Vamos abrir no próximo sábado. Depois temos outras aberturas, mas lá chegaremos. Quem for no sábado à Casa da Cultura ficará esclarecido ao pormenor. Quem não for mais perde, mas avisaremos por aqui o que for acontecendo. O que for soará. Até já.
quinta-feira, 29 de setembro de 2022
Receituário
Vamos abrir no próximo sábado. Depois temos outras aberturas, mas lá chegaremos. Quem for no sábado à Casa da Cultura ficará esclarecido ao pormenor. Quem não for mais perde, mas avisaremos por aqui o que for acontecendo. O que for soará. Até já.
quarta-feira, 28 de setembro de 2022
Conversa ilustrada
A Festa abre sábado às seis da tarde. Nós vamos conversar sobre a Festa na véspera. Apareçam.
segunda-feira, 26 de setembro de 2022
O fascismo voltou
E pronto. O que era previsível aconteceu. Os fascistas italianos detêm o poder em Itália. Esta gente repugnante grita vitória com a boçalidade que é o seu perfume. Fedem. Metem nojo. É triste perceber que os retrocessos vão acontecer. A festa vai acabar, grita a ordinária que vai ser primeira-ministra. Ordinária, sim. Vergonha das mulheres de Itália e do mundo. Uma defensora de todos os tolhimentos que rebaixam as mulheres até à idade média. A luta das mulheres pela sua emancipação foi uma esperança para todos os que acreditam no progresso das mentes. É pena o poder fascista ter voltado a Itália. E é pena que seja exercido por uma mulher que quer imitar os homens maus. Resiste, Itália.
Vamos à Festa
A Festa da Ilustração - Setúbal abre no próximo sábado. Recordamos a vida de João Paulo Cotrim e festejamos o trabalho dos ilustradores que dão cor ao mundo. Até já.
sábado, 24 de setembro de 2022
Chungas parlamentares
Terminus
REVISITAR ARQUITECTURAS | A exposição de Pedro Besugo na galeria da Casa Da Cultura | Setúbal termina este fim-de-semana. Oportunidade para conhecermos o deambular deste pintor por ambientes construídos pelos seres ditos humanos.
sexta-feira, 23 de setembro de 2022
Moralidade imoral
No Irão da intolerância religiosa existe uma policia que vigia as atitudes das mulheres. É a polícia moral. Ridículo? Não, aquilo mata. A coragem de uma rapariga de 22 anos levou-a à morte. Mahsa Amini morreu porque queria ser gente. Quando falamos de coragem por dizermos coisas, devemos lembrar-nos destas pessoas que lutam pela sua dignidade e que por isso são assassinas por polícias criminosos instruídos por políticos sádicos. Isto é que é coragem. Mulheres que são tratadas como objectos querem mudar as coisas. Há muitos países em que estes criminosos estão no poder. Há muitas mulheres a sofrer. Guerras sem balas nem torpedos, mas que matam. Matam muito. Isto dói muito.
terça-feira, 20 de setembro de 2022
Ouvir José Afonso sempre!
Os trabalhos de José Afonso continuam a ser colocados à nossa disposição. No final deste mês de setembro ficará disponível aos nossos ouvidos e sentidos o álbum CORO DOS TRIBUNAIS. Músicas de excepção reunidas em disco histórico. Foi o primeiro gravado por José Afonso depois da data em que conhecemos a liberdade. Gravado nos estúdios Pye, em Londres, entre 30 de Novembro e 8 de Dezembro de 1974. José Afonso falou aí com José Brandão, então exilado lá, no sentido de o designer conceber a capa. José Brandão fez o que toda a gente conhece. Estas reedições vestem-se com os seus soberbos desenhos.
segunda-feira, 19 de setembro de 2022
Para ti, Cotrim
EnCOTRIM de CULTURAS | O texto é do Nuno Saraiva. A ideia é estarmos todos com o João Paulo Cotrim. Não o podemos esquecer. Não é possível.
domingo, 18 de setembro de 2022
sexta-feira, 16 de setembro de 2022
quinta-feira, 15 de setembro de 2022
Design de comunicação
Da série Grandes Capas. Musicalíssimo de 12 de Abril de 1974. Publicado poucos dias antes da data que tudo mudou. Aqui já se percebia que muito já tinha mudado.
terça-feira, 13 de setembro de 2022
Morreu Jean-Luc Godard
HOMENAGEM | Foram noite e noites passadas no Quarteto. Esperava-se pela próxima projecção com ansiedade. Ansiedade que não passava no fim da fita. Passávamos para as conversas sem fim. A madrugada era a solução. Agora é a recordação que fica. E um obrigado emocionado. Muito obrigado, senhor Godard.
segunda-feira, 12 de setembro de 2022
Deveres reais e realidade
Eu percebo: alguém que andou mais de sete décadas a fazer aquelas figuras tem de ser recordado. Percebo que o desgosto se instale nos lares de quem não quer viver sem rei nem roque. Ou seja: é sempre melhor ter rei, especialmente quando não conta para nada. Uma socialite simpática e reservada que não fez ondas de maneira a provocar tempestades. A rainha proclamou o que os governos decidiram. Sem sentido crítico e sem contestação. Até os discursos de "início de temporada" são escritos pelos governos. A soberana foi assim uma espécie de deusa na Terra que deixou os seus devotos entregues aos seus próprios erros.
