quarta-feira, 31 de outubro de 2007


António Garcia é um dos mais importantes designers portugueses. Foi pioneiro nesta disciplina com Sebastião Rodrigues, Daciano da Costa e António Sena da Silva.
Garcia "embrulhou" muito do tabaco que os portugueses fumaram e ainda fumam. Daí a escolha deste SG Gigante para a imagem promocional. Esta exposição mostra essencialmente capas de livros, criadas nos anos 50 e 60 para a editora Ulisseia, e algum do trabalho para a Tabaqueira.
Abre hoje, a partir da 19 horas.
Estão convidados.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Heil Ratzinger


O Vaticano resolveu transformar um grupo de religiosos do tempo da guerra civil espanhola em santos.
Ei-los em plena cruzada.

O Alentejo e o oceano


Este trabalho é hoje apresentado, no Comporta Café, na Comporta. Trata de promover a zona litoral do Alentejo. Foi concebido e produzido por nós, na DDLX, para as Regiões de Turismo da Costa Azul e da Planície Dourada. Os textos são da autoria de António Cabrita e de David Lopes Ramos. As fotografias de Maurício Abreu e de Luísa Ferreira. Uma forma diferente de promover a terra alentejana situada mais para os lados do mar. Pode ser adquirido nas instalações das instituições referidas.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Bancos e banquetas

Fátima Campos Ferreira chamou, para o seu Prós e Contras, na pública RTP1, um punhado de banqueiros e mais alguns bancários para falar do futuro de dois Bancos privados. Será que não há mais nada para discutir? Ou será que este assunto é de superior interesse para o país? Se calhar é. Eu passo.

domingo, 28 de outubro de 2007

Conta-me como era

A série "Conta-me como foi", exibida aos domingos na RTP1, é um bom retrato da sociedade portuguesa dos tempos de Salazar. Excelentes interpretações de Rita Blanco e Miguel Guilherme. Mas também os restantes actores estão bem e recomendam-se. Até os putos se safam. Muito bom mesmo.

Abaixo de cão


Guillermo Vargas, artista da Nicarágua, usou um cão que encontrou num bairro degradado de Manágua, para denunciar a hipocrisia dos humanos. O animal morreu de fome e de sede. Como o bicho estava pouco habituado a alimentar-se, o artista manteve a coerência e deixou-o morrer à mingua. Bem, a hipocrisia humana não foi mais denunciada com esta atitude idiota. E a arte conceptual que aposta em chocar para ganhar adeptos, perdeu mais do que ganhou. Se isto é arte...

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Piano fadista


Afonso Malão vai estar hoje no bar do Teatro A Barraca, em Santos, para apresentar o seu trabalho gravado " Fados para Piano".
As composições foram feitas para este instrumento por Alexandre Rey Colaço. O piano do Malão merece ser ouvido. É às onze e meia da noite.
Até logo.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Vieira da Silva em casa


Uma significativa esposição de Maria Helena Vieira da Silva esteve em Paris, entre Junho e Setembro. As obras são pertença da Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva e do Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão. Agora, o pessoal que anda aqui por Lisboa pode ver este conjunto de trabalhos na Fundação da Praça das Amoreiras. Inaugura hoje, e vai lá estar até ao dia 17 de Fevereiro do próximo ano. É uma exposição muito importante. A não perder.
A imagem gráfica foi assegurada por nós, na DDLX.

Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva
Praça das Amoreiras, 56/58 1250-020 Lisboa
Horário: 2ª a Sábado: 11h00 às 19h00
Domingos: 10h00 às 18h00
Encerra: 3ª feira e feriados
Entrada gratuita: Domingos entre as 10h00 e as 14h00
Ingressos: € 2,50 € 1,25 (estudantes- reformados)
Gratuito: (até 14 anos, AICA, ICOM, APOM)
Visitas escolares guiadas
Acesso para deficiente

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Hemicirco

Santana já começou a fazer das dele. Quem não é por mim é contra mim. O brilho do novo líder parlamentar não deve ser embaciado. Quem não apoiou a nova direcção vai para a sombra. Era necessário? Não, não era, mas há coisas que são mais fortes do que a racionalidade. Não tendo o país disponível para as trapalhadas, vai treinando na Assembleia. Tem lá pano para mangas. Não foi ele o alfaiate do grupo parlamentar?

