Morreu o Ricardo Correia. Era meu amigo e colega na associação de pais da Escola de Bocage (antigo liceu), em Setúbal.
Um homem que dedicou muito do seu tempo ao exercício da cidadania. Um cidadão bem formado que prezava o convívio, inventando situações para estar com as pessoas que com ele gostavam de estar.
Nem sempre estavamos de acordo. Tinhamos posições políticas diferentes. Mas não parecia. Por uma razão muito simples: eramos amigos. Ficou adiado para sempre o encontro que marcámos por causa do final de mandato da associação.
Não sei se me apetece pertencer a outra associação de pais.
Vou lembrar-me do Ricardo.
JTD
quinta-feira, 30 de junho de 2005
Era uma vez um arrastão
Um vídeo de Diana Andringa
Dez de Junho, praia de Carcavelos. Muitos jovens juntam-se ao sol. Há tensão e insultos. Depois chegará a polícia. Às 20h, as televisões apresentam ao país "o arrastão", um crime massivo, centenas de assaltantes negros, em pleno Dia de Portugal.
O noticiário torna-se narrativa apaixonada de um país de insegurança e "gangs", terror e vigilância. A maré engole o desmentido policial da primeira versão dos incidentes e vários testemunhos sobre uma inventona.
ERA UMA VEZ UM ARRASTÃO passa em revista um crime que nunca existiu, a atitude dos media perante uma história explosiva e as consequências políticas e sociais de uma notícia falsa. Antes que esta nova crise de pânico passe ao arquivo morto, é necessário inscrevê-la na história da manipulação de massas em Portugal.
Apresentação pública
Quinta-feira, 30 de Junho, 21:30h
Videoteca Municipal de Lisboa, Largo do Calvário (Alcântara)
A apresentação será seguida de debate com a presença de:
Miguel Gaspar (jornalista, DN)
Rui Marques (Alto-Comissário adjunto para a Imigração e Minorias Étnicas)*
Rui Pena Pires (sociólogo, ISCTE)
José Rebelo (jornalista, sociólogo, ISCTE)
Mário Mesquita (jornalista, professor universitário)*
Nuno Guedes (jornalista, A Capital)* * a confirmar
Dez de Junho, praia de Carcavelos. Muitos jovens juntam-se ao sol. Há tensão e insultos. Depois chegará a polícia. Às 20h, as televisões apresentam ao país "o arrastão", um crime massivo, centenas de assaltantes negros, em pleno Dia de Portugal.
O noticiário torna-se narrativa apaixonada de um país de insegurança e "gangs", terror e vigilância. A maré engole o desmentido policial da primeira versão dos incidentes e vários testemunhos sobre uma inventona.
ERA UMA VEZ UM ARRASTÃO passa em revista um crime que nunca existiu, a atitude dos media perante uma história explosiva e as consequências políticas e sociais de uma notícia falsa. Antes que esta nova crise de pânico passe ao arquivo morto, é necessário inscrevê-la na história da manipulação de massas em Portugal.
Apresentação pública
Quinta-feira, 30 de Junho, 21:30h
Videoteca Municipal de Lisboa, Largo do Calvário (Alcântara)
A apresentação será seguida de debate com a presença de:
Miguel Gaspar (jornalista, DN)
Rui Marques (Alto-Comissário adjunto para a Imigração e Minorias Étnicas)*
Rui Pena Pires (sociólogo, ISCTE)
José Rebelo (jornalista, sociólogo, ISCTE)
Mário Mesquita (jornalista, professor universitário)*
Nuno Guedes (jornalista, A Capital)* * a confirmar
sexta-feira, 24 de junho de 2005
Portugal é um país bem porreirinho
O que a malta gosta é de brilhar lá fora. Quando se soube que o Papa Bento gostava de vinho do Porto, alguns jornalistas da televisão entraram em transe. Não se calavam com tão empolgante novidade. Agora, um condutor de fórmula 1 fica em terceiro lugar entre seis concorrentes, e vá de dar vivas aos feitos lusos. Se tal proeza tivesse acontecido a tempo de o hábil corredor poder receber uma medalha no 10 de Junho, calhando já a tinha ao peito. Vocês riem? Então não foi o que aconteceu a Pedro Lamy? Nunca mais fez mais nada de jeito, mas a comenda ornamenta a existência da criatura. Portugal é um país bem porreirinho. Um bocadinho parolo, mas porreirinho.
