quarta-feira, 30 de agosto de 2006

Ai Timor

Timor é um caso sério. Terra abandonada. Invadida pela ditadura indonésia. Mal tratada pelos invasores.
Proclamada a independência, forças ligadas à ditadura reagem com violência.
Fomos para a rua mostrar a nossa solidariedade para com o povo mal tratado.
Foram possíveis eleições livres e a formação de um governo democrático. Governo tenta criar um estado laico. A Igreja reage. O povo alinha com padres e bispos contra o governo eleito.
Há mais confusão. É controlada a confusão: os responsáveis pelos desassossegos são detidos. O Presidente que até ali só pensava em tirar fotografias, ameaça o primeiro-ministro: "Ou se demite, ou demito-me eu", disse. O primeiro-ministro demite-se, apesar de na declaração de renúncia se perceber que é muito mais consistente políticamente do que o Presidente. O Presidente nomeia outro primeiro-ministro. Esse primeiro-ministro, então candidato a um alto cargo internacional aceita ficar em Timor, esquecendo a candidatura ao alto cargo. Declara então humildemente: "O mundo vai ter que esperar". De há uns tempos para cá, as forças estrangeiras a quem foi pedido auxilio, são constantemente apedrejadas por grupos de jovens. Hoje fugiram os responsáveis pelos tais desassossegos.
O povo desta terra está farto de sofrer. Merece o mesmo que todos os outros: respeito, educação, conforto.
Será possível fazer daquela terra um país?
JTD