Quem tem pai rico vai ao BCP

Tanta conversa foi no que deu. Primeiro não sabia, nem tinha nada que saber, da dívida do filho ao seu banco. Agora chegou-se à frente e pagou. Só despesa. Anda um pai a criar um filho para isto.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

André Letria na DDLX


André Letria fez-nos companhia durante os últimos quinze meses. A exposição que era para durar três meses apenas, durou até agora. As constantes visitas e a nossa vontade de ter por perto as ilustrações do André, foram adiando o seu encerramento. Foi agora. A exposição "Mil Folhas" chegou ao fim. Um grande abraço de agradecimento ao André Letria.
Bem, mas a festa continua. No próximo dia 31 terá início uma nova mostra. Desta vez de Design Gráfico. António Garcia é um histórico do design em Portugal. Companheiro de Sebastião Rodrigues, Daciano da Costa e António Sena da Silva, foi, com estes e mais alguns, pioneiro da actividade. Aqui poderão ser vistas as capas de livros que desenhou para a editora Ulisseia, assim como alguns maços de tabaco que "embrulhou" em meados do século passado. Vale a pena dar um salto.

Cansaço polaco

Os polacos estão a ficar fartos dos gémeos que os dirigem.
O gémeo primeiro-ministro, tal como estava previsto, perdeu as eleições. Agora falta correr com o outro, o presidente.
Fica para a próxima.

domingo, 21 de outubro de 2007

Avarias

O Procurador-geral da República diz que ouve uns ruídos esquisitos no telefone. Que ruídos serão aqueles? Andará alguém a perturbar o senhor procurador? Não estará com certeza a ser escutado. Sempre é o Procurador-geral da República.
Em vez de se ir queixar para a comunicação social, não fazia melhor figura se fosse pôr o telemóvel a reparar?

sábado, 20 de outubro de 2007

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Ainda falam dos taxistas

A Fundação Champalimaud tem à frente do seu Conselho Científico um prestigiado Prémio Nobel, que se destaca por proferir argumentos racistas e sexistas. O senhor assegura que quem nasce em África, ainda por cima com a "infelicidade" de ostentar pele escura, é muito menos inteligente do que nós, os ligeiramente mais clarinhos. Para que não hajam substanciais dúvidas refere as angústias de quem tem negros como empregados.
O homem não conduz um táxi. Nem passa os dias na tasca. Fez descobertas científicas importantes. As opiniões recentemente proferidas não são, obviamente, revelações científicas. São vulgares parvoíces. No melhor pano...

As insígnias

Pacheco Pereira pôs de pernas para o ar o emblema do PSD, seu partido, no blogue que utiliza para opinar. Um ignoto militante de Braga, chocado com a afronta, resolveu pedir castigo para o companheiro de luta partidária. Todos juntos no combate político, desde que todos de acordo. E, já agora, com tudo no seu lugar. Sem brincadeiras parvas.
A liberdade individual nunca é bem vinda.
A bem da Nação.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Energias renováveis


A mais recente edição da revista LVT, publicação da CCDR-LVT - Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, já tem os textos disponíveis aqui. Quem não tiver acesso à versão impressa pode ir até lá. O tema de fundo é a Energia. Os colaboradores são os habituais: Ana Sousa Dias, Carla Maia de Almeida, Fernanda Câncio, Carla Amaro, Pedro Almeida Vieira, David Lopes Ramos, Luís Carvalho, Pedro Soares e Guto Ferreira. O projecto editorial e o design são da nossa responsabilidade, na DDLX.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Contra a pobreza

Constâncio vai pôr o seu pessoal a investigar o caso do filho de Jardim Gonçalves. Parece que o empréstimo a familiares de altos responsáveis não é permitido, nos Bancos portugueses.
Empréstimo? Que empréstimo?

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Adriano para sempre


Adriano calou-se. Já lá vão 25 anos. Não aguentou intransigências várias. Nunca lidou muito bem com a repugnante expulsão de uma cooperativa de animação cultural que ajudou a fundar. Conheci-o poucos anos antes de morrer. Uma vez, na Trindade, falou-me de desencanto e traição. Disse-me que estava cansado, mas que não se importava: "Já sou velho...". Velho, o Adriano. Tinha na altura 37 anos. Agora, há um grupo de jovens músicos que resolveu reconhecê-lo como grande autor da Música Portuguesa. E o Público vai fazer o favor de nos fornecer a obra gravada todinha.
Velhos caducos são os seus implacáveis punidores.
Adriano Correia de Oliveira nunca o foi.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Governos pouco civis