JTD
JTD
quarta-feira, 22 de junho de 2005
Ruidosos meliantes
Assisti hoje, ao fim da tarde, a uma gigantesca manifestação de agentes da autoridade. Foi no Rossio. A pouca distância de mim caminhava uma bonita rapariga a quem os respeitáveis agentes não foram indiferentes, exprimindo alguns mimos de substantivo bom gosto. Afinal tratava-se apenas de uma rapariga. Uma simples criatura condenada a trabalhar até aos sessenta e cinco anos. Um ser humano, é certo, mas sem os direitos que os ruidosos manifestantes mantém até agora.
Chegada a casa, nos noticiários televisivos, assisto às reportagens sobre o grandioso acontecimento. Lá estava um exaltado senhor manifestando a sua revolta pela dilatação dos anos de trabalho. Estava cansado de tanto trabalhar, coitado. Até houve uma missa, rezada por um polícia/padre, e não faltou um manequim deitado num caixão, simbolizando uma morte recente de um colega dos foliões, demonstrando um elevado sentido de formação humanística. Assim, à paisana, não passam de ruidosos burgessos. A grande crise é a reforma aos sessenta e cinco. Se tudo correr bem, também eu. Onde está a crise, senhores guardas? Estão a pensar ser felizes só depois de reformados? Estão cansadinhos?
Azarucho.
RR
Chegada a casa, nos noticiários televisivos, assisto às reportagens sobre o grandioso acontecimento. Lá estava um exaltado senhor manifestando a sua revolta pela dilatação dos anos de trabalho. Estava cansado de tanto trabalhar, coitado. Até houve uma missa, rezada por um polícia/padre, e não faltou um manequim deitado num caixão, simbolizando uma morte recente de um colega dos foliões, demonstrando um elevado sentido de formação humanística. Assim, à paisana, não passam de ruidosos burgessos. A grande crise é a reforma aos sessenta e cinco. Se tudo correr bem, também eu. Onde está a crise, senhores guardas? Estão a pensar ser felizes só depois de reformados? Estão cansadinhos?
Azarucho.
RR
Robert Ryman | Gonçalo M. Tavares
A água
No café trazem-me um copo com água
como se ele resolvesse todos os meus problemas.
É ridículo - penso - não há saída.
No entanto, depois de beber a água
fico sem sede.
E a sensação exclusiva do organismo
acalma-me por momentos.
Como eles sabem de filosofia - penso -
e regresso, logo a seguir, à angústia.
Gonçalo M. Tavares Texto
Robert Ryman Imagem
terça-feira, 21 de junho de 2005
Conversas de bolso no teatro
A conversa com o Mega é hoje, pela noitinha, no Teatro de Bolso.
Quem tiver possibilidade e vontade de conversar, apareça.
Até logo.
JTD
Quem tiver possibilidade e vontade de conversar, apareça.
Até logo.
JTD
segunda-feira, 20 de junho de 2005
Conversas de bolso no teatro
António Mega Ferreira vai estar amanhã em Setúbal, no Teatro de Bolso, para apresentar os seus mais recentes livros.
"O erotismo na ficção portuguesa do séc.XX" e "O Tempo que nos cabe" são os livros em apreciação neste encontro do escritor com os leitores.
O primeiro é uma antologia de textos eróticos de autores portugueses, e é publicado pela Texto. "O Tempo que nos cabe" já aqui foi referido neste blogue. Trata-se de um livro de poemas recentes e é editado pela Assírio & Alvim.
A sessão tem início por volta das nove e meia da noite, no teatro de bolso do TAS, ali para os lados da Av. dos Combatentes. Mais precisamente na Rua Aníbal Alvares da Silva, 9.
Vai ser giro, prometo.
JTD
domingo, 19 de junho de 2005
Imbecil, mas não só
O imbecil a que fiz menção aqui ontem, a propósito da manifestação de extrema-direita no Rossio, chama-se Mário Machado e esteve preso pelo assassinato de Alcino Monteiro, em 1996. Percebi isto ao ler a excelente reportagem, da autoria de Maria José Oliveira e Patrícia Vieira Ferreira, que o PÚBLICO traz hoje sobre o vergonhoso evento.
