compras, divertimo-nos e trabalhamos. O primeiro utilizador foi Tim Berners-Lee, com direito a retrato e tudo.
Como a gente te agradece, pá!
JTD

sábado, 5 de agosto de 2006

Melgas na Feira

Em todos os cantos, becos e esplanadas da cidade de Setúbal não se fala de outra coisa: as melgas atacaram em força a Feira de Santiago.
Acabo de receber um programa do evento e fico esclarecida: D´ZRT, Toy e Anjos estão anunciados para animar as noites do recinto.
RR

quinta-feira, 3 de agosto de 2006

O 3º Homem


O argumento é inspirado na história de uma mulher que sobrevive após ter saltado da Torre Eiffel.
A outra fonte inspiradora é o tema de Laurie Anderson "From the air".
Texto e encenação de Alexandre Lyra Leite.
Música de Afonso Malão.
Interpretações de Carla Jordão, Eunice Gonçalves Duarte, Gracinda Nave, Inês Jacques, Luis Amarelo, Rui Mourão e Sílvia Lucena.
Concepção visual de Rita Leite.
Coreografia de Catarina Trota.
Produção de Inestética.
Boas Interpretações. Música excelente. Um espectáculo visualmente soberbo.
A ver até dia 6, no Teatro Maria Matos.
JTD

quarta-feira, 2 de agosto de 2006

Abaixo de cão


A triste caminhada dos cães abandonados logo que se aproximam os meses de férias é lamentável.
É uma notória demonstração da crueldade do Ser Humano. A malta mima os bichinhos enquanto não incomodam, mas ao aproximar dos quinze dias de descanso anual, tornam-se incómodos. Os mimos a que se vão habituando ao longo do ano, perdem o sigificado mal se aproximam os diazinhos de férias.
Todos os dias assistimos ao penar destas criaturas, com o ar incrédulo de quem não sabe muito bem o que lhes aconteceu.
Deambulam pelas ruas da cidade em busca do conforto perdido.
Envergonha-nos este deambular.
JTD
Imagem: plos animais

terça-feira, 1 de agosto de 2006

Levante-se o morto

O conflito lá para os reinos da arábia está a atingir contornos estranhos. Tal como refere Daniel Oliveira no arrastão, parece que se nos fornercermos de informação em certas fontes, ficamos com a esclarecida ideia de que a culpa das mortes em Qana é dos próprios mortos. Quem os mandou chegar à frente?
Em guerra, as definições sobre os limites de permanência nos territórios são sempre estranhos. Quem deve estar e onde, quando as bombas caiem?
Então não é para matar que se fazem guerras? O mal está em fazê-las. Os mísseis não enviam novas de felicidade. Os canhões não disparam pombas brancas. Espalham a morte.
JTD

Birras

Maria João Pires fez birra. Zangou-se com o país Portugal porque este não a compreende. Foi para o Brasil, terra muito mais atenta às artes e à cultura em geral, arrasar as atitudes dos seus subsidiários conterrâneos portugueses.
A excelente pianista recebeu mundos e fundos do estado, da autarquia e sabe Deus de quem mais, para o seu projecto em Belgrais. Não passou cartão a ninguém. É um vedeta internacional. Como tal, é nossa obrigação, e das instituições, aturá-la sem pestanejar.
Terá o Brasil paciência para a portuga desavinda?
A gente vai ver, né?
JTD

Não o merecemos


José Cid está na moda. É pelo menos o que nos garante a última edição do BLITZ.
Entre outras saídas de inegável veracidade, destaco estas:
"Nunca fui coerente e gravei coisas boas e coisas más"
"Mas o meu muito bom é do melhor que se faz na música popular portuguesa desde sempre"
Teremos que perceber o que é bom e o que é mau em Cid. Assim de repente é difícil.
O homem nasceu para a música, e representa para esta arte o que revela na humilde tirada atrás citada. Está muito à frente.
Ele é bom, muito bom mesmo, a gente é que se calhar ainda não deu por isso. Não o merecemos.
Mal agradecidos!
JTD