Helena Matos refere, no Público de hoje, um assunto que de vez em quando vem à baila. Os governadores civis e a sua inutilidade. A hipótese de extinção foi abordada por vários Executivos, só travada por ser útil para colocar em banho-maria boys destinados para outros voos, ou para dourar a reforma de prestáveis colaboradores. As competências de um governador destes são ridículas: passar passaportes, autorizar manifestações e pouco mais. Para que se justifique a sua existência parece que vão presidir aos Gabinetes Coordenadores de Segurança Distritais. O que será isto? Se calhar vão acabar os comissários de polícia. Só pode.

domingo, 14 de outubro de 2007

Do velho se faz novo

Menezes esgotou-se no discurso de abertura do Congresso. Depois limitou-se a esgueirar-se pelos intervalos da chuva. Que foi pouco torrencial, note-se. Até Santana parecia estar amestrado. Para parecer muito dinâmico, convocou uma conferência de imprensa para o fim da tarde. A atitude inédita causou algum espanto. Só comparada com o professor Marcelo nos seus tempos de líder. Mas o rufar dos tambores logo esmoreceu. O novo presidente do PSD limitou-se a fazer uma declaração de amor à Comunicação Social. Está com os jornalistas e podem contar com ele para o que der e vier. Coisa pouca, portanto.
Depois foi a vez da baronesa Manuela revelar disponibilidade para a nova direcção, mas pouca. Menezes arranjou o pessoal possível para o acompanhar. Já não é mau, nos dias que correm. Santana não largou o ombro de Menezes. Já percebemos que PSD saiu hoje dali. Só não percebemos quem será o verdadeiro líder. Santana já não anda vagamente por aí. Agora está ali, e, pelos vistos, não vai sair tão cedo.

sábado, 13 de outubro de 2007

Paulo Autran



Só o vi uma vez em palco. Não me sento para ver telenovelas. Mas paro quando ele aparece no écran. Coisa que só me acontece quando outro actor brasileiro lá espreita: Lima Duarte.
Gostava muito de Paulo Autran. Até comentei aqui uma entrevista que deu a Ana Marques quando veio cá representar.
Morreu ontem, em São Paulo. Parece que teve uma vida cheia. Ainda bem.

Pobre Nobel

Al Gore arrecadou mais um honorário: o Prémio Nobel da Paz.
Por este andar ainda veremos Miguel Frasquilho ganhar o Nobel da Economia.

Hoje há PPD/PSD

AMANHÃ NÃO SABEMOS

Estava a brincar. Não levem a mal. Divirtam-se.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Superior imbecilidade


O ano escolar já começou há um ror de tempo, mas os rituais das praxes continuam com grande alarido pelas ruas das cidades onde as universitárias criaturas circulam. Tomaram-lhe o gosto. Esta imbecilidade está instituída. Qualquer curso da Farinha Amparo exibe uma ruidosa chusma de imberbes, felizes por reduzirem a pó os seus colegas caloiros. Para o ano lá estarão os ofendidos de agora a exercer sobre outros as humilhações que agora se abatem sobre eles. Até parece que se divertem. Triste diversão. E triste moçada que se encanta com tão lamentável divertimento.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Implacável efemeridade humana

Um capelão argentino, convicto apoiante da ditadura de Videla, foi condenado a prisão perpétua.
O religioso profissional exercia a cândida tarefa de ajudar na tortura de opositores ao regime. Foi considerado culpado de vários crimes.
Talvez Deus lhe perdoe, na eternidade.
A Justiça dos homens não teve essa capacidade.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

É uma vergonha, diz ele


O actual Procurador-geral da República encetou o seu mandato, há cerca de um ano, verberando a blogosfera. É comum entre quem não reconhece como válidas as opiniões de mais ninguém. Só eles pensam o que está certo e apontam os caminhos. Há quem não se esconda na cobardia do anonimato, aqui na blogosfera. Isto vale o que vale? Claro, vale o que a gente quiser. Os militares da Birmãnia são da mesma opinião do senhor do filmezinho aqui de cima. O homenzinho da Coreia do Norte também. E há mais governantes com essa cisma. Agora andam para aí a fazer balanços do mandato do homem. Sejam justos na análise. Eu não me pronuncio. Não posso. Faço parte dos que insistem em ter opinião neste novo meio de expressão. E, olhando para os "companheiros" de causa do procurador, sinto-me muito bem deste lado.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Olha a t-shirt da moda


Disparei uma bala de calibre 32 contra o hemisfério direito do seu cérebro que saiu pela têmpora esquerda. Ele gemeu por uns momentos e depois morreu.
Descrição "científica" de Che Guevara do momento em que matou um camponês considerado traidor.
Hoje é lembrada a sua própria morte, exercida de forma semelhante.
As voltas que a vida dá...