Falamos de um imbecil, de facto, mas não de um imbecil inocente. É um criminoso, o líder da manifestação xenófoba. Um assassino com um passado de que se orgulha, por certo.
Esperemos que não tenha futuro.
JTD
Falamos de um imbecil, de facto, mas não de um imbecil inocente. É um criminoso, o líder da manifestação xenófoba. Um assassino com um passado de que se orgulha, por certo.
Esperemos que não tenha futuro.
JTD
sábado, 18 de junho de 2005
A imbecilidade não tem pátria
A SIC-N passou uma reportagem em directo sobre a manifestação de extrema-direita na baixa de Lisboa.
Um dos cretinos que organizou a acção diz ter um grande orgulho em ser branco.
Será que não tem orgulho em mais nada? De facto, é um pouco estranho alguém ter orgulho em ser parvo. Mas ter como grande motivo de orgulho o facto de ter nascido, (sem qualquer possibilidade de intervenção própria) com a pele dita branca, é no mínino escasso. Que esperávamos nós desta gente obtusa e sem ideias? Uma surpreendente manifestação de requinte e sofisticação estimulando a boa convivência entre os cidadãos?
O pior de Portugal e da sua gente esteve hoje na baixa da capital.
JTD
Um dos cretinos que organizou a acção diz ter um grande orgulho em ser branco.
Será que não tem orgulho em mais nada? De facto, é um pouco estranho alguém ter orgulho em ser parvo. Mas ter como grande motivo de orgulho o facto de ter nascido, (sem qualquer possibilidade de intervenção própria) com a pele dita branca, é no mínino escasso. Que esperávamos nós desta gente obtusa e sem ideias? Uma surpreendente manifestação de requinte e sofisticação estimulando a boa convivência entre os cidadãos?
O pior de Portugal e da sua gente esteve hoje na baixa da capital.
JTD
quinta-feira, 16 de junho de 2005
Reclamação
Então agora andas a pôr coisas de teor um tanto machista no blog? É que achei aquela foto com aquela mamalhuda um pouco de mau gosto, e com um viés profundamente masculino. Explico: é que é uma foto nitidamente de um ponto de vista masculino, pq só a "gaija" tá peladona e o "gaijo" muito vestido. Ou colocas as coisas no mesmo pé de igualdade (no caso os dois em pêlo) ou então não colocas nada, para seres justo e equânime, né? Eu, enquanto "gaija" do blog, deixo aqui o meu protesto. Ah, e a Raquel Rainho, se pudesse falar, certamente concordaria comigo...
ALF
ALF
quarta-feira, 15 de junho de 2005
Edward Hopper | António Mega Ferreira
NIGHTHAWK, 1942
Está tudo dito - o vestido
vermelho e
a tensa indecisão
da mulher que o veste -
a imprecisa circunstância,
por estar ali, porque há-de
estar ali, do que jogou
à roleta russa e ganhou
o direito ao purgatório eterno
da insónia -
e o que está com a mulher
ruiva, ele de chapéu,
perguntando-se se alguém está
com alguém
no campo iluminado deste quadro.
Só não se disse a cegueira
fatal da fachada mesmo em
frente
como o que está diante
daquele que não se vê
as amplas escuras janelas
(entreabertas?)
deixando que o mais negro
da noite
as ilumine, coisas
estáticas (mortas?)
na imobilidade geral
da cena
tão naturalmente irreal
que ninguém, é certo,
a não ser o olhar de Hopper,
fixamente á espera que
alguma coisa mexesse
na trágica serenidade que
o mundo encerra.
Este poema pertence ao mais recente livro deAntónio Mega Ferreira, pubicado pela Assírio & Alvim.
Um livro que convoca memórias, instantes, amizades, passagens pelo tempo - "O Tempo que nos cabe", é o título.
Um belíssimo trabalho, (capa com polaroid de Ilda David) com belíssimos poemas lá dentro.
Uma obra que merece ser lida e onde apetece voltar, como quem volta aos lugares bons, onde aconteceram coisas boas.
Um bom livro, portanto. JTD
Pintura de Edward Hopper
terça-feira, 14 de junho de 2005
René Bertholo
Foi um dos grandes pintores da sua geração. Figura destacada das artes plásticas em Portugal.
Foi companheiro de trabalho, tertúlia e insatisfação de Lurdes Castro, Costa Pinheiro, Christo, Jan Voss, José Escada, Gonçalo Duarte, João Vieira e muitos outros.
