A Igreja Católica não se sente nada bem afastada do Estado. Pagamos, com as nossas contribuições obrigatórias, a um enorme grupo de capelães que dá assistência religiosa nos hospitais. Católicos, outros crentes e mesmo não crentes, são considerados católicos à partida. Ou por outra, à abalada, já que a grande especialidade dos Curas é a encomenda das almas ao Criador.
Sem qualquer responsabilidade ou interesse no negócio, atrevo-me a fazer uma proposta:
Que tal a privatização do conforto religioso? Criavam-se empresas privadas que geriam a actividade dos religiosos profissionais.
Exemplos: para um católico que está a a bater a bota num hospital (público ou privado), a empresa chamaria um Padre. Um Padre a sério, previamente contactado e colocado em carteira, para exercer as indispensáveis exéquias.
Caso fosse um seguidor de Alá a precisar de amparo, lá estaria um creditado representante garantindo as virgens a que o crente tem todo o direito após uma vida de martírio. E por aí fora. Até poderia funcionar em sistema de franchising. Não haveria católico, baptista, adventista, islâmico, budista, testemunha de Jeóvá ou judeu que não tivesse o seu aconchego na hora difícil da doença. Isto pagando, é claro. Já se sabe, não há Fé de borla.