Particularmente interessante, esta opinião do Daniel Oliveira.

Ditadura económica

A Europa passa a vida a chafurdar na lama das negociatas com os maiores escroques do planeta: africanos, asiáticos e brancos com colarinhos a condizer. Não se percebe agora esta implicação do primeiro-ministro britânico com o pulha do Zimbabué. O problema é outro. Mugabe não vem sozinho. Nunca está, aliás. Provavelmente não tem é grandes negócios com o Reino de Sua Magestade, actualmente.
Se o vento económico mudar, lá veremos Brown a acenar para a fotografia, à porta do número 10, com um senhor de tez escura a seu lado. A Economia manda. Como uma feroz ditadura.

Franchising religioso

A Igreja Católica não se sente nada bem afastada do Estado. Pagamos, com as nossas contribuições obrigatórias, a um enorme grupo de capelães que dá assistência religiosa nos hospitais. Católicos, outros crentes e mesmo não crentes, são considerados católicos à partida. Ou por outra, à abalada, já que a grande especialidade dos Curas é a encomenda das almas ao Criador.
Sem qualquer responsabilidade ou interesse no negócio, atrevo-me a fazer uma proposta:
Que tal a privatização do conforto religioso? Criavam-se empresas privadas que geriam a actividade dos religiosos profissionais.
Exemplos: para um católico que está a a bater a bota num hospital (público ou privado), a empresa chamaria um Padre. Um Padre a sério, previamente contactado e colocado em carteira, para exercer as indispensáveis exéquias.
Caso fosse um seguidor de Alá a precisar de amparo, lá estaria um creditado representante garantindo as virgens a que o crente tem todo o direito após uma vida de martírio. E por aí fora. Até poderia funcionar em sistema de franchising. Não haveria católico, baptista, adventista, islâmico, budista, testemunha de Jeóvá ou judeu que não tivesse o seu aconchego na hora difícil da doença. Isto pagando, é claro. Já se sabe, não há Fé de borla.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Monica em Lisboa


Li algures que Monica bellucci esteve em Lisboa a fazer um anúncio para uma marca de lingerie. A coisa deu-se no Largo do Carmo. Trabalho a pouco mais de 100 metros do local, passo lá quase todos os dias, e não dei por nada. Resta-me esperar pela publicação do tal anúncio. Para perceber o que perdi.

As opiniões dos outros


Parece-me que Marcelo reagiu bem, no seu consultório, na RTP1, às ameaças lançadas pelos seus pares durante toda a semana. As opiniões emitem-se, não se omitem. Há amigos que, pelos vistos, não percebem o que é análise política. Com "amigos" assim, bem pode dispensar os inimigos. Houve declarações ameaçadoras. Duarte Lima até falou em processo-crime. Poderemos dizer que "quem vai à guerra dá e leva", mas, nesta guerra, quem ganha é o professor. Hoje em dia até os gostos se discutem, quanto mais as opiniões. Com esta mania chata dos processos por tudo e por nada, acabamos por ficar todos calados.

domingo, 7 de outubro de 2007

Geografias musicais


Este disco de Devendra Banhart está disponível em qualquer boa loja de música. A separação de Banhart de Bianca Cassidy, das CocoRosie, não é para aqui chamada. Isso é lá com eles. Mas parece haverem por ali sonoridades que fazem lembrar a banda das manas. Fica sempre qualquer coisa. A verdade é que gosto desta gente toda. E gosto particularmente deste disco. Oiço-o repetidamente. E sabe sempre a qualquer coisa de novo. Há um universo que ultrapassa os sons dos primeiros tempos do músico. Percebe-se uma abertura a outras geografias. É por isso que ele canta em línguas que não lembram ao diabo. Até em português, vejam lá. Vou até ali pôr outra vez a "bolachinha" na gaveta do aparelho. Se calhar vou descobrir mais qualquer coisa que há bocado me escapou. Até já.