O individuo que agora substitui a progenitora — é assim que se faz democraticamente nas monarquias — é um opinador de respeito. Diz tudo o que lha passa pela cabeça. Por exemplo: sabemos o que ele pensa — mal e porcamente — sobre arte e arquitectura contemporâneas. Pensa mal e porcamente. Também sabemos que não se importa de ser ecologista desde que concordemos com a sua ecologia. Será que agora vai continuar a verberar sobre tudo o que mexe com o mesmo afinco? Ou será que vai praticar o tão desejado cinismo monárquico para permanecer naquele lugar que provoca tanto sacrifício pessoal?
Prefiro chefes de Estado eleitos, como é óbvio. Não consigo perceber que orgulho se pode ter num representante decidido por famílias com passados sinistros, ungidos por um deus que não comunicou a decisão. E estou sem paciência para tanto elogio — não tinha percebido que no Portugal republicano havia tanto especialista em monarquias socialites — a aspectos comportamentais e a "divinos carácteres" que nada dizem sobre as pessoas em causa ou até, muitas vezes, revelam graves problemas de carácter.
Que a senhora descanse em paz, e que o seu sucessor melhore na exibição da parvoíce, é o que eu desejo com muita sinceridade.
domingo, 11 de setembro de 2022
Homenagem
Está a morrer gente verdadeiramente importante. Gente que nos fez crescer. Gente que nos ajudou a melhorar os nossos dias. Páginas e páginas de prazer e convivência com um mundo melhor. Fitas e fitas de boas imagens e vivências profundas. Gratos a Javier Marias e a Alain Tanner. Muito gratos mesmo.
sexta-feira, 9 de setembro de 2022
quarta-feira, 7 de setembro de 2022
A Festa vai começar
Tudo tem início em outubro. Mas vamos já dizendo o que poderá acontecer. E vai acontecer muita coisa. Coisas boas para lembrar gente boa. Até já.
segunda-feira, 5 de setembro de 2022
Tecer a curiosidade
Os lugares já existiam antes de os povoarmos. E vão continuar a mudar mesmo depois de sairmos desta vida. São portanto mais importantes do que nós. Mudam sempre. São as interpretações das realidades que provocam a curiosidade.
A curiosidade que desperta o sentir o desejo de percebermos essas realidades. Tecemos linhas de orientação. Traçamos espaços de convivência. Alargamos a vontade de nos emocionarmos com as realidades construídas. Ou talvez interpretadas. Passamos a vida a fazer desenhos que depois se perdem ou diluem nas águas que passam pelos riachos das memórias atormentadas. Queremos atingir a felicidade, mas pelo caminho encontramos as pedras deixadas para trás pelos desesperados sem rumo. Desenhamos sempre novos mapas, é certo. Insistimos nisso. O desenho nunca sai igual, tal como uma canção nunca é cantada da mesma maneira quando é repetida. Os artistas que cantam sabem isto muito bem. Os artistas que desenham também. O suporte é sempre reflexo da atitude do momento. Todos vivemos os pequenos momentos que tentam encontrar um fito. Queremos mostrar ao mundo que é aquele o momento. Quem desenha não sabe bem se o encontrou. Quem observa muito menos. Estas TESSITURAS de Catarina Aguiar representam os métodos encontrados para uma representação que parece estar nos trilhos de uma feliz caminhada. A belíssima exposição que nos apresenta na Casa da Avenida revela a honestidade da procura e a noção da realidade existente. Realidade em que se observa beleza, rigor, tranquilidade e inquietação. Estranha interpretação? Nem por isso. É vontade de ver mais.
Receituário
DAR DE BEBER AOS OLHOS | A expressão é do João Paulo Cotrim. Trago-a agora para aqui porque me pareceu ajustada a esta descoberta engarrafada. Descobri estas garrafas nas prateleiras de um supermercado bem fora dos grandes centros de consumo. São vinhos da produção da ADEGA MAYOR — tinto, branco e rosé —, marca DIZERES e os rótulos têm desenhos do André Carrilho que ilustram ditos populares. Os rótulos já são saborosos, mas o conteúdo líquido das garrafas não lhes fica nada atrás. Bom proveito.
sábado, 3 de setembro de 2022
Fim-de-semana
RECEITUÁRIO | A exposição Tessitura, de Catarina Aguiar, abre hoje na Casa da Avenida, em Setúbal. É a primeira exposição individual da artista. Circula entre várias maneiras de expressão e desperta curiosidade. Muita curiosidade. Provavelmente estamos a assistir ao início de um percurso singular. Aliciante, portanto.
sexta-feira, 2 de setembro de 2022
Aconteceu em setembro
Muito aconteceu neste mês. É o meu mês preferido, se é que o posso dizer assim. Muito do que aconteceu em setembro de vários anos alterou a minha vida. Coisas importantes para mim, e algumas para a humanidade inteira: alegres e tristes. Destaco no entanto, em tempos de agressão pela intolerância fascista, dois casos tristes. O ataque ao palácio do governo do Chile, onde morreu Salvador Allende, e a destruição das torres em Nova Iorque, onde morreu muita gente. Eu estava em Nova Iorque na altura e percebi de perto o drama de muitos seres humanos em desespero. A intolerância fascista e a demência religiosa ditam regras tenebrosas: eliminar incrédulos e desobedientes. Para estas mentes torcidas não cabemos cá todos. Cabem eles, uns com os outros. São poucos os que praticam a demência intolerante, mas não estão sós na apologia daquelas tretas. Já têm uma gente fruste que os apoia e segue. Votam, aplaudem, dão-lhes voz. Cabe-nos a nós combater a agressão. Vamos estar sempre contra esta gente, que nem parece gente.