Com alguns fez a revista "KWY", publicação marcante em meados do século passado.
Inventou máquinas inúteis: deslumbrantes objectos estéticos reveladores de uma impressionante imaginação.
Respondeu a um desafio de Sérgio Godinho: desenhou a capa do seu disco "Coincidências". Um bonito trabalho ainda do tempo do vinil.
Fez muita coisa bem feita.
Também morreu agora. Também é uma grande perda para a cultura portuguesa e para Portugal.
Que dias...
JTD
segunda-feira, 13 de junho de 2005
Eugénio de Andrade
As palavras
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
Eugénio de Andrade
Dias tristes
Terá sido uma secreta combinação? Em poucas horas desaparecem Vasco Gonçalves, Álvaro Cunhal e Eugénio de Andrade.
O país fica sem três personagens marcantes da segunda metade do séc. XX.
Os dois primeiros na vida política. Eugénio como figura maior das letras portuguesas.
Todos homens de grande cultura. Todos homens com vontade firme de intervir na vida do seu tempo.
Viveram intensamente as suas vidas, é certo. Mas é sempre triste assistir ao seu fim.
Dias tristes, estes.
JTD
sexta-feira, 10 de junho de 2005
Bom trabalho
Ora aí está um fim-de-semana prolongado inteirinho para gastar.
Vai toda a malta trabalhar... para o bronze. Não se preocupe, senhor primeiro-ministro, vai ver que a partir de terça-feira o pessoal parece outro, com umas cores e uma vontade de participar que só visto. O país parece outro no verão. As portuguesas e os portugueses ficam mais bonitos bronzeados, e toda a gente sabe que mais bonitas, as pessoas ficam com mais capacidades. bom trabalho.
RR
quinta-feira, 9 de junho de 2005
Papá presidente
Manuel Maria Carrilho apresentou a candidatura à câmara da capital.
Lá estava a sua amantíssima esposa e o mais recente membro da família - o pequeno Diniz Maria. Só faltou a pequena cadelinha Lola, famosa pelas aparições no programa de Bárbara Guimarães gravados para a SIC na esplanada da "Bica do sapato", para abrilhantar o evento e cativar os amantes dos animais. Bárbara perguntava ao petiz, em écran gigante, qualquer coisa como: qual será o melhor presidente da câmara? Ao que o rapazinho respondia: "O papá". Voltamos à saga do menino guerreiro. Agora temos menino. Não sei é se teremos guerreiro.
O que me lixa é que Carrilho é o candidato mais a jeito para derrotar a direita. Só que está muito ao jeito da parolice "socialite".
Não há necessidade de a esquerda usar trunfos pindéricos tão ao gosto do público da quinta das celebridades. É bem certo que tudo o que é pequenino tem graça, como recordou Fernando Alves numa divertida crónica na TSF, mas a pequenez irrita. Lisboa está um caos. A culpa é da dupla Santana/Carmona. Carmona é o homem do túnel. Dizem por aí que é mais sério que Santana. E Carrilho é desonesto? Não é competente? Não tem ideias para colocar Lisboa no mapa das cidades mais cosmopolitas do mundo? Claro que sim. Tem é este problema: não resiste a um bom festival de egocentrismo. É pena. Não havia necessidade, mesmo. JTD
quarta-feira, 8 de junho de 2005
Salão Erótico
O Salão Erótico de Lisboa está aí a rebentar. É já no final deste mês na FIL do Parque das Nações.
Lisboa está em festa. De resto é o que acontece todos os anos em Junho, mas este Salão Erótico vem trazer outro colorido ao cortejo. Como em tempo eleitoral tudo o que expõe é precioso, esperemos que todos os candidatos camarários respondam à chamada e se desloquem a esta vistosa iniciativa.
Já estou a ver Carrilho entusiasmadíssimo com uma sessão de luta na lama. Ou Ruben, discreto mas atento a uma demonstração de bem usar o chicote na intimidade. Carmona visionando em estreia um novo filme com a mais badalada das porno star. Sá Fernandes, esse, para cumprir rigorosamente o slogan "Lisboa é gente", lá estará em todas. Todas as iniciativas, é claro. Ou não seja este um local onde gente não faltará, certamente.
JTD
terça-feira, 7 de junho de 2005
Pré campanha em Setúbal
Já aí andam os famosos outdors eleitorais: do PS, do PSD e da CDU.
A CDU limita-se a dizer que existe. Ok, nada a acrescentar.
O PS aposta em cartazes tipo "campanha regional na América latina". Uma letra que não lembra ao diabo, enquadramentos gráficos completamente fora, isto tudo apostando num candidato que não lembra ao menino Jesus.
O PSD aparece mais competente ao nível estético. Isto no caso de se tratar de uma candidatura para a chefia da polícia local. As combinações dos tons de azul, a postura de Negrão, a utilização da frase "Segurança tranquila", fazem lembrar o quê? E já agora, como será a segurança intranquila? Viva a segurança e viva a tranquilidade. Ou vivam as duas juntas. Será que o ex-ministro de Santana vive bem com as duas mesmo depois da intranquilidade em que permaneceu durante os quatro meses do governo trapalhão?
RR
A CDU limita-se a dizer que existe. Ok, nada a acrescentar.
O PS aposta em cartazes tipo "campanha regional na América latina". Uma letra que não lembra ao diabo, enquadramentos gráficos completamente fora, isto tudo apostando num candidato que não lembra ao menino Jesus.
O PSD aparece mais competente ao nível estético. Isto no caso de se tratar de uma candidatura para a chefia da polícia local. As combinações dos tons de azul, a postura de Negrão, a utilização da frase "Segurança tranquila", fazem lembrar o quê? E já agora, como será a segurança intranquila? Viva a segurança e viva a tranquilidade. Ou vivam as duas juntas. Será que o ex-ministro de Santana vive bem com as duas mesmo depois da intranquilidade em que permaneceu durante os quatro meses do governo trapalhão?
RR
Super vereadora
A vereadora da cultura da Câmara de Setúbal, numa entrevista a um jornal local, presenteou-nos com dois simpáticos mimos de prosa.
O primeiro foi mais ou menos assim - "Inventámos dinheiro".
O outro, ainda mais surpreendente e referindo-se a uma ornamentação luminosa a instalar no museu do trabalho, foi - "Vai-se ver do rio".
Em relação à primeira declaração, o que me ocorre assim derepentemente é uma chamadinha do primeiro-ministro para uma oportuna substituição do ministro das finanças - Dores Meira para as Finanças, já!
Quanto ao segundo acto cultural da senhora é que não me ocorre nada. Que é completamente preenchida de ideias ao nível cultural, já cá se sabia. Mas esta subtil demonstração de bom gosto não deixa de nos surpreender. Atitudes destas deviam ser premiadas. E são. A distinta edil vai continuar a trabalhar em prol da cultura e da arte setubalenses nos próximos anos. Assim nos dita a coligação eleitoral de que faz parte. Bem hajam. Eu, pelo sim pelo não, vou continuar a apanhar o comboio todos os dias. Convém não perder o trem da contemporaneidade. Mas não tenho nada contra a política cultural do gambozino. Há público para tudo e para todos. RR
O primeiro foi mais ou menos assim - "Inventámos dinheiro".
O outro, ainda mais surpreendente e referindo-se a uma ornamentação luminosa a instalar no museu do trabalho, foi - "Vai-se ver do rio".
Em relação à primeira declaração, o que me ocorre assim derepentemente é uma chamadinha do primeiro-ministro para uma oportuna substituição do ministro das finanças - Dores Meira para as Finanças, já!
Quanto ao segundo acto cultural da senhora é que não me ocorre nada. Que é completamente preenchida de ideias ao nível cultural, já cá se sabia. Mas esta subtil demonstração de bom gosto não deixa de nos surpreender. Atitudes destas deviam ser premiadas. E são. A distinta edil vai continuar a trabalhar em prol da cultura e da arte setubalenses nos próximos anos. Assim nos dita a coligação eleitoral de que faz parte. Bem hajam. Eu, pelo sim pelo não, vou continuar a apanhar o comboio todos os dias. Convém não perder o trem da contemporaneidade. Mas não tenho nada contra a política cultural do gambozino. Há público para tudo e para todos. RR
domingo, 5 de junho de 2005
Cá estamos
Pedimos desculpa por esta ausência de comentários na última semana.
Voltámos. A partir de amanhã preencheremos este espaço com a habitual regularidade.
Voltámos. A partir de amanhã preencheremos este espaço com a habitual regularidade.
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