Somkey Rolls Down Thunder Canyon
Devendra Banhart
XL Recordings/Popstock

sábado, 6 de outubro de 2007

De pé. O mago voltou


Robert Waytt está a chegar. Um novo trabalho gravado vai estar à venda a partir de dia 8. Rui Tentúgal entrevistou-o para o Expresso, pôs as orelhas à escuta, e gostou do que ouviu. Assegura: "Comicopera é o mais belo dos discos cantado pela mais triste das vozes". Mas não há tristeza nesta conversa. É um Wyatt feliz que fala com o jornalista. Está contente por haver quem goste do que faz. Eu estou contente por ir ouvir as novas músicas deste mago dos sons. Nem me lembro que o homem frequenta um ideário político sem aplicação lúcida nos dias de hoje.
Ele justifica essa ousadia com ironia.
É uma manifestação de lucidez.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Educação plural


Cavaco Silva, no discurso comemorativo do 5 de outubro, escolheu a Educação como tema. O Futuro, portanto. Pela primeira vez nas nossas vidas (minha e de Cavaco), estamos completamente de acordo. Há agora quem veja recados nas palavras do Presidente. Eu também os vi. Para todos: governantes, autarcas, pais e aprendizes.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Papel habitado


Rogério Ribeiro reuniu um conjunto de desenhos, feitos durante este ano, e pendurou-os nas paredes da Galeria Salgadeiras, situada na rua que deu o nome à dita, no Bairro Alto. São desenhos que enunciam a maturidade do Pintor. Um pintor que risca o papel com a sabedoria ditada por um percurso singular. Aqueles riscos não enganam. Traçam humores, desafiam desesperos, denunciam cansaços. São feitos por uma mão que já não alinha em novidades circunstanciais. Não precisa. O que está feito, está feito. E está mesmo muito bem feito.
Rogério Ribeiro ensinou-me, no AR.CO, muito do pouco que fui aprendendo. Ficámos amigos. Foi muito bom estar com ele no dia da abertura. Ainda por cima num tempo em que regresso à escola.
Obrigado por tudo, Rogério.

Rogério Ribeiro
Desenho a tinta da china
Salgadeiras Galeria.
Rua das Salgadeiras, 24, Bairro Alto, Lisboa.
Até ao dia 10 de Novembro.

Apareçam. Vão gostar.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

As Áfricas do meu pai


José Eduardo Agualusa conta a história de uma filha que descobre as outras vidas do pai. Nessa descoberta dá conta da multiplicidade de "áfricas" habitadas pelo seu progenitor. Cada mulher é um continente inteiro. "De quantas verdades se faz uma mentira?". A resposta é uma nova caixa de surpresas. Um livro que se lê batendo o pé. A música acompanha o correr das páginas. É a música de África que marca o compasso desta aventura. Isto pode acontecer em África ou noutro lado qualquer. Mas Agualusa conta o que lhe está próximo. E conta muito bem. Um belíssimo livro, digo eu sem hesitar.

Titulo: As Mulheres do Meu Pai
Autor: José Eduardo Agualusa
Design da capa e ilustração: Henrique Cayatte
Fotografia: Jorge Simão
Revisão: Fernanda Abreu
382 páginas
Preço: 16,65 euros
Edição: Dom Quixote

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Jornadas de luta

Ouvi um senhor das polícias, no telejornal da RTP 2, dizer que estes prestantes agentes devem ser tratados de uma forma especial. Se calhar não ouvi bem. Ou então é já má-vontade minha para este grupo profissional. Mas, na verdade são especiais em quê? Sabemos como é tratado quem fica sujeito às especiais habilidades destes tão especiais e empenhados artesãos da pancadaria. E aqui não há má-vontade, são insuspeitos números que o denunciam.
Eles não defendem direitos, defendem privilégios.
Ora, nessa matéria, isto está mal para todos.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Outubro


Novo mês, publicações novas. Outubro está aí e traz consigo o cheiro da rentrée. E, como sempre, a Fabulosa Wallpaper anima os nossos dias. Sofisticação e funcionalidade sugeridas com rigor, é o que aqui se encontra. Este número é apresentado em três capas diferentes. Uma é concebida por Dieter Rams, outra por Hedi Slimane e ainda outra por Jeff Koo0ns. Eu escolhi a de Slimane. É a que faz figura aí em cima no retrato.

A cidade e o mundo


Lisboa já precisava desta "Time Out". Finalmente chegou. Está bem e recomenda-se.

Assim sim

Vi, ouvi e não queria acreditar. O autarca de Loures, falando às televisões sobre as cheias de ontem, disse que a culpa era dos comerciantes que insistem em fazer os seus negócios por ali. Eis um autarca sem papas na língua. Sem hipocrisias. Este pelo menos não tem cá falsos pudores em defender desertificações. É honesto, o homenzinho.

A luta continua

Marcelo Rebelo de Sousa está preocupado com o futuro próximo do seu partido. O populismo venceu. O dominical comentador denuncia os tão proclamados barões - destacando a baronesa Manuela Ferreira Leite - como principais responsáveis pela derrota da linha "decente". A luta continua